Ações da bolsa de Xangai afundaram 7,72% no primeiro pregão desde 23 de janeiro
Por Machado da Costa - Atualizado em 3 fev 2020, 07h40 - Publicado em 2 fev 2020, 23h33
Ruas estão vazias em Pequim: A China enfrenta um profundo isolamento após a epidemia de coronavírus. Estados Unidos e Austrália lideram uma lista de nações que estão proibições viagens ao país. Wang Zhao/AFP
O mercado financeiro na Chinainiciou a semana em pânico. As ações na bolsa de Xangai fecharam em queda de 7,72% nesta segunda-feira, 3. O motivo para o pânico está nos desdobramentos do surto de coronavírus, que já matou 361 pessoas na China — número superior do que toda a crise causada pela SARS, entre 2002 e 2003, que tirou a vida de 349 pessoas na China — e infectou mais de 17.000 pessoas. Este foi o primeiro pregão desde 23 de janeiro e após o Ano Novo Lunar.
Já a bolsa de Shenzhen despencou 9%, enquanto a semi-autônoma de Hong Kong, que voltou a operar no último dia 29, operava em leve alta de 0,09% nesta segunda. No Japão, a bolsa de Tóquio teve queda de 1,01%.
A bolsa brasileira pode sentir os efeitos dessa corrida chinesa. As duas maiores empresas na Bolsa de Valores de São Paulo, Vale e Petrobras, estão vendo seus ativos se desvalorizarem minuto a minuto. Os contratos de minério de ferro caíram ao limite de 8% nesta segunda. O petróleo também afundou o máximo permitido pelas autoridades financeiras chinesas.
Ainda era domingo em Xangai quando o Banco Central da China anunciara que iria injetar 174 bilhões de dólares (742,9 bilhões de reais) para garantir a liquidez no mercado de ações. Não adiantou. Os novos números da doença divulgados por lá no início da segunda-feira, 3, geraram pânico.
O surto do vírus também está levando a China a um isolamento. Estados Unidos, Índia, Austrália, Indonésia, Singapura, Israel, Rússia, Nova Zelândia e Filipinas impuseram restrições a viagens da China. Em Hong Kong, o governo autônomo diz estudar medidas para controlar o fluxo de viajantes. O anúncio foi uma resposta a uma ameaça de greve liderada por médicos de Hong Kong.
Ogoverno da China concluiu neste domingo, 2, a construção de um dos dois hospitais provisórios de Wuhan, que vão abrigar os pacientes infectados pelo coronavírus. A obra, que demorou dez dias para ser concluída, será inaugurada nesta segunda-feira, 3.
A construção começou no dia 23 de janeiro e está localizada no distrito de Caidian - que também abriga o Sanatório dos Trabalhadores.
Segundo informações da imprensa local, o hospital ocupa uma área de 25 mil m² e possui mil leitos. A equipe médica será composta por 1.400 agentes de saúde das forças armadas, dentro dos quais estão membros do exército, da marinha e da força áerea chinesa.
Para erguer o Hospital Huoshenshan em apenas dez dias, os operários trabalharam em turnos nas 24 horas do dia. Estima-se que cada um deles recebeu US$ 173 por dia, valor que é três vezes acima do que os trabalhadores da categoria costumam receber no país.
Além do Huoshenshan, outro hospital também está sendo construído em Wuhan. O Leishenshan - cuja obra pode ser acompanhada em tempo real no YouTube -, vai ter espaço para 1.600 leitos. A expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos na próxima quarta-feira, 5.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a China responde com prontidão a uma ameaça de saúde. Em 2003, durante a epidemia de Sars (Síndrome Aguda Respiratória Grave), o governo do país asiático surpreendeu a comunidade mundial ao construir um hospital em Pequim em apenas sete dias.
Até o momento, a doença já causou 305 mortes e deixou mais de 14 mil infectados pelo mundo, sendo que o primeiro caso de morte fora do país asiático aconteceu na madrugada deste domingo, nas Filipinas.
E em meio ao surto de casos, o governo brasileiro anunciou, também neste domingo, que vai repatriar os cidadãos que estiverem em Wuhan. A decisão foi tomada após um grupo publicar um vídeo pedindo ajuda do Brasil, para conseguir deixar a China. No entanto, o local para onde eles serão levados, até que seja cumprido o período de quarentena, ainda não foi informado.
