A Pró-Saúde está com vagas abertas para os cargos de fisioterapeuta e técnico de enfermagem no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA). O fisioterapeuta irá realizar tratamento fisioterapêutico de acordo com protocolos estabelecidos pelo serviço, necessário conhecimento técnico e tratamento específico a cada patologia; elaborar relatórios mensais, abrangendo o número de usuários atendidos e tipos de atendimentos; realizar, quando convocado, treinamentos e palestras nas dependências do HRBA, de acordo com sua formação. O profissional deve ter ensino superior completo em fisioterapia e experiência na função. É desejável conhecimento em informática. A carga horária será de 30h semanais.
Já o técnico de enfermagem irá prestar serviço assistencial de enfermagem hospitalar. Deve ter ensino médio completo, curso técnico em enfermagem completo e registro atualizado e ativo no Conselho Regional de Enfermagem do Pará. É necessário ter experiência na área. A carga horária será de 180h mensais. Além do salário, o colaborador irá receber vale-transporte.
A Pró-Saúde tem 50 anos de história, promove e valoriza a igualdade de direitos e de oportunidades. A instituição contrata profissionais experientes, pessoas com deficiência ou que buscam a primeira experiência no mercado de trabalho. Confira estas e outras vagas no Portal de Carreiras da Pró-Saúde.
Sobre o HRBA
O Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará – Dr. Waldemar Penna atende casos de média e alta complexidades e presta serviço 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Norte do País, o hospital avança em serviços de saúde, com a implantação de programas de transplantes renais, cirurgias cardíacas e a consolidação do tratamento oncológico. A unidade atende uma população estimada em mais de 1,1 milhão de pessoas, residentes em 21 municípios do Oeste do Pará.
No Norte do Brasil, foi o primeiro hospital público a obter o certificado máximo de qualidade, a ONA 3 – Acreditado com Excelência, concedido mediante o cumprimento das melhores práticas hospitalares e de qualidade assistencial. O HRBA também se tornou o primeiro hospital público do Brasil a obter o selo “Materiality Disclosures”, emitido pela Global Reporting Initiative (GRI).
Sobre a Pró-Saúde
A Pró-Saúde é uma das maiores entidades de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do País. Fundada em 1967, como Associação Monlevade de Serviços Sociais, em João Monlevade (MG), a Pró-Saúde é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos. Tem sob sua responsabilidade 2.068 leitos e o trabalho de cerca de 16 mil profissionais, sendo 2,9 mil médicos, além de reunir um dos maiores quadros de administradores hospitalares do Brasil, contribuindo para a humanização do atendimento hospitalar, em especial do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com excelência técnica e credibilidade nacional, é uma entidade qualificada como Organização Social de Saúde (OSS) que oferece uma gama de serviços em benefício da vida. A atuação na área de administração hospitalar tornou a entidade amplamente reconhecida no setor, permitindo que a Pró-Saúde ofereça a mesma qualidade em assessoria e consultoria, planejamento estratégico, capacitação profissional, diagnósticos hospitalares e de saúde pública, gestão de serviços de ensino e muitos outros. A entidade faz a gestão de quatro Centros de Educação Infantil, em São Paulo, cidade em que também fica localizada a sua Sede Administrativa.
Por Joab Ferreira
HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS -DR. WALDEMAR PENNA (SANTARÉM)
"É diferente. Não sabia que o Pará produzia algo tão gostoso assim", confessou a paulistana, Andréa Socorro, enquanto provava um pedaço de chocolate produzido em Belém com 56% de um cacau totalmente regional. A degustação ocorreu durante o "Chocolat São Paulo 2019", evento que encerrou no domingo (14) na capital paulistana. O Pará participou ativamente do festival internacional e leva para casa importantes aprendizagens para os próximos eventos do setor que devem ocorrer ainda este ano, como o festival internacional do chocolate na Bahia, em julho e o do Pará, previsto para ser realizado de 17 até 22 de setembro.
"A participação do Pará foi fundamental. O propósito do evento não era fazer uma feira de chocolate, era trazer o cacau e apresentá-lo para a mídia e para o grande mercado consumidor. E o Pará fez essa apresentação com as suas marcas", avaliou o coordenador do evento, Marco Lessa.
A biodiversidade e o potencial agropecuário fizeram do Pará o maior produtor de cacau do Brasil. Em 2017, foram produzidas em território paraense 116.419 toneladas do fruto. No ano passado, foram 131.282 toneladas. Para a diretora da federação da agricultura e pecuária do estado do Pará (FAEPA), Neka Nissan, o evento trouxe boas oportunidades. "O festival atendeu um anseio antigo dos produtores do Pará que é buscar cada vez mais espaço no mercado interno do Brasil e também de fora, porque a produção de cacau no Estado é crescente", comentou, Neka Nissan.
Mais do que o valor arrecadado com as vendas no festival, a divulgação e possibilidade de novos negócios foram os principais pontos positivos avaliados pelo superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Pará, Rubens Magno, "Esse intercâmbio com os outros estados mostra que o Pará está no caminho certo. Os potenciais investidores que vieram aqui conheceram o produto paraense e agora sabem do sabor diferenciado do cacau do Pará".
A fomentação e facilitação de novos negócios foi a missão cumprida por uma delegação enviada pelo governo do estado. A equipe contou com integrantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec). A comitiva estadual conta ainda com as parcerias do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), que gerencia o Polo Joalheiro; da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), instituição pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae Pará), e do Centro Internacional de Negócios do Pará (CIN Par), da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). A experiência obtida no festival internacional de São Paulo, deve auxiliar o estado do Pará a captar novos investidores e eventos.
"Estamos levando vários contatos formados aqui para buscar investimentos ao Pará. Não é um resultado apenas à curto prazo. São investimentos que devem ser realizado de forma contínua", avaliou, Manoel Ibiapina, Diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec). Ainda sobre a possibilidade de investimentos na cultura cacaueira do estado, a participação do Pará no "Chocolat São Paulo 2019" possibilitou uma análise do posicionamento dos produtores paraenses no mercado nacional. "O Pará se fez presente no maior mercado consumidor, tivemos rodadas de negócios, visitas a investidores. Agora vamos trabalhar para evoluir ainda mais o nosso parque industrial e artesanal de cacau", destacou Iran Lima, titular da Sedeme.
No total, 22 empreendedores e cooperados participaram do evento como expositores. A avaliação de todas foi possitiva e com a possibilidade de um futuro melhor para o setor. "Eu vejo que trazer as cooperativas e produtores do Pará para São Paulo nos faz ter um bom contato direto com os compradores. Nós temos a matéria prima e agora podemos agregar valor a as amêndoas. O que pode fazer a gente conseguir um preço melhor", pontuou, Pedro Santos técnico da cooperativa de produtores da agricultura familiar de Novo Repartimento.
"Mostramos que a nossa produção cacaueira tem qualidade e a nossa amêndoa tem aceitação no mercado", resumiu, O titular da Sedap, Hugo Suenaga.
Por Ronan Frias
SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
A Nova Zelândia anunciou nesta segunda-feira que suas forças especiais estão procurando na Síria uma enfermeira neozelandesa, Louisa Akavi, cuja identidade e sequestro em 2013 foram revelados pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O rapto de Akavi e de dois motoristas sírios foi mantido em segredo por mais de cinco anos. No domingo, o CICV revelou a situação e fez um apelo para descobrir o que aconteceu.
O CICV revelou que sabia desde o início que a enfermeira de 62 anos estava nas mãos do Estado Islâmico (EI) e disse que as últimas informações "confiáveis" indicavam que ela ainda estava viva no final de 2018.
O vice-primeiro-ministro da Nova Zelândia, Winston Peters, disse nesta segunda-feira que há uma operação em andamento de uma equipe para tentar localizá-la.
A operação "envolve membros das NZDF [Forças de Defesa da Nova Zelândia] pertencentes à Força de Operações Especiais, que visitaram a Síria em algumas ocasiões", disse Peters.
"Essa equipe, que não é de combate, tem se concentrado em localizar Louisa e identificar oportunidades para resgatá-la", acrescentou.
A primeira-ministra Jacinda Ardern não escondeu sua decepção sobre a decisão do CICV de divulgar o caso de Akavi. "O governo considerava preferível que este caso não se tornasse público", declarou em entrevista coletiva.
Em 13 de outubro de 2013, o dia do sequestro, a enfermeira e os motoristas viajavam em um comboio para Idlib (noroeste da Síria), para onde levariam equipamentos médicos, quando um grupo de homens armados parou seus veículos.
"Estes últimos cinco anos e meio foram um calvário para as famílias dos nossos três colegas. Louisa é cheia de compaixão, Alaa e Nabil, também muito dedicados, eram verdadeiros pilares de nossas atividades", explicou o diretor de operações do CICV, Dominik Stillhart.
"Pedimos a todos aqueles que têm informações sobre eles que se manifestem. Se os nossos colegas ainda estão em cativeiro, pedimos a sua libertação imediata e incondicional", disse em um comunicado.
Louisa Akavi é uma enfermeira "experiente, dedicada e reconhecida por sua força de caráter" que, antes de ser sequestrada, havia completado 17 missões no terreno para a Cruz Vermelha da Nova Zelândia e para o CICV, informou o comitê.
Peters agradeceu aos jornalistas que sabiam da situação e que não a revelaram. "Nessas situações, a prioridade deve ser sempre a segurança do refém e eles nos disseram claramente que qualquer publicidade aumentaria os riscos para a Louisa", explicou.
Tuaine Robati, porta-voz da família Akavi, disse que a enfermeira sabia dos riscos na Síria. "Ela viveu momentos difíceis antes, mas continuou porque gosta do que faz", disse.
Segundo o New York Times, a Cruz Vermelha tem razões para acreditar que a enfermeira está viva porque pelo menos duas pessoas disseram que a viram em dezembro em uma clínica em Susa, que foi um reduto do Estado Islâmico na Síria.
Várias testemunhas afirmaram tê-la visto dando atenção médica em clínicas controladas pelo EI, o que sugere que ela não estava mais em uma cela. O CICV tem 98 expatriados na Síria e 580 funcionários nacionais.
MUNDO A meta foi apresentada pelo presidente do Centro de Multi Commodities de Dubai (DMCC), Ahmed Bin Sulayem, durante o Global Business Forum para a América Latina, no Panamá.
Divulgação
O emirado de Dubai pretende ser o principal importador de café do mundo. Foi o que disse o presidente do Centro de Multi Commodities de Dubai (DMCC, na sigla em inglês), Ahmed Bin Sulayem, durante o Global Business Forum para a América Latina (GBF), que aconteceu em 09 e 10 de abril, na Cidade do Panamá.
O DMCC é uma zona franca que já abriga o maior centro de distribuição de chá do mundo, detendo 60% do total comercializado. Em fevereiro, lançou um Centro de Café com infraestrutura de ponta para atrair empresas a se instalarem e distribuírem café para a região, com maquinário de torra, embalagem, armazenamento climatizado, entre outras instalações.
O Brasil vem ampliando as vendas de café para os árabes, conforme demonstrou o último relatório da Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Foram embarcadas para a região 429 mil sacas no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 39% sobre o mesmo período de 2018.
Divulgação
Ahmed Bin Sulayem, presidente do DMCC
Também foi divulgado no fórum que o Brasil liderou as exportações da América Latina para Dubai em 2018. Somente o emirado comprou US$ 1,4 bilhão em produtos brasileiros, enquanto as exportações de Dubai ao Brasil ficaram em US$ 100 milhões. Os valores foram anunciados pela Câmara de Comércio e Indústria de Dubai, organizadora do GBF.
Sulayem declarou ainda que o DMCC planeja concentrar 30 mil empresas em sua área de influência e apresentou as facilidades e isenções para companhias que desejam se estabelecer lá.
“De forma geral, os países latino-americanos que se apresentaram no fórum ressaltaram sua capacidade produtiva de alimentos e commodities; o agronegócio, definitivamente, é o maior produto de exportação da América Latina”, afirmou Janine de Menezes, diretora de Marketing da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que participou do evento. Ela citou como exemplo o Haiti. “O presidente do Haiti, Jovenel Moise, apresentou o potencial do país como produtor de alimentos e falou das oportunidades de investimentos no país, que está em reconstrução”, contou. Outros assuntos abordados nos painéis, segundo a diretora, foram logística, fintechs e negócios em setores diversos, além do agronegócio.
“Estar presente no Global Business Forum para a América Latina foi de suma importância para a Câmara Árabe, porque ela é um guarda-chuva, faz o elo entre o Brasil e os 22 países árabes; enquanto o evento foi essencialmente entre os Emirados e a América Latina, a Câmara pode levar essas informações para os outros 21 países da Liga Árabe”, afirmou Menezes. “Foi importante presenciar o real interesse dos Emirados no estreitamento de negócios com a América Latina, e ver que este movimento está acontecendo na região como um todo”, acrescentou.
Divulgação
Janine Menezes, da Câmara Árabe e Hamad Buamim, da Câmara de Dubai
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o colombiano Luis Alberto Moreno, apresentou no fórum algumas oportunidades de investimento estrangeiro direto (IED), como o setor de cobre, a segurança alimentar na América Latina como um todo e as aeronaves brasileiras (Embraer). Segundo ele, estudos apontam um aumento de US$ 3,3 bilhões ao ano em negócios quando países abrem escritórios comerciais nas regiões de interesse, e ressaltou a importância de diminuir barreiras e custos logísticos.
Também no evento realizado pela Câmara de Comércio de Dubai, seu presidente, Hamad Buamim, disse que a implementação de mais acordos de comércio ampliaria em US$ 9,8 bilhões ao ano os negócios entre as regiões.
Buamim anunciou que a Câmara de Dubai investirá US$ 27 milhões na América Latina nos próximos dez anos, e que a entidade abrirá o quarto escritório na região, agora na Cidade do México. A Câmara de Dubai já conta com escritórios em São Paulo, Cidade do Panamá e Buenos Aires. Para ele, estes centros são pontos estratégicos na busca de estreitamento de negócios.
Segundo o chefe do escritório da Câmara de Dubai em São Paulo, João Paulo Paixão, o evento foi muito bem sucedido. “O Global Business Forum atraiu mais de 800 visitantes de 50 países. Foram 17 painéis com 46 palestrantes, e foram facilitadas mais de 300 reuniões bilaterais”, relatou. De acordo com ele, a Câmara agora irá avaliar quando e onde será a próxima edição do evento, que pode ocorrer novamente em Dubai ou em outro país da América Latina.
Do Brasil, além dos nomes previamente anunciados, como Cristina Junqueira, vice-presidente do Nubank, participou também Carlo Pio, secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Pio transmitiu uma mensagem de otimismo e falou que este é um novo momento do Brasil, com um grande potencial de atração de investimentos.
Boulevard da Av. Rio Branco, no Bairro do Recife (Divulgação)
Depois de 18 anos de intensa atuação, é difícil separar o Porto Digital do Bairro do Recife, o centro histórico da capital pernambucana. Para muitos moradores e visitantes, por trás de cada casario do século XVII tem uma startup funcionando, uma inovação sendo criada. Ainda não é assim, mas se depender dos planos da nova gestão do parque tecnológico, essa ocupação tomará todo Recife Antigo e além.
O aspecto territorial de transformação urbana é inerente ao Porto Digital. Durante a sua criação, em 2000, debateu-se muito se o parque tecnológico deveria ser erguido no campus da Universidade Federal de Pernambuco ou se deveria ir de encontro ao degradado e esquecido da antiga Mauritsstad, na ilha que abriga o Marco Zero de fundação da cidade.
A segunda opção venceu, junto com o compromisso de requalificação acelerada da área em termos urbanísticos, imobiliários e de recuperação do patrimônio histórico – um diferencial do Porto Digital em relação a outros parques do mesmo tipo. Atualmente, o Porto Digital abriga 300 empresas e cerca de 9 mil trabalhadores, com faturamento anual de R$ 1,7 bilhão. Ocupa uma área total de 171 hectares, com expansão para os bairros de Santo Antônio, São José e Santo Amaro.
Em outubro de 2018, o Porto Digital passou por uma profunda mudança. Deixou a presidência executiva do parque o economista Francisco Saboya, depois de 11 anos no cargo, e assumiu em seu lugar o professor de finanças da UFPE, Pierre Lucena. Com ele, um novo norte para o cluster de inovação e tecnologia pernambucano: foco total na geração de negócios.
“Temos uma meta de, até 2025, dobrar em tudo. Serão 20 mil colaboradores distribuídos em 500 a 600 empresas no parque, com faturamento anual de R$ 3,5 bilhões. O núcleo de gestão está deixando de ser voltado para organização do parque, que foi o papel inicial - e que se cumpriu, trazendo muita inovação - para um papel de fomento de negócios para as empresas que aqui estão”, afirma Lucena.
Território, negócios e gente
Para atingir a nova meta, a gestão do parque criou três eixos a serem trabalhados: Negócios e Inovação, Território e Gente, sendo o último a prioridade nesse momento. “Vivemos um drama. Enquanto Recife tem uma taxa de desemprego de 16,3%, estamos com 900 vagas em aberto aqui. Isso é inaceitável”, conta o executivo.
Para chegar de 20 mil colaboradores em seis anos, o Porto Digital está mirando numa parcela da sociedade que historicamente vem sendo afastada da área de Tecnologia, mas que tem potencial para ser pelo menos 50% do mercado: as mulheres. “Temos que aumentar a participação feminina aqui, começando pela formação. A UFPE tem três cursos da área: Engenharia da Computação, Ciências da Computação e Sistemas de Informação. Nesses cursos, o índice de mulheres é, respectivamente, 21%, 15% e 12%”, afirma Lucena.
Pierre Lucena, diretor presidente do Porto Digital (Divulgação)
O primeiro projeto apresentado nesse sentido é o programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs), que parte da desmistificação da ideia de que tecnologia não é “lugar de mulher”. O parque tecnológico quer transformar o ambiente educacional e profissional de tecnologia num local mais acolhedor às mulheres e com igualdade de oportunidades.
A base está na construção coletiva e feminina das ações - um programa para mulheres e por mulheres. “Uma das primeiras ações é a construção de um berçário num dos prédios que pertencem ao Porto Digital, que está quase completo”, conta o executivo. A realização de eventos é outra ferramenta, como o que aconteceu no último dia 18, um encontro com empresários e empresárias do parque para apresentar cases e iniciativas sobre o valor da simetria entre gêneros para a performance empresarial.
Dentro do eixo “Gente”, há ainda outra ação organizada pelo Porto Digital para aumentar a formação de capital humano. O parque, em parceria com duas universidades particulares que atuam no Estado – a UNIT/Tiradentes e a Universidade Católica – está formatando cursos de graduação 100% voltados para o mercado. “Nós montaremos as cadeiras e o aluno já conclui sua formação trabalhando dentro das empresas. Ainda buscamos a Universidade de Pernambuco (estadual, pública) para ampliarmos seus cursos voltados à Tecnologia”, conta Lucena.
Uma central de pessoas ainda foi formada para buscar talentos em outras regiões próximas, como os estados do Nordeste. “Precisamos virar essa chave rápido. Há uma carência de profissionais de nível básico em larga escala. Sem eles, perdemos o nosso diferencial que é oferecer serviço de ponta a um preço muito mais baixo do que o cobrado em outros centros, como São Paulo”, completa.
Vista aérea do Bairro do Recife, onde fica o Porto Digital (Divulgação)
Business talk
Na sua fundação, o parque tecnológico era formado por três empresas e 46 pessoas. Atualmente, o Porto Digital abriga 316 empresas, organizações de fomento e órgãos de Governo, e quer chegar a 600 em 2025. Mas o parque não quer que grandes empresas de tecnologia venham para o Recife. “Queremos abrir aqui os ambientes de Tecnologia das grandes empresas”, afirma o presidente do Porto Digital.
Um exemplo que já acontece é o da Accenture, que transformou o Bairro do Recife em uma de suas áreas de atuação estratégica. “Queremos chegar nas 200 maiores empresas do Brasil e perguntar: ‘por que você não tem departamento de inovação no Porto Digital?’. Temos programadores qualificados, know-how e espaços de incubação. Temos que trazer esses ambientes para ficarem aqui e gerarem negócios para nossa cadeia de software que já atua”.
Laboratório de Objetos Urbanos Conectados (Porto Digital/Divulgação)
O Open Innovation Lab (OIL) é outro braço desse movimento. O programa de inovação aberta leva os desafios de grandes instituições e corporações para empreendedores e academia. “As mudanças que vieram com o Marco Regulatório da Inovação nos permitiram isso. Antes, um órgão público precisava de uma solução, licitava e comprava pronta. Agora podemos ser acionados e, junto ao nosso cluster de empresas e às universidades, criar essa solução e vender a licença, ficando com a propriedade intelectual”, conta o executivo.
O primeiro cliente é o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que já encomendou mais de uma dezena de soluções. “Desenvolvemos aqui, por exemplo, um mapeamento das crianças e adolescentes em situação de risco. O cliente só paga pelo custo da prototipação, e a empresa que criou pode vender o produto depois”, explica Lucena.
Crescendo fisicamente
Acomodar a expansão do Porto Digital está entre as principais preocupações do parque. Entre as oportunidades vislumbradas está outra área do Recife, que, assim como o centro histórico, está sofrendo um rápido processo de degradação: o bairro de Santo Antônio.
Segundo o presidente, “como todo centro comercial de uma cidade grande, o bairro perdeu muito com a crise e corre o risco de se tornar uma cracolândia. Recuperar essa região é um sonho nosso, mas dependemos da prefeitura fazer a reforma urbanística que nos permita revitalizar quadra a quadra, como fizemos com o Bairro do Recife”.
Antiga sede do Diário de Pernambuco, no Bairro de Santo Antônio, Recife (Reprodução)
Dois prédios no bairro foram cedidos pelo Governo do Estado à administração do parque, sendo um deles tombado e de importância histórica: a antiga sede do Diário de Pernambuco, na Praça da Independência. A transferência do imóvel, porém, ainda não foi completada.
Enquanto isso, o Porto Digital trabalha com o que tem. Concluiu em 2017 a reforma do Apolo 235, um sobrado com 1.500 metros quadrados que reúne, em um único ambiente, as iniciativas de empreendedorismo, Economia Criativa e fabricação digital. Outros dois prédios no Bairro do Recife estão nas fases finais de reforma e devem ser inaugurados este ano.
Stratolaunch voou pela primeira vez neste sábadoImagem: Twitter/Divulgação
A Stratolaunch Systems Corporations realizou neste final de semana um feito histórico com completar o primeiro voo com o maior avião do mundo. Chamado de Stratolaunch, a máquina tem a maior envergadura da categoria, com 117 metros de comprimento, e pesa (vazio) incríveis 226 toneladas.
O feito foi realizado no último sábado (13), quando o avião deixou o Porto Aeroespacial de Mojave, nos Estados Unidos, às 10 horas da manhã, horário local. O voo teve duração de 150 minutos e alcançou 17 mil pés de altura, com o aeroplano chegando à velocidade máxima de 304 km/h.
“Que voo primeiro voo fantástico”, celebrou o presidente da Stratolaunch Jean Floyd. “O voo de hoje reforça a nossa missão de fornecer uma alternativa versátil aos sistemas lançados no solo”, completou o executivo.
Avaliação de recursos
O voo inaugurou tinha avaliou recursos de manejo e desempenho da aeronave. Neste primeiro teste, foram executadas, por exemplo, manobras de controle de voo para calibrar a velocidade e averiguar os sistemas de controle de voo, informa a fabricante. Além disso, o piloto realizou exercícios de aproximação de aterrissagem simulada a uma altitude máxima de 15 mil pés sobre o nível do mar.
Desenvolvida para transportar foguetes a uma altura de 35 mil pés a fim de baratear os custos de lançamentos espaciais, o peso do Stratolaunch pode chegar a 590 toneladas com a aeronave totalmente carregada.
Segundo vizinhos, corpo encontrado na noite de domingo (14) é de mulher que teria gritado sob escombros no dia do desabamento. Dez pessoas morreram e bombeiros trabalham com o número de pelo menos 14 desaparecidos.
Retroescavadeira trabalha nos escombros de prédio na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
O trabalho de busca é feito com a ajuda de cães farejadores e também com as informações dadas pelos moradores da área. No começo da manhã, bombeiros permitiram que os moradores de algumas das residências interditadas entrassem para retirar itens como roupas, remédios e até animais domésticos.
Homem retira pertences pessoais de casa na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio — Foto: Fernanda Rouvenat/ G1
Os bombeiros deverão trabalhar sob chuva. De acordo com o Centro de Operações Rio, a cidade continuará com tempo chuvoso.
Ventos em altos níveis da atmosfera em conjunto com o transporte de umidade do oceano para o continente manterão o tempo instável na cidade hoje. O céu ficará predominantemente nublado, com chuva fraca a moderada isolada no período da manhã e pancadas de chuva isoladas a partir da tarde.
A 16ª DP (Barra da Tijuca) investiga as causas do desabamento e tenta identificar os responsáveis pela construção. As vítimas deverão ser ouvidas pelos policiais, mas apenas quando estiverem em condições de prestar depoimento.
Bombeiros trabalham na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio, pelo quarto dia — Foto: Reprodução/ TV Globo
Bombeiros fazem buscas em escombros pelo quarto dia seguido na comunidade da Muzema, no Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo