sábado, 25 de janeiro de 2020

Palestrão Segurança RJ: é possível estudar para dois concursos ao mesmo tempo?




Se organizar para fazer um concurso público é complicado. Quando você pensa em fazer mais de um, essa missão fica ainda mais difícil. Principalmente se forem áreas diferentes. A dúvida que fica é: é possível estudar para dois concursos ao mesmo tempo?
Saber fazer um plano de estudos que se adeque aos dois é fundamental para o sucesso em pelo menos um deles. Mas como iniciar esse planejamento? 
Durante o Palestrão Segurança RJ, entrevistamos o professor e auditor de contas do TC-DF, Leonardo Murga, que esclareceu as dúvidas sobre se é possível estudar para dois concursos ao mesmo tempo. 
Além disso, o professor trouxe dicas essenciais sobre como realizar esse planejamento à partir de ciclos de estudo.
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Leonardo Murga trouxe dicas de planejamento de estudos no Palestrão Segurança RJ

É possível estudar para dois concursos ao mesmo tempo?

O professor explicou que, antes de tudo, é preciso que o candidato tenha em mente a ideia de construção. 
Segundo Leo Murga, para isso, o futuro servidor deve focar em uma área como um todo, e não apenas um concurso específico ou concursos de áreas que sejam muito distintas uma da outra. 
O especialista em planejamento de estudos cita como exemplo os concursos da Segurança Pública
“Se você atirar em apenas um concurso, você pode eventualmente ter uma problema, mas se você atirar na área de Segurança, vai acumular de um concurso para o outro até lograr êxito na aprovação.
Essa é uma boa alternativa de programar os seus estudos pois, caso você não tenha tido sucesso no primeiro concurso que tentou, terá agregado conhecimento para outros com disciplinas e conteúdo parecidos.

O que não deve faltar no planejamento?

Nesse caso, a principal dica do professor é sempre fechar o edital anterior. Isso porque iniciar os estudos somente quando o edital sair não é indicado, afinal, muitos outros candidatos iniciam a preparação muito antes até da autorização de alguns.
É preciso ter um profissionalismo na hora de iniciar o seu planejamento e encarar o estudo como uma rotina. 
“Atualmente você não consegue estudar de qualquer jeito, você precisa ser um profissional dos estudos ou um atleta profissional dos estudos”, afirma Murga.
Para ajudar no seu planejamento na hora do estudos, Leo Murga utiliza uma técnica chamada ciclos de estudos

O que é um ciclo de estudos?

Segundo Murga, para realizar um ciclo de estudos completo, é necessário dividir as disciplinas em três ciclos ou blocos. O objetivo é que cada bloco tenha três matérias diferentes em cada e que você faça eles por completo para iniciar o outro.
Mas lembre-se, caso você complete uma disciplina de um bloco antes das demais, precisa “puxar” alguma do seguinte e não estudar apenas duas no mesmo tempo. O professor recomenda que, nesse caso, seja uma disciplina semelhante à anterior.

Como devo realizar um estudo semanal?

O ideal é que, no seu estudo, você foque na teoria primeiro e complete com exercícios ao final do dia.
Aos finais de semana, o professor recomenda utilizar o seu tempo para estudar algo que você não tenha aprendido, além de questões e revisões do conteúdo semanal.
Por fim, faça uma grande revisão após quatro semanas. Dessa forma, você não irá perder o conteúdo que acumulou ao longo do mês e conseguirá fixar melhor o que precisa.
“É justamente o tempo que você começa a esquecer e perde o que você estudou meses atrás. Deve parar então em um mês e retornar ao que estudou nesse período”, finaliza Leonardo Murga.
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São Paulo comemora 466 anos marcada por diversidade e desigualdade

BRASIL

Cidade comemora 466 anos neste sábado (25) com contrastes violentos entre suas regiões e também com o resto do país

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Cidade de São Paulo tem o segundo metro quadrado médio mais caro do índice (Filipe Frazao/Thinkstock)
São Paulo – Mariano Ferreira de Queiroz, de 64 anos, vive em São Paulo há mais de quatro décadas. Ele deixou Ubaí, no norte de Minas, ainda jovem junto com cinco dos seus nove irmãos para “tentar a vida na cidade grande” e fugir da miséria.

A família optou por São Paulo, que completa 466 anos neste sábado (25), pela mesma razão que muitos antes e depois dele: promessa de trabalho. Mariano aprendeu a ser jardineiro, função que exerceu a vida toda, e se aposentou em 2008, mas só parou de trabalhar após ter um acidente vascular cerebral (AVC).

Ele e sua esposa vivem com um salário mínimo há 28 anos na mesma casa no Jardim Emburá, no extremo sul da cidade, sem água potável nas torneiras ou esgoto.

O distrito de Marsilac, onde fica a casa e onde quase metade da população é preta ou parda, está entre os piores da cidade em 18 dos 50 indicadores analisados pelo Mapa da Desigualdade divulgada pela Rede Nossa São Paulo. Lá não há nenhum equipamento público de cultura e de esporte.

O distrito também é líder em mortalidade infantil. A proporção de óbitos de crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas é de 24,59 contra 10,5 na média da cidade e apenas 1,07 em Perdizes, distrito com o melhor resultado.


466 anos e as marcas da desigualdade social


A arquiteta Karina Ieiri, de 30 anos, tem outra experiência da cidade onde mora com o marido no Morumbi, na Zona Oeste da cidade. Ela se mudou para lá há cinco anos, mas ainda não se adaptou:

“Não é um bairro que te convida a andar, não tem espaço público”, diz ela. “É um bairro murado e com ruas desertas”.

O Morumbi faz fronteira com a favela de Paraisópolis, um contraste que rendeu uma das fotos mais utilizadas no país e no mundo como símbolo da desigualdade extrema.

A arborização também é uma das mais alta da cidade no distrito, com uma proporção de 1.377 árvores por quilômetro quadrado. No outro extremo, novamente Marsilac, com 3,2 árvores na mesma medida.
Oportunidade de trabalho
A diferença entre oportunidade de emprego também aparece no Mapa da Desigualdade. Enquanto na Barra Funda, área central, a taxa de emprego formal é de 59,2 por dez habitantes com idade ativa, na Cidade Tiradentes, no extremo leste, o número é de 0,2. A média registrada em São Paulo é de 6,7.
Professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, Renan Pieri diz que é esperado que a área central tenha boa parte dos postos de trabalho pois ela concentra comércio e serviços, além de maior renda.
“Nos bairros mais pobres o índice de criminalidade é mais alto, existem inseguranças jurídicas com relação as propriedades dos terrenos e eles em geral não são planejados. Tudo isso afasta investimentos. Aliado a isso não há demanda local, porque a renda das pessoas é mais baixa”, diz.
Ainda assim, São Paulo segue atrativa para pessoas de todo o Brasil em busca de emprego. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (24), mostram que foram mais de 80 mil vagas com carteira assinada na cidade em 2019.
É cerca de um a cada oito empregos novos no país. Enquanto isso, 8 capitais tiveram saldo negativo de vagas no ano, incluindo o Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país.
Cultura e esporte
Em Marsilac, onde mora o jardineiro Mariano, não há equipamentos públicos de cultura – mesma situação de outros 23 distritos da capital. Já no Morumbi, onde mora a arquiteta Karina, a proporção de equipamentos públicos de cultura para cada cem mil habitantes é de 5,83, contra 4 na média da cidade.
De acordo com o secretário municipal de cultura, Alê Youssef, os locais onde não há equipamento público são prioritários para a pasta.
“Existe uma preocupação muito intensa em espalhar cultura por todos os cantos da cidade e estamos satisfeitos com os resultados. Agora no carnaval, por exemplo, nós tivemos inscrições de blocos nas 32 subprefeituras. Na Virada Cultural tivermos shows de grandes artistas nas periferias”, contou.
Mesmo com a desigualdade interna, São Paulo se destaca do resto do país pela vida cultural vibrante e marcada pela diversidade. A parada do orgulho LGBT, por exemplo, é uma das maiores do mundo.
Programação do aniversário de São Paulo
A vocação cultural paulistana será celebrada neste sábado de aniversário com mais de 300 atividades como shows, cinema, dança, teatro e circo, em cerca de 150 pontos nas ruas e equipamentos culturais.
Na programação, artistas como Elba Ramalho com Bixiga 70, Karol Conka, Rashid, Ney Matogrosso, Skank, Demônios da Garoa e a bateria da escola de samba Vai-Vai. Entre os destaques fora do centro estão Emicida na Praça Brasil na Zona Leste, Falamansa na Freguesia do Ó e Marcelo Jeneci na Lapa.
A administração paulistana também quer mostrar contraste com o obscurantismo do governo Bolsonaro com o Festival Verão Sem Censura, com obras censuradas recentemente por órgãos do governo federal.
Serão mais 45 atividades abertas e gratuitas nas cinco regiões da cidade. O festival começou no dia 17 com show de Arnaldo Antunes, que teve um videoclipe censurado na TV, e apresentação do DJ Rennan da Penha, funkeiro idealizador do Baile da Gaiola preso em março e libertado em novembro.
O evento também exibiu o filme Bruna Surfistinha, atacado pelo presidente Jair Bolsonaro como mal uso de dinheiro público, e será encerrado no Theatro Municipal com apresentação da peça “Roda Viva”.
O espetáculo, escrito por Chico Buarque e com direção de José Celso Martinez, foi censurado durante a ditadura militar. A programação completa está disponível no site da secretaria de cultura.


Vladimir Bartalini, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), nota que a arborização não deve ser encarada como algo supérfluo:

“Interfere de várias maneiras, como na atenuação dos efeitos das poluições atmosférica e sonora, na contenção de deslizamentos e na temperatura, um dos efeitos mais evidentes”, diz ele.
“A vegetação traz também prazer estético e bem-estar, que não se medem em decibéis ou em graus”, destacou.

FONTE: EXAME

Venda direta e licitação em áreas de interesse social são normatizadas




Resolução da Codhab regulamenta a Lei nº 4966/12 e vai beneficiar mais de 600 mil pessoas que vivem em assentamentos informais



O Governo do Distrito Federal (GDF) deu um grande passo para regularizar a questão fundiária da Capital da República. Nesta sexta-feira (24), a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) publicou no Diário Oficial a Resolução nº38, que regulamenta a venda direta e a licitação com direito de preferência no caso de imóveis localizados em áreas de interesse social. 
Com a medida, cerca de 600 mil pessoas serão beneficiadas em localidades como São Sebastião, Itapoã, Sol Nascente, Pôr do Sol, Nova Colina, Setor Primavera, Vale do Amanhecer e Estrutural (foto). “A Codhab nunca conseguiu regularizar 100% de nenhum assentamento. Mas, agora, temos instrumentos para concluir a regularização de todas as áreas”, explica o diretor de Regularização de Interesse Social da companhia, Leonardo Firne. 
Foto: Agência Brasília/Arquivo
Segundo ele, a Codhab enfrentava muitos entraves no processo de regularização. “Às vezes, encontrávamos situações de pessoas que atendiam aos critérios, mas o terreno era maior que o permitido pela legislação vigente”, complementa. 
Ele explica que no caso de doações, os critérios são estar morando no local há pelo menos cinco anos, ter renda de no máximo cinco salários mínimos e possuir imóvel com até 250 metros quadrados. 
“Agora, quem tiver  o imóvel maior, mas atender os outros critérios, poderemos propor a regularização com a aquisição do terreno que extrapola a norma. E vamos facilitar o pagamento também”, acrescenta. 
De acordo com a resolução, em caso de licitação com direito de preferência, os interessados poderão pagar o preço de mercado do imóvel.
Na licitação com direito de preferência, a avaliação será feita pelo valor de mercado. Já a venda será efetuada em até 240 meses, com taxas de juros de 0,4% ao mês. “São oportunidades para regularizar milhares de processos parados na companhia”, explica Firne. 

Situações que resultam na habilitação para venda direta
– Ocupar imóvel superior a 250 metros quadrados, situado em Parcelamento Informal Consolidado;
– Ter renda familiar superior a cinco salários mínimos;
– Ter sido proprietário, promitentes compradores ou cessionários de outro imóvel no Distrito;
– Ocupante de imóvel cuja ocupação não tenha sido mansa e pacífica no período exigido da ocupação, desde que o processo judicial existente tenha sido concluído;
– Ocupar imóvel por período inferior ao exigido.
Observação – No caso dos imóveis a serem vendidos, a avaliação será realizada pelo valor da terra nua da gleba, como se vazia estivesse e sem a dotação de infraestrutura.
Situações que resultam na habilitação para licitação com direito de preferência
– Ser proprietário, promitente comprador ou cessionário de outro imóvel no Distrito Federal.
Obs: no caso dos imóveis a serem licitados, o valor básico será igual ao valor de mercado, a ser avaliado pela Codhab.
O que a nova regulamentação trouxe de mais importante?Nos casos em que a regularização se der por meio de venda direta, a avaliação do imóvel será realizada pelo valor da terra nua da gleba, como se vazia estivesse e sem a dotação de infraestrutura de modo que o valor do metro quadrado encontrado será aplicado para a área dos lotes a serem regularizados.
Nos casos em que a metragem do imóvel situados em Parcelamentos Informais for superior a 250 metros quadrados, a venda se dará da seguinte formaa – O ocupante que ganhar menos – ou igual – do que cinco salários mínimos pagará apenas o valor excedente da metragem de duzentos e cinquenta metros quadrados, devendo ser multiplicado o valor do metro quadrado pela metragem excedente;
b – O ocupante que auferir renda familiar superior a cinco salários mínimos pagará o valor total do imóvel, não havendo desconto da metragem excedente.
III. Na Licitação com direito de preferência a avaliação será realizado pelo valor de mercado.  A taxa de juros aplicada será de 0,4% ao mês.
. O prazo para o parcelamento será de até 240 meses e serão concedidos descontos para o ocupante que der entrada, conforme planilha da resolução. DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Serviços do GDF na palma da mão




Parceria com o Serpro coloca o governo na era digital, com software para baixar em aparelhos móveis de graça. E a custo zero aos cofres públicos



“Vou ser o cara que vai transformar o Governo em empresa.” Com essa declaração, o governador Ibaneis Rocha autorizou a Secretaria de Ciência e Tecnologia a dar um importante passo para a assinatura de um convênio com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que visa desenvolver a Plataforma Brasília Capital.
Um dos principais benefícios dessa parceria é a criação de um aplicativo para que o cidadão possa ter todos os serviços do GDF na palma de sua mão, centralizados em um software para o usuário baixar em aparelhos móveis e de graça. E melhor: a custo zero para os cofres públicos.
Em contrapartida, Governo e Serpro esperam arrecadar até R$ 400 milhões em dois anos, negociando a nova tecnologia com empresas interessadas em expor sua marca no aplicativo, que terá conexão com a plataforma dessas entidades para oferecer os serviços delas no mercado privado ao cidadão. Como, por exemplo, cartórios, farmácias etc.. A ferramenta tecnológica dará ao usuário preço em conta e localização mais próxima.
A parceria prevê que, com apenas 10% das empresas do Distrito Federal, ou seja, 1,1 mil, obtenha um faturamento anual de R$ 20 milhões com a franquia, provendo o serviço direto entre as entidades e os cidadãos.
Além de facilidade ao cidadão, vamos arrecadar R$ 400 milhões para os cofres públicosGilvam Máximo, secretário de Ciência e Tecnologia
A apresentação da Plataforma Brasília Capital contou com a presença do secretário de Ciência e Tecnologia, Gilvam Máximo e do presidente do Serpro, Caio Mário Andrade. “A missão do Serpro é, acima de tudo, fazer o Governo Digital”, disse Caio Mário Andrade.
Para o secretário Gilvam Máximo, Brasília entra de vez no mundo digital, oferecendo serviços públicos em aplicativos 24h por dia. “Esse aplicativo iria para São Paulo. Trouxemos para cá. Além de facilidade ao cidadão, vamos arrecadar R$ 400 milhões para os cofres públicos”, destaca.
A tecnologia vai permitir à pessoa simplificação e agilidade em obter algum tipo de prestação de serviços públicos. Pelo aplicativo, o usuário poderá obter identidade, certidões de nascimento e casamento, além de escrituras digitais. E o cidadão também terá um canal aberto para solicitar seu atendimento em serviços públicos e privados via Chatbot (programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas, respondendo perguntas, inclusive) e no balcão virtual. Ambos disponíveis na plataforma.
Alertas
O Aplicativo Brasília Digital também emite alertas como, por exemplo, do vencimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, já começa a conectar o titular do documento com as clínicas regulamentadas pelo Detran, agendando o exame e eximindo o portador de apresentar toda a documentação de novo para iniciar a renovação. Basta fazer a validação deles, seja por reconhecimento facial ou pelo QR Code. Neste código constará todos os dados. O sistema beneficiará dessa forma também a vida do empresário, que poderá atender a mais pessoas.
Para reunir as informações do usuário no sistema, o Serpro terá acesso aos dados por meio das secretarias de Economia, Segurança e Mobilidade, entre outras. A ferramenta significará o fim das filas e da burocracia. Ele pode, enfim, agilizar a emissão do passe livre e a marcação de consulta em hospitais e UPAs (Unidade de Pronto Atendimento).
Para ter acesso a todos os serviços, o usuário precisa antes de tudo baixar o aplicativo – que deverá ser disponibilizado em breve – e validar os dados. O cidadão cria uma senha e um perfil, com seu endereço e número de telefone. Os serviços vão estar disponíveis para ele na palma da mão.
Inovações
Uma das principais inovações do Aplicativo Brasília Digital ainda é a digitalização do cartão de transporte público, que ficará incorporado ao perfil do usuário do sistema na ferramenta. Neste caso, Brasília será a pioneira entre as Unidades da Federação.
As atualizações serão feitas por mês, é o que prevê o acordo. No mês que vem, caso o convênio seja mesmo celebrado, a Segurança Pública vai inaugurar a plataforma, oferecendo pelo aplicativo serviços de segurança. Em março, será a vez de Economia. Em abril, Transporte. Em maio, Educação. Em junho, Saúde. E em julho, Cidades.
Entusiasmado com a plataforma, o secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente, sugeriu que as primeiras autarquias disponibilizadas no aplicativo fossem o Departamento de Trânsito (Detran) e a Economia. “As duas têm muita demanda. Se puder, começaremos por eles”, comentou Clemente.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Entregue segunda etapa de canal de irrigação




Obra beneficia produtores rurais de Tabatinga e reduz até 70% de perda de água



A Secretaria de Agricultura e a Emater DF entregaram nessa sexta-feira (24) a segunda etapa da obra de tubulação do Canal de Irrigação do Rio Jardim do núcleo rural Tabatinga, na região de Planaltina. A obra vai beneficiar 120 famílias em 37 propriedades, que ocupam uma área total de 1.080 hectares.
A parte entregue nesta sexta-feira tem uma extensão de seis quilômetros de tubulação. Quando o sistema estiver completo, o que deve ocorrer até o meio do ano, terá nove quilômetros de canais cobertos e atenderá a uma demanda antiga dos produtores do núcleo rural.
120 famíliasserão beneficiadas com a obra. Elas vivem em 37 propriedades e ocupam uma área total de 1.080 hectares.
A tubulação deve reduzir as perdas de água com infiltração, evaporação, desperdício pelo mau uso e redução do fluxo por causa de vegetação no caminho em cerca de 70%. “É um desperdício de água que a gente não pode se dar ao luxo de ter”, diz o extensionista Lucas Máximo, gerente do escritório da Emater em Tabatinga.
Mais emprego e renda
Para o secretário de Agricultura, Dilson Resende, a obra vai disponibilizar mais água para a produção rural local, gerando mais emprego e renda. “Estamos economizando água e, com isso, disponibilizando mais água para a produção. Além disso, estamos protegendo o manancial e o rio, que começa a ter mais disponibilidade de água para outras propriedades que não são abastecidas pelo canal”, afirmou.
Dilson Resende afirmou que esse tipo de política pública traz economia, sustentabilidade e incentivo à produção. “Principalmente para aqueles produtores que utilizam essa água para a produção de alimentos, frutas, hortaliças e outros produtos agrícolas”, disse.
O diretor-executivo da Emater-DF, Antonio Dantas, afirmou que a entrega do canal demonstra como a participação da comunidade nos assuntos de seu interesse produz resultados benéficos a todos. “Esse canal é um exemplo de que não se faz nada só. É preciso um esforço coletivo e eu queria parabenizar desde a primeira gestão da associação do canal até a gestão atual, que buscaram o recurso na Câmara Legislativa e se movimentaram para a obra sair”, disse.
O vice-presidente da Associação de Usuários do Canal, José Eduardo Gonçalves de Azevedo, enfatizou que a obra é de suma importância para os produtores da região. “Primeiro, sem água você não faz nada. Segundo, o desperdício de água que a gente tinha aqui antes da tubulação era astronômica. Nós ficávamos quatro meses de seca, cinco meses, sem uma gota d’água. Essa obra é uma coisa que a gente tem de agradecer para o resto da vida”, afirmou.
O deputado distrital Claudio Abrantes também participou da entrega. Ele afirmou que viabilizou, por meio de recursos de emenda parlamentar, cerca de R$ 450 mil para a finalização do canal e disse que, se for preciso, reservará mais recursos para a conclusão do trecho final da obra.
Morador de Planaltina e ex-funcionário da escola da comunidade, Abrantes destacou o impacto do sistema para a região. “Para além dessa questão pessoal, a gente precisa otimizar os recursos hídricos do planeta e a ideia [do canal] é extremamente inteligente, é efetiva, eficiente, e quando me trouxeram esse pleito eu disse ‘olha a gente tem que abraçar’. Além de favorecer muito a agricultura, ainda reduz drasticamente as perdas por conta do canal antigo. Essa deve ser uma modelagem para todo o Distrito Federal.”
BenefíciosO gerente da Emater-DF Lucas Máximo disse que quando os últimos três quilômetros do canal forem concluídos, o potencial de irrigação deve atingir mais 120 hectares associados a uma lâmina d’água para criação de peixes de 3,2 hectares. Numa área irrigada, é possível ter até três safras, principalmente de hortifrútis, explica.
“O setor de hortifrútis, além de ter uma um valor agregado maior, possibilita maior geração de emprego e maior fixação do homem no campo, tirando a pressão do sistema público urbano, tanto de mobilidade, como de transporte, segurança e saúde e cria qualidade de vida no campo”, afirmou Máximo.
Para o produtor rural Getulio Mischlki, que planta soja, milho e feijão, o canal vai permitir que ele retome plenamente a produção agrícola em sua propriedade. Por causa da falta de água, ele chegou a ter que reduzir em até 50% o volume de sua produção e, em alguns momentos, até ficar sem plantar.
“Qual é o nosso desafio pra frente? É a água. Hoje a gente precisa produzir bem, com tecnologia e pouca água. O mundo inteiro tem de pensar em água. Não adianta a gente ter um ‘mundaréu’ de terra e não ter água para produzir”, afirmou. “A gente tem que trabalhar com duas coisas: com o braço e com a cabeça”, completa Mischlki.
Segundo o subsecretário de Desenvolvimento Rural da Secretaria de Agricultura, Odilon Vieira, a revitalização de canais segue sendo realizada em outras regiões rurais do DF. “Hoje existem quatro frentes de revitalização, sendo que duas estão tubulando os canais e outras duas, limpando os mais antigos, que estão com problemas e prejudicando o fluxo normal da água.”
De acordo com Vieira, a partir do próximo mês, com a diminuição das chuvas, a subsecretaria pretende usar as quatro frentes para o trabalho de tubulação. “O objetivo é até o fim de 2020 instalar cerca de 23 quilômetros de tubos que nós, inclusive, já temos comprados e estão no pátio da Secretaria de Agricultura”, declarou.
*Com informações da Seagri e Emater

Agências do trabalhador passam por reforma




Estruturas físicas das unidades de Ceilândia e de Taguatinga recebem melhorias a partir de verbas de emendas parlamentares



Trabalho a todo vapor na Agência do Trabalhador de Ceilândia | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília
As Agências do Trabalhador das duas maiores regiões administrativas do Distrito Federal estão em reforma. As unidades de Ceilândia e de Taguatinga recebem melhoria estrutural custeada por verbas de emendas parlamentares para melhor atender os cidadãos da capital. Além de reparar instalações deterioradas, os espaços recebem adaptação para acessibilidade e criação de salas de apoio. Para não paralisar os serviços, o atendimento foi deslocado.
O início das obras foi em dezembro. Para cada unidade, são necessários R$ 300 mil, adquiridos a partir da articulação com deputados distritais. As duas funcionam em prédios próprios da Secretaria de Trabalho (Setrab), com maior movimento e estruturas gastas pelo tempo. “Na visão dos técnicos, essas eram as mais precárias, com problemas de infraestrutura, então entramos para dar  melhor condição e mais acessibilidade”, explica o titular da pasta, Thales Mendes.
“É claro que ninguém deixa de ser recebido por problemas no prédio, mas ter um lugar acolhedor e bem equipado é importante”Tatyane Nunes, gerente da Agência do Trabalhador de Samambaia
São melhoradas as instalações deterioradas com o tempo, como piso, pintura, banheiros, esquadrias e forro. Mais que isso, os locais recebem atualização da acessibilidade, com colocação de piso tátil, rampas de acesso, sinalização e banheiro adaptado. Visando melhor atendimento, o projeto inclui a reorganização do espaço para criação de salas de aula (três em Ceilândia e duas em Samambaia) para oferta de cursos de qualificação e de locais para autoatendimento.
“Já era hora”, comemora a dona de casa Ana Isabel, 53 anos. Moradora de Samambaia, ela encontrou fechada a porta da Agência do Trabalhador localizada na QN 303, com uma montanha de areia na frente. A intenção, revela, era buscar informações a respeito de uma nova carteira de trabalho.
Tatyane Nunes: Para um bom serviço a gente precisa de boa estrutura | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília
Para ela, o portão fechado, agora, é vantagem. E não foi problema deslocar-se até a Administração Regional de Samambaia, onde o serviço é mantido provisoriamente. “É ótimo que o espaço receba reforma porque precisava mesmo. É bem melhor que tenha um lugar adequado para receber a população”, opina.
A gerente da Agência do Trabalhador de Samambaia, Tatyane Nunes, conta que a unidade faz mais de cem atendimentos diários, com maior movimento na parte da manhã e inclusive com demanda do Entorno. “Para um bom serviço a gente precisa de boa estrutura. É claro que ninguém deixa de ser recebido por problemas no prédio, mas ter um lugar acolhedor e bem equipado é importante”, afirma.
Em Ceilândia, os serviços são mantidos na Praça do Cidadão, onde fica a unidade. Quem procura a Agência do Trabalhador da cidade é atendido em uma sala ao lado, no Bloco B da EQNM 18/20. “É ótimo que o espaço seja reformado. É melhorar a infraestrutura para melhorar o atendimento”, acredita Jackeline Naves, desempregada de 42 anos.
| Foto: Renato Araújo / Agência Brasília
De acordo com o secretário de Trabalho, a iniciativa é parte de um plano de fazer com que a pasta tenha efetividade dos serviços ofertados para a comunidade. Por isso, a pasta fará um cronograma de reforma e adaptação das agências, de forma a padronizar procedimento, serviço, layout.
Em 2019, 140 mil pessoas buscaram atendimento nas 17 Agências do Trabalhador do DF. Além da emissão de carteira de trabalho, entrada no Seguro Desemprego, inscrições em cursos profissionalizantes e solicitação de microcrédito, um dos serviços mais procurado é a oferta de vaga de emprego, que chegou ao incrível patamar de 22 mil encaminhamentos e um aumento recorde no número de inseridos, que passou de 3%, para 7%.
Serviço:
Agência do Trabalhador de Ceilândia
Unidade em reforma: QN 303 – Samambaia Sul
Atendimento provisório na Administração Regional de Samambaia (Centro Urbano – Samambaia Sul)
Horário de atendimento: das 8h às 17h
Agência do Trabalhador de Samambaia
Unidade em reforma: EQNM 18/20, Bloco B – Praça do Povo, Ceilândia
Atendimento provisório na sala ao lado
Horário de atendimento: das 8h às 17h