Evento de dança, que tem vice-primeira-dama Ana Paula como madrinha, é o primeiro espetáculo apresentado à comunidade no espaço depois de 30 anos
LÍVIO DI ARAÚJO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Espetáculo “As Quatro Estações” consumiu um ano de trabalho do Centro Cultural Dançar é Arte | Foto: Lúcio Bernado Jr. / Agência Brasília
O vice-governador Paco Britto prestigiou, na noite deste sábado (1º/2), no anfiteatro do Pavilhão do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o espetáculo “As Quatro Estações”, dirigido pela bailarina Kátia Moraes. A peça foi resultado do trabalho de um ano do Centro Cultural Dançar é Arte, que ganhou, além dos aplausos de um público de centenas de pessoas, uma madrinha: a vice-primeira-dama do DF, Ana Paula Holf.
Criado e coordenado por Kátia, o Dançar é Arte já levou, em 20 anos de existência, a dança para a vida de mais de 800 crianças e jovens de várias comunidades carentes do DF, como varjão, Paranoá, Estrutural, Recanto das Emas e Planaltina. Atualmente, a lista de espera para conseguir uma vaga no projeto é de mais de 2 mil crianças.
Paco e Ana Paula assistiram e aplaudiram as 150 crianças que se apresentaram ao lado dos administradores do Parque da Cidade, Silvério Rodrigues, e do Lago Norte, Marcelo Ferreira, e da deputada distrital Júlia Lucy. “O governo Ibaneis entrega hoje, depois de 30 anos fechado, este anfiteatro à população. Espero que o espaço possa fomentar a arte e a cultura da nossa cidade”, declarou o vice-governador, antes do início do espetáculo.
Madrinha Ana Paula: “Contem comigo” | Foto: Lúcio Bernado Jr. / Agência Brasília
Ao final de mais de uma hora de apresentação e 20 coreografias, a vice-primeira-dama agradeceu ao convite para amadrinhar o projeto. “É uma honra e uma alegria muito grande, contem comigo.”
Tanto Ana Paula quanto Paco foram agraciados por uma Menção de Gratidão entregue pela bailarina e coordenadora do projeto. “Quero continuar, agora com a ajuda da nossa madrinha, a cuidar das crianças para que possamos ter, realmente, futuros promissores no país”, disse Kátia.
Orgulhosos também estavam os pais e familiares das crianças que lotaram o anfiteatro. “Só tenho a agradecer por minha filha estar no projeto. Que espetáculo maravilhoso!”, disse, orgulhosa, a dona de casa Odália Teixeira, mãe da pequena Maria Eduarda, de 8 anos, que há um ano participa do Dançar é Arte no Varjão.
O discurso foi endossado por Alexandre Meschik, pai de Joyce, de 13 anos, que há dois anos faz parte da turma de dança do Recanto das Emas. “Muda tudo na vida dessas crianças. Muda dentro de casa, muda na escola, muda tudo”, testemunhou.
Novidades no parque
Paco Britto aproveitou o evento para anunciar que o Parque da Cidade ganhará um presente no aniversário de 60 anos da cidade.
“Um empresário da cidade, que paga seus impostos e contribui bastante para o desenvolvimento do Distrito Federal, nos dará de presente a reforma de todos os banheiros e churrasqueiras do Parque”, antecipou. “Agora é preciso cuidar do que vamos receber novinho”, completou o vice-governador.
Há 20 anos: projeto acolhe crianças e jovens de comunidades carentes do DF para aulas de dança | Foto: Lúcio Bernado Jr. / Agência Brasília
Dançar é Arte
Projeto social coordenado pela bailarina Kátia Moraes há 20 anos, o Dançar é Arte abre vagas para crianças e jovens de comunidades menos favorecidas do DF para aulas de dança. Ao final de cada ano, os alunos se apresentam em espetáculos gratuitos para pais, familiares e público em geral.
AGÊNCIA BRASÍLIA
O trabalho de Kátia e de diversos professores é voluntário e o centro cultural é mantido com a venda de pizzas e do artesanato feito pela própria bailarina. O projeto já enviou dois bailarinos para o Bolshoi Ballet, um dos mais importantes do mundo, e contará com um professor do grupo russo na nova turma que está iniciando.
Evento foi organizado pela administração regional em conjunto com a comunidade e órgãos do GDF
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Marcha contra o feminicídio tomou a 1ª Avenida Norte neste sábado | Foto: Adriana Ponce / AR Samambaia
A população de Samambaia se mobilizou neste sábado (1º/2) para dizer basta contra o feminicídio nas ruas da região administrativa. Centenas de pessoas saíram em marcha para declarar que não suportam mais ver tanta violência contra as mulheres. O ato transcorreu na 1ª Avenida Norte, partindo do Centro de Ensino Médio 414 em direção às quadras 206/204.
A ação despertou grande comoção nos participantes devido ao triste episódio que a cidade viveu, no início de janeiro, quando foi palco de três casos de feminicídio em menos de 24 horas. A caminhada partiu da sugestão de vários grupos de mulheres que procuraram a Administração Regional de Samambaia na busca de estratégias para o enfrentamento à violência. Ficou decidido que a primeira medida seria a marcha na avenida.
O evento foi organizado pela Administração Regional de Samambaia em conjunto com a comunidade e órgãos do GDF. O principal objetivo é desenvolver um vínculo de segurança e envolvimento de toda a população, que é a base para o crescimento e amadurecimento da sociedade em relação ao tema. A ideia é mudar cenários e encorajar mulheres e familiares a denunciar essa modalidade de crime.
Mulheres, crianças e também homens espalmam as mãos e pedem um basta à violência | Foto:Adriana Ponce / AR Samambaia
Participaram do evento órgãos como a Secretaria da Mulher, a Superintendência Regional de Saúde Sudoeste, Provid, Creas, Cras, OAB-DF – subseção Samambaia e Recanto das Emas, Procuradoria Especial da Mulher da CLDF, NAFAVD, Conselho Tutelar, Conselho de Mulheres Cristãs do Brasil, o coordenador do livroFeminicídio, violência doméstica e familiar contra a mulher sob a perspectiva policial,major Luciano Loiola da Silva, entre outras associações representativas das mulheres.
Diversas autoridades estiveram presentes, entre elas o administrador de Samambaia, Gustavo Aires; a secretária da Mulher, Ericka Filippelli; a administradora do Riacho Fundo II, Ana Maria da Silva; o administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan; o superintendente de Saúde da Região Sudoeste, Luciano Agrizzi; a delegada da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Jane Klébia; o deputado federal Júlio César; e o major Luciano Loiola.
Além da caminhada, o evento ofereceu tendas armadas na 1ª Avenida Norte, onde foram realizadas palestras sobre o feminicídio. Representantes dos órgãos participantes falaram para a comunidade sobre o trabalho que é realizado em defesa da mulher, deram orientações para o combate à violência doméstica e, principalmente, para impedir que casos de feminicídio voltem a acontecer nas cidades do Distrito Federal.
Placas vocalizam o intuito da passeata, que reuniu gente de todas as idades | Foto: Adriana Ponce / AR Samambaia
Para Gustavo Aires, “esse ato é apenas um marco, um passo para a mudança que queremos para Samambaia e para o Distrito Federal”. “Daremos continuidade o ano todo, e estou empenhado em buscar para a cidade politicas públicas voltadas para as mulheres. Nossa caminhada foi um pedido da população após as tragédias que aconteceram aqui, e esse é apenas o primeiro evento que estamos realizando com esse intuito de acabar com o feminicídio”, discursou o administrador de Samambaia.
Na ocasião, Ericka Filippelli falou sobre o programa Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas, que será lançado na cidade nos próximos dias. “Vamos preparar as mulheres para não aguentarem o silêncio”, avisou a secretária da Mulher.
Para a realização do evento foi necessário o apoio do Departamento de Trânsito e da Polícia Militar do Distrito Federal. Vias foram bloqueadas até o término da passeata.
* Com informações da Administração Regional de Samambaia
Interessado deve comparecer pessoalmente à unidade de ensino e fazer a inscrição, entre 3 e 5 de fevereiro, para as 800 vagas oferecidas
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Escola oferece dança, violão, basquete e mais 16 oficinas para estudantes da rede pública | Foto: Divulgação
A Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia está com matrículas abertas para estudantes da rede pública de ensino. A matrícula deve ser feita presencialmente na secretaria da unidade escolar, entre 3 e 5 de fevereiro, das 8h às 16h.
São oferecidas 800 vagas para atividades no contraturno das aulas regulares. As matrículas são realizadas enquanto houver vagas em aberto.
Os estudantes interessados devem estar matriculados a partir do 6º ano do Ensino Fundamental da rede pública do DF. Entre as atividades oferecidas estão aulas de dança, de violão, de basquete e de mais 16 oficinas, das quais o aluno poderá escolher até três. Serão até três aulas por dia, duas vezes por semana.
Verifique abaixo as oficinas e os documentos comprobatórios para matrícula:
DOCUMENTOS PARA EFETIVAR MATRÍCULA
• Declaração escolar 2020
• 2 fotos 3×4
• Cópias e originais do CPF e certidão de nascimento ou RG do estudante
• Cópias e originais do CPF e certidão de nascimento ou RG do responsável pelo estudante
Manhã cívica teve diversas apresentações gratuitas para famílias brasilienses e turistas na cidade
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Céu azul durante a cerimônia de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes | Foto: Luís Tajes / Secretaria de Turismo
O Exército Brasileiro comandou a Troca da Bandeira deste domingo (2) e encantou brasilienses e turistas que foram à Praça dos Três Poderes. Ivonete de Oliveira levou os pais Ergorminia e João Batista de Oliveira para conferir pela primeira vez a solenidade.
Ivonete vive em Brasília e recebeu a visita dos pais, que são de Santa Catarina. “Brasília é deslumbrante. Por onde andamos ficamos emocionados com a cidade. Tenho muito orgulho da capital e vou levar ela comigo”, disse Ergominia.
O Bandeirão contou com o desfile cívico-militar, a participação da Banda Marcial, execução do Hino Nacional e da Bandeira, além da tradicional salva de 21 tiros. O Exército ainda levou exposições de veículos militares, viaturas operacionais e de equipamentos (capacetes, escudos, tonfas, entre outros). Os cães adestrados também encantaram a todos e houve distribuição de revistas e material militar.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, esteve presente à Praça dos Três Poderes e ressaltou a importância da cerimônia para promover o civismo. “A solenidade tem uma estrutura para receber a população e, realmente, está se transformando em um grande evento que é importante para a cidade, a população e o governo ”, disse.
Cerimônia já virou tradição a cada primeiro domingo do mês | | Foto: Luís Tajes / Secretaria de Turismo
Para a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, a cerimônia valoriza a cultura brasileira e reforça os valores patrióticos. ‘’Me emociona ver que a população adotou esse evento, que só Brasília pode oferecer, e comparece a todas as edições. Continuamos com a agenda de comemoração dos 60 anos da nossa capital e o Bandeirão compõe as celebrações”, afirmou a secretária.
O Serviço Social do Comércio (Sesc) levou o show de pop rock da banda BSBeat para animar a manhã após o fim da solenidade. Além disso, a criançada se divertiu com a oficina de desenho, pintura de rosto, críquete, pebolim, tênis de mesa, cama elástica e pedal kart. Enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) ofereceu o serviço de esmaltação e penteado com tranças.
Pintura de rosto, esmaltação, artesanato e diversas outras atrações encantaram o público | Foto: Luís Tajes / Secretaria de Turismo
A Fecomércio-DF, por meio do Sesc e do Senac, é parceira do evento. O presidente do Sistema Fecomércio-DF, Francisco Maia, lembrou que o trabalho conjunto vai completar um ano em abril. “Começamos a parceria no início de 2019 e percebemos que esse momento cívico ganha cada vez mais força. Com isso, a capital federal está sendo vista de uma forma positiva por meio de uma programação diferenciada que oferecemos. Estamos muito empenhados e orgulhosos em colaborar no desenvolvimento do turismo da cidade com a parceria na realização da Troca da Bandeira”, disse.
“No ano do aniversário de 60 anos de Brasília o Sesc-DF em parceria com a Secretaria de Turismo vai trazer cada vez mais atividades culturais, de lazer e musicais ao já consagrado evento da troca da bandeira em nossa capital”, complementou o diretor regional do Sesc no DF, Marco Túlio Chaparro.
Reforçando o caráter cívico da cerimônia, soldados marcham no centro da Praça dos Três Poderes | Foto Luís Tajes / Secretaria de Turismo
Para completar a programação, a Secretaria de Educação levou o projeto “365 Dias de Consciência Negra”. A exposição foi idealizada pela professora Margareth Alves, do Centro Educacional 310 de Santa Maria. “O intuito é trabalhar todos os dias do ano, não focar no assunto da consciência negra apenas em 20 de novembro, que é o dia de lembrar a luta de Zumbi e que não pode ser esquecida”, explicou Margareth.
A Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) também marcou presença e desenhou a Bandeira Nacional com frutas e vegetais orgânicos, enquanto o projeto Viva Lago Oeste esteve presente com produtos produzidos na região. Por sua vez, 15 artesãos da cidade compareceram e expuseram os trabalhos no espaço e três profissionais deram oficinas para a população.
Dona Antônia Lopes expôs flores e esculturas com fibras de plantas. “O ano começou a todo o vapor. Nós, do artesanato, nunca trabalhamos no início de janeiro e já chegamos a fevereiro. Estamos aqui de novo.”