quarta-feira, 1 de maio de 2019

Desemprego sobe para 12,7% em março e atinge 13,4 milhões de brasileiros

DESEMPREGO
Trata-se da maior taxa desde o trimestre terminado em maio de 2018. Segundo o IBGE, número de subutilizados atingiu o recorde de 28,3 milhões de pessoas.
Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1 — São Paulo e Rio de Janeiro

Fila por vaga de emprego em Piracicaba (SP) — Foto: Juliana Franco/Assessoria de Imprensa/SemtreFila por vaga de emprego em Piracicaba (SP) — Foto: Juliana Franco/Assessoria de Imprensa/SemtreFila por vaga de emprego em Piracicaba (SP) — Foto: Juliana Franco/Assessoria de Imprensa/Semtre
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,7% no trimestre encerrado em março, atingindo 13,4 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2018, quando a taxa também ficou em 12,7%, reforçando a leitura de perda de dinamismo e recuperação mais lenta da economia neste começo de ano.
Taxa de desocupação cresce 12,7% e número de desempregados chega a 13 milhões
Jornal Hoje
--:--/--:--Taxa de desocupação cresce 12,7% e número de desempregados chega a 13 milhões
A taxa ficou 1,1 ponto percentual acima da registrada no 4º trimestre, quando o desemprego estava em 11,6% da força de trabalho. Frente a um ano antes, porém, o índice está 0,4 ponto percentual menor. No 1º trimestre do ano passado, a taxa estava em 13,1%.
O resultado apurado para os três primeiros meses de 2019 ficou ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado. Média das previsões de 25 consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data apontava para uma taxa de 12,8% no primeiro trimestre deste ano.
Evolução da taxa de desemprego
Índice no trimestre móvel, em %
13,113,112,912,912,712,712,412,412,312,312,112,111,911,911,711,711,611,611,611,6121212,412,412,712,7jan-fev-mar/18fev-mar-abr/18mar-abr-mai/18abr-mai-jun/18mai-jun-jul/18jun-jul-ago/18jul-ago-set/18ago-set-out/18set-out-nov/18out-nov-dez/18nov-dez-jan/19dez-jan-fev/19jan-fev-mar/1902,557,51012,515
Fonte: IBGE
Segundo o IBGE, a alta do desemprego no 1º trimestre representa a entrada de 1,2 milhão de pessoas na população desocupada na comparação com o trimestre encerrado em dezembro.
No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 12,4%, atingindo 13,1 milhões de brasileiros.
A maior taxa de desemprego já registrada no país foi a do trimestre terminado em março de 2017 (13,7%). Já a mínima foi alcançada em dezembro de 2013, quando ficou em 6,2%.
Evolução do número de desempregados
Em número de desocupados no trimestre móvel
13.63413.63413.36113.36113.19013.19012.92312.92312.82712.82712.66512.66512.45012.45012.30912.30912.16412.16412.15212.15212.62512.62513.05313.05313.38713.387jan-fev-mar/18fev-mar-abr/18mar-abr-mai/18abr-mai-jun/18mai-jun-jul/18jun-jul-ago/18jul-ago-set/18ago-set-out/18set-out-nov/18out-nov-dez/18nov-dez-jan/19dez-jan-fev/19jan-fev-mar/1902,5k5k7,5k10k12,5k15k
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12.450
Fonte: IBGE
população ocupada no país somou 91,9 milhões de pessoas, queda de 0,9% (meno 873 mil pessoas) em relação ao trimestre de outubro a dezembro.
De acordo com o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, a queda na ocupação já era esperada, devido a um movimento sazonal recorrente. "Sempre na passagem do 4º trimestre do ano para o primeiro trimestre há a dispensa de trabalhadores temporários que foram contratados para os eventos de final de ano”, afirmou.
O IBGE apontou também que a população fora da força de trabalho alcançou 65,3 milhões de pessoas, ficando estável frente ao trimestre encerrado em dezembro e crescendo 1% (mais 649 mil pessoas) na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

Falta trabalho para 28 milhões de brasileiros, diz IBGE
G1 RJ
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Falta trabalho para mais de 28 milhões de brasileiros, aponta IBGE28,3 milhões de subutilizados, número recorde
Segundo o IBGE, a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 25% no trimestre encerrado em março, a maior já registrada pela série histórica iniciada em 2012, com alta de 1,2 p.p. em relação ao trimestre anterior (23,8%).
A população subutilizada também atingiu o número recorde de 28,3 milhões, com alta de 5,6% (1,5 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 3% (mais 819 mil pessoas) na comparação anual.
O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
A subutilização foi puxada pela desocupação e pela força de trabalho potencial. O número de pessoas desalentadas subiu 3,9% (180 mil pessoas a mais) em relação ao trimestre anterior, atingindo 4,8 milhões de brasileiros. Já o contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas se manteve estável em 6,8 milhões.
“Amanhã é dia do trabalho. Temos 28 milhões de pessoas que não devem comemorar a data", disse Azeredo, que enfatizou ser o número da subutilização o "retrato mais real do mercado de trabalho".
Subutilização recorde no país
em número de brasileiros
Desempregados: 13.387Subocupados (que trabalham menos de 40 h por semana): 6.768Desalentadas: 4.843Fora da força de trabalho potencial: 3.326
Desempregados
13.387
Fonte: IBGE

