segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Projeto cria política de governança com base em recomendações do TCU e OCDE




Da Redação | 27/01/2020, 11h29
O Brasil poderá ter, em lei, uma política de governança abrangendo o planejamento do desenvolvimento nacional, a comunicação à sociedade das ações governamentais, a gestão de riscos e os processos internos de integridade.
É o que prevê o Projeto de Lei (PL) 5.898/2019, que estabelece a política de governança da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, com base especialmente em recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No início de 2020, os Estados Unidos manifestaram apoio à entrada do Brasil na OCDE, conhecida popularmente como um “clube dos ricos”, que atualmente reúne 36 países. Anteriormente, o governo de Donald Trump havia priorizado o ingresso da Argentina na OCDE.
Apresentado pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO), o projeto foi elaborado a partir de sugestões do ministro João Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU). Nardes sugere a edição de normativo específico com o estabelecimento da política de governança pública no âmbito dos poderes da União.
Atualmente, está em vigor o Decreto 9.203, de 2017, que também trata da política de governança na administração pública, e há projeto de lei semelhante ao de Eduardo Gomes (PL 9.163/2017) na Câmara dos Deputados.
O PL 5.898/2019 aguarda designação de relator na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC). A proposição será analisada em caráter terminativo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Planejamento

Eduardo Gomes destaca que o projeto busca dotar o Brasil de ferramentas integradas de planejamento, além de elevar o sistema de planejamento e de Orçamento federal "para outro patamar".
Nesse sentido, diz o senador, os artigos que disciplinam o planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado (7º a 14) representam uma das mais importantes inovações da proposta e uma contribuição normativa de inestimável valor para garantir a coerência e a coordenação das políticas governamentais.
Eduardo Gomes destaca que os dispositivos cumprem o mandamento contido no parágrafo 1º do artigo 174 da Constituição, segundo o qual “a lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento”.
O projeto contém regras elementares para a implementação do programa de integridade na administração pública, como forma de permitir a ampliação dos mecanismos de prevenção à corrupção, além de conferir maior transparência às respostas dadas a irregularidades.
O texto estabelece princípios, diretrizes e práticas de governança pública voltadas à melhoria do desempenho das organizações no cumprimento de sua missão institucional. Eduardo Gomes destaca que o objetivo é fortalecer as instituições brasileiras, de modo a gerar, preservar e entregar valor público com transparência, efetividade e accountability à sociedade.

Princípios administrativos

Os princípios e diretrizes contidos no projeto configuram os elementos de conexão entre os princípios constitucionais que orientam a atividade administrativa — legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência — e a atuação do agente público.
Na justificativa da proposição, Eduardo Gomes argumenta que, se por um lado o agente público ganha preceitos mais didáticos para que sua atuação seja orientada em prol do cidadão, de outro os princípios constitucionais ganham instrumentos para garantir sua observância, além de novos elementos para expandir a interpretação de seus conteúdos.
O texto, assim, institui regras de governança para permitir que os princípios constitucionais da administração pública sejam traduzidos em políticas públicas e serviços públicos centrados no cidadão, destaca o autor do projeto.

Câmara

Um projeto de lei (PL 9.163/2017) com conteúdo semelhante, apresentado pela Presidência da República, tramita na Câmara dos Deputados. Segundo Eduardo Gomes, a essência desse projeto foi preservada no texto do Senado, mas com a exclusão de estados, Distrito Federal e municípios da norma.
O senador Eduardo Gomes também afirma, na justificativa do projeto, que o texto foi elaborado a partir de recomendações atualizadas de organizações internacionais especializadas no tema, em especial a OCDE, e também de referenciais de governança do TCU e de uma revisão da literatura especializada.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Concurso do Senado: edital está em fase de ajustes, diz comissão examinadora



Da Redação | 27/01/2020, 12h35
O presidente da comissão examinadora do concurso público do Senado, Roberci Ribeiro, esclareceu em nota (ver abaixo) alguns dos motivos pelos quais o edital do certame ainda não foi publicado. Segundo ele, a comissão teve de fazer “uma série de ajustes nos modelos [de edital] até então adotados” para adequá-los à legislação vigente, a exemplo das regras de acessibilidade e de inclusão social. Ele assegura que a comissão está trabalhando para a publicação do edital o mais breve possível.
“Tanto o projeto básico como o edital de abertura precisam contemplar regras claras e objetivas que assegurem a implementação dessas políticas públicas de cotas. O concurso deve ser o mais inclusivo e participativo possível, assegurando um conjunto de tecnologias assistivas para os candidatos que demandem atendimento especial”, diz o presidente da comissão.
De acordo com Ribeiro, a comissão está trabalhando em um procedimento de identificação dos candidatos negros, pardos e com deficiência para evitar fraudes. No caso das cotas para negros, será averiguada a veracidade da declaração do candidato.
Outra inovação, de acordo com o presidente da comissão, foi submeter os critérios de recrutamento e seleção às secretarias que serão responsáveis pela lotação dos futuros servidores. “Estamos reformulando o conteúdo programático, priorizando as matérias mais recorrentes na atuação profissional e realizando o balanceamento das questões em razão das disciplinas de maior relevância”, diz.
O presidente da comissão elogiou a criação, pela Secretaria de Transparência do Senado, do hotsite do concurso na internet. Para ele, a iniciativa traz informações pertinentes não somente para os futuros candidatos, mas também para a comunidade interessada no trabalho desenvolvido na Casa.

 Nota da Comissão Examinadora acerca do concurso público do Senado

A Comissão Examinadora tem empreendido esforços para concluir a instrução do processo de contratação da instituição especializada que executará as etapas de exames e avaliação do concurso público.
A demora no lançamento do edital de abertura deve-se a vários fatores.
O concurso realizado pelo Senado em 2012 reproduziu praticamente a íntegra do edital do certame de 2008. E provavelmente a instrução de 2008 deve ter tomado como base documentos de concursos anteriores.
A comissão se deparou, então, com a necessidade de promover uma série de ajustes nos modelos até então adotados para adequá-los à legislação vigente.
Além de atualizarmos o conteúdo programático com as inovações legislativas, desde o último concurso tivemos o advento de leis e reiteradas decisões judiciais acerca de regras de acessibilidade e de inclusão social, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e a Lei que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos (Lei 12.990/2014).
Tanto o projeto básico como o edital de abertura precisam contemplar regras claras e objetivas que assegurem a implementação dessas políticas públicas de cotas. O concurso deve ser o mais inclusivo e participativo possível, assegurando um conjunto de tecnologias assistivas para os candidatos que demandem atendimento especial. No caso das cotas para negros, devemos ter um procedimento de heteroidentificação para averiguar a veracidade da autodeterminação do candidato. Trata-se de um importante mecanismo de controle e combate à fraude na reserva de vagas.
No início do mês de dezembro realizamos uma audiência pública que contou com a participação de inúmeras instituições especializadas interessadas em operacionalizar o concurso do Senado. Os representantes das organizadoras, a partir da experiência advinda da realização de outros certames, apresentaram várias sugestões e disponibilizaram farto material impresso com informações relevantes. Foi preciso, então, depurar o material apresentado para identificar os dados e os aspectos que poderíamos adotar para o aprimoramento do processo em curso.
De maneira inovadora, adotamos o rito de submeter os critérios de recrutamento e seleção dos candidatos às secretarias da Casa que serão responsáveis pela acolhida e lotação dos futuros servidores. Afinal de contas, os parâmetros de avaliação de desempenho e o conteúdo programático mínimo das provas devem ser definidos a partir da análise dos requisitos básicos à investidura no cargo e do perfil profissional desejado para o bom desempenho das competências e atribuições do cargo. Diante das manifestações das secretarias e unidades consultadas, estamos reformulando o conteúdo programático, priorizando as matérias mais recorrentes na atuação profissional e realizando o balanceamento das questões em razão das disciplinas de maior relevância.
Diante da grande expectativa dos candidatos com a data de lançamento do edital de abertura, podemos assegurar que estamos trabalhando intensamente para a sua publicação o mais breve possível.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Intercambistas de 19 países celebram culturas em Brasília




