sábado, 6 de abril de 2019

PRF apreende 22,2 kg de maconha em Bataguassu/MS

BRASIL
Preso, o suspeito disse que o destino da droga era a cidade de São Paulo
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu no final da tarde desta sexta-feira, 05 de março, durante Operação Lábaro, 22,2 kg de maconha, no km 24 da BR 267, em Bataguassu/MS.
A equipe abordou o veículo VW/Gol, de placas de Limeira/SP, conduzido por um homem de 45 anos. Indagado sobre os motivos da viagem, o homem informou que havia ido até Dourados/MS visitar parentes. Diante do nervosismo apresentado com a abordagem policial, a equipe decidiu realizar uma fiscalização minuciosa no veículo, sendo localizado, no painel, um compartimento especialmente preparado para transporte de ilícitos.
Indagado mais uma vez sobre o motivo e destino da viagem, o condutor confessou o crime. Disse que foi cooptado por homens na cidade de São Paulo/SP para transportar o entorpecente pelo valor de dois mil reais.
Informou ainda que o compartimento que receberia a droga no carro foi preparado na cidade de São Paulo e que, na quinta-feira, dia 4, veio de Jundiaí/SP, onde reside, até a cidade de Amambaí/MS, onde outros indivíduos pegaram seu veículo para realizar a colocação do entorpecente, devolvido já com a maconha no mesmo dia.
O destino da viagem dele seria a cidade de São Paulo/SP, onde entregaria o veículo a um desconhecido.


Foram localizados 51 tabletes de maconha, os quais pesaram 22,2 kg (vinte e dois quilos e duzentos gramas). Foi dada voz de prisão ao homem e conduzido, juntamente com o veículo e a droga apreendidos, à Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu/SP.

AGÊNCIA PRF

PRF e RF apreendem caminhão com mais de uma tonelada de maconha na BR 386

BRASIL
Esta é a maior apreensão da droga na história da região e uma das maiores no Estado
Policiais Rodoviários Federais e agentes da Receita Federal apreenderam cerca de 1.300 kg de maconha na madrugada deste sábado, 6, em Seberi, noroeste do Estado. A droga estava escondida na carroceria de uma carreta.
Em uma operação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal de Santa Maria, foi abordado na Unidade operacional da PRF em Seberi, na noite de sexta-feira, um caminhão carregado com soja e que supostamente entregaria a carga na região serrana do Rio Grande do Sul. O motorista demonstrou nervosismo na abordagem, o que levou os policiais a intensificar a fiscalização. A revista no caminhão se estendeu por horas.
Já na madrugada deste sábado, com auxílio de um cão farejador, foi identificado o exato local onde estava escondida a maconha. Os agentes conseguiram acessar o fundo falso após retirar parte do revestimento metálico da carreta. A maconha estava acondicionada em tabletes revestidos. O motorista, de 38 anos, confirmou ter pego a carga de 1.300kg da droga na região centro-oeste e receberia R$ 10.000,00 pelo transporte. Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas.
A carga de soja foi retirada com auxílio de uma cooperativa local. O caminhão e a carga serão encaminhados à Polícia Civil de Frederico Westphalen para confecção do flagrante sendo também responsável pelo prosseguimento das investigações.

AGÊNCIA PRF

Novas sanções dos EUA dificultam envio de petróleo venezuelano a Cuba

MUNDO
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AP Photo/Martin Mejia
Os EUA impuseram na sexta-feira, 5, sanções ao petróleo exportado da Venezuela para Cuba. O objetivo é pressionar um dos principais aliados regionais do presidente Nicolás Maduro a deixar de prestar assistência ao chavista, principalmente na repressão e monitoramento de opositores.
Caracas envia a Cuba 59 mil barris de petróleo por dia, que equivalem a 70% do consumo do país. Há seis anos, quando Maduro assumiu o poder em Caracas, esse volume era cinco vezes maior.
Segundo a Casa Branca, as sanções ao petróleo enviado a Cuba foram feitas a pedido da Assembleia Nacional venezuelana, controlada pela oposição e presidida por Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país em janeiro. O objetivo das sanções anunciadas ontem, ainda segundo a Casa Branca, é ampliar o estrangulamento financeiro do regime, bem como sua habilidade para perseguir a oposição. “O objetivo é prejudicar as ferramentas de repressão que Maduro tem”, disse a fonte da Casa Branca em uma entrevista a vários meios de comunicação, entre eles o jornal O Estado de S. Paulo. Este funcionário não é identificado pelo governo americano.
Ao menos 34 embarcações, responsáveis pelo envio de petróleo entre os dois países, e duas empresas tiveram os bens nos Estados Unidos confiscados pelo Departamento do Tesouro. Entre as empresas que trabalham com a entrega de petróleo venezuelano aos cubanos, uma é a liberiana Ballito Shipping Incorporated. A outra é a grega ProPer In Management Incorporated. Os cargueiros, em sua maioria, pertencem à estatal petrolífera PDVSA.
A cooperação petrolífera entre Cuba e Venezuela começou ainda nos governos de Hugo Chávez e Fidel Castro. À época, os cubanos pagavam o petróleo com o envio de médicos a zonas carentes venezuelanas, a chamada Misión Barrio Adentro.
Quando estava no poder, Chávez não embarcava petróleo subsidiado apenas para Cuba. A Petrocaribe, criada na década de 2000, enviava a commodity para outros países da América Central e do Caribe, como Nicarágua, Jamaica e Trinidad e Tobago.
A produção venezuelana de petróleo quando Maduro chegou ao poder beirava os 3 milhões de barris por dia. Destes, 500 mil eram destinados à Petrocaribe, e metade a Cuba.
O endividamento e a falta de investimento em infraestrutura na PDVSA, combinados com a hiperinflação, a queda do barril do petróleo a partir de 2014 e as sanções americanas a partir de 2017, derrubaram a produção quase à metade.
Com dificuldade de honrar parcerias, Maduro foi abandonando seus parceiros caribenhos, com exceção dos cubanos. Como consequência, ele também passou a ter menos apoios em votações na Organização de Estados Americanos (OEA). No ano passado, a Venezuela chegou a importar US$ 440 milhões em petróleo para não deixar de cumprir com seus acordos com Havana.
Isso ocorreu, segundo analistas, porque a parceria que começou na área da saúde se estendeu à segurança e espionagem. Washington e a oposição venezuelana acusam Havana de treinar agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), responsável pela prisão de dissidentes e opositores do regime. Há relatos de colaboração de agentes do G-2, o serviço secreto cubano, com autoridades do aparato repressor chavista.
Para o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, Cuba tem um papel crucial na piora da crise venezuelana e, por isso, os envios de petróleo ao país foram alvo de sanções. “Os EUA estão tomando ações contra entidades que oferecem ajuda vital para que Maduro se mