sexta-feira, 3 de maio de 2019

A espécie invasora mais famosa do Brasil: o Aedes aegypti

SAÚDE
Diante da impossibilidade de erradicar o mosquito transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela, é preciso ao menos controlar sua reprodução.
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É preciso controlar a população do Aedes aegypti para reduzir os casos de doenças a níveis mínimos aceitáveis
A maioria dos cientistas já chegou à conclusão de que é praticamente impossível eliminar o Aedes aegypti da face da Terra. Nativo do Egito – daí o nome aegypti –, ele é a espécie invasora mais famosa do Brasil. O mosquito é transmissor de doenças perigosas: a dengue, a zika, a chikungunya e a febre amarela. O Aedes é um seguidor do ser humano.
“Ele vive onde o homem está”, resume Gabriel Sylvestre, líder de pesquisa e desenvolvimento, comunicação e engajamento do World Mosquito Program no Brasil. Estudiosos trabalham, atualmente, com diversas frentes de ataque.
Já está mais do que claro que é preciso controlar a população do Aedes para reduzir os casos de doenças a níveis mínimos aceitáveis. No entanto, como é nitidamente impossível eliminá-lo por completo, é necessário pelo menos impedir que o Aedes continue sendo um vetor de doenças.
Aedes aegypti  — Foto: Raul Santana/Fundação Oswaldo Cruz/DivulgaçãoAedes aegypti  — Foto: Raul Santana/Fundação Oswaldo Cruz/DivulgaçãoAedes aegypti — Foto: Raul Santana/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação

Mosquito viajante

Aedes aegypti é tipicamente doméstico. Mas gosta de viajar. Ele seguiu os seres humanos ao longo das últimas décadas e hoje está principalmente nas áreas urbanas de zonas tropicais e subtropicais. Voa baixo e chega facilmente à nossa pele. Embora o macho do mosquito se alimente do néctar das plantas, a fêmea precisa dos nutrientes do nosso sangue para produzir ovos.
A rápida expansão das áreas urbanas e a facilitação da mobilidade das pessoas ao longo das últimas décadas ajudaram o mosquito a se espalhar. É um inseto silencioso, que usa como “criadouros” os pontos de água limpa e parada produzidos involuntariamente pelos seres humano.
O Aedes depende de nós para se reproduzir. E se reproduz muito. Segundo Sylvestre, o mosquito vive somente por 30 dias e, portanto, precisa deixar vários filhotes nesse prazo bem curto.
A fêmea deposita cerca de 100 ovos toda vez que pica uma pessoa. Pode dar vida a mil mosquitos por mês. Quando caem na água, os ovos geram larvas, que, por sua vez, viram novos mosquitos. As larvas só crescem na água, mas os ovos podem resistir por meses em áreas secas: continuam “viáveis”, esperando uma chuva para iniciar o desenvolvimento.

Erradicar o mosquito?

Segundo o diretor do Instituto Leônidas & Maria Deane da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz, já não se cogita mais “erradicar” o mosquito. Fala-se de controle. “Isto é aceitável: controlar o número de mosquitos em um nível tão baixo que não vai proporcionar grande transmissão de doenças”, diz o pesquisador.
Do Norte da África, o Aedes se espalhou para muitas outras partes do mundo nos navios de escravos do século 16 e em outras expedições marítimas. Os primeiros documentos sobre ele datam de 1762.
Ele gosta de clima quente e isso foi essencial para ficar no Brasil. “É uma espécie exótica, chegou ainda na época da colonização e se estabeleceu muito bem”, conta Sylvestre. “Está presente no país inteiro, não é exclusivo de algumas cidades. Está em qualquer área urbana brasileira.”
Há relatos de chegada do Aedes principalmente no século 19, em Curitiba (PR) e, no início do século 20, em Niterói (RJ), quando causava surtos de febre amarela urbana. Alguns pesquisadores acreditam que ele tenha começado a entrar também por via terrestre, pelo Paraguai.
A falta de saneamento básico e o escasso fornecimento de água encanada fazia com que as pessoas precisassem acumular água em reservatórios e vasilhas, lugares ideais para a fêmea do mosquito.
Com os estudos e esforços do médico sanitarista Oswaldo Cruz, o Brasil controlou o mosquito nos anos 1920 e chegou a declará-lo como “erradicado” na década de 1950. Mas, já resistente aos inseticidas tradicionais, o Aedes aegypti retornou nos anos 1960 para nunca mais nos deixar.
Carro do fumacê usado no DF em combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e vírus zika — Foto: Pedro Ventura/Agência BrasíliaCarro do fumacê usado no DF em combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e vírus zika — Foto: Pedro Ventura/Agência BrasíliaCarro do fumacê usado no DF em combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e vírus zika — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Mosquito vetor de doenças

Ele só pica os seres humanos. E por, isso, é o principal transmissor de doenças potencialmente graves e já bem conhecidas dos brasileiros. A dengue ainda é uma epidemia em mais de 100 países.
É também a doença viral transmitida por mosquitos que se espalha mais rapidamente – houve um aumento de 30 vezes no número de casos nos últimos 50 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O coordenador da Unidade de Ecologia e Gestão de Vetores da OMS, Dr. Raman Velayudhan, disse ao G1 que, por causa das dificuldades dos países no combate ao Aedes aegypti e a falta de investimentos públicos, as metas para reduzir o número de casos e mortes terão de ser revisadas.
“Precisamos aumentar radicalmente as intervenções para controle desse vetor de forma sustentável nos centros urbanos”, diz Velayudhan, da OMS. Para isso, ele avalia que é essencial envolver as comunidades, escolas e empresas.
Em 2010, foram registrados 2,2 milhões de casos nos países membros da organização. Seis anos depois, foram 3,34 milhões de casos. A meta, por enquanto, ainda é reduzir a mortalidade de dengue em pelo menos 50% até 2020, em relação aos níveis de 2012.
Mas em alguns países a dengue ainda cresce. No Brasil, só neste ano foram 451.685 casos, até 13 de abril, um aumento de 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Saúde.
Conforme o mosquito se adapta a novos climas e habitats, a dengue vai se espalhando para novos lugares. E, de alguns anos para cá, o Aedes aegypti começou também a espalhar os vírus da zika e da chikungunya.
Foram notificados 3.085 casos de zika em todo o país, com incidência de 1,5 caso para cada 100 mil habitantes, e 24.120 casos de chikungunya, com incidência de 11,6 para cada 100 mil habitantes.
Larvas do Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia — Foto: Paulo Whitaker/ReutersLarvas do Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia — Foto: Paulo Whitaker/ReutersLarvas do Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia — Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Evitar a disseminação do mosquito

De acordo com Sérgio Luz, por mais que se estudem novas formas de combater o Aedes aegypti, as medidas clássicas de combate não podem ser relaxadas. A forma tradicional ainda é essencial: impedir que o mosquito bote ovos na água e continue se espalhando por aí.
Para isso, é preciso jamais deixar água parada em recipientes, calhas, pneus, vasos de plantas e terrenos. Qualquer ponto com água é um possível ninho do Aedes.
“É o mínimo que cada pessoa tem que fazer. As pessoas sempre acham que o problema é na casa do vizinho, por isso temos que insistir na eliminação da água parada”, afirma Luz. Ele lembra dos chamados “10 minutos da dengue”, isto é, a ideia de dedicar, toda semana, ao menos 10 minutos para conferir a casa, procurando acabar com eventuais pontos de água parada.

Inibir o apetite do mosquito

Especialistas chamam de “controle vetorial” os métodos que procuram reduzir a população de mosquitos. Segundo a bioquímica Laura Duvall, pesquisadora na Rockefeller University, nos Estados Unidos, o Aedes aegypti é “surpreendentemente bom em se tornar resistente a inseticidas”.
As mutações estão entre os fatores que levam a espécie a ficar mais forte. Mas, também, a seleção provocada pelos venenos.
“Depois da exposição ao inseticida, os mosquitos que não carregam genes resistentes morrem, permitindo que os resistentes sobrevivam e se reproduzam, criando ainda mais resistência”, explica a pesquisadora Laura Duvall.
Diante disso, seu estudo usa uma droga para inibir o apetite da fêmea do mosquito. “Numa situação normal, depois de sugar sangue, ela perde interesse em picar pessoas por vários dias, enquanto usa a proteína do sangue para gerar ovos”, diz.
Observando isso, cientistas identificaram os elementos que suprimem seu apetite nesse período e deram a mosquitos um remédio que dá sensação de saciedade. “É uma estratégia única porque tem como alvo o comportamento do mosquito, em vez de tentar matá-lo ou repeli-lo.”

Uma armadilha para o mosquito

Outras pesquisas se baseiam em aspectos comportamentais do Aedes. Como ele é capaz de encontrar água parada nos lugares mais invisíveis para nós, humanos, pesquisadores da Fiocruz Amazônia estão usando o próprio mosquito para espalhar veneno contra suas larvas.
“Nos anos 90, um estudo japonês mostrou que o mosquito é capaz de carregar larvicida de um lado para o outro”, explica Sérgio Luz. Com base nisso, criaram-se no Brasil pequenos recipientes com água “contaminados” com um veneno que mata a larva do Aedes.
“Partículas do larvicida grudam nas patas e em partes do corpo do mosquito. Por instinto, ele bota ovos em vários lugares e acaba levando o larvicida para outros pontos”, conta Sérgio Luz.
Ao serem espalhadas de forma estratégica em bairros residenciais – 1 a cada 10 casas, por exemplo – as chamadas “estações disseminadoras” funcionam como uma armadilha. “Assim como a abelha leva o pó de uma flor para outra, o mosquito acaba transportando o larvicida por onde passa”, explica Luz. O estudo começou no Amazonas, mas já apresentou bons resultados e está implantando em 13 cidades do país.

Blindar o mosquito

Diante da difícil tarefa de conter o aumento da população de mosquitos, alguns cientistas também promovem ações para, pelo menos, evitar que o Aedes leve doenças mortais aos seres humanos. A pesquisa da Fiocruz no Rio de Janeiro, como parte do projeto global "World Mosquito Program", vai nesse sentido.
O chamado “método Wolbachia” implanta a bactéria com esse nome no organismo do mosquito e “blinda” o mosquito, impedindo que ele seja transmissor dos vírus causadores de doenças. “A gente consegue usar o próprio mosquito para combater a transmissão”, diz Gabriel Sylvestre.
A bactéria Wolbachia foi encontrada por cientistas australianos na famosa “mosca da fruta”, a drosófila. Em 2009, divulgaram um estudo mostrando que, quando o Aedes aegypti é portador da Wolbachia, ele não transmite doenças.
Os pesquisadores produzem em laboratório milhões de mosquitos com Wolbachia e os soltam em regiões afetadas. Há indícios de que, ao se reproduzirem, os mosquitos portadores da bactéria podem ser mais numerosos que aqueles sem Wolbachia e, portanto, causadores de doenças.
“São 10 a 20 semanas de liberação [de mosquitos], uma vez por semana. O número de mosquitos é proporcional ao tamanho da área: a cada 50 metros, soltamos de 100 a 150 mosquitos, por exemplo”, detalha Gabriel Sylvestre.
No Rio de Janeiro, o laboratório da Fiocruz produz 3 milhões de ovos de mosquitos e mantém 2 milhões de mosquitos adultos, com a bactéria Wolbachia. “É uma bactéria que já está na natureza em 60% dos insetos. Tudo foi testado e ela não faz mal para outros animais nem para o ser humano”, afirma, notando que o projeto não cria mosquitos geneticamente modificados.
Embora trabalhem em diferentes frentes de combate à espécie exótica mais famosa do Brasil, os pesquisadores tendem a ser unânimes ao afirmar: todas as pesquisas e ações são complementares. Nenhuma iniciativa, sozinha, será capaz de tirar o Aedes aegypti da nossa lista de problemas.
Por mais que se estudem novas formas de combater o Aedes aegypti, as medidas clássicas não podem ser relaxadas, eliminando toda possível fonte de água parada — Foto: Igor Estrella/G1Por mais que se estudem novas formas de combater o Aedes aegypti, as medidas clássicas não podem ser relaxadas, eliminando toda possível fonte de água parada — Foto: Igor Estrella/G1Por mais que se estudem novas formas de combater o Aedes aegypti, as medidas clássicas não podem ser relaxadas, eliminando toda possível fonte de água parada — Foto: Igor Estrella/G1

Como será o primeiro casamento católico naturista do Brasil

BRASIL
Os noivos Gislaine e DouglasDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionGislaine e Douglas vão se casar nus no interior de São Paulo: 'Por que não celebrar uma data importante com as pessoas que gostamos, com um estilo de vida que também nos encanta?'
Em vez de vestidos longos, paletó e gravata, sapatos recém-engraxados e toda a pompa tradicional, apenas uma canga - utilizada na hora de se sentar. Os noivos também estarão bem à vontade: nada de cauda longa, nada de fraque; vão dizer o "sim" completamente nus. Vestido mesmo deve comparecer apenas o padre, que, mesmo sendo adepto do naturismo, estará paramentado com batina e estola, como manda o figurino.
Está marcado para o próximo dia 25, em um sítio no município de Igaratá, região de São José dos Campos, interior de São Paulo, o primeiro casamento naturista católico pelo Brasil. Oficializam a união a pedagoga Gislaine Serafim Rodrigues, de 35 anos, e o advogado Douglas Abril Herrera, de 55 anos. Ambos são praticantes do naturismo já há bastante tempo e o matrimônio acontecerá em evento organizado pelo grupo Nós Naturistas - que congrega adeptos do naturismo e dissemina valores dessa filosofia de vida.
Em conversa com a BBC News Brasil, a noiva conta que a decisão de fazer uma cerimônia assim foi, como a própria filosofia de vida da qual é adepta: natural.
"Moramos juntos já faz um bom tempo e decidimos regularizar nossa situação perante a sociedade", relata. "De início, só queríamos nos casar no civil e com os familiares mais próximos. Mas percebemos que a maioria dos nossos amigos é naturista. Então por que não celebrar uma data importante com as pessoas que gostamos, com um estilo de vida que também nos encanta?"
Rodrigues garante que "a cerimônia será como a convencional". "O diferencial é que todos estarão sem aquelas roupas de festa e utilizarão uma canga para se sentar", explica ela. Ou seja, tudo conforme a etiqueta da filosofia naturista, em que cangas são acessórios indispensáveis ao se sentar, por questões de higiene e respeito.
Daniel FerreiraDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image caption'Tenho plena consciência de que todos estão nus por baixo de qualquer vestimenta', diz o padre Daniel Ferreira, que comandará cerimônia
Decisão tomada, o casal esbarrou em um problema. Como conseguir um padre que topasse a empreitada? O problema nem é o naturismo em si - a Igreja Católica não é contrária à prática. "Não há posicionamento oficial sobre naturismo ou nudismo. Há, no entanto, cuidados propostos por moralistas quanto ao respeito e ao pudor diante da intimidade humana e sexual", esclarece à BBC News Brasil o filósofo e teólogo Fernando Altemeyer Júnior, professor do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O empecilho é quanto ao local. Salvo raríssimas exceções - como um quadro grave de saúde que impossibilite o deslocamento de noivos ou pais dos noivos -, a Igreja Católica Apostólica Romana não permite a celebração do sacramento do matrimônio em ambiente que não seja dentro de uma igreja. "Os padres [católicos apostólicos romanos] concedem apenas uma bênção fora da igreja e, para isso, teríamos de fazer todo o cerimonial na instituição religiosa também", diz a noiva. "Por meio de um amigo, conhecemos o padre Daniel, que também é praticante [do naturismo] e foi bem receptivo à ideia."
Assim, o matrimônio não será católico apostólico romano, mas sim católico ortodoxo americano. Padre Daniel Ferreira, de 60 anos, o celebrante, é membro desse clero desde 1992. Já foi pároco em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Atualmente, ocupa o cargo de chanceler da Igreja Católica Apostólica Reunida no Brasil, instituição considerada coirmã da americana.
Ferreira conta à BBC News Brasil que recebeu o convite para celebrar a união por meio de um amigo em comum com os noivos. "Também sou naturista e tenho plena consciência de que todos estão nus por baixo de qualquer vestimenta. Na cerimônia, estarei paramentado porque é o hábito que diferencia o monge - não ficaria bem um padre sem paramentos dando uma bênção, independentemente do objeto dessa benção", diz ele.
Tanto o sacerdote quanto o grupo Nós Naturistas afirmam que se trata do primeiro casamento naturista celebrado por um padre no Brasil.
Convite para o casamento com foto do rosto dos noivosDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionConvite virtual do casamento de Gislaine e Douglas

