segunda-feira, 29 de abril de 2019

Ciclone Kenneth já deixou 38 mortos em Moçambique, dizem autoridades

MUNDOAnúncio foi feito nesta segunda-feira (29), após levantamento anterior indicar 5 mortes. Em março, ciclone Idai deixou mais de 600 mortos no país africano.
Por G1
Moradores de Pemba, em Moçambique, atravessam uma via inundada nesta segunda (29), após a passagem do ciclone Kenneth. — Foto: Mike Hutchings/Reuters
O ciclone Kenneth, que atingiu a costa de Moçambique na quinta-feira (25), já deixou 38 mortos, e afetou mais de 168 mil pessoas, afirmou nesta segunda (29) o instituto de gestão de desastres do país, segundo a Reuters. O levantamento anterior havia indicado que cinco pessoas haviam morrido por causa do ciclone, que provocou tempestades e rajadas de vento de até 280km/h.

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A maior parte do estrago foi na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, no nordeste do país, a cerca de 2,5 mil km da capital, Maputo.
Voos de ajuda humanitária não puderam decolar, pela segunda vez nesta segunda-feira (29), por causa das fortes chuvas, deixando isoladas as comunidades em áreas remotas, que estão com poucos suprimentos depois da passagem do Kenneth.
Ciclone atingiu principalmente a cidade de Pemba, no nordeste de Moçambique. — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1Ciclone atingiu principalmente a cidade de Pemba, no nordeste de Moçambique. — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1Ciclone atingiu principalmente a cidade de Pemba, no nordeste de Moçambique. — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1
Um homem conduz moradores através de uma via inundada em Pemba, Moçambique, nesta segunda (29). — Foto: Mike Hutchings/ReutersUm homem conduz moradores através de uma via inundada em Pemba, Moçambique, nesta segunda (29). — Foto: Mike Hutchings/ReutersUm homem conduz moradores através de uma via inundada em Pemba, Moçambique, nesta segunda (29). — Foto: Mike Hutchings/Reuters
Equipes de resgate conseguiram mandar um helicóptero, durante uma breve pausa nas chuvas, para a ilha de Ibo, onde a tempestade destruiu centenas de casas. Mas, no final da manhã de segunda (29), a chuva recomeçou, e as condições ficaram perigosas demais para que outro voo decolasse, segundo a Reuters.
Equipe de resgate passa por casas submersas em um bairro inundado depois da passagem do ciclone Kenneth, em Pemba, Moçambique, neste domingo (28). — Foto: Mike Hutchings/ReutersEquipe de resgate passa por casas submersas em um bairro inundado depois da passagem do ciclone Kenneth, em Pemba, Moçambique, neste domingo (28). — Foto: Mike Hutchings/ReutersEquipe de resgate passa por casas submersas em um bairro inundado depois da passagem do ciclone Kenneth, em Pemba, Moçambique, neste domingo (28). — Foto: Mike Hutchings/Reuters
"Infelizmente, as condições climáticas estão mudando muito rápido e ameaçando a operação", disse Saviano Abreu, porta-voz do braço humanitário das Nações Unidas, o OCHA.
As estradas para os distritos rurais mais ao norte foram inundadas pela água e ficaram intransitáveis após chuvas torrenciais no domingo (28). Mas a escala das inundações em distritos mais remotos ainda não é completamente conhecida, diz a Reuters.
Na cidade de Pemba, pelo menos, a água começou a recuar, afirma Abreu. Em alguns bairros, a água ainda estava na cintura, e pessoas atravessavam áreas inundadas carregando pertences na cabeça.
Um homem caminha por uma via inundada depois da passagem do ciclone Kenneth, na cidade de Pemba, em Moçambique, nesta segunda (29). — Foto: Mike Hutchings/ReutersUm homem caminha por uma via inundada depois da passagem do ciclone Kenneth, na cidade de Pemba, em Moçambique, nesta segunda (29). — Foto: Mike Hutchings/ReutersUm homem caminha por uma via inundada depois da passagem do ciclone Kenneth, na cidade de Pemba, em Moçambique, nesta segunda (29). — Foto: Mike Hutchings/Reuters
Antes de chegar a Moçambique, o Kenneth atingiu a ilha de Comores, onde quatro pessoas morreram, segundo a ONU. A entidade informou que liberou US$ 13 milhões (cerca de R$ 51 milhões) em fundos de emergência aos dois países para custear água, comida, e reparos.
No sábado (27), o ciclone, já rebaixado a uma depressão tropical, foi "bloqueado" na província de Cabo Delgado, onde deve permanecer por "pelo menos dois dias", de acordo com o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
Homem ajuda uma mulher através de uma vizinhança inundada depois da passagem do ciclone Kenneth, na cidade de Pemba, em Moçambique, neste domingo (28). — Foto: Mike Hutchings/ReutersHomem ajuda uma mulher através de uma vizinhança inundada depois da passagem do ciclone Kenneth, na cidade de Pemba, em Moçambique, neste domingo (28). — Foto: Mike Hutchings/ReutersHomem ajuda uma mulher através de uma vizinhança inundada depois da passagem do ciclone Kenneth, na cidade de Pemba, em Moçambique, neste domingo (28). — Foto: Mike Hutchings/Reuters
Ainda assim, a ONU estima que 600 mm de chuva caiam na região nos próximos 10 dias — esse volume é duas vezes maior do que atingiu a cidade da Beira após a passagem do ciclone Idai em março. Segundo a organização, foi a primeira vez na história que se registrou a passagem de dois ciclones pelo país em uma única temporada.

Ciclone Idai

Homem procura por vítimas em destroços de milharal em Moçambique, após passagem do ciclone Idai — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP PhotoHomem procura por vítimas em destroços de milharal em Moçambique, após passagem do ciclone Idai — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP PhotoHomem procura por vítimas em destroços de milharal em Moçambique, após passagem do ciclone Idai — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP Photo
O ciclone é o segundo que atinge Moçambique em menos de dois meses. O Idai, que chegou à costa do país em 14 de março, deixou mais de 600 mortos no país, ultrapassando mil em toda a região — Malaui e Zimbábue também foram atingidos. 700 mil hectares de plantações foram destruídos.
A região da cidade moçambicana da Beira, a segunda maior do país, foi a mais atingida pelos ventos e pelas severas inundações. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas.
Criança recebe tratamento para cólera em centro da OMS, na cidade de Beira, em Moçambique — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP Criança recebe tratamento para cólera em centro da OMS, na cidade de Beira, em Moçambique — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP Criança recebe tratamento para cólera em centro da OMS, na cidade de Beira, em Moçambique — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP
Segundo a agência Associated Press, o número de vítimas deve aumentar. As autoridades não descartam que não se chegue a um número total de mortos definitivo.
O Idai foi considerado a pior tempestade tropical a atingir a região nas últimas décadas. Nesse momento, Moçambique ainda enfrenta uma epidemia de cólera. Até 10 abril, foram registrados mais 4 mil casos da doença, que é transmitida pela contaminação de água e alimentos por uma bactéria.

MARIDO DE CAROLINE BITTENCOURT ESTÁ "EM ESTADO DE CHOQUE", DIZ AGENTE DE MODELO

FAMOSOS

Carol caiu de um barco durante a tempestade que atingiu o litoral de São Paulo, no último domingo (28)

Caroline Bittencourt e Jorge Sestini (Foto: Reprodução)
A modelo Caroline Bittencourt, de 37 anos, está desaparecida após cair de uma lancha no litoral de São Paulo, durante a tempestade que atingiu parte da região sudeste na noite do último domingo (28). Carol, como é conhecida, estava com o marido, o empresário Jorge Sestini, com quem tinha se casado em janeiro deste ano. Eles caíram após ventos de mais de 100 km/h atingirem a embarcação. A informação foi confirmada a QUEM nesta segunda-feira (29) pelo comandante Goulart, delegado da Capitania dos Portos em São Sebastião.
Para a QUEM, Andréia Boneti, agente da modelo, afirmou que Sestini está em "estado de choque". "Ela sempre viaja para lá porque o Jorge tem casa em Ilhabela. Eles vão direto para lá. E ela leva as cachorrinhas dela, com quem ela é grudada. A Carol estava tão feliz, trabalhando muito, com a carreira bacana, superfeliz com o marido, estava no momento mais perfeito da vida dela. O Jorge está em estado de choque. Soube pelos vizinhos que ele ficou duas horas no mar procurando a Carol e não a viu mais. Não estou acreditando, ainda acho que a Carol vai ser encontrada viva", disse Andréia.
A informação do desaparecimento foi confirmada a QUEM nesta segunda-feira (29) pelo comandante Wagner Goulart de Souza, delegado da Capitania dos Portos em São Sebastião.
"Procede o desaparecimento da Caroline Bittencourt e já foi aberto um SAR (Search and Rescue, que significa Busca e Salvamento) e uma equipe Star nossa está fazendo buscas em coordenação e cooperação com o Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros. Ela caiu do barco e o marido dela tentou salvá-la, mas não conseguiu e depois foi resgatado. Só os dois estavam no barco. É possível que ela esteja viva, mas ela foi levada pela correnteza", explicou o comandante.
Em nota oficial, a OXYgen Models também confirmou o desaparecimento da modelo. "Estamos em contato com familiares e amigos para prestar todo o apoio necessário e aguardando notícias das buscas feitas pela Marinha e pela Capitania dos Portos", afirmou Bruno Uchôa, assessor da empresa.
Caroline Bittencourt (Foto: Reprodução Instagram)
Caroline Bittencourt (Foto: Divulgação)

domingo, 28 de abril de 2019

Homem mais velho do mundo vivendo com HIV completa 100 anos de idade

MUNDO

Crédito: iStock
Na última semana, em Portugal, o homem mais idoso vivendo com HIV que se tem conhecimento completou seu centésimo aniversário esbanjando saúde e vitalidade, segundo o Plus, um dos maiores portais de notícias relacionadas com o tema HIV/Aids do mundo.
O senhor, cuja identidade é mantida em sigilo a pedido da família com o objetivo de manter sua privacidade, é conhecido como "O Paciente de Lisboa". Teve o diagnóstico da sua infecção por HIV em 2004, quando tinha 84 anos de idade, na ocasião da descoberta de um linfoma, um tipo de câncer das células da imunidade.
Por mais que na ocasião tenha havido certa dúvida entre a equipe médica quanto ao benefício do tratamento intensivo do câncer com quimioterapia em uma pessoa idosa e com HIV já em estágio avançado da doença, o pacote completo de tratamento foi oferecido. E o resultado foi o total sucesso tanto da cura do linfoma quanto do controle do HIV.
Muitas coisas poderiam ter dado errado na história desse senhor português, mas seu empenho e boa adesão ao tratamento o ajudaram a pegar todos os melhores caminhos, podendo celebrar hoje seu centenário com saúde.
O caso em questão ilustra bem a mudança que ocorreu na última década na perspectiva e na expectativa de vida das pessoas que vivem com HIV em todo mundo.
Já é bem conhecido que a população mundial está envelhecendo como resultado da melhora da atenção à saúde e da medicina. Com as pessoas que vivem com HIV não é diferente.
As pessoas têm se infectado cada vez mais velhas por terem uma vida sexual mais longa, e aqueles já infectados com o vírus têm vivido até idades cada vez mais avançadas.
O tratamento dessa infecção e das suas comorbidades tem evoluído tanto que alguns trabalhos, como esse do Reino Unido, já conseguiram demonstrar que a expectativa de vida de uma pessoa que vive com HIV pode ser até maior do que a de uma pessoa soronegativa. Basta que tenha acesso e boa adesão ao tratamento antirretroviral e a todo o pacote de promoção da saúde.
Isso não significa que o vírus faz com que a pessoa viva mais. O HIV leva a pessoa ao médico e a mantém em acompanhamento regular, possibilitando o diagnóstico precoce de intercorrências da saúde e as intervenções para resolvê-las.
Exemplos disso são a ajuda para o abandono de um tabagismo antigo ou a identificação e o tratamento de uma hipertensão arterial durante as consultas de retorno.
O HIV proporciona a reflexão sobre o que é de fato o cuidado integral da saúde. Algo muitas vezes deixado de lado por indivíduos que, por não terem sintomas, acreditam estar com a saúde em dia, até que ocorra alguma complicação desse descuido.
A mudança da última década foi que a infecção por HIV deixou de ser motivo para se pensar em morte, e sim em vida. Vida longa e de qualidade.
Parabéns pelos 100 e por todos os anos de vida das pessoas que vivem com HIV.

FONTE: VIVA BEM

Russo cruza o Pacífico de caiaque entre Nova Zelândia e Chile

MUNDO
Próxima meta de Fedor Konyukhov é o cabo de Hornos, onde pretende chegar dentro de dez dias


Objetivo do russo Fedor Konyukhov é realizar a navegação a remo mais ao sul do mundo 


O navegador russo Fedor Konyukhov chegou ao Chile de caiaque após partir da Nova Zelândia e cruzar o oceano Pacífico com o objetivo de realizar a navegação a remo mais ao sul do mundo, informou a marinha chilena. A aventura começou em dezembro no porto de Dunedin, na ilha Sul da Nova Zelândia e depois de 142 dias remando o caiaque foi visto por um avião da marinha a cerca de 650 km da cidade de Punta Arenas. Até o contato com aeronave militar, ele esteve incomunicável durante grande parte da viagem.
"Estou feliz de falar com vocês e me sinto motivado a ouvir as primeiras pessoas após tanto tempo", disse Konyukhov, de 67 anos, no contato por rádio com os miltares, de acordo com a Marinha.
AFP

Xi Jinping: Projeto “Um Cinturão, Uma Rota” deve ser compartilhado pelo mundo

MUNDO
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Presidente chinês discursa durante o Fórum “Um Cinturão, Uma Rota” (Divulgação/Facebook do Fórum “Um Cinturão, Uma Rota”)
O presidente da ChinaXi Jinping, concluiu neste sábado (27) o segundo fórum para a sua principal iniciativa, o projeto “Um Cinturão, Uma Rota“, destacando seus benefícios para a comunidade global.
“Todos os países interessados ​​são bem-vindos a se unirem a nós”, disse Xi em uma tradução oficial em inglês de suas observações feitas em mandarim.
“Enquanto a Iniciativa ‘Um Cinturão, Uma Rota’ foi lançada pela China, suas oportunidades e resultados serão compartilhados pelo mundo”, disse ele, dirigindo-se aos repórteres no final do fórum.
Lançada em 2013, a “Um Cinturão, Uma Rota” é amplamente vista como o esforço da China para aumentar sua influência global, principalmente através do financiamento e construção de ferrovias, mar e outras rotas de transporte que vão da Ásia à Europa e à África.
Críticos dizem que, por meio do enorme projeto de infraestrutura, a China força as nações em desenvolvimento a assumir altos níveis de endividamento, beneficiando as empresas chinesas, muitas vezes estatais.
Xi disse no sábado que os participantes do “Um Cinturão, Uma Rota” concordaram em buscar um desenvolvimento de alta qualidade. Além das áreas mais tradicionais de conexão econômica, ele disse que o programa encorajaria o desenvolvimento da infraestrutura digital.
O líder chinês observou que as empresas participantes de um evento corporativo realizado como parte do fórum alcançaram mais de US $ 64 bilhões em acordos. Ele acrescentou que, antes do fórum, os países alcançaram “283 resultados”, incluindo acordos de cooperação intergovernamental e “projetos de cooperação prática”.
“Como anfitrião do fórum, a China divulgará uma lista de entregas”, disse Xi, sem citar detalhes.
Liu He, o principal conselheiro econômico de Xi, que lidera as negociações comerciais com os EUA, e o vice-presidente Wang Qishan, estavam entre os líderes chineses de alto nível que participaram da coletiva de imprensa.
Os EUA e a Índia estavam entre os países que não enviaram representantes oficiais para o encontro deste ano, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, compareceu, bem como o presidente da Argentina, Mauricio Macri.
Na abertura do fórum deste ano, realizada na sexta-feira (26), Xi passou boa parte de seu discurso de boas-vindas com foco nos planos domésticos da China para a reforma econômica.
Ele mencionou especificamente as metas de fazer valer os direitos de propriedade intelectual, impedir a transferência arbitrária de tecnologia e implementar políticas de “abertura” – todos os pontos de discórdia na disputa atual com os EUA, o maior parceiro comercial da China.
Xi também mencionou a necessidade de buscar altos padrões de cooperação e observou o “Quadro de Sustentabilidade da Dívida” para os países participantes do projeto “Um Cinturão, Uma Rota”, que o Ministério das Finanças publicou no início da semana.

FONTE:Equipe Money Times

ONU: 21 migrantes venezuelanos estão desaparecidos no mar do Caribe

MUNDO
Foto: AFP Photo
Foto: AFP Photo

A agência da Nações Unidas para Refugiados (Acnur) manifestou ontem (26) preocupação com a situação de ao menos 21 venezuelanos desaparecidos após o naufrágio de um barcos em que eles estavam no mar do Caribe, em uma rota entre a Venezuela e Trinidad Tobago. 

"Esse trágico incidente evidencia os riscos extremos de jornadas marítimas e outros movimentos irregulares de travessia de fronteiras utilizadas por refugiados e migrantes. Também ressalta o desespero dos que são obrigados a fugir de suas casas e as extraordinárias dificuldades enfrentadas em sua jornada", diz a Acnur, em nota.

Segundo informações emitidas pela Guarda Costeira de Trinidade e Tobago, um navio chamado “Jhonnaly Jose”, que transportava pelo menos 25 pessoas da cidade de Güiria, na Venezuela, em direção ao país insular, naufragou na madrugada de quarta-feira (24).

Autoridades de Trinidade e Tobago afirmaram que que quatro pessoas foram resgatadas com vida em um esforço conjunto de busca e resgate incluindo socorristas venezuelanos. Entre as 21 pessoas desaparecidas estão mulheres e crianças.

De acordo com a Acnur, mais de três milhões de refugiados e migrantes venezuelanos deixaram seu país desde 2015, a maioria foram para países vizinhos, incluindo ilhas do Sul do Caribe.

Japão decreta feriado de dez dias pela mudança de imperador

MUNDO
Até 6 de maio, escolas e bancos ficarão fechados, além de órgãos do governo.
Quase 25 milhões de pessoas devem viajar durante o feriado, de dez dias, diz uma agência de viagens. — Foto: Kazuhiro Nogi/AFP
Começa neste sábado (27) no Japão um feriado de dez dias, decretado por causa da mudança de imperador marcada para a próxima terça (30). Até o dia 6 de maio, bancos, escolas, creches e órgãos oficiais não vão funcionar. Vários estabelecimentos comerciais também ficarão fechados, segundo a agência de notícias Reuters.
O atual monarca, Akihito, de 85 anos, vai abdicar em favor do filho, Naruhito, e, a partir de 1º de maio, o país terá uma nova era imperial, a Reiwa. Akihito reina há três décadas.
O feriado, que segundo a Reuters é inédito na duração, deve impulsionar a economia japonesa: 24,7 milhões de pessoas devem viajar — a maioria deles, 24 milhões, para destinos dentro do país, segundo a agência de viagens JTB Corp. O número é 1,2% mais alto que o do mesmo período no ano passado, diz o jornal "The Japan Times".
O imperador Akihito, de 85 anos, vai abdicar do trono na próxima terça (30). — Foto: Kim Kyung-Hoon/Pool/AFPO imperador Akihito, de 85 anos, vai abdicar do trono na próxima terça (30). — Foto: Kim Kyung-Hoon/Pool/AFPO imperador Akihito, de 85 anos, vai abdicar do trono na próxima terça (30). — Foto: Kim Kyung-Hoon/Pool/AFP
"Os japoneses estão em clima festivo, com o início da era imperial e a pausa de 10 dias", afirmou Yoshiie Horii, porta-voz do fabricante de cerveja Asahi Group, que está aumentando a produção de várias marcas em 5 a 10 % antes do feriado. "Achamos que esse feriado vai estimular os gastos do consumidor", disse.
Nesta época do ano, o Japão já tem um "aglomerado" de feriados nacionais, a chamada "Semana Dourada". Neste ano, as autoridades do país declararam férias estendidas para comemorar a sucessão imperial. E, como a mudança se dá pela abdicação, e não pela morte, de Akihito, os japoneses não têm a necessidade de conter-se por causa do luto, diz a Reuters.
Para marcar a nova era, lojas de departamento em Tóquio planejam oferecer quantidades limitadas de itens comemorativos no dia 1º de maio, diz a Reuters, incluindo doces tradicionais com “Olá, Reiwa” e confeitos polvilhados.
Vendedora segura placa com o nome da nova era imperial japonesa, Reiwa, em uma empresa de bonecas japonesa em Tóquio, no dia do anúncio, em 1º de abril. — Foto: Satoru Yonemaru/Kyodo News via APVendedora segura placa com o nome da nova era imperial japonesa, Reiwa, em uma empresa de bonecas japonesa em Tóquio, no dia do anúncio, em 1º de abril. — Foto: Satoru Yonemaru/Kyodo News via APVendedora segura placa com o nome da nova era imperial japonesa, Reiwa, em uma empresa de bonecas japonesa em Tóquio, no dia do anúncio, em 1º de abril. — Foto: Satoru Yonemaru/Kyodo News via AP
Nem todos os japoneses estão felizes com as férias, entretanto. Alguns não sabem o que fazer com um período tão longo sem trabalhar, e houve quem se queixasse da falta de acesso a serviços públicos e banheiros, ou de não ter onde deixar as crianças por causa dos feriados. Já para os que trabalham na indústria de serviços, por exemplo, o feriado estendido pode significar horas extras, diz o jornal "The Japan Times".
Alguns analistas temem, entretanto, que qualquer aumento no consumo provavelmente seja seguido de uma queda, o que tornaria o impacto insignificante, diz a Reuters.
"Um aumento de gastos, se houver, será de curta duração", disse Masaki Kuwahara, economista sênior da Nomura Securities.
Os fabricantes geralmente não esperam que as férias mais longas causem um grande impacto. A Toyota, por exemplo, diz que as usinas normalmente ficam fechadas por nove dias durante a Semana Dourada, e está fazendo o mesmo este ano.

G1

Xenofobia preocupa governo peruano

MUNDO
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Embora em índices menores que no vizinho Equador, a xenofobia já preocupa autoridades peruanas, migratórias e a comunidade venezuelana no Peru. De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto Ipsos, 55% dos moradores de Lima são contra a chegada de mais venezuelanos ao país. 

A cidade, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM), recebe 65% dos imigrantes venezuelanos que chegam. A maioria aponta o medo de perder o emprego e o fato de os refugiados aceitarem trabalhar por salários menores como motivo para ser contra receber os que fogem do chavismo. 

Jonathan Terán saiu de Barinas, terra natal de Hugo Chávez, com mulher e filho pequeno e o sonho de chegar à Argentina. Atravessou a pé, de carona e com o pouco dinheiro que conseguia com bicos, boa parte de Venezuela, Colômbia e Equador até chegar a Tumbes, no norte do Peru, onde encontrou um abrigo para refugiados. Ali, um grupo de peruanas emboscou sua mulher para agredi-la com paus e pedaços de pedra. Acharam que ela era uma venezuelana que havia "roubado" o marido de uma peruana da cidade. 

"Confundiram ela com outra moça e começaram a agredi-la. Deixaram uma cicatriz em seu rosto", contou Terán, que vive em um abrigo de Lima mantido pela Igreja em parceria com a ONU. "Minha mulher tem muito medo. Não quer nem ouvir falar da possibilidade de viver aqui depois do que aconteceu."

Iris, a mulher, não quer falar nem ser fotografada. Apenas brinca no abrigo com o filho do casal, de pouco mais de 1 ano. A magreza é nítida nos dois. "Já não conseguíamos mais sobreviver nem ter dinheiro para comer", diz Terán. "Saímos da Venezuela por isso."

Com direito a mais cinco dias de albergue - o máximo permitido é 15 dias -, Terán e a mulher não sabem como será o futuro. Viver no Peru não é uma opção, mas ambos não têm recursos para seguir viagem rumo ao Chile. "Está ficando difícil encontrar trabalho aqui", disse o mecânico. "A documentação também tem sido complicada."

Veronika Guerra é garçonete e trabalha num restaurante venezuelano no bairro de Miraflores, em Lima. No Peru há um ano, ela também já foi vítima da violência. No ano passado, acordou cedo para tirar a permissão de permanência temporária, o PTP, exigida pelo governo peruano para viver no país. Sabendo da má fama de alguns taxistas, associados por trapaças, roubos e agressões, principalmente contra mulheres, ela optou por um motorista do aplicativo Uber. Em vão. 

"Ele seguiu um caminho diferente do que deveria e tentou me roubar. Quando viu que eu não tinha dinheiro, tentou me violentar", disse. "Comecei a gritar e um carro que passava parou para ver o que estava acontecendo. Foi a minha sorte."

Indicado pelo líder opositor Juan Guaidó para ser seu representante diplomático em Lima, Carlos Scull reconhece a xenofobia como um dos grandes problemas da comunidade venezuelana no Peru. "Temos organizado programas em parceria com o governo para orientar a comunidade local a se capacitar para buscar empregos e ter maior segurança", disse Scull. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.