terça-feira, 21 de maio de 2019

Informe epidemiológico sobre a dengue

SAÚDE DF
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FOTO:REPRODUÇÃO

A Secretaria de Saúde realiza entrevista coletiva, nesta terça-feira (21), às 15h, para apresentar os dados do informe epidemiológico sobre a dengue. O encontro com os jornalistas ocorrerá no auditório da Secretaria de Saúde, no final da Asa Norte.
SERVIÇO
Coletiva de imprensa
Data: 21 de maio
Horário: 15 h
Local: Sede da Secretaria de Saúde​
FONTE:AGÊNCIA BRASÍLIA

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Incat construirá o maior navio de alumínio do mundo

INDÚSTRIA NAVAL

A construtora naval australiana Incat noticiou que conseguiu um contrato para construir o maior navio de alumínio do mundo. A Incat Tasmania Pty Ltd construirá o navio de 130 metros de comprimento para a Buquebus, para operar entre a Argentina e o Uruguai. 
A embarcação será a maior balsa de alumínio já construída e a nona embarcação para o cliente sul-americano da Incat. A balsa de 130 metros se juntará aos outros navios Incat que já servem vários portos no Rio da Prata entre a Argentina e o Uruguai. 
Com prováveis 13 mil toneladas, a embarcação de 130 metros de comprimento e 32 metros de largura transportará 2,1 mil passageiros e 220 carros. A embarcação terá maior loja duty-free do mundo instalada em um navio, com mais de três mil metros quadrados de espaço.
O trabalho está em andamento em design e engenharia. A construção física começará assim que os desenhos de projeto detalhado forem concluídos e aprovados pelo cliente.
Espera-se que o novo navio Buquebus, o casco Incat 096, tenha uma velocidade máxima de mais de 40 nós. O navio será alimentado por quatro motores bicombustíveis que queimarão GNL enquanto estiverem em serviço entre a Argentina e o Uruguai.

FONTE: PORTOS E NAVIOS 

Polarização política deve pautar escolha do Parlamento da União Europeia

MUNDO
Foto: AFP
Foto: AFP






















Às vésperas da eleição europeia, a ultradireita anti-UE sofreu um duro baque com um escândalo de corrupção que atingiu em cheio um de seus principais representantes. O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) provocou a queda do gabinete de Viena depois que seu líder máximo, o vice-premiê Heinz-Christian Strache, decidiu renunciar após a divulgação de um vídeo no qual promete contratos públicos à sobrinha de um bilionário russo em troca de financiamento para campanha eleitoral.
O “caso Ibiza” como foi chamado, foi o bastante para que o chanceler (chefe de governo) Sebastian Kurz, do Partido Popular Austríaco (ÖVP) anunciasse o fim do gabinete de coalizão e a convocação de eleições antecipadas.
“Eu cometi um erro e não quero que isso seja um pretexto para enfraquecer a coalizão formada em dezembro de 2017 com os conservadores de Kurz”, afirmou Strache ao anunciar a renúncia. O ex-vice-premiê denunciou um “ataque político direcionado” contra seu partido, um dos mais sólidos do bloco de extrema direita que disputa nesta semana as eleições europeias,  e assegurou não ter cometido “irregularidades”.

Depois que o escândalo veio à tona, milhares de pessoas se reuniram na frente da Chancelaria, exigindo a queda do governo.

A revista Der Spiegel e o jornal Süddeutsche Zeitung, ambos alemães, publicaram em seus sites fragmentos de uma gravação com câmera oculta de uma reunião que teria acontecido meses antes das eleições parlamentares de 2017, na Áustria. As imagens mostram Strache e Johann Gudenus, líder da bancada parlamentar do FPÖ, conversando com uma mulher que diz ser sobrinha de um oligarca russo. Os três conversam sobre como investir dinheiro na Áustria, especificamente para controlar o jornal de maior tiragem do país, o Krone Zeitung.

A conversa envolve, principalmente, a participação acionária no poderoso jornal austríaco.

Strache sugere que, sob uma nova direção, o Krone poderia ajudar o FPÖ em sua campanha eleitoral. Também diz à mulher que seu grupo poderia ter acesso a contratos públicos, caso garantisse a participação no gabinete, e assegura que o arranjo não enfrentaria resistências na redação. “Os jornalistas lá são os maiores prostituídos do planeta”, disse o líder direitista.

Strache diz, na filmagem, que pretendia copiar o esquema de controle da mídia exercido na vizinha Hungria pelo premiê Viktor Orban, outros dos expoentes da direita antieuropeia. A reunião, ocorrida na ilha espanhola de Ibiza, foi uma armadilha para pegar o líder do FPÖ, segundo a imprensa alemã, que não sabe quem montou a operação.

Strache admitiu que participou da reunião, mas negou que tenha cometido qualquer crime. Ele denunciou o que classificoun como “um golpe pérfido” e ressaltou que esse encontro não teve continuidade. “Foi uma coisa idiota e irresponsável”, admitiu.

Correio Braziliense





Amazon, Apple e Google são as empresas mais valiosas do mundo

MUNDO
Levantamento feito pela Brand Finance revelou as 500 marcas mais poderosas do planeta. No top 10 estão ainda nomes como Microsoft, Facebook e Samsung

Amazon
Quando você pensa nas empresas mais poderosas do mundo que nomes te vêm à cabeça? Um relatório anual divulgado pela consultoria britânica de estratégia de negócios Brand Finance revelou: a Amazon é a marca mais valiosa do mundo com valor estimado de 188 bilhões de dólares e crescimento de 24.6% no último ano.
Para listar as 500 corporações com maior valor de mercado do planeta, o levantamento considerou aspectos como custos de licenciamento, quanto da receita de uma empresa provém de uma marca específica e o desempenho financeiro nos últimos anos e previsões futuras.
Amazon
O top500 comprova um cenário evidente: o setor de tecnologia concentra as principais empresas do ranking. Só no top 50 estão 13 marcas de tecnologia, cinco do setor automobilístico e cinco de telecomunicações. Além disso, mais da metade dessas empresas, 26, são norte-americanas, e 15 chinesas.
Em segundo lugar aparece a Apple com valor estimado de 153, 634 bilhões de dólares, seguida do Google, com 142, 755 bilhões. No top10 estão ainda nomes como MicrosoftSamsung, AR&T, Facebook, ICBC, Verizon e China Construction Bank.
Amazon
VEJA O TOP 20
1. Amazon
• 2019 (valor de mercado): $188 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +24.6%
2. Apple
• 2019 (valor de mercado): $154 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +5.0%
3. Google
• 2019 (valor de mercado): $143 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +18.1%
4. Microsoft
• 2019 (valor de mercado):$120 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +47.4%
5. Samsung
• 2019 (valor de mercado): $91 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): -1.1%
6. AT&T
• 2019 (valor de mercado): $87 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +5.6%
7. Facebook
• 2019 (valor de mercado): $83 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +8.7%
8. Industrial & Commercial Bank of China
• 2019 (valor de mercado):$80 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +34.9%
9. Verizon
• 2019  (valor de mercado): $71 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento) +13.3%
10. China Construction Bank
• 2019 (valor de mercado): $70 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento) +22.8%
11. Walmart
• 2019 (valor de mercado): $68 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento):+10.4%
12. Huawei
• 2019 (valor de mercado): $62 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +63.7%
13. Mercedes-Benz
• 2019  (valor de mercado): $60 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +25.9%
14. Ping Na
• 2019 (valor de mercado): $57 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +76.7%
15. China Mobile
• 2019  (valor de mercado): $55,670 bilhões 
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +4.6%
16. Agricultural Bank of China
• 2019  (valor de mercado): $55,040 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +47.5%
17. Toyota
• 2019  (valor de mercado): $52,291 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +19.7%
18. State Grid
• 2019 (valor de mercado): $51,292 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +25.3%
19. Bank of China
• 2019 (valor de mercado): $50,990 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +22.1%
20. WeChat China
• 2019  (valor de mercado): $50,707 bilhões
• 2018-2019 (percentual de crescimento): +126.2%
Amazon

Cuidado: seus dispositivos ouvem, gravam e arquivam o que você fala

TECNOLOGIA 
Saiba como smartphones, notebooks e assistentes virtuais invadem sua privacidade todos os dias, coletando e analisando seus dados em sistemas de inteligência artificial






Se você passa os dias imaginando se seu smartphone, notebook, tablet, ou suas assistentes virtuais AlexaSiri Cortana estão vigiando você, pode parar de imaginar. A resposta é sim. Todos esses dispositivos ouvem, registram, arquivam e monitoram, de alguma maneira, o que você fala. Os registros podem ser em áudio, em transcrições completas ou resumos. E o uso que é feito desses dados nem sempre é claro, de acordo com o The Guardian.
Alvo de críticas sobre o possível uso de gravações feitas pela assistente Alexa, a Amazon diz que seus produtos são vilificados de maneira injusta. Segundo a companhia, é verdade que os dispositivos escutam o tempo todo, “mas de maneira nenhuma transmitem tudo que ouvem”. Só quando um dispositivo ouve a palavra de despertar “Alexa”, é que a gravação é mandada para a nuvem e analisada, dizem.
O argumento é o mesmo usado por todas as companhias de tecnologia acusadas de espionar os consumidores: elas dizem e que só ouvem quando recebem uma ordem expressa para isso. Dizer a frase “OK, Google” desperta os aparelhos da companhia. Mesmo que isso seja verdade, fica a pergunta: depois que a escuta começa, o que acontece?
O alto-falante Echo da Amazon tem Alexa como cérebro (Foto: Divulgação / Amazon)











Fontes da Apple, que se orgulha da maneira como protege a privacidade do usuário, dizem que a Siri tenta satisfazer todas as demandas possíveis de maneira direta no iPhone ou no computador do usuário. Caso uma demanda seja levada à nuvem para uma análise adicional, será marcada com um identificador em código, e não com o nome do usuário.
As gravações ficam arquivadas por seis meses, para que o sistema de reconhecimento de voz possa aprender a entender melhor a voz daquela pessoa. Depois, outra cópia é salva, sem o identificador, para ajudar a Siri nos próximos dois anos.

Qualquer usuário pode logar em sua conta na Amazon e no Google e ver uma lista de todas suas perguntas em áudio. Esses arquivos só serão apagados se a pessoa que fez a pergunta tomar a iniciativa. Caso contrário, ficarão registrados para sempre.No caso das outras gigantes de tecnologia, os áudios são mandados diretamente para a nuvem. Daí, computadores tentam adivinhar a intenção do usuário e satisfazê-la. Depois, as empresas poderiam apagar a solicitação e a resposta do sistema, mas geralmente não fazem isso. A razão são os dados. Para a inteligência artificial da fala, quanto mais dados, melhor.
É verdade que todas as suas buscas por escrito no Google e outros mecanismos de busca também ficam registrados. Mas, para muita gente, ter o som de sua voz arquivado por uma empresa soa muito mais invasivo.
Sem garantias
Praticamente todos os fabricantes de sistemas de inteligência artificial, dos amadores até os gênios da IA nas grandes companhias, reveem pelo menos algumas das transcrições das interações dos usuários com suas criações. A meta é descobrir o que é funcional, o que precisa ser aprimorado e o que os usuários estão dispostos a discutir. Há muitas maneiras de fazer isso.
Os registros podem ser modificados para que o funcionário encarregado não veja os nomes dos usuários individuais. Ou eles podem ver apenas dados resumidos. Por exemplo, eles podem aprender que uma conversação termina depois de uma determinada frase do bot, o que os leva a fazer um ajuste. Designers na Microsoft e no Google, e outras companhias, também recebem relatórios detalhando as perguntas mais populares, para que eles saibam qual conteúdo adicionar.
Todos esses processos deixam uma coisa clara: a ideia do anonimato total não é garantida quando você fala com um assistente virtual, um telefone ou um dispositivo para casa. Você pode achar que é só um computador do outro lado, mas pode ser que haja pessoas ouvindo, tomando notas, aprendendo.
Se você não está fazendo nada ilegal, e nem está preocupado em ser acusado injustamente de fazer algo ilegal, talvez não devesse se preocupar. Mas há outro risco, que afeta qualquer usuário de internet: os hackers. Em testes de laboratório, cientistas foram capazes de invadir a interface da Amazon, Apple, Google, Microsoft e Samsung, e ouvir pedidos e perguntas dos usuários.
Todos os usos possíveis dos dados coletados por inteligência artificial deixam claro que você deveria estudar tudo sobre esses dispositivos antes de deixá-los entrar na sua vida. E, se ficar na dúvida, melhor tirar o aparelho da tomada.



 ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE

Montevidéu quer proibir patinetes e bicicletas nas calçadas

MUNDO
De acordo com a proposta, os usuários deverão transitar
Patinete da Grin (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)











A Prefeitura de Montevidéu elaborou um projeto para regulamentar a circulação de patinetes e bicicletas pela cidade. A iniciativa defende que os usuários possam utilizar os veículos apenas em ciclovias ou nas ruas, proibindo o uso em calçadas e nas Ramblas. A capital uruguaia tem 23 km de Rambla, que é a avenida que margeia o Rio da Prata, dos quais menos de 3 km possuem ciclovias.
De acordo com a proposta, os usuários de patinetes, patinetes elétricos, bicicletas, bicicletas elétricas, triciclos, quadriciclos e plataformas do tipo segway, deverão transitar apenas em ciclovias e ruas.
A proposta é polêmica, uma vez que proibiria as crianças, por exemplo, de pedalarem nas ramblas da cidade. Durante os fins de semana, por exemplo, esses calçadões ficam tomados por montevideanos e turistas, que saem para passear a pé, de bicicletas e, mais recentemente, com os patinetes elétricos.
Em fevereiro deste ano desembarcaram na cidade os patinetes Grin, com grande aceitação pelos usuários. Poucos meses depois, chegou à capital a marca americana Lime. O sucesso é tanto que há uma terceira empresa de patinetes, que deve se instalar no próximo mês.
Com este decreto, que será analisado por uma Junta Departamental, o uso dos patinetes deverá ser regulamentado. Entre as novas regras, está a proibição de se estacionar os veículos em calçadas, por exemplo.
De acordo com o artigo 8º do projeto, os patinetes (elétricos ou não), as bicicletas (elétricas ou não), os triciclos (elétricos ou não) e as plataformas (segway) apenas poderão ser estacionados em zonas autorizadas pela prefeitura de Montevidéu.
Os usuários deverão respeitar uma série de regras em relação ao uso de capacetes e de faixas refletoras nos veículos.
Um ponto levantado por críticos da proposta é sobre a segurança dos consumidores seriam obrigados a trafegar pelas ruas, ao lado de automóveis e motocicletas. Há quem defenda que os riscos aumentariam.
O vereador Javier Barrios Bove, afirmou em seu Twitter que a "falta de bom senso na nova regulamentação sobre patinetes é incrível". Ele afirmou que a "Rambla é o espaço mais democrático que existe. Se querem organizar o uso das bicicletas, que invistam em ciclovias. É um perigo que adultos e crianças circulem em patinetes ou bicicletas pelas ruas".
O diretor de Mobiblidade da prefeitura de Montevidéu, Pablo Inthamoussu, disse que "se na Rambla de Montevidéu - que é um lugar de passeio e recreação - temos que lamentar que algum desses veículos não cumpra as normas e atropele um pedestre, vamos ter a regra". Ele explicou que há uma debilidade quanto à fiscalização desses veículos e que este é um grande desafio.

AGÊNCIA BRASIL

Vitória conservadora na Austrália pode agravar tensão com a China

MUNDO
Vitória conservadora na Austrália pode agravar tensão com a China
Vitória conservadora na Austrália pode agravar tensão com a China Foto: Pexels



As relações econômicas e diplomáticas da Austrália com a China estão estremecidas há quase dois anos, e a reeleição da coalizão conservadora nas eleições parlamentares da Austrália no sábado (18) pode agravar este quadro -ou, no melhor cenário, mantê-lo como está.De modo geral, o governo australiano tenta lidar com a crescente influência chinesa na região do Pacífico Sul, mas o quadro é delicado porque a China é o principal parceiro comercial da Austrália, sendo o destino de aproximadamente 30% das exportações do país, no valor de US$ 183 bilhões anuais.

A situação entre os lados vem se complicando desde agosto de 2017, quando o ex-premiê Michael Turnbull -do partido Liberal, parte da coalizão reeleita junto ao partido Nacional- proibiu a participação das empresas de telecomunicação chinesas Huawei e ZTE na instalação da tecnologia 5G na Austrália. Turnbull alegou potenciais interferências na segurança nacional.

Além disso, Canberra se recusa a assinar oficialmente a participação na Belt and Road Initiave, o maior projeto de Xi Jinping para ter acesso a mercados internacionais, informalmente conhecido como Nova Rota da Seda. Isto levou Pequim a fazer acordos com estados australianos individualmente, como é o caso do compromisso firmado com o estado de Victoria em novembro de 2018.

Em resposta, a China baniu importações de carvão australiano para o porto de Dalian e promete estabelecer um limite de compra do mineral para no máximo 12 milhões de toneladas até o final deste ano, segundo informações da agência Reuters.O ministério das Relações Exteriores da China, por meio do porta-voz Geng Shuang, disse que o fluxo de importações continuava normal, mas que as autoridades alfandegárias do porto endureceram as checagens de segurança de cargas vindas de fora.

A Austrália é a maior exportadora de carvão para geração de energia do mundo e, embora as vendas para o porto de Dalian signifiquem apenas 1,8% do total do mineral exportado pelo país, a sanção chinesa é significativa por apontar para a deterioração dos vínculos.Além do carvão, o professor Alexandre Uehara, coordenador do Grupo de Estudos sobre Ásia da USP, diz que a China, segunda maior economia do mundo, poderia facilmente prescindir do minério de ferro e da carne bovina que compra da Austrália.

"A Austrália não tem cacife para dificultar as exportações para a China, pois é menor."Por outro lado, Uehara pondera que, para o regime de Xi Jinping, "não é interessante ter tensões com seus parceiros comerciais", já que a balança comercial tem peso forte no PIB chinês -em 2017, representou quase 40% da riqueza do país.
"Quanto menos ruído com os vizinhos, melhor", completa.De acordo com o professor, haveria também certa indisposição ideológica australiana, de posicionamento político mais à direita e alinhado à Donald Trump, em relação ao governo chinês. Mas ele completa que essa tensão recai mais sobre o lado australiano, e não importa tanto para Xi Jinping, que Uehara considera pragmático.A simpatia australiana aos Estados Unidos ficou explícita poucos dias antes das eleições, quando o premiê reeleito Scott Morrison, em declaração sobre as recentes tensões comerciais entre Washington e Pequim, referiu-se ao país como um "amigo". Já a China foi definida como uma "cliente". "Você não precisa escolher um lado. Você fica do lado dos seus amigos e também de seus clientes", disse.Os próximos três anos, período de seu novo mandato, serão decisivos para o futuro da relação com a China.


FONTE: GAZETA ONLINE

Espanha prende quatro em investigação sobre desvios na PDVSA

MUNDO
Resultado de imagem para Espanha prende quatro em investigação sobre desvios na PDVSA
FOTO: REPRODUÇÃO / Jornal de Brasilia
A polícia espanhola deteve quatro pessoas, nesta segunda-feira, 20,, em investigação ao ex-embaixador da Espanha na Venezuela Raúl Morodo, suspeito de lavagem de dinheiro e outros crimes, relacionados a um desfalque no valor de 4,5 milhões de euros da estatal PDVSA. Embora o diplomata seja o principal suspeito do caso, ele não foi preso em consequência de sua idade avançada – 84 anos – e condições de saúde. Entre os detidos, está seu filho, Alejo Morojo. O ex-embaixador será chamado a depor.
Foram realizadas oito buscas, autorizadas pelo juiz Santiago Pedraz, incluindo casas e escritórios de Morodo em Madrid. A investigação, que permanece sob ordem judicial de sigilo, foca no período entre 2008 e 2013, logo após o término de seu mandato de três anos como embaixador da Espanha na Venezuela, no governo de José Luís Rodríguez Zapatero (PSOE). Os crimes atribuídos aos envolvidos são de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e delitos fiscais, entre 2012 e 2015.
A investigação ocorre em três países europeus – Portugal, Andorra e Espanha -, e nos Estados Unidos, que tem dezenas de cidadãos venezuelanos suspeitos de lavar centenas de milhões em troca de suborno quando ocupavam cargos em empresas públicas no governo Hugo Chávez (1999-2013).
A hipótese dos investigadores é de que o dinheiro foi enviado para a Espanha como pagamento dos contratos falsos, por meio de um esquema em que os pagamentos acabaram em investimentos imobiliário.
Somente na Espanha, a Justiça investiga o ex-vice-ministro de Energia do governo Chávez, Nervis Villalobos, e Luis Fernando Vuteff, genro do ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, exilado na Espanha.
Outro país que investiga funcionários corruptos é Andorra, um pequeno estado na fronteira franco-espanhola, onde um juiz processou Villalobos e outro ex-vice-ministro venezuelano, Javier Alvarado, junto com outros ex-funcionários da PDVSA,suspeitos do desvio de US$ 2 milhões da empresa. (Com agências internacionais)

Estadão Conteúdo

Após decreto de Trump, Google corta laços com a Huawei

MUNDO

Foto: AFP/ Arquivo
Foto: AFP/ Arquivo
O grupo americano Google, cujo sistema operacional Android está instalado na grande maioria dos smartphones do mundo, anunciou que cortou as relações com a Huawei, uma decisão de graves consequências para a empresa chinesa, que não poderá oferecer mais o Gmail ou Google Maps a seus clientes.

O anúncio inesperado acontece em meio a tensões comerciais com Pequim e depois da decisão da semana passada do presidente americano Donald Trump de proibir que os grupos americanos façam negócios com empresas estrangeiras do setor de telecomunicações consideradas perigosas para a segurança nacional.

A medida tinha como alvo principal a Huawei, gigante chinesa das telecomunicações, segunda maior fabricante mundial de smartphones e que se tornou inimiga de Washington, que acusa o grupo de espionagem cibernética em favor do governo de Pequim.

O grupo aparece na lista de empresas suspeitas com as quais não se pode negociar sem a autorização das autoridades.

"Estamos cumprindo a ordem e revisando as implicações", afirmou um porta-voz do Google em um e-mail à AFP.

"Para os usuários de nossos serviços, Google Play (loja de aplicativos Android) e o sistema de segurança Google Play Protect seguirão funcionando nos aparelhos Huawei existentes", completou a fonte.

 Graves implicações 

Mas como o decreto presidencial proíbe compartilhar tecnologias, o Google terá que ir além e suspender sua colaboração com a Huawei.

As implicações podem ser importantes, pois, como todos os grupos de tecnologia, o Google deve colaborar com os fabricantes de smartphones para que seus sistemas sejam compatíveis com os telefones.

A empresa poderá oferecer aos usuários de aparelhos Huawei a versão livre de direitos de seu programa Android, explicou à AFP uma fonte próxima ao caso.

Isto significa que os usuários não poderão acessar os aplicativos e serviços que pertencem ao Google, como o Gmail e o Google Maps, por exemplo.

Os aplicativos devem permanecer ativos ao menos em um primeiro momento, afirmou à AFP outra fonte. Mas enquanto o decreto permanecer em vigor, a Huawei será obrigada a fazer atualizações a partir do Android Open Source Projet - a versão livre de direitos - e seus clientes terão que fazer o mesmo.

Portanto é possível que o grupo chinês não consiga no futuro oferecer o sistema Android e todas seus aplicativos, como a plataforma de vídeos YouTube.

Consultada pela AFP, a Huawei não respondeu até o momento. A empresa chinesa criticou durante a semana o que chamou de "restrições irracionais" que interferem em seus direitos.

A empresa, com sede em Shenzen (sul da China), é muito dependente dos fornecedores estrangeiros: a cada ano compra 11 bilhões de dólares em componentes de grupos americanos, sobre um total de US$ 67 bilhões de gastos neste departamento, segundo o jornal japonês Nikkei.

O grupo está há algum tempo na mira das autoridades americanas, sob suspeita de espionagem a favor de Pequim, o que teria contribuído em grande parte para sua espetacular expansão internacional.

Washington teme que o grupo, presente em 170 países e que afirma ter 190.000 funcionários, atuem como um cavalo de Troia da China. O passado militar de seu fundador, Ren Zhengfei, o fato de que ele pertence ao Partido Comunista, assim como a falta de transparência da Huawei alimentam as suspeitas de que a empresa está sob controle de Pequim, sobretudo após uma lei aprovada em 2017 que obriga as empresas chinesas a colaborar com os serviços de inteligência do país.

No primeiro trimestre, a Huawei vendeu 59,1 milhões de smartphones, o que representa 19% do mercado, mais do que a americana Apple, mas ainda continua atrás da líder do setor, a sul-coreana Samsung.

A Huawei é uma das empresas líderes do 5G, a nova geração da internet móvel que está em processo de desenvolvimento.

China e Estados Unidos, as duas maiores economias mundiais travam uma guerra comercial, com a imposição mútua de tarifas, e na qual a tecnologia é um eixo fundamental do confronto.

AFP