segunda-feira, 15 de julho de 2019

Preço do Iphone no Brasil é um dos mais altos do mundo

TÉCNICO
Tem gente que não abre mão dos aparelhos da Apple, mas a grande maioria questiona com frequência os altos preços dos produtos comercializados pela empresa de Steve Jobs. Não à toa a pesquisa Iphone Price Index, realizada pela fintech de crédito Self Lender, listou  a porcentagem de aumento no preço dos Iphones desde seu lançamento. 
Brasil ocupa o penúltimo lugar do ranking como um dos países em que o aparelho é vendido com o maior preço. Para se ter ideia um modelo top de linha da empresa custa hoje 127% mais caro do que em 2007, quando foi lançada a primeira versão do Iphone no país. Em último lugar está o Reino Unido que registrou os preços mais altos no smartphone ao longo dos anos – 133% de aumento. 
Para fazer o levantamento, a fintech multiplicou o valor de lançamento do Iphone pelas mudanças no PIB percapita desde então.  Desta forma, elimina-se os valores de inflação e as mudanças nos preços de bens e serviços locais. Depois, foi feito um comparativo com o preço de lançamento do modelo mais recente da Apple – o Iphone XS, em 2018. 

Por:  -  15 horas atrás
Iphone
Tem gente que não abre mão dos aparelhos da Apple, mas a grande maioria questiona com frequência os altos preços dos produtos comercializados pela empresa de Steve Jobs. Não à toa a pesquisa Iphone Price Index, realizada pela fintech de crédito Self Lender, listou  a porcentagem de aumento no preço dos Iphones desde seu lançamento. 
Brasil ocupa o penúltimo lugar do ranking como um dos países em que o aparelho é vendido com o maior preço. Para se ter ideia um modelo top de linha da empresa custa hoje 127% mais caro do que em 2007, quando foi lançada a primeira versão do Iphone no país. Em último lugar está o Reino Unido que registrou os preços mais altos no smartphone ao longo dos anos – 133% de aumento. 
Para fazer o levantamento, a fintech multiplicou o valor de lançamento do Iphone pelas mudanças no PIB percapita desde então.  Desta forma, elimina-se os valores de inflação e as mudanças nos preços de bens e serviços locais. Depois, foi feito um comparativo com o preço de lançamento do modelo mais recente da Apple – o Iphone XS, em 2018. 
Além de rankear os países de acordo com o valor de aumento da venda do iPhone ao longo dos anos, a pesquisa concluiu que, desde 2007, eles encareceram 70% em todo o mundo. O que significa que hoje quem compra o telefone paga 496 dólares (o equivalente a 1855 reais) mais caro do que no lançamento. 
A Irlanda foi o que registrou o menor aumento, com apenas 2%, seguida de Filipinas, com 4%, e Polônia, 10%. 
VEJA ABAIXO A LISTA COMPLETA
Irlanda – 2%
Filipinas – 4%
Polônia – 10%
Japão – 28%
Rússia – 36%
China – 38%
Áustria – 40%
França – 42%
Turquia – 43%
Coréia do Sul – 44%
México – 45%
Portugal – 46%
Espanha – 47%
Dinamarca – 47%
Nova Zelândia – 49%
Itália – 52%
Estados Unidos – 54%
Noruega – 59%
Hungria – 65%
Alemanha – 83%
Taiwan – 91%
República Tcheca – 96%
Bélgica – 97%
Luxemburgo – 98%
Tailândia – 105%
Finlândia – 105%
Holanda – 106%
Malásia – 114%
Suécia – 121%
Canadá – 121%
Austrália – 122%
Emirados Árabes Unidos – 123%
Brasil – 127%
Reino Unido – 133%
Iphone


FONTE: CONSUMIDOR MODERNO

Royal Tokaji lança o vinho mais caro do mundo

CONSUMO
Rótulo da Hungria desbanca Borgonha e tem o preço mais alto em seu lançamento

Há vinhos raros e prestigiados que, no seu lançamento, já saem ao mercado com valores exorbitantes. O Romanée-Conti é um clássico exemplo. No entanto, este ícone da Borgonha parece não ser páreo para um lançamento da Hungria. Recentemente, a Royal Tokaji lançou um Tokaji Essencia 2008com preço de partida de 35 mil euros, tido como o maior valor de um vinho em seu lançamento.
O alto preço deriva do custo de produção e da escassez. Para produzir uma magnum usa-se mais de 180 quilos de uvas, sendo que cada grão deve ser colhido à mão. Lembrando que todos precisam ser atacados pelo fungo botrytis cinerea – a podridão nobre. Sendo assim, apenas 18 garrafas desta safra de 2008 chegarão aos compradores.
“Tudo o que fizemos desde 1990 foi em busca de devolver o vinho ao seu lugar de direito. No início do século XXI, Tokaji Aszú foi mais uma vez o vinho mais caro do mundo. Isso realmente é dizer ao mundo com muita confiança: ‘Tokaji está de volta’”, afirmou Charlie Mount, diretor da Royal Tokaji.

FONTE: REVISTA ADEGA

Forças de Israel são 'único Exército no mundo' preparado para lutar contra Irã, segundo Netanyahu

MUNDO

© East News / UPI Photo / eyevine
As Forças de Defesa de Israel (IDF) são as únicas forças militares no mundo capazes de enfrentar o Irã em caso de guerra, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
"No momento, o único Exército do mundo capaz de combater o Irã é o Exército israelense", afirmou o premiê, falando aos membros do Colégio de Segurança Nacional de Israel em sua residência no domingo (14), de acordo com o jornal Jerusalem Post.
O primeiro-ministro também lembrou seu papel na luta contra o acordo nuclear iraniano de 2015, também conhecido como Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA), dizendo que o acordo teria dado ao Irã "centenas de bilhões de dólares" para "investir em seu império" e "abrir caminho para um arsenal nuclear".
"Tive que lutar sozinho para bloquear o acordo nuclear […] Tive que lutar contra todas as potências e contra o presidente dos Estados Unidos - fui ao Congresso dos EUA", disse o primeiro-ministro de Israel.
De acordo com Netanyahu, a única coisa que o terrível acordo nuclear deu a Israel foi a forte e profunda aproximação com os principais países árabes, que o Irã também supostamente ameaçou com a aniquilação nuclear.
Netanyahu pressionou pessoalmente o presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim ao JCPOA, fazendo uma apresentação na mídia em 2018 com base em informações que teriam sido obtidas pela inteligência israelense sobre as supostas tentativas do Irã de esconder suas atividades nucleares do mundo. Dias depois da apresentação, Trump anunciou que os EUA se retiravam do acordo.

Arsenal nuclear

Previamente, respondendo ao aviso de um deputado iraniano de que a "vida útil" de Israel seria reduzida se Washington atacasse Teerã, o premiê israelense observou que todo o Irã estava ao alcance dos aviões de guerra israelenses.
Após saber que Teerã logo ultrapassaria os níveis de enriquecimento de urânio estabelecidos pelo JCPOA, Netanyahu disse que a única razão possível para tal ação era a criação de uma bomba nuclear.
O Irã negou ter qualquer intenção de tentar obter armas nucleares, dizendo que Teerã "nunca aprova armas de destruição em massa", recordando que Israel tem sido o único Estado na região com um arsenal de armas nucleares real por muitas décadas.
Soldados israelenses caminham em direção ao norte da Faixa de Gaza
© AP PHOTO / NEIL COHEN
Soldados israelenses caminham em direção ao norte da Faixa de Gaza
As relações israelo-iranianas têm estado em crise durante décadas, com os altos responsáveis a ameaçarem-se repetidamente sobre o que aconteceria em caso de guerra.

Zagueiro mais caro do mundo: United contrata Maguire por R$ 375 mi

MUNDO
A transferência supera os R$ 352 pagos pelo Liverpool a Virgil van Dijk

FOTO: VI IMAGES VIA GETTY IMAGES

De acordo com o SunSport, o Manchester United pagará cerca de R$ 375 milhões para Harry Maguire, defensor que estava no Leicester. O valor tornará o atleta o defensor mais caro do mundo, superando os R$ 352 milhões que o Liverpool pagou para Virgil van Dijk.
Para compensar pela ausência de Maguire, o Leicester já contratou Lewis Dunk, do Brighton, por R$ 211 milhões.

METRÓPOLES

Preparadora Roush faz picape mais rápida do mundo

AUTOMÓVEIS
Roush criou kit que eleva potência de Ford F-150 com motor V8 para 650 cv. Picape faz 0 a 100 km/h em 3,9 segundos


PICAPE TEM VISUAL INCREMENTADO  Crédito: Foto: Roush/Divulgação

A preparadora americana Roush lançou um kit para a Ford F-150 capazes de torná-la simplesmente a picape mais rápida do mundo. Com o kit, a picape cabine simples acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. Com cabine dupla, o tempo sobe para 4,1 segundos.
Para conseguir mais potência, a Roush instalou um compressor mecânico no V8 de 5,0 litros que equipa as versões de topo da F-150. O equipamento eleva a potência dos 385 cv originais para 650 cv. O câmbio é automático de dez marchas.
Nos Estados Unidos, as picapes preparadas pela Roush podem ser compradas até mesmo direto nas concessionárias. A Ford até mantém a garantia de fábrica. Por isso a Roush afirma que trata-se da picape de produção em série mais rápida do mundo, a despeito das profundas transformações.
Elétricas
O desempenho extra da picape preparada aproxima a F-150 das futuras rivais elétricas, que prometem alto desempenho. A Rivian R1T deve acelerar de 0 a 100 km/h em três segundos cravados. A picape da Tesla deverá ficar na mesma faixa.A conversão, no entanto, não é barata. Apenas o kit custa US$ 19.150. Isso fora o custo de compra da picape original.



FONTE: JORNAL DO CARRO

Imigrantes aguardam grande onda de deportações anunciada por Trump

MUNDO
Cerca de 2 mil imigrantes sem documentos podem ser detidos em pelo menos uma dezena de cidades em operação anti imigração anunciada pelo presidente Donald Trump.

Donald Trump, presidente dos EUA, durante apresentação na Casa Branca, em Washington — Foto: Carlos Barria/Reuters


Milhares de imigrantes sem documentos aguardavam com preocupação neste domingo (14) a anunciada operação que, segundo o presidente Donald Trump, levará a uma onda de deportações nos Estados Unidos, mas ainda não há sinais de que a operação já teve início.
Veículos de comunicação locais, como CNN e Fox News, indicaram por volta do meio-dia que agentes do Serviço de Imigração e Controle Alfandegário (ICE, sigla em inglês) estavam atuando de acordo com o previsto, citando fontes não identificadas desta força. Mas não houve notícias de nenhuma operação significativa nas ruas.
Foi anunciado que cerca de 2 mil imigrantes sem documentos seriam detidos em pelo menos uma dezena de cidades. Ativistas patrulharam várias cidades neste domingo para documentar qualquer prisão e oferecer assistência aos possíveis detidos.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou durante a tarde: "Ainda não há atividade. É muito difícil organizar a vida em torno dos anúncios de Donald Trump", disse o pré-candidato democrata às eleições presidenciais de 2020.
Na Flórida, agentes do ICE foram vistos perto do aeroporto internacional e de uma comunidade de imigrantes, segundo o "Los Angeles Times". Não houve notícias de prisões. "The Washington Post" e "Baltimore Sun" deram conta de pouca evidência de operações.
O subdiretor do ICE, Matthew Albence, não quis dar detalhes sobre a operação, em entrevista neste domingo ao "Fox News Sunday".
O alcance da operação parece mais modesto do que os "milhões" que Trump prometeu que seriam detidos e expulsos quando mencionou pela primeira vez, no mês passado, a ofensiva, adiada posteriormente. Mas isso não aliviou a angústia daqueles que temem ser alvos.
Segundo a imprensa, os agentes do ICE estão preparados para prender não apenas aqueles com ordens de expulsão, mas também outros migrantes sem documentação que possam encontrar. Isso poderia incluir migrantes que estão no país há anos, com empregos e filhos que são cidadãos americanos.
"Essa incerteza, esse medo, está causando estragos", disse a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, à CNN. "Está traumatizando as pessoas".
Migrantes centro-americanos sobem uma criança para o teto de vagões de um trem conhecido como 'A Besta', em Ixtepec, no México, na rota que tem os EUA como destino — Foto: Jose de Jesus Cortes/ReutersMigrantes centro-americanos sobem uma criança para o teto de vagões de um trem conhecido como 'A Besta', em Ixtepec, no México, na rota que tem os EUA como destino — Foto: Jose de Jesus Cortes/ReutersMigrantes centro-americanos sobem uma criança para o teto de vagões de um trem conhecido como 'A Besta', em Ixtepec, no México, na rota que tem os EUA como destino — Foto: Jose de Jesus Cortes/Reuters
Guardas de patrulha da fronteira dos EUA caminham perto de um protótipo do muro que o presidente dos EUA Donald Trump pretende colocar na fronteira com o México nesta foto tirada do lado mexicano da fronteira, em Tijuana — Foto: Jorge Duenes/ReutersGuardas de patrulha da fronteira dos EUA caminham perto de um protótipo do muro que o presidente dos EUA Donald Trump pretende colocar na fronteira com o México nesta foto tirada do lado mexicano da fronteira, em Tijuana — Foto: Jorge Duenes/ReutersGuardas de patrulha da fronteira dos EUA caminham perto de um protótipo do muro que o presidente dos EUA Donald Trump pretende colocar na fronteira com o México nesta foto tirada do lado mexicano da fronteira, em Tijuana — Foto: Jorge Duenes/Reuters
Trump insistiu na sexta-feira (12) que "a maioria dos prefeitos" quer esta operação.
Mas vários prefeitos expressaram preocupação com a operação federal.
O prefeito de Miami, Francis Suarez, disse que em 2018, seu primeiro ano no cargo, sua cidade experimentou sua "menor taxa de homicídios em 51 anos". "Então eu não entendo o motivo de escolher Miami", acrescentou.
Algumas autoridades municipais, bem como grupos pró-migrantes e de direitos civis, tentaram instruir aqueles que poderiam ser alvos sobre seus direitos.
"Estamos pedindo às pessoas, se tiverem medo de deportação, que fiquem em casa no domingo, que andem em grupos", disse Keisha Bottoms, prefeita de Atlanta, à CNN.
"Se alguém bater em sua porta, por favor, não a abra a menos que tenha um mandado".
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse à MSNBC que vê esta ofensiva como "um ato político para convencer muitas pessoas nos Estados Unidos de que os imigrantes são o problema".
Há mais de um ano, os Estados Unidos enfrentam uma crise migratória na fronteira com o México, agravada, a cada mês, pelos milhares de centro-americanos que fogem da violência e da miséria em seus países.
O número de migrantes em situação ilegal detidos em junho - mais de de 100 mil - teve uma queda de 28% em relação a maio, mas a situação permanece "crítica", anunciou o Departamento de Segurança Interna esta semana.

FONTE: AFP

Terremoto na Indonésia deixa morto e centenas de casas destruídas

MUNDO
Tremor de magnitude 7,3 atingiu região leste do país no domingo (14). Moradores entraram em pânico e deixaram casas.
Moradores descansam do lado de fora de uma mesquita após terremoto — Foto: Antara Foto Agency/Reuters
Uma pessoa morreu e centenas de casas ficaram destruídas após um terremoto de magnitude 7,3 abalar a região leste do país, de acordo com primeiro balanço oficial divulgado nesta segunda (15).
Por causa do tremor, moradores entraram em pânico e deixaram casas. Alguns habitantes que vivem perto do oceano buscaram refúgios em áreas mais elevadas.
O terremoto aconteceu às 18h10 (horário local, 6h10 em Brasília) do domingo (14) a 152 quilômetros a sudeste da cidade de Sofifi, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que registra a atividade sísmica no mundo todo.
O tremor foi registrado na ilha de Halmahera, a 2.400 quilômetros a sudeste de Jacarta, e seu epicentro localizado a cerca de 10 km de profundidade.
"A vítima foi atingida por escombros quando a casa desmoronou", disse à AFP, Ihksan Subur, responsável pela agência de gestão de catástrofes. Não há registros de nenhuma outra vítima.

Outros tremores

A região das ilhas Molucas foi afetada por diversos tremores nas últimas semanas, um de magnitude 6,9 na semana passada e outro de 7,3 no final de junho.
A Indonésia é um arquipélago formado por 17 mil ilhas que se formou com a convergência de três grandes placas tectônicas e se encontra no Anel de Fogo do Pacífico, zona de forte atividade sísmica.
No ano passo, um terremoto de magnitude 7,5 seguido de um tsunami em Palu, nas Ilhas Célebes, deixou mais de 2.200 mortos e milhares de desaparecidos.
 — Foto: Karina Almeida/G1 — Foto: Karina Almeida/G1— Foto: Karina Almeida/G1
FONTE: G1 

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bolsonaro afrouxa lei criada para proteger dados pessoais

POLÍTICA
Resultado de imagem para Bolsonaro afrouxa lei criada para proteger dados pessoais
© Fátima Meira/Estadão Conteúdo 

Com vetos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou a Lei 13.853 de 2019, que altera a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A norma flexibiliza alguns pontos do texto e cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Entre os pontos vetados, estavam a previsão de punição a empresas que desrespeitarem a LGPD e a possibilidade de revisão, por um humano, de decisões tomadas por máquinas.


A redação consolidada da LGPD define quais são os direitos das pessoas em relação aos seus dados, quem pode tratar essas informações e sob quais condições. Ela estabelece condições diferenciadas para entes públicos e privados. Além disso, restabeleceu a estrutura institucional para a área, com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, incluindo suas prerrogativas e poderes de fiscalização, e o Conselho Nacional de Proteção de Dados.


O texto sancionado derrubou as punições que poderiam ser aplicadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados caso um ente responsável pelo tratamento de dados violasse o disposto na Lei. Entre elas, estavam previstas a interrupção parcial do funcionamento do banco de dados (por seis meses, prorrogável por igual período) e a proibição parcial e total de atividades relacionados ao tratamento de dados. Outro item excluído previa a aplicação de parte das punições pela Autoridade também a órgãos públicos.
O advogado Rafael Maciel, especialista em direito digital, afirma que as penalidades eram “absolutamente pertinentes”, tanto que já eram previstas no Marco Civil para provedores de conexão e aplicações da internet. “Para esses, vale ressaltar, que tais sanções (ainda que similares e não com mesmo texto), continuarão aplicáveis pelo Marco Civil da Internet (MCI). Agora, para os demais agentes de tratamento de dados pessoais que não se qualificam como provedores ‘digitais’ previstos no MCI, tais sanções deixarão de ser aplicáveis. O que é ruim nisso? Haver casos em que um agente é multado constantemente, mas nunca se dispõe a se adequar porque não haverá punição maior”, avalia.
Na mensagem de veto, o governo afirmou que as sanções gera insegurança aos responsáveis por essas informações, “bem como impossibilita a utilização e tratamento de bancos de dados essenciais a diversas atividades privadas, a exemplo das aproveitadas pelas instituições financeiras, podendo acarretar prejuízo à estabilidade do sistema financeiro nacional, bem como a entes públicos, com potencial de afetar a continuidade de serviços públicos.”
Outro veto também atingiu regras para a revisão de decisões automatizadas, como aquelas sobre a retirada de conteúdos das redes sociais ou análise de crédito online. O texto aprovado pelo Congresso conferiu direito ao cidadão de solicitar essa revisão, acrescendo que este procedimento só poderia ser feito por uma pessoa. O veto excluiu essa obrigação.
Em sua mensagem de veto, Bolsonaro disse que a proposta de obrigar a revisão por um humano “contraria o interesse público” e que a exigência “inviabilizará os modelos atuais de planos de negócios de muitas empresas, notadamente das startups, bem como impacta na análise de risco de crédito e de novos modelos de negócios de instituições financeiras, gerando efeito negativo na oferta de crédito aos consumidores”
Bolsonaro também vetou uma garantia a quem faz solicitações via Lei de Acesso à Informação. O texto protegia essas pessoas, impedindo o compartilhamento “na esfera do Poder Público e com pessoas jurídicas de direito privado”. O objetivo do dispositivo era impedir que um cidadão fosse retaliado ao fazer questionamentos ou tivesse receio de uma medida deste tipo, o que poderia desincentivar essa prática de transparência.
O Palácio do Planalto justificou a medida sob alegação de que a prática é “medida recorrente e essencial para o regular exercício de diversas atividades e políticas públicas” e citou como exemplo a o banco de dados da Previdência Social e do Cadastro Nacional de Informações Sociais, que são alimentados a partir do compartilhamento de diversas bases de dados de outros órgãos públicos.
Para o professor do Instituto de Direito Público (IDP) Danilo Doneda – especialistas que participou do processo de elaboração da Lei -, os vetos foram bastante “significativos” e retiram capacidade de fiscalização da Autoridade. “A LGPD já é bastante fraca em relação a sanções. O limite de multa é pequeno e grandes empresas que usam dados pessoais vão ignorar a Lei se a sanção maior for a multa e o órgão não tiver sanções como bloqueio e suspensão, vetadas”, avalia.
Na avaliação do presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sérgio Paulo Galindo, os vetos a essas possibilidades foi importante para dar segurança jurídica ao setor. “Eram sanções intrusivas e não acrescentam mutio às sanções plasmadas na lei, pois só acrescentam grau de insegurança jurídica e empresas poderiam se sentir fragilizadas por conta disso”, avalia. Segundo Galindo, o governo terminou por acatar boa parte dos vetos defendidos pela entidade, que congrega o setor das empresas de tecnologia da informação.
Se por um lado o setor econômico da área de TI comemorou, entidades da sociedade civil criticaram os vetos. Na avaliação da Coalizão Direitos na Rede, grupo que reúne diversas organizações de defesa de direitos dos usuários, os dispositivos retirados enfraquecem a lei, retiram direitos e abrem espaço para o abuso no tratamento dos dados por firmas.
“Os vetos são muito graves e representam um retrocesso nas discussões travadas no Congresso Nacional. No fim das contas prevaleceu o interesse econômico em detrimento da defesa dos direitos dos cidadãos. As discussões e os posicionamentos em audiência pública foram completamente ignorados pelo governo. E a LGPD perdeu uma grande parte da garantia de direitos que tinha originalmente”, afirmou a presidente do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (I.P. Rec), Raquel Saraiva, entidade que compõe a rede.

FONTE: VEJA.COM