Evento organizado pela Aiesec teve apoio da Secretaria de Turismo



Maior movimento de liderança jovem do mundo, Aiesec Brasil promove o intercâmbio entre mais de 120 países | Foto: Secretaria de Turismo / Agência Brasília
Mais de 60 jovens de 19 nacionalidades se reuniram no Centro de Atendimento ao (CAT) da Praça dos Três Poderes, neste domingo (26), para trocar experiências e celebrar suas culturas. Foi a primeira edição de 2020 do Global Village Brasília, uma feira multicultural realizada pela Aiesec Brasil, o maior movimento de liderança jovem do mundo, que promove o intercâmbio entre mais de 120 países.
Três vezes ao ano a instituição realiza encontros entre os intercambistas que estão em Brasília e, pela segunda vez, a festa foi apoiada pela Secretaria de Turismo do DF, que cedeu o espaço da Casa de Chá. “Essa iniciativa é importantíssima para unir os povos e as nações. Nós desejamos que cada um dos intercambistas tenham uma experiência muito feliz em Brasília. A nossa cidade tem muito prazer em receber jovens de todo o mundo”, disse a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça. O intercâmbio com instituições de vários países e o trabalho com as embaixadas para promoção de Brasília como destino turístico faz parte das ações prioritárias da Setur.
Os intercambistas participantes do Global Village realizam trabalhos voluntários pela Aiesec no Distrito Federal. “Essa é uma ótima oportunidade para que haja interação entre os participantes do intercâmbio, e também um momento para apresentar o nosso trabalho para os moradores da cidade que não nos conhecem”, conta a presidente da Aiesec em Brasília, Isabela Fan, de 23 anos.
Teve roda de capoeira do grupo Raízes do Brasil no encontro | Foto: Secretaria de Turismo / Agência Brasília
A estudante peruana Brunella Zavala tem 18 anos, chegou a Brasília em janeiro e fica na cidade até fevereiro. Essa é a segunda vez que ela vem ao Brasil. Diz que o que mais gosta é da cultura brasileira. “As pessoas são muito solícitas, toda vez que me perdi teve gente que me ajudou e esperou chegar o ônibus que eu deveria pegar. Nós organizamos eventos para sair, para fazer turismo, e é muito divertido porque compartilhamos com pessoas de todo o mundo. Também gosto muito da comida, adoro pão de queijo e, mesmo não sendo de comer muitas frutas, aqui estou comendo todos os dias. Estou triste por ter que voltar”, destacou.
Durante o encontro, eles fizeram uma roda de conversas para se conhecerem e apresentaram músicas, danças e a culinária de seus respectivos países. Para celebrar a cultura brasileira foi apresentada uma roda de capoeira do grupo Raízes do Brasil.
Maior do mundo
A Aiesec é considerada a maior organização sem fins lucrativos gerida por jovens no mundo. Presente em mais de 120 países e territórios, tem como objetivo alcançar a paz e o preenchimento das potencialidades humanas por meio de intercâmbios sociais e profissionais, que proporcionam aos jovens uma experiência de desenvolvimento de liderança fora da sua zona de conforto.
Em Brasília, a Aiesec atua há mais de 20 anos e entrega experiências vinculadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

* Com informações da Secretaria de Turismo

Informação de preço de produto deve incluir valor sem impostos, prevê projeto




Da Redação | 27/01/2020, 13h59
Está pronto para ser votado na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) o Projeto de Lei (PL) 990/2019, que estabelece o dever de o fornecedor informar o valor dos tributos incidentes sobre os produtos e serviços ao consumidor.
A proposta do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) altera o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990) para determinar que ofertas e apresentação de produtos ou serviços devem incluir o preço sem o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e dos demais tributos sobre eles incidentes, discriminando assim quanto o consumidor está pagando em taxas.
Randolfe declara que o projeto busca corrigir a omissão dos impostos na apresentação de produtos ou serviços, ao prever que os fornecedores devem expor informações corretas, claras e em língua portuguesa sobre os bens oferecidos, além de informar com precisão a carga de tributos indiretos incidentes sobre o consumo.
“Trata-se de informação essencial para que os consumidores saibam quanto de fato se paga de imposto sobre os bens adquiridos no comércio e, consequentemente, para tornar mais transparente a relação entre o governo, que frequentemente apresenta propostas de aumento de carga tributária, e os contribuintes, que muitas vezes reclamam da grande quantidade de impostos incidentes sobre os produtos e serviços. Na maior parte dos países mais desenvolvidos, isso se faz há décadas”, disse.
O senador ainda defende que explicitar os dados sobre a carga tributária possibilitará aos consumidores saber o quanto de imposto poderá ser sonegado, caso não peça a nota fiscal. Randolfe acredita que isso fará com que os contribuintes solicitem o documento com mais frequência, contribuindo para reduzir a sonegação fiscal.

Direito à informação

O relator, senador Dário Berger (MDB-SC), apresentou parecer favorável ao projeto. Para ele, o consumidor merece ser informado com precisão a respeito da carga de impostos indiretos incidentes sobre o consumo.
“O usuário final, agora alçado à posição de consumidor final de tais serviços, poderá se valer de direitos e prerrogativas que o código consumerista oferece, a fim de exigir um acréscimo de qualidade a ser outorgado pelos fornecedores”, declarou.
Caso aprovado na comissão, o projeto poderá seguir diretamente para a análise da Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para que seja votado antes no Plenário do Senado.
De Maria Helena, sob supervisão de Patrícia Oliveira
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores lamentam mortes por chuva no Sudeste




Da Redação | 27/01/2020, 14h56
Vários senadores lamentaram pelas redes sociais as mortes e os desaparecimentos decorrentes das chuvas que castigam o território brasileiro — especialmente o Sudeste. Eles destacaram, inclusive, projetos de lei que alteram as respostas às calamidades.
Um exemplo é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2019, da senadora Leila Barros (PSB-DF), que destina pelo menos 25% dos recursos da reserva de contingência da lei orçamentária anual para o atendimento de situações de calamidade pública. A proposta também permite que o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap) seja usado no atendimento às pessoas afetadas por desastres. Além disso, obriga as empresas de radiodifusão, inclusive as rádios comunitárias, a transmitir gratuitamente informações de alerta à população sobre risco de desastre.
— A ajuda do poder público não ameniza a dor daqueles que perderam entes queridos, mas pode oferecer segurança e alguma esperança para que essas famílias tenham condições mínimas de viver dignamente. O poder público, tanto local como nacional, precisa urgentemente aperfeiçoar meios técnicos e financeiros para responder a calamidades — disse Leila no Twitter, ao comentar a situação dos estados mais afetados pelas chuvas.
O PLP 257/2019 tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde aguarda o voto do relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM). Ele também usou sua conta na rede social para comentar as mortes registradas.
— Acompanho com tristeza o noticiário sobre a tragédia das chuvas em todo o país, especialmente Minas e Espírito Santo. Deus conforte as famílias que perderam entes queridos. No meu Amazonas não será diferente. Depois do fogo na seca, agora vêm as enchentes a castigar o estado — lamentou.
Parte do projeto de Leila é semelhante ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 157/2015, do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Esse texto obriga prestadoras de serviços de telecomunicações a oferecer assistência gratuita e prioritária aos órgãos públicos, com alertas em casos de calamidade, emergência e perigo público iminente. Nesses casos, todas as operadoras teriam de enviar mensagens (Short Message Service - SMS) ou outro serviço equivalente a todos os usuários de serviço móvel pessoal na área ou nos municípios afetados, com informações e orientações repassadas pelos órgãos de defesa civil, segurança pública ou defesa nacional.
O PLS 157/2015, que foi aprovado recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), agora está em avaliação na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT).

Minas Gerais

Os três senadores de Minas Gerais, estado com o maior número de cidades em estado de emergência, prestaram solidariedade às famílias dos mortos e desaparecidos (até o momento da publicação desta matéria, haviam sido registradas 45 vítimas fatais) e aos desabrigados. Minas teve reconhecida nesta segunda-feira (27) situação de emergência em 47 municípios.
Os senadores Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Carlos Viana (PSD) haviam informado, pelo Twitter, a ida do ministro do Desenvolvimento, Gustavo Canuto, a Belo Horizonte — o que ocorreu no domingo (26). Lá Canuto prometeu antecipar o Bolsa Família e o saque do FGTS. Além disso, o governo federal anunciou que deve investir R$ 90 milhões para atender às demandas relacionadas às fortes chuvas em todo o país.
O dinheiro já está disponível para a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Os recursos devem ser empregados em socorro, assistência e reconstrução.
— Manifesto pesar pelas vidas perdidas em decorrência das chuvas e me solidarizo com aqueles que perderam suas casas — escreveu Pacheco na rede social.
O senador Antonio Anastasia (PSDB) ressaltou que a notícia das mortes e dos desaparecidos o entristece muito.
— Levo a todas as famílias dessas pessoas e àqueles que estão desabrigados minha solidariedade e meu abraço fraternal.
Já Carlos Viana, em vídeo, recomendou que os cidadãos acompanhem os alertas e as recomendações sobre chuvas das autoridades e da defesa civil. Ele também pediu cuidado com notícias falsas.

Espírito Santo

No Espírito Santo, especialmente na parte sul do estado, há desabrigados e nove mortes confirmadas até o momento da publicação desta matéria. Os senadores do estado também se manifestaram. Fabiano Contarato (Rede) tem divulgado pelas redes sociais os telefones dos bombeiros e da defesa civil. No dia 22 de janeiro, ele pediu o envio das Forças Armadas para apoiar as cidades capixabas.
Essa também foi a linha de ação da senadora Rose de Freitas (Podemos). Mesmo afastada do mandato por motivo de saúde, ela divulga informações de interesse público e posta fotos de cidades alagadas. A senadora pediu ao governo federal o envio de máquinas para retirar a lama que cobriu ruas e casas.
— Com base no cenário emergencial, em que a quase totalidade dessas cidades ficaram danificadas e interditadas, com inúmeros desabrigados, solicito o apoio e a disponibilização imediata de recursos para auxílio nos trabalhos de abrigo para a população, desobstrução e limpeza das cidades.
O suplente de Rose — atualmente senador em exercício — é Luiz Pastore (MDB-ES). Ele usou sua conta no Twitter para divulgar a arrecadação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo destinada às cidades de Iconha, Vargem Alta e Alfredo Chaves.
O outro senador do estado é Marcos do Val (Podemos-ES). Em tom de desabafo, ele incitou a população a ser proativa.
— A culpa é da chuva, do prefeito ou do governador, mas nunca nos responsabilizamos pelos nossos atos. Vamos mudar de atitude e passar a pensar coletivamente. Aí sim, vamos transformar esse grande país em um país grande! Devido ao estrago causado pelas chuvas, vários municípios estão precisando de todos os tipos de doações. Faça sua parte e juntos reergueremos o que foi destruído — declarou ele.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CCJ analisa criação de Força Nacional de Segurança Pública permanente



27/01/2020, 18h46
A Força Nacional de Segurança Pública pode virar um órgão permanente, com estrutura própria. É o que prevê a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 19/2019, em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A iniciativa é da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). O relator, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), defende a PEC. Mas, a pedido do senador Major Olímpio (PSL-SP), a CCJ realizará uma audiência pública antes de votar a proposta. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

Fonte: Agência Senado

Reforma tributária é prioridade deste ano no Congresso




Da Redação | 27/01/2020, 10h25
Ano novo, reforma nova. Se 2019 foi marcado pela alteração na aposentadoria dos brasileiros, a promessa para 2020 é a mudança na cobrança de impostos. Senado e Câmara dos Deputados instalam em fevereiro uma comissão mista que terá a função de reunir em um só texto as principais matérias sobre o assunto no Congresso Nacional. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já avisou que o Poder Executivo quer sugerir ajustes.
O Poder Legislativo analisa mais de 100 propostas de emenda à Constituição (PECs) para reformar o Sistema Tributário Nacional, mas o esforço recente gira em torno de duas matérias. A PEC 45/2019, apresentada em abril pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aguarda parecer na comissão especial da Câmara. A PEC 110/2019, sugerida em julho pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está pronta para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
A principal convergência entre as duas propostas é a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam substituídos por um só imposto sobre valor agregado (veja abaixo um quadro comparativo das propostas). A PEC 45/2019 extingue cinco tributos: três de competência da União (IPI, PIS e Cofins) e dois de estados e municípios (ICMS e ISS). Além desses, a PEC 110/2019 acaba com outros quatro impostos federais (IOF, salário-educação, Cide-combustíveis e Pasep).
A mudança traz algumas vantagens: simplicidade na cobrança (com o menor número possível de alíquotas e regimes especiais); incidência apenas sobre o consumo; e uniformidade em todo o país. Mas as semelhanças entre as duas propostas param por aí, e o desafio da comissão mista será harmonizar as divergências, que não são poucas [veja arte].
O presidente e o relator do colegiado já foram definidos: o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Rocha é relator da PEC 110/2019 na CCJ do Senado, enquanto Ribeiro relata a PEC 45/2019 na comissão especial da Câmara. A expectativa dos parlamentares é unificar a discussão e acelerar a aprovação da reforma tributária, que hoje tramita de forma fatiada no Congresso.
— Temos duas propostas: uma na Câmara e outra no Senado. Elas têm o mesmo chassi, muda apenas a carroceria. Temos um acúmulo grande. Só no Senado são quase 200 emendas apresentadas. Não creio que seja uma tarefa muito difícil — argumenta Roberto Rocha.
A expectativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, é ver a reforma tributária aprovada nas duas Casas ainda no primeiro semestre, com a colaboração do Ministério da Economia.
— Não adianta termos uma proposta na Câmara e outra no Senado sem ter a participação efetiva do governo. A palavra é conciliação. Uma conciliação da Câmara, do Senado e do Poder Executivo para entregarmos para a sociedade brasileira uma proposta que faça com que os empreendedores e a população possam se ver contemplados em uma reforma que vai melhorar a vida das pessoas.
A previsão inicial era de que a comissão mista destinada a analisar a reforma começasse a recolher sugestões dos parlamentares e do Poder Executivo em dezembro passado, durante o recesso. Mas o início dos trabalhos foi adiado porque os líderes partidários ainda não indicaram os 15 senadores e 15 deputados que devem integrar o colegiado. Mesmo após o adiamento, o presidente da Câmara continua confiante na aprovação da reforma em 2020.
— A reforma tributária é a mais importante para o crescimento econômico e para destravar a economia do país. Defendo a simplificação do sistema tributário brasileiro, que atualmente é confuso e com excessivas leis. Essa reforma, ao simplificar o sistema, vai diminuir o desequilíbrio existente hoje. A sociedade continua pagando muitos impostos, e os serviços públicos continuam piorando. Isso precisa mudar — escreveu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em uma rede social.
A comissão mista da reforma tributária deve apresentar um parecer em 90 dias. Depois disso, o texto ainda precisa ser votado na Câmara e no Senado. Como se trata de uma mudança na Constituição, a proposta depende da aprovação de 308 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação.

Impacto para os estados

perdasganhosO Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicou em janeiro uma análise sobre as PECs 45/2019 e 110/2019. De acordo com o estudo Reforma Tributária e Federalismo Fiscal, a unificação de IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS no futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) resultaria em uma tributação de 26,9% — uma das mais altas do planeta. “A alíquota do IBS deve chegar a níveis próximos de 27%, segundo as nossas estimativas, o que colocaria o Brasil entre os países com as maiores alíquotas-padrão de IVA [imposto sobre valor agregado] do mundo, ao lado da Hungria, que tributa em 27%, e acima de países como Noruega, Dinamarca e Suécia, com alíquotas de 25%”, afirmam os pesquisadores Rodrigo Orair e Sérgio Gobetti.
Os analistas compararam a receita atual de ICMS e ISS de cada unidade da Federação com a estimativa potencial de arrecadação com o futuro IBS [veja arte]. A conclusão é de que 19 estados podem ganhar com as mudanças. Entre eles, os 12 entes considerados de renda baixa (com nível de produto interno bruto per capita até R$ 20 mil por habitante), que devem arrecadar R$ 24,8 bilhões a mais por ano. Os maiores beneficiados são Pará e Maranhão, com ganhos de R$ 5,6 bilhões e R$ 4,2 bilhões.
No outro lado da moeda, oito estados de renda média (entre R$ 20 mil e R$ 30 mil per capita) e alta (acima de R$ 30 mil) perdem com as mudanças. Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo juntos deixam de arrecadar R$ 34,3 bilhões por ano. Paulistas e mineiros pagam a conta mais alta, com prejuízos de R$ 21,2 bilhões e R$ 4 bilhões.
O Ipea analisou ainda o impacto das duas PECs no combate às desigualdades sociais. Pela regra atual, a fatia mais pobre da população paga 26,7% da renda em impostos sobre o consumo. Os mais ricos desembolsam apenas 10,1%. A reforma tributária reduz essa diferença, mas de maneira discreta: 24,3% para os mais pobres, e 11,2% para os mais ricos.

Reforma enxuta

O Poder Executivo deve enviar em fevereiro sugestões para aperfeiçoar a reforma tributária. As mudanças serão apresentadas na forma de emendas por senadores e deputados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda não detalhou quais pontos do texto pretende alterar. Mas durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro na Suíça, disse que o Palácio do Planalto defende uma reforma “mais simples”.
Em entrevistas a órgãos de imprensa, Paulo Guedes tem defendido a substituição dos diversos tributos sobre bens e serviços por um só imposto sobre valor agregado (IVA) — como preveem as PECs 45/2019 e 110/2019. Mas, segundo o ministro, o Poder Executivo quer uma alíquota de apenas 11%. Para compensar a perda de arrecadação, seria criado um novo imposto sobre pagamentos digitais.
O presidente do Senado é contrário à ideia. Ele lembra que o Congresso já derrubou tentativas de criação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF. A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira incidiu sobre todas as transações bancárias e vigorou no Brasil por 11 anos, até 2007.
— A gente já falou em outras ocasiões, tanto o Senado como a Câmara, que o Brasil não aguenta mais aumentar a carga tributária. As pessoas insistem em falar sobre isso, que é um tema que o Parlamento já decidiu que não vai fazer. Na Câmara, o sentimento do presidente Rodrigo Maia é que não passa a criação de um novo imposto, seja ele qual for. E no Senado também, eu já falei sobre isso — disse Davi Alcolumbre.
conheca proposta
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

MG tem nova suspeita de coronavírus em Belo Horizonte




Paciente de 22 anos estava em viagem à China e, de acordo com pessoas próximas ao caso, passou por Wuhan, cidade onde o vírus se originou

Por Redação - 27 jan 2020, 19h48
O governo de Minas Gerais trabalha com a suspeita de um caso de coronavírus em Belo Horizonte, o segundo em menos de uma semana. A paciente, uma mulher de 22 anos, estava em viagem à China e, de acordo com pessoas próximas ao caso, desembarcou na capital mineira vinda de Wuhan, cidade onde o vírus se originou. Ela foi atendida na última sexta-feira, 24, em uma Unidade de Pronto Atendimento de Belo Horizonte com sintomas respiratórios e febre baixa.
Segundo o governo Romeu Zema, ela passa bem e será transferida ao hospital Eduardo de Menezes, que acompanhará o caso. “O caso será discutido com o Ministério da Saúde e assim que tivermos novas atualizações, iremos informar”, diz nota oficial.
Mais informações em instantes. 
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