quarta-feira, 29 de maio de 2019

Prefeitura de SP começa a fiscalizar e multar empresas de patinetes elétricos a partir desta quarta

Regras para o uso de patinetes na cidade de São Paulo — Foto: Wagner Magalhães/Arte G1
As empresas são obrigadas a:
  • Promover campanhas educativas sobre o uso correto dos equipamentos;
  • Fornecer pontos de locação fixos e móveis que poderão ser identificações por aplicativos ou sites;
  • Recolher os equipamentos estacionados irregularmente;
  • Arcar com todos os danos decorrentes da prestação de serviço;
  • Manter os dados dos usuários confidencialmente;
  • Fornecer os dados dos usuários aos órgãos municipais ou de segurança pública, caso sejam solicitados;
  • Informar à SMT, mensalmente, o número de acidentes registrados no sistema.
Patinete elétrico: saiba como andar
G1 Carros
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Patinete elétrico: saiba como andar

O que diz o Código de Trânsito

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os patinentes devem atender às regras para "equipamentos de mobilidade autopropelidos" (com algum tipo de motorização e com as dimensões de largura e comprimento iguais ou inferiores às de uma cadeira de rodas).
Diferentemente das regras da Prefeitura de São Paulo, o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) prevê que os patinetes andem somente em áreas de circulação de pedestres, ciclovias e ciclofaixas, e não nas ruas.
Também é obrigatório o patinete ter indicador de velocidade, campainha e sinalização noturna, dianteira, traseira e lateral, no equipamento.
De acordo com o órgão, fica a cargo de cada município e do Departamento de Trânsito (Detran) do Distrito Federal regulamentar demais regras sobre a circulação e estacionamento dos patinetes.
Veja o que diz o Código de Trânsito sobre patinetes — Foto: Rodrigo Sanches/G1Veja o que diz o Código de Trânsito sobre patinetes — Foto: Rodrigo Sanches/G1Veja o que diz o Código de Trânsito sobre patinetes — Foto: Rodrigo Sanches/G1
A prefeitura da cidade de São Paulo regulamentará uso de patinetes elétricos na cidade em até 45 dias. Entre as medidas está a obrigação de uso de capacetes e a proibição do equipamento nas calçadas. — Foto: Aloisio Mauricio/Foto Arena/Estadão ConteúdoA prefeitura da cidade de São Paulo regulamentará uso de patinetes elétricos na cidade em até 45 dias. Entre as medidas está a obrigação de uso de capacetes e a proibição do equipamento nas calçadas. — Foto: Aloisio Mauricio/Foto Arena/Estadão ConteúdoA prefeitura da cidade de São Paulo regulamentará uso de patinetes elétricos na cidade em até 45 dias. Entre as medidas está a obrigação de uso de capacetes e a proibição do equipamento nas calçadas. — Foto: Aloisio Mauricio/Foto Arena/Estadão Conteúdo

Jovem de 24 anos é atropelada enquanto conduzia patinete elétrico

DF
Ela trafegava pela Via S2 no momento em que foi atingida. Com ferimentos leves, foi transportada pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital de Base
Vítima estava perto do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) quando foi atingida por um Honda Fit(foto: Reprodução)

Uma mulher de 24 anos que conduzia uma patinete elétrica foi atropelada na tarde desta terça-feira (28/5). Ela trafegava pela Via S2, próxima ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no momento em que foi atingida por um carro. Consciente e estável, ela foi transportada pelo Corpo de Bombeiros até o Hospital de Base com dores no braço direito e um inchaço na testa. Testemunhas afirmam que a vítima atravessava a rua no momento em que foi atingida pelo Honda Fit cinza.

O Departamento de Trânsito (Detran-DF) elaborou regras para o uso do equipamento, como utilizar capacete, joelheiras e cotoveleiras, não permitir que crianças utilizem a patinete sem algum adulto por perto e manter distância dos pedestres.

Confira todas as orientações:

 1. De acordo com a legislação vigente, a circulação de patinetes somente se dará em locais de circulação de pedestres, ciclovias ou ciclofaixas. Logo, não é permitido o trânsito de patinetes em faixas de rolamento em razão do risco de compartilhamento de espaço com veículos automotores.

2. Quando houver a necessidade de atravessar a via pública, o usuário do patinete deverá procurar passarelas, passagens subterrâneas ou faixas de pedestres. Nesse caso, o usuário do patinete deverá descer do equipamento para fazer a travessia segura.

3. Entende-se como área de circulação de pedestres calçadas, passarelas, quadras, praças, passagens subterrâneas ou outras áreas que não ocorra a circulação de veículos automotores. Nesses locais, a velocidade máxima permitida para as patinetes é de 6km/h.

4. Considera-se ciclovia via com pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum. A ciclofaixa é uma parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica. Nesses locais, a velocidade máxima permitida para as patinetes é de 20km/h.

5. Antes de usar a patinete pela primeira vez, é importante manter baixa velocidade e evitar locais com muita circulação de pessoas, bicicleta ou outros patinetes.

6. Mesmo não sendo obrigatórios, os equipamentos de proteção individual, como capacetes, luvas, joelheiras e cotoveleiras usados em bicicletas, também garantem a segurança para a utilização de patinetes.

7. É importante estacionar os patinetes fora das calçadas, ciclovias e ciclofaixas para que eles não sejam um obstáculo à livre circulação.
8. Usuários que tenham consumido bebidas alcoólicas não devem andar de patinetes, uma vez que há uma necessidade de se equilibrar no equipamento e, mesmo em baixa velocidade, o risco de acidentes aumenta consideravelmente.

9. O uso da patinete elétrica por menor de 18 anos deve ser supervisionado por um adulto. Em caso de acidente provocado por menor que esteja fazendo uso do equipamento, os pais poderão ser responsabilizados.

10. O uso de calçados fechados e que se firmem aos pés garantem mais segurança e menor risco de lesões.

CORREIO BRAZILIENSE

Bolsonaro diz que tem mais poder que Maia e promete usar decretos para revogar normas que atrapalham a economia

GOVERNO
Presidente também voltou a defender transformar região de Angra dos Reis em uma nova Cancún
Bolsonaro participa do evento de lançamento da Frente Parlamentar Mista da Marinha Mercante Brasileira, no Clube Naval, em BrasiliaDANIEL MARENCO / AGÊNCIA O GLOBO
Em discurso na noite desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse ter mais poder que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e prometeu usar sua caneta Bic para revogar decretos, portarias e instruções normativas que atrapalhem quem quer produzir e investir. Ele ainda voltou a defender a revogação, também por meio da "caneta Bic", de um decreto de 1988 que demarcou a estacão ecológica de Tamoios, em Angra dos Reis (RJ), transformando a região em uma nova Cancún, numa referência ao badalado balneário mexicano no Caribe.
Ele mencionou a reunião que teve pela manhãcom os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. O presidente relatou a conversa que teve com Maia.

— Eu disse para ele, Maia: com a caneta, eu tenho muito mais poder do que vocês, apesar de você fazer leis. Eu tenho o poder de fazer decretos. Evidente que decretos com fundamentos. E falei para ele da baía de Angra. Nós podemos ser protagonistas para que a baía de Angra seja uma nova Cancún. Nós devemos começar a tirar esse sonho do papel com uma caneta Bic, revogando um decreto, que demarcou estação ecológica de Tamoios em 1988, lá no governo Sarney — disse Bolsonaro em evento em Brasília que marcou o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Marinha Mercante Brasileira.
O Globo

terça-feira, 28 de maio de 2019

Subsídios de combustíveis fósseis estão destruindo o mundo, diz secretário-geral da ONU

MUNDO
Em encontro com políticos e empresários na Áustria, António Guterres falou sobre os riscos para o meio ambiente das políticas de estímulo ao uso de combustíveis fósseis

