terça-feira, 14 de maio de 2019

Diferença de opiniões é importante para construir um país melhor, diz Reguffe


  
Da Redação | 14/05/2019, 19h18
A divergência de opiniões é importante para a democracia, um país melhor se constrói com diálogo, defendeu o senador Reguffe (Sem Partido-DF) nesta terça-feira (14), em Plenário. O parlamentar disse estar preocupado com a falta de respeito ao posicionamento contrário, principalmente quando o debate acontece no ambiente virtual.
Reguffe disse ter percebido essa intolerância de opiniões quando, por meio da sua rede social, se disse contrário à decisão do presidente Jair Bolsonaro de flexibilizar o uso e o porte de armas. Nessa questão, o senador afirmou ser a favor da revogação do decreto.
Seu posicionamento, no entanto, não é motivo para que suas ideias sejam desqualificadas, argumentou.
— Na questão do decreto que libera o uso de armas no Brasil, eu sou contra. Eu pessoalmente acho que esse não é o melhor caminho, e democraticamente eu tenho direito de ter essa opinião. Ou a gente vai viver uma ditadura do pensamento único? Onde ninguém tem o direito de pensar e ninguém tem o direito de discordar? — questionou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Perde validade a MP que destinou recursos para apoio a refugiados


  
Da Redação | 14/05/2019, 19h20
Terminou na última segunda-feira (13) o prazo para que o Congresso apreciasse a Medida Provisória 860/2018. O texto autorizou o Orçamento da União a doar até R$ 15 milhões para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e para a Organização Internacional para as Migrações (OIM). As duas entidades integram a Organização das Nações Unidas (ONU) e possuem escritórios no país.
Os recursos, de acordo com o texto, serviriam para apoiar ações da Acnur e da OIM no Brasil para interiorização dos refugiados venezuelanos que, desde 2017, têm entrado em território nacional para fugir da crise política, econômica e social da nação vizinha.
Editadas pelo Executivo, as medidas provisórias têm efeito imediato, mas precisam ser aprovadas pelo Congresso para que os efeitos sejam mantidos. Quando uma medida provisória não é votada dentro do prazo, perde a eficácia. Na prática, no caso das medidas que liberam recursos, muitas vezes a falta de votação não gera consequências porque o dinheiro já foi liberado.
Quando uma medida perde a validade, o Congresso tem uma prazo de 60 dias para editar um decreto que discipline os efeitos gerados durante a vigência do texto. O prazo para o decreto da MP 860 é até 12 de julho.
Outros textos
A MP 860 foi editada no final de 2018. Em abril de 2019, outra medida provisória (MP 880/2019), abriu crédito extraordinário de R$ 223,85 milhões para a assistência emergencial e o acolhimento humanitário de imigrantes venezuelanos. Antes da MP 860, outras duas medidas já haviam destinado recursos para esse fim (MPs 823/2018 e 857/2018).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Estreia de Luxemburgo no Vasco tem conversa com elenco e coletivo

ESPORTES
Treinador comandou o primeiro treino e prepara o time para enfrentar o CSA
Luxemburgo comanda primeiro treino no Vasco
Luxemburgo comanda primeiro treino no Vasco Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

O técnico Vanderlei Luxemburgo fez nesta terça-feira sua "estreia" no comando do Vasco. Um dia após se reunir com a comissão técnica, em dia de folga do elenco, o treinador teve seu primeiro contato com os jogadores nesta tarde. O dia contou com uma conversa com os atletas e com um treino coletivo.
Na segunda, enquanto os jogadores estavam de folga, Luxemburgo iniciou o planejamento estratégico do time acompanhando dos demais membros da comissão técnica. O treinador foi contratado pelo clube de São Januário na quarta passada, mas ele não assumiu o time para o jogo contra o Santos, no fim de semana, pelo Brasileirão - o Vasco perdeu por 3 a 0, no Pacaembu.
Luxemburgo comanda primeiro treino no Vasco Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
Nesta terça, enfim, ele teve a primeira atividade com os jogadores. E aproveitou a oportunidade para bater um papo que durou cerca de 30 minutos. Na conversa, Luxemburgo fez questão de ressaltar sua confiança no grupo, que ocupa atualmente a lanterna da tabela do Brasileirão.
Com a bola rolando, Luxemburgo organizou, na companhia do assistente técnico Maurício Copertino. E escalou o time com colete com: Gabriel Félix (João Pedro); Cláudio Winck, Rodrigo Fernandes, Willian Maranhão e Luan; Andrey, Dudu e Bruno César; Yan Sasse, Jairinho e Tiago Reis.
Winck, Bruno César, Yan Sasse e Tiago Reis balançaram as redes. A outra equipe teve: Alexander; Raul Cáceres, Rafael França, Miranda e Henrique; Fellipe Bastos, Marcos Júnior e Valdívia; Moresche, Ribamar e Caio Monteiro. Valdívia foi o destaque do time, com dois gols. Ribamar também deixou sua marca.
Estiveram em campo somente jogadores que não começaram jogando contra o Santos, no domingo. Estes foram preservados nesta terça. O time principal acabou vencendo o coletivo por 4 a 3.
Fora da atividade desta terça, o volante Lucas Mineiro exaltou a possibilidade de treinar a semana inteira, em preparação para o próximo jogo, contra o Avaí, domingo, em São Januário. "Vamos procurar aproveitar essa semana cheia de trabalho. Iremos nos dedicar muito e correr atrás daquilo que está faltando para voltarmos a vencer. Sabemos que precisamos melhorar nosso desempenho, tudo que fizemos até agora, e nada melhor que fazer isso já no domingo", declarou.

O jogador também se mostrou satisfeito com a chegada de Luxemburgo. "É sempre ótimo trabalhar com pessoas que costumam passar coisas boas. O Luxemburgo é um treinador bem experiente e que tem muita coisa para mostrar para todos que estão aqui no Vasco. Vou procurar absorver um pouco de toda a experiência que ele adquiriu no futebol."

Estadão Conteúdo

Cid Gomes conclama população contra corte nas universidades

contra corte nas universidades

  
Da Redação | 14/05/2019, 19h41
Em pronunciamento nesta terça-feira (14), o senador Cid Gomes (PDT-CE) conclamou a população para se somar a manifestações convocadas para esta quarta (15), em todo o país, contra o anúncio do governo de reduzir o repasse de recursos para as universidades e institutos federais.
Segundo o parlamentar, foram contingenciados mais de R$4 bilhões dessas instituições, colaborando com um ambiente de desespero em todos os estados. Somente no Ceará, citou, serão prejudicados quase 52 mil alunos nas três universidades federais, e milhares de estudantes matriculados nos mais de 30 campis atrelados ao instituto federal da região.
— Se a gente somar todos os recursos de custeio e de investimentos de todas as instituições de ensino superior do Brasil, o que o Governo Federal cortou foi, na média, 30%, variando de instituição para instituição. No caso da UFC [Universidade Federal do Ceará], que tem 43 mil alunos matriculados, são 38% de bloqueio. No caso da Unilab [Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira], a retenção, no que se refere ao dano que causa, é ainda pior, porque é uma universidade em expansão, recém-criada e que está em ritmo de criação — lamentou.
Cid Gomes sugeriu, como forma de protesto pelos senadores, a obstrução da votação de toda matéria de interesse do Executivo em tramitação na Casa, até que a situação seja revertida.
— O Brasil não pode, sob hipótese nenhuma, sob argumento nenhum, reduzir, voltar atrás nos avanços que nós já conquistamos na educação superior, que só abre espaço hoje para menos de 18% dos jovens de 18 a 22 anos — acrescentou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Debatedores divergem sobre efeitos da reforma da Previdência para as mulheres


  
Da Redação | 14/05/2019, 19h45
Audiência pública interativa realizada nesta terça-feira (14), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), discutiu os impactos da reforma da Previdência para as mulheres. Na opinião da representante do movimento Mulheres em Luta, Marcela Azevedo, uma das debatedoras ouvidas na reunião, não aumentará a geração de renda, mas aprofundará as desigualdades sociais entre homens e mulheres. Por sua vez, representantes da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, salientaram a necessidade das reformas para o equilíbrio das contas públicas.
Marcela Azevedo delineou as condições desfavoráveis da mulher no mercado de trabalho, citando dados sobre dupla jornada, diferença salarial e elevada rotatividade. Ela lembrou que na reforma trabalhista do governo Michel Temer, a mão de obra feminina também foi particularmente prejudicada.
— A maioria das mulheres se aposenta por idade porque não consegue somar o tempo de contribuição, devido a muitas interrupções em sua vida laboral. Imagine esse tempo aumentado com a reforma da Previdência — afirmou.
Marcela também criticou os meios de comunicação, que, segundo ela, só tratam da necessidade da reforma sem aprofundar-se na discussão sobre retirada de direitos, e atacou a “falácia” segundo a qual, segundo ela, de a nova legislação aumentará a geração de renda.
Presidente da CDH, o senador Paulo Paim (PT-RS) acompanhou a debatedora nas críticas aos argumentos pró-reforma, com ênfase na elevação da idade mínima de aposentadoria, e comparou desfavoravelmente a proposta previdenciária de Jair Bolsonaro com a de Michel Temer:
— Temer, com todos os defeitos dele, não chegou ao absurdo dessa tal de capitalização. Dos trinta países que foram para a capitalização, por que 18 já desistiram?
Marcela Azevedo também criticou a capitalização:
— A experiência concreta da aplicação dessa política é o crescimento do número de idosos no Chile — explicou, ao pedir prioridade à auditoria da dívida pública e à investigação dos grandes devedores da Previdência.

Posição do governo

Gleyce Anne Cardoso, representante da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, classificou como “incontornável” a discussão sobre o deficit da Previdência. Ela concordou que o desequilíbrio das contas do governo é particularmente danoso às mulheres:
— Além de quererem se aposentar, as mulheres também querem saúde, querem educação, querem serviços que o governo não consegue oferecer com a qualidade necessária — opinou.
Gleyce também entende que a “herança de outros governos” elevou o desemprego, situação que agrava a dificuldade financeira da Previdência, e declarou esperar que a reforma proporcione mais direitos às mulheres.
Também da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, o assessor Marcelo Couto Dias lembrou que a proporção de gasto previdenciário no Brasil já se aproxima a de países de população mais idosa, e disse considerar a reforma da Previdência uma alternativa menos desvantajosa ao aumentar impostos, elevar a dívida pública ou emitir moeda:
— A capacidade de investimento do governo em educação, em saúde e em segurança, isso tem um impacto positivo para as mulheres, pois elas poderão ir para o mercado de trabalho e encontrarão condições mais iguais no mercado. Dizer que as coisas podem continuar como estão é violar indiretamente os direitos da população.
Maria da Gloria Guimarães, líder do grupo Mulheres do Brasil, ressaltou a importância “genérica” da reforma da Previdência como forma de favorecimento do ambiente econômico e estímulo ao investimento social, e pediu a contribuição do Legislativo para uma solução que leve em conta o envelhecimento da população:
— A Previdência deve ser reformulada de modo a atender tanto aos interesses da população quanto aos do mercado, no intuito de buscar mais emprego e renda. As mulheres também estariam em busca dessas novas rendas no mercado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fabiano Contarato classifica como retrocesso ações do governo federal


  
Da Redação | 14/05/2019, 19h48
O Senador Fabiano Contarato (Rede-ES) Classificou como retrocesso, nesta terça-feira (14) , em Plenário, o governo do presidente Jair Bolsonaro, em especial, as ações do Ministério do Meio Ambiente. Para ele, na pratica, o ministério está sendo "descriado".
— Nós temos presenciado aqui neste governo a perda do serviço florestal brasileiro para o Ministério da Agricultura. Presenciamos também a perda da Agência Nacional de Águas [ANA] para o Ministério do Desenvolvimento Regional; fim da secretaria de mudanças climáticas; fim do setor de educação ambiental; fim do Plano de Combate ao Desmatamento; enfraquecimento da fiscalização do Ibama e ICMBio — ressaltou.
O parlamentar destacou ainda a retirada da oferta do Brasil sediar o Latin America Climate Week, evento regional da convenção do clima da Organização das Nações Unidas(ONU), que aconteceria de 19 a 23 de agosto, em Salvador.
— Salvador estava escolhida para sediar esse evento desde o ano passado. Faltam três meses para o encontro, e note-se que não gastaríamos sequer um centavo com tudo isso — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)