Nudez

Presidente do Nós Naturistas, o designer gráfico Eduardo Rossetto, de 56 anos, diz à BBC News Brasil que o casamento marcado para o dia 25 simboliza "mais um passo contra o preconceito". "Infelizmente a nudez é vista, na maioria das igrejas, como algo pecaminoso - o que não corresponde à realidade", comenta ele. "Principalmente por não ter nenhuma conotação sexual."
Rossetto avalia que no Brasil a nudez pública ainda é "um grande tabu". "A seminudez é permitida apenas no carnaval, por motivos diversos. Topless é proibido, mesmo que muitos biquínis não cubram praticamente nada do corpo. Toda nudez que esporadicamente aparece em um programa de televisão, por exemplo, tem cunho erótico", elenca Rossetto.
"O grupo Nós Naturistas tenta sempre organizar eventos com atividades variadas para mostrar que não é simplesmente ficar sem roupas, mas sim se sentir livre de tudo o que nos prende no dia a dia. Quando se está nu é o momento em que você é só você, sem rótulos ou padrões impostos pela sociedade: não importa se você é um empresário ou um serviçal, por exemplo - simplesmente somos todos iguais."
Ele ressalta que "qualquer pessoa pode ser um naturista", independentemente de idade. "Somos uma grande família com pessoas de 6 meses a mais de 80 anos", diz.
A noiva Rodrigues conta que participa de eventos naturistas desde 2006. "Tive meu primeiro contato por intermédio do meu noivo. Ele já praticava, me explicou sobre a filosofia e me pediu para que o acompanhasse a um dos encontros", recorda. "Confesso que foi difícil o primeiro contato, pois não estava habituada à prática de me despir e ver as outras pessoas ao natural, nem sabia para onde olhava [risos]. Contudo, as pessoas que ali estavam ficaram conversando comigo e aos poucos fui me sentindo mais à vontade."
Ela diz que se sentiu fascinada com a filosofia. "E não larguei mais. O despir-se não é apenas das roupas, mas também aceitar o próprio corpo e reconhecer o outro como igual, sem preconceitos."
Herrera participa de eventos naturistas há quase três décadas. "Ninguém se transforma em naturista, essa pessoa já tem a pré-disposição para que isso aconteça, bastando apenas encontrar o seu tempo e espaço", diz ele, à BBC News Brasil. "Sou naturista desde 1991, quando em viagem para Santa Catarina, fiquei sabendo que no balneário de Camboriú existia uma praia de naturismo. Dirigi-me para lá a título de curiosidade."
Então, deparou-se com, em suas palavras, "um lugar maravilhoso e com recepção calorosa". "As pessoas estavam despidas de todos os preconceitos, adereços e roupas", enumera. "Ali ninguém era diferente de ninguém, ninguém ostentava profissão, posição social ou qualquer outra coisa. Todos respeitavam a todos, independentes de suas diferenças."
Ele ressalta que desde então manteve "o convívio com essas pessoas de caráter e conduta diferenciada". "Percebi que esse era o meio de vida que sempre busquei", define.
Convite virtual com imagem do bolo de casamentoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image caption'Todos os nossos amigos ficarão bem à vontade e nós também, não precisando se prender às ostentações do mundo moderno'

A cerimônia

Herrera frisa que o casamento será "exatamente igual a qualquer outro casamento religioso". "O único diferencial é que todos estarão ao natural", compara. "Todos os nossos amigos ficarão bem à vontade e nós também, não precisando se prender às ostentações do mundo moderno."
Ele conta, entretanto, que tanto ele quanto a noiva deverão usar pequenos acessórios que os diferenciem dos demais na cerimônia. "Ambos deveremos se sentir à vontade", afirma. "Aceitar o próprio corpo é algo que aprendi e tem me feito um bem enorme", completa Rodrigues. "Como sou a noiva, vou usar alguns adereços que simbolizam o casamento, como o buquê e o véu - afinal, é nosso dia e nele podemos tudo."


E a família, como fica? A noiva diz que todos sabem que eles são naturistas, mas, até o momento, nenhum familiar "manifestou interesse em participar de um encontro ao natural". Como não são adeptos, "participarão apenas da cerimônia de união civil".

FONTE: BBC NEWS

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Ciclone atinge Índia; mais de 1 milhão de pessoas são retiradas


O Departamento de Metodologia da Índia diz que o ciclone "extremamente severo" atingiu o estado costeiro de Odisha, na Baía de Bengala

Ciclone atinge Índia; mais de 1 milhão de pessoas são retiradas
Notícias ao Minuto Brasil
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OCiclone Fani atingiu hoje (3) a Índia oriental como uma tempestade de grau 5, com ventos que chegaram a 205 quilômetros por hora, e obrigou as autoridades indianas a retirar cerca de 1,2 milhão de pessoas.
O Departamento de Metodologia da Índia diz que o ciclone "extremamente severo" atingiu o estado costeiro de Odisha, na Baía de Bengala, por volta das 8h (3h30 em Lisboa).
A Força Nacional de Resposta a Desastres da Índia informou que cerca de 1,2 milhão de pessoas foram retiradas das zonas baixas de Odisha e levadas para cerca de 4 mil abrigos.
O Comissário Especial de Socorro de Odisha, Bishnupada Sethi, afirmou que as comunicações foram interrompidas em algumas áreas. Não foram registrados mortos ou feridos.
O Fani é a tempestade mais violenta desde 1999, quando um ciclone matou cerca de 10 mil pessoas e devastou grande parte de Odisha.
Em outubro do ano passado, a passagem do Ciclone Titli provocou a morte a 60 pessoas no mesmo estado.
Com informações da Agência Brasil

CLDF vai comemorar os 24 anos do Riacho Fundo II


Com uma grande programação, os moradores do Riacho Fundo II vão comemorar o aniversário de 24 anos da cidade. Como parte da festa, a Câmara Legislativa fará uma Sessão Solene na Administração Regional, onde lideranças, prefeituras comunitárias e famílias pioneiras serão homenageadas. O evento, que é uma iniciativa do deputado Valdelino Barcelos (PP), vai acontecer no dia do aniversário da cidade, segunda-feira, 6 de maio, às 10 horas e será aberto à população.

Segundo informações da Administração Regional, a história do Riacho Fundo II teve início em 1995, quando dezenas de famílias ficaram acampadas em frente ao balão central do Recanto das Emas, na luta pelo direito à moradia própria. Após sete anos, a cidade finalmente alcançou total independência. Hoje, o Riacho Fundo II conta com mais de 50 mil habitantes, de acordo com dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, realizada pela CODEPLAN em 2015.

Além da Sessão Solene, a população também poderá participar de um desfile cívico, passeio ciclístico, ações sociais, shows musicais e o tradicional corte do bolo.

Intervenções no trânsito no feriado do Dia do Trabalhador


As ações ocorrerão no Eixo Monumental e na Candangolândia

Brasília (30/04/2014) – Devido ao evento Corrida de Rua TV Brasília Run 2019, que irá ocorrer no feriado dessa quarta-feira (1º), a partir das 7h, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal – Detran-DF, realizará intervenções em vias de ligação do Eixo Monumental. Com trajetos de 5 e 10 km, a largada e a chegada serão no estacionamento da Funarte, atrás da Torre de TV, no sentido N1. A expectativa é de que três mil pessoas participem do evento.

Os corredores seguirão pela via N1, ocupando quatro faixas da esquerda até o final do Eixo Monumental, próximo à EPIA, e voltarão pelas mesmas faixas até a Praça do Cruzeiro. Neste ponto, eles seguirão pela via que dá acesso à S1, onde ocuparão as três faixas da esquerda até o local de chegada.

Em razão da ocupação das faixas da esquerda nos dois sentidos do Eixo Monumental, durante o período do evento, todas as vias de ligação entre a N1 e S1, desde o estacionamento da Funarte até o viaduto de acesso ao SMU, serão bloqueadas. A única via liberada será a saída do estacionamento da Catedral Rainha da Paz para a S1, tendo em vista que a via será usada somente a partir da Praça do Cruzeiro.

Festa do Trabalhador

Devido à Festa do Trabalhador que ocorrerá na Candangolândia, as equipes de fiscalização do Detran-DF realizarão a interdição total do trecho da Rua dos Transportes localizado em frente à Praça do Bosque, entre a rotatória da Administração Regional da cidade e a QR 1A. As alterações no trânsito ocorrerão no período de 08h às 18h e a rota alternativa proposta é a passagem por trás de Praça dos Bosques com acesso pelo conjunto D da QR 1A, passando em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros.

O Departamento de Trânsito orienta aos condutores que estacionem seus veículos de forma correta para facilitar o trânsito de veículos e pedestres, uma vez que a fiscalização poderá atuar no local caso seja necessário.


Detran-DF libera faixas exclusivas nesta quinta-feira (2)



#pracegover ônibus laranja com branco trafegando em faixa exclusiva destinada à ônibus regulamentada por uma placa de sinalização

As faixas exclusivas das vias W3 Sul, W3 Norte e Setor Policial Sul estarão liberadas para o tráfego de todos os veículos


(Brasília, 02/05/2019) O Departamento de Trânsito do Distrito Federal – Detran/DF informa que, devido à greve dos metroviários, as faixas exclusivas das vias W3 Sul, W3 Norte e Setor Policial Sul estarão liberadas para o tráfego de todos os veículos.