Gasolina é um dos combustíveis fósseis cujo valor é subsidiado pelo governo em diversos países — Foto: Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo
Subsídios que fomentam o uso de combustíveis fósseis estão ajudando a "destruir o mundo" e são uma maneira ruim de aplicar o dinheiro dos contribuintes, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, nesta terça-feira (28).
O português Guterres disse em um encontro de políticos e empresários na Áustria que a poluição deveria ser taxada e que os subsídios para petróleo, gás e carvão deveriam acabar.
"Muitas pessoas ainda pensam que dar subsídios a combustíveis fósseis é uma maneira de melhorar as condições de vida das pessoas", disse ele em uma conferência sobre a mudança climática em Viena.
"Não há nada mais errado do que isso. O que estamos fazendo é usar o dinheiro dos contribuintes, o que significa nosso dinheiro, para fortalecer furacões, para espalhar inundações, para derreter geleiras, para descolorir corais. Em uma palavra: para destruir o mundo", disse António Guterres, secretário-geral da ONU.
Segundo a Agência Internacional de Energia, os subsídios globais para o consumo de combustíveis fósseis foram de mais de 300 bilhões de dólares em 2017 -- em 2016 haviam sido de 270 bilhões.
Guterres disse acreditar que os contribuintes prefeririam ver seu dinheiro lhes ser devolvido do que usado para arruinar o planeta.
Um relatório contundente produzido por centenas de cientistas neste mês alertou que até 1 milhão de espécies estão em risco de extinção devido à busca humana incansável por crescimento econômico.
O documento identificou a agricultura e a pesca industriais como grandes catalisadores da crise e disse que a mudança climática causada pela queima de combustíveis fósseis está exacerbando as perdas.
O chefe da ONU pediu nesta terça-feira "uma mudança rápida e profunda na maneira como fazemos negócio, como geramos energia, como construímos cidades e como alimentamos o mundo" para que o aquecimento global possa ser contido e as pessoas e o planeta sejam protegidos dos danos.
Mesmo se os governos cumprirem as metas que assumiram no Acordo de Paris de 2015 para combater a mudança climática, as temperaturas subirão mais de 3 graus Celsius em relação aos tempos pré-industriais, "o que significa uma situação catastrófica", disse Guterres.
O Acordo de Paris, ratificado por cerca de 185 países, estabelece uma meta para manter o aumento das temperaturas globais "bem abaixo" de 2ºC e lutar para mantê-lo em 1,5ºC para evitar os piores efeitos dos eventos climáticos extremos e da elevação dos mares.
Guterres convocou uma cúpula em Nova York em 23 de setembro para incitar governos, empresas e outros a aumentarem seus esforços de contenção da mudança climática.

Pesquisadores investigam por que tomar café dá vontade de fazer cocô

SAÚDE

Em estudo feito com ratos, cientistas concluíram que, sim, a bebida tem efeito laxante – mas isso não tem a ver com a cafeína.


(skaman306/Getty Images)
Para muita gente, aquele maravilhoso cafezinho de toda manhã não desperta só o cérebro — ele também serve para acordar um intestino preguiçoso. Não é novidade que beber café costuma ser um santo remédio para quem tem dificuldade de ir ao banheiro. Mas a ciência nunca conseguiu explicar muito bem o porquê desse efeito laxante. Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, resolveram investigar a questão mais a fundo.
Eles fizeram isso em ratinhos de laboratório, que tomaram café durante três dias seguidos. Os animais ingeriram tanto a versão normal da bebida quanto a descafeinada. Usando sondas e testes físicos, os pesquisadores examinaram a reação dos músculos intestinais dos roedores e também aplicaram café em tecidos musculares retirados do sistema digestivo dos ratos.
Em ambas as abordagens, houve contração da musculatura dos intestinos grosso e delgado após uma xícara do pretinho. Essa movimentação faz as coisas se moverem mais depressa dentro das tripas — e chegarem mais rápido à porta de saída. “O café tem esse efeito estimulante na mobilidade do intestino, e o mesmo vale para o tipo descafeinado”, explica Xuan-Zheng Shi, principal autor da pesquisa, ao site Gizmodo.
Não foi a primeira vez que um estudo sobre o tema notou o impacto da bebida nos músculos intestinais. Na década de 1990, pesquisadores demonstraram que o líquido parece atuar diretamente na parte final do tubo digestivo, o intestino grosso, também chamado de cólon. Essa mesma pesquisa revelou, porém, que não é em todo mundo que bate a vontade de fazer cocô: só 30% dos bebedores de café relatam a sensação.

Shi e sua equipe mostraram não só que o café estimula a musculatura de outras partes do intestino, mas também que ele interfere no número de bactérias que vivem na nossa barriga – a famosa microbiota intestinal. Eles notaram que o cocô dos ratinhos foi expelido com uma quantidade de micróbios menor que o normal. Para checar se isso era verdade, cultivaram as bactérias fecais em placas de Petri e jogaram café. Não deu outra: elas passaram a crescer menos.
FONTE: SUPER INTERESSANTE

Estudo revela altas concentrações de antibióticos em rios do mundo todo

MEIO AMBIENTE
Níveis de antibióticos detectados nas água ultrapassam as quantidades consideradas aceitáveis, adverte estudo apresentado nesta segunda-feira (27).


   Moradores retiram lixo do rio Sabarmati, na cidade indiana de Ahmedabad — Foto: Sam Panthaky/AFP
Uma equipe de pesquisadores da universidade de York, Inglaterra, analisou amostras tomadas em 711 locais de 72 países em cinco continentes, e detectou ao menos um dos 14 antibióticos rastreados em 65% de casos, informou a instituição acadêmica em um comunicado.
Os cientistas, que apresentaram os resultados de sua pesquisa nesta segunda-feira durante uma conferência em Helsinki, compararam estas amostras com os níveis considerados aceitáveis, estabelecidos pela associação da indústria farmacêutica AMR Industry Alliance, que variam segundo a substância.
Por exemplo, o metronidazol, utilizado para tratar infecções na pela e na boca, é o antibiótico que mais ultrapassa este nível aceitável, com concentrações de até 300 vezes este limite em um local em Bangladesh. Este nível também é superado no Tâmisa, que atravessa Londres.
A ciprofloxacina é a substância que ultrapassa com mais frequência o limite de segurança (detectada em 51 locais), enquanto a trimetoprima, utilizada para o tratamento de infecções urinárias, é a mais detectada.
"Até agora, o trabalho sobre os antibióticos (nos rios) foi realizado em sua maior parte na Europa, América do Norte e China. Com muita frequência sobre apenas um punhado de substâncias", apontou o doutor John Wilkinson.
Segundo este novo estudo, os níveis aceitáveis são ultrapassados com maior frequência na Ásia e África, mas os outros continentes tampouco estão salvos da contaminação, o que revela um "problema global", ressalta o comunicado, que detalha que os locais mais problemáticos ficam em Bangladesh, Quênia, Gana, Paquistão e Nigéria.
Descobertos na década de 1920, os antibióticos salvaram dezenas de milhões de vidas ao combater de forma eficaz doenças bacteriológicas, como pneumonia, tuberculose e meningite.
Mas ao longo das décadas as bactérias se modificaram e se tornaram resistentes a estes remédios, a tal ponto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o mundo não contará no futuro com antibióticos eficazes.
As bactérias podem se tornar resistentes quando os pacientes consomem antibióticos que não precisam, ou quando não completam o tratamento indicado, o que permite a estas sobreviver e desenvolver uma imunidade às substâncias.
Mas os pesquisadores de York também destacam um vínculo com sua presença no Meio Ambiente.
"Os novos cientistas e dirigentes (políticos) começam a reconhecer o papel do Meio Ambiente no problema da resistência aos antibióticos. Nossos dados demonstram que a poluição dos rios poderia fazer uma contribuição importante", indicou outro dos autores do estudo, Alistair Boxall, mencionando resultados "preocupantes".
"Resolver este problema é um desafio monumental e necessitará um investimento em infraestruturas de gestão dos resíduos e das águas residuais, assim como regras mais rigorosas e uma limpeza dos locais já contaminados", acrescentou.

FONTE: AFP