Cai número de empregados

Os números do IBGE mostram que houve queda tanto no emprego formal como no informal. Somando os trabalhadores do setores público e privado, houve uma redução de 771 mil no número de empregados no trimestre.
O número de empregados com carteira assinada caiu 0,1% na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, reunindo 32,9 milhões de pessoas, em meio à fraqueza da economia neste começo de ano.
O número de carteira assinada no país segue praticamente estável há 9 meses. Ela caiu até o trimestre terminado em junho do ano passado e a última vez em que ela cresceu foi no trimestre terminado em junho de 2014.
"A grande expectativa da retomada é quando voltar a crescer o número de carteira assinada. Esse vai ser o primeiro sinal de lanternas verdes no mercado de trabalho", destacou Cimar Azeredo.
Já o número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu -3,2% em relação ao trimestre anterior (menos 365 mil pessoas).

Setor público lidera corte de vagas

Na análise por setor, as maiores quedas no número de ocupados foram na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com menos 332 mil pessoas, seguido por construção (perda de 228 mil pessoas), comércio (menos 195 mil pessoas), serviços domésticos (menos 112 mil pessoas ) e indústria (menos 110 mil pessoas)
A categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre anterior, reunindo 23,8 milhões. Em 1 ano, entretanto, houve crescimento de 3,8%, ou um acréscimo de 879 mil pessoas nessa condição.
O número de trabalhadores domésticos para 6,1 milhões, queda de 2,4% (menos 149 pessoas) na comparação com o trimestre anterior.
Ocupação no Brasil por posição
Em número de pessoas
Empregado com carteira setor privado: 32.918Empregado sem carteira setor privado: 11.124Conta própria: 23.750Empregado setor público: 11.362Trabalhador doméstico: 6.108Empregador: 4.435Trabalhador familiar auxiliar: 2.166
Fonte: IBGE

Rendimento

O rendimento médio real habitual (R$ 2.291) cresceu 0,7% frente ao trimestre anterior e avançou 1,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 205,4 bilhões) ficou estável contra o trimestre anterior e cresceu 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2018.

Cartão material escolar: pais terão 45 dias para utilizar benefício nas papelarias credenciadas do DF

DF
Segundo secretaria, cartões já foram entregues nas escolas e famílias podem começar a comprar itens nesta quinta-feira.

Cartão usado para o repasse do benefício próximo a cadernos e outros materiais escolares — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
Os 64 mil estudantes da rede pública do Distrito Federal que têm direito ao cartão material escolar já podem buscar os cartões nas unidades de ensino e utilizar o benefício em até 45 dias (corridos) nas papelarias credenciadas pelo governo do DF. Mas, antes, é preciso antes fazer o desbloqueio do cartão por telefone (veja abaixo).
O secretário de Educação, Rafael Parente, disse em entrevista à TV Globo nesta quarta-feira (1º), que os pais já podem buscar o cartão na escola do filho mais novo – no caso de famílias com mais de um aluno matriculado – e afirmou que as compras poderão ser feitas a partir desta quinta-feira (2).
“É um cartão por família, não por aluno. Se a família tem três alunos frequentando as escolas públicas do DF, a família precisa ir para a escola do aluno mais novo, retirar esse cartão e fazer um desbloqueio”. Parente explicou ainda que cada cartão vem com uma carta com instruções para que as famílias utilizem o recurso.
O crédito deverá ser utilizado exclusivamente para comprar materiais que estão em lista distribuída nas instituições de ensino que inclui mochilas, cadernos, dicionários e agendas. A lista dos alunos do ensino fundamental tem 24 itens e do ensino médio tem 20 produtos.
Pais já podem comprar materiais com o cartão a partir desta quinta (2) — Foto: Toninho Tavares/Agência BrasíliaPais já podem comprar materiais com o cartão a partir desta quinta (2) — Foto: Toninho Tavares/Agência BrasíliaPais já podem comprar materiais com o cartão a partir desta quinta (2) — Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília
Parente pede que os pais observem a lista dos materiais que podem ser comprados. “É muito importante que essa lista seja respeitada, porque os diretores estarão de olho no material, na utilização e sabem quais famílias são beneficiárias do cartão, que são os beneficiários do bolsa família”.
Segundo o secretário, a rede credenciada será atualizada diariamente no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico que deve divulgar nomes e endereços das papelarias nesta quinta-feira. Cerca de 200 estabelecimentos estão na lista.
Para saber se você tem direito ao cartão, basta ligar para 156, opção 2, e fornecer o CPF do responsável pelo estudante ou pelo site.
O investimento total do governo com a iniciativa é de R$ 19,9 milhões para atender 64.652 estudantes, conforme o cadastro do Bolsa Família no DF do mês de janeiro. Serão repassados R$ 320 para 55.882 estudantes do ensino fundamental e R$ 240 para 8.770 matriculados no ensino médio.
Ibaneis Rocha entrega cartões materiais escolares — Foto: Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência BrasíliaIbaneis Rocha entrega cartões materiais escolares — Foto: Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência BrasíliaIbaneis Rocha entrega cartões materiais escolares — Foto: Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília
Nesta terça-feira (30), o governador Ibaneis Rocha realizou uma entrega ‘simbólica’ no Centro de Ensino Fundamental 213 de Santa Maria. A entrega acontece quase três meses após o início das aulas letivas.

Onde buscar

Na escola em que o aluno está matriculado. Famílias com mais de um estudante na rede pública recebe apenas um cartão com os valores referentes a todos os estudantes da família e que será entregue na unidade de ensino do estudante mais novo.

Desbloqueio do cartão

O desbloqueio deve ser feito pelo telefone 3029-8440. Cada cartão deve vir com uma ‘carta-berço’, do BRB, que explica o passo a passo e como o cartão deve ser utilizado. Após o desbloqueio, as compras poderão ser feitas somente nas papelarias credenciadas.
As famílias terão 45 dias corridos para utilizar o benefício.

Lei garantiu benefício

O Cartão Material Escolar foi criado durante a gestão Agnelo Queiroz (PT) e foi incorporado à verba repassada às escolas, destinada a reformas e pequenas compras, no primeiro ano do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
No entanto, o auxílio financeiro voltou em 2016, mas, já em 2017, foi suspenso pelo Tribunal de Justiça. Na época, o juiz entendeu que a medida traria despesas adicionais ao governo.
Em 12 de fevereiro deste ano, a Câmara Legislativa aprovou o projetoque trouxe de volta o benefício para estudantes de baixa renda do DF.

Parlamentares do DF assinam carta em defesa da UnB

DF
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FOTO: REPRODUÇÃO
Vinte e três parlamentares que representam o DF nas câmaras Legislativa, Federal e no Senado assinaram carta com o pedido de reversão do corte de 30% do orçamento da Universidade de Brasília (UnB). Eles destacam, no documento coletivo, que “é indevido utilizar a gestão do orçamento para constranger atividades intelectuais e formativas de qualquer espectro ideológico, que são essenciais para a construção do ambiente plural e diverso de que necessitam os ambientes acadêmicos”.
Além disso, os parlamentares de diferentes partidos dizem que é incompreensível o corte imposto pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e que a medida precisa ser revertida. “Impõe-se às autoridades do Governo Federal que esclareçam os motivos que levaram a universidade a sofrer tamanho corte, desproporcional em relação a outras instituições”, diz o texto da carta.
Na explicação do pedido, eles expõem que a UnB “é uma das universidades com a mais reconhecida excelência acadêmica no país, atestada em rankings nacionais e internacionais”. Os senadores Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Flávio Arns (Rede Sustentabilidade) e a bancada do PSol na Câmara Federal também apoiaram a iniciativa. A ideia de construir o documento coletivo é do deputado distrital Fábio Felix (Psol).
Signatários:
Deputados distritais:
PSol – Fábio Felix
PT – Arlete Sampaio, Chico Vigilante
Rede – Leandro Grass
PDT – Cláudio Abrantes, Reginaldo Veras
MDB – Rafael Prudente, Hermeto
PSDB – Daniel Donizet
PTC – Eduardo Pedrosa,
PSC – Iolando Almeida
PTB – Jaqueline Silva
Podemos – Jorge Vianna
Avante – Reginaldo Sardinha
PP – Valdelino Barcelos
PROS – Telma Rufino
Deputados Federais do DF:
PT – Erika Kokay
Cidadania – Paula Belmonte
PR – Flávia Arruda
PRB – Júlio César
PV – Israel Batista
PP – Celina Leão
Senadores do DF
PSB – Leila Barros

METRÓPOLES

Polícia Federal investiga como dois carros do Ibama foram queimados no DF, diz Ministro Moro

DF
Veículos estavam no estacionamento do Instituto, na Floresta Nacional. Incêndio foi no domingo (28).
Carro do Ibama pegou fogo na Floresta nacional de Brasília nesse domingo — Foto: CBMDF/Divulgação
A Polícia Federal investiga de onde partiu o fogo que queimou duas caminhonetes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) na Floresta Nacional de Brasília, no último domingo (28). Os carros estavam na garagem do instituto, na BR 070.
A informação foi dada nesta terça-feira (30), pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. "Está sob apuração da Polícia Federal", respondeu ele depois de uma pergunta durante entrevista coletiva.
Carro do Ibama ficou destruído após pegar fogo na sede do órgão, em Brasília — Foto: CBMDF/DivulgaçãoCarro do Ibama ficou destruído após pegar fogo na sede do órgão, em Brasília — Foto: CBMDF/DivulgaçãoCarro do Ibama ficou destruído após pegar fogo na sede do órgão, em Brasília — Foto: CBMDF/Divulgação
Os carros foram encontrados por servidores, enquanto ainda estavam em chamas. Os próprios funcionários telefonaram para o Corpo de Bombeiros, pedindo ajuda.
Uma das caminhonetes foi totalmente destruída e a outra teve danos na parte da frente. Ninguém ficou ferido.