segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Líderes mundiais se reúnem em Paris para homenagem final a Jacques Chirac; veja FOTOS

MUNDO
O enterro foi feito em cerimônia privada no cemitério de Montparnasse. Chirac, cuja popularidade não parou de crescer desde que deixou o Eliseu em 2007, tornou-se o presidente mais amado pelos franceses empatado com Charles de Gaulle.

Caixão do ex-presidente Jacques Chirac, que faleceu na quinta-feira (26), é visto no pátio do monumento dos Inválidos em Paris nesta segunda-feira (30). — Foto: Thibault Camus/AP
Líderes mundiais se reuniram em Paris, nesta segunda-feira (30), para prestar a homenagem final ao ex-presidente francês Jacques Chiracque faleceu na quinta-feira passada (26).
Foi declarado dia nacional de luto na França pela morte do ex-chefe de Estado, que tinha 86 anos e era muito amado pelos franceses.

O presidente da França, Emmanuel Macron, prestou tributo a Jacques Chirac nesta segunda-feira (30), no complexo dos Inválidos, em Paris. — Foto: Gonzalo Fuentes/ReutersO presidente da França, Emmanuel Macron, prestou tributo a Jacques Chirac nesta segunda-feira (30), no complexo dos Inválidos, em Paris. — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters
O presidente da França, Emmanuel Macron, prestou tributo a Jacques Chirac nesta segunda-feira (30), no complexo dos Inválidos, em Paris. — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters
Após uma missa com a presença de cerca de 200 familiares e amigos perto do túmulo de Napoleão, no complexo dos Inválidos, o atual presidente, Emmanuel Macron, liderou um tributo militar a Chirac. Uma banda militar tocou o hino nacional e Macron inspecionou as tropas. O caixão de Chirac foi, então, carregado até o centro do pátio.
Macron acompanha enquanto o caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado até o meio do pátio do complexo dos Inválidos, em Paris, nesta segunda-feira (30). — Foto: Philippe Wojazer/Pool via APMacron acompanha enquanto o caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado até o meio do pátio do complexo dos Inválidos, em Paris, nesta segunda-feira (30). — Foto: Philippe Wojazer/Pool via AP
Macron acompanha enquanto o caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado até o meio do pátio do complexo dos Inválidos, em Paris, nesta segunda-feira (30). — Foto: Philippe Wojazer/Pool via AP
Sob aplausos, o caixão foi levado por ex-agentes de segurança de Chirac da Catedral dos Inválidos, onde recebeu as homenagens de milhares de pessoas no domingo (29), à Igreja do Santo Suplício.
O caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado até a Igreja do Santo Suplício em Paris, nesta segunda-feira (30), onde autoridades mundiais prestaram as últimas homenagens. — Foto: Alexei Druzhinin, Sputnik, Kremlin Pool Photo via APO caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado até a Igreja do Santo Suplício em Paris, nesta segunda-feira (30), onde autoridades mundiais prestaram as últimas homenagens. — Foto: Alexei Druzhinin, Sputnik, Kremlin Pool Photo via APO caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado até a Igreja do Santo Suplício em Paris, nesta segunda-feira (30), onde autoridades mundiais prestaram as últimas homenagens. — Foto: Alexei Druzhinin, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP
Vários franceses também compareceram à homenagem final. Quando o carro fúnebre carregando Chirac chegou à Igreja do Santo Suplício, a multidão aplaudiu.
As pessoas tiraram fotos, derramaram lágrimas e exibiram cartazes dizendo "Obrigado por dizer não à guerra no Iraque", enquanto observavam em uma tela o caixão coberto pela bandeira da França.
Vários franceses também compareceram à homenagem final a Jacques Chirac em frente à Igreja do Santo Suplício — Foto: Eric Feferberg/AFPVários franceses também compareceram à homenagem final a Jacques Chirac em frente à Igreja do Santo Suplício — Foto: Eric Feferberg/AFPVários franceses também compareceram à homenagem final a Jacques Chirac em frente à Igreja do Santo Suplício — Foto: Eric Feferberg/AFP
Dentro da igreja, o pianista Daniel Baremboim tocou uma peça de Schubert. Macron e várias autoridades mundiais participaram do velório - incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder e o rei da Jordânia, Abdallah II.
Também compareceram o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier. Os ex-presidentes franceses Nicolas Sarkozy e François Holland também estavam presentes.
O caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado para fora da Igreja do Santo Suplício em Paris, nesta segunda-feira (30), depois que autoridades mundiais prestaram as últimas homenagens. — Foto: François Mori/Pool/APO caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado para fora da Igreja do Santo Suplício em Paris, nesta segunda-feira (30), depois que autoridades mundiais prestaram as últimas homenagens. — Foto: François Mori/Pool/APO caixão do ex-presidente Jacques Chirac é carregado para fora da Igreja do Santo Suplício em Paris, nesta segunda-feira (30), depois que autoridades mundiais prestaram as últimas homenagens. — Foto: François Mori/Pool/AP
Depois da cerimônia na igreja, o caixão foi levado para o cemitério de Montparnasse, em Paris, para um funeral privado.
Caixão de Chirac é carregado no cemitério de Montparnasse, em Paris, para funeral privado nesta segunda-feira (30). — Foto: Philippe Lopez/AFPCaixão de Chirac é carregado no cemitério de Montparnasse, em Paris, para funeral privado nesta segunda-feira (30). — Foto: Philippe Lopez/AFP
Caixão de Chirac é carregado no cemitério de Montparnasse, em Paris, para funeral privado nesta segunda-feira (30). — Foto: Philippe Lopez/AFP
Ao redor da França, um minuto de silêncio foi observado em escolas e prédios públicos em homenagem ao ex-presidente.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal du Dimanche, Chirac, cuja popularidade não parou de crescer desde que deixou o Eliseu em 2007, tornou-se o presidente da Quinta República mais amado pelos franceses, empatado com Charles de Gaulle.
Seleção da França observaram um minuto de silêncio antes de um treino nesta segunda-feira (30) em Kumamoto, no Japão, em homenagem ao ex-presidente Jacques Chirac. — Foto: Franck Fife/AFPSeleção da França observaram um minuto de silêncio antes de um treino nesta segunda-feira (30) em Kumamoto, no Japão, em homenagem ao ex-presidente Jacques Chirac. — Foto: Franck Fife/AFPSeleção da França observaram um minuto de silêncio antes de um treino nesta segunda-feira (30) em Kumamoto, no Japão, em homenagem ao ex-presidente Jacques Chirac. — Foto: Franck Fife/AFP

Para o jornal "Le Figaro", a afeição demonstrada pelos franceses a Jacques Chirac se deve mais ao que ele era do que ao que fez.

O presidente russo, Vladimir Putin, participou das homenagens ao ex-presidente francês, Jacques Chirac, na Igreja do Santo Suplício, em Paris, nesta segunda-feira (30). — Foto: François Mori/Pool/AFPO presidente russo, Vladimir Putin, participou das homenagens ao ex-presidente francês, Jacques Chirac, na Igreja do Santo Suplício, em Paris, nesta segunda-feira (30). — Foto: François Mori/Pool/AFPO presidente russo, Vladimir Putin, participou das homenagens ao ex-presidente francês, Jacques Chirac, na Igreja do Santo Suplício, em Paris, nesta segunda-feira (30). — Foto: François Mori/Pool/AFP
O príncipe herdeiro do Marrocos, Moulay Hassan, de 16 anos, compareceu às homenagens a Chirac nesta segunda-feira (30) no lugar do pai, Mohammed VI, que se recupera de uma infecção pulmonar. — Foto: Kamil Zihnioglu/APO príncipe herdeiro do Marrocos, Moulay Hassan, de 16 anos, compareceu às homenagens a Chirac nesta segunda-feira (30) no lugar do pai, Mohammed VI, que se recupera de uma infecção pulmonar. — Foto: Kamil Zihnioglu/APO príncipe herdeiro do Marrocos, Moulay Hassan, de 16 anos, compareceu às homenagens a Chirac nesta segunda-feira (30) no lugar do pai, Mohammed VI, que se recupera de uma infecção pulmonar. — Foto: Kamil Zihnioglu/AP

"Ele se ajustou às contradições de um país", acrescentou o jornal, para o qual o ex-chefe de Estado "era profundamente francês, com suas virtudes e fraquezas".


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O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy participou das homenagens a Chirac nesta segunda-feira (30). — Foto: Kamil Zihnioglu/APO ex-presidente francês Nicolas Sarkozy participou das homenagens a Chirac nesta segunda-feira (30). — Foto: Kamil Zihnioglu/APO ex-presidente francês Nicolas Sarkozy participou das homenagens a Chirac nesta segunda-feira (30). — Foto: Kamil Zihnioglu/AP

"Ele se ajustou às contradições de um país", acrescentou o jornal, para o qual o ex-chefe de Estado "era profundamente francês, com suas virtudes e fraquezas".

FONTE: G1

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Trump quer saber quem o acusou e cita consequência a suposta espionagem

MUNDO

No Twitter, presidente americano declarou que também quer identidade de quem passou informações de "segunda e terceira mão" ao denunciante do caso Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala durante encontro com primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, às margens da Assembleia-Geral da ONU - 23/09/2019 (SAUL LOEB/AFP)


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na noite deste domingo, 29, que quer conhecer a identidade de seu denunciante no escândalo envolvendo a divulgação da transcrição de sua comprometedora conversa telefônica com o presidente da Ucrânia, que levou ao início de processo de impeachment contra ele. Trump sugeriu “grandes consequências” caso tenha sido alvo de espionagem e também afirmou que o presidente da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados americana, o democrata Adam Schiff, deve ser interrogado por fraude e traição.
Em sua conta no Twitter, Trump também declarou que deseja saber a identidade de quem teria fornecido informações de “segunda e terceira mão”, que estariam incorretas, ao denunciante.
“Esses esquerdistas radicais estão causando grandes danos ao nosso país”, afirmou o republicano, na rede social. “Eles estão mentindo e trapaceando como nunca antes, a fim de desestabilizar os Estados Unidos a as eleições de 2020”, completou.
Donald Trump enfrenta o início de um processo de impeachment, baseado na denúncia de que o presidente americano teria pedido ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para investigar o ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden e seu filho, em troca de 250 milhões de dólares em ajuda militar. Biden é pré-candidato democrata à Casa Branca, nas eleições de 2020.
Na quarta-feira 25, a Casa Branca liberou a transcrição da conversa telefônica de Trump com Zelensky para provar que o americano não tinha dito nada “inadequado”.
Mas os documentos provaram que o presidente americano fizera realmente o pedido. Como não abarcou toda a conversa, as transcrições não incluíram a suposta ameaça de Trump a Zelensky de eliminar a assistência militar de 250 milhões de dólares dos Estados Unidos à Ucrânia, congelada pela Casa Branca semanas antes.
“Há muitas conversas sobre o filho do Biden, que Biden parou a Procuradoria-Geral (da Ucrânia), e muitas pessoas querem saber mais sobre isso. Então, o que você puder fazer com o secretário de Justiça (americano) seria ótimo”, dissera Trump a Zelensky na conversa de 25 de julho passado.

O caso

O telefonema de Trump para Zelensky girou em torno da suposta participação de Hunter Biden, filho de Joe Biden, em um esquema de corrupção na empresa energética ucraniana Burisma, quando atuava no conselho diretor da companhia.
Em 2014, Joe Biden teria pressionado o então líder da Ucrânia Petro Porosheko a demitir o procurador-geral, Viktor Shokin, que supostamente estava encarregado da investigação. Caso contrário, cortaria as garantias de crédito dos Estados Unidos para a Ucrânia, que enfrentava na época uma insurgência separatista no leste de seu território apoiada pela Rússia. Diante das suspeitas, Trump pediu a Zelensky que trabalhasse ao lado do secretário de Justiça americano, William Barr, para investigar as ações de Biden no país.
O jornal Kyiv Post, porém, informou que Hunter e Joe Biden não foram investigados na Ucrânia e que os processos criminais abertos na Justiça local envolviam a Burisma e seu dono, Mykola Zlochevsky. Também publicou que Shokin não participara desses casos e que sua demissão era solicitada por diferentes setores da sociedade por sua obstrução e omissão em investigações de corrupção.
Na conversa telefônica, Trump afirma que pediria ao seu advogado pessoal e ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e a Barr que entrassem em contato com as autoridades ucranianas para discutir a questão.
“Nós vamos até o fundo da questão”, disse o presidente americano. “Eu ouvi que o procurador (ucraniano) foi tratado muito mal e que ele era um procurador muito justo”, diz.
Zelensky responde de forma positiva aos pedidos de Trump. “A questão da investigação é, na verdade, uma questão de se certificar de que a honestidade seja restaurada”, disse. “Então, nós vamos cuidar disso e vamos trabalhar na investigação do caso”.
Na terça-feira 24, a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados, anunciou a abertura de um processo de impeachment pelo Congresso contra Trump por abuso de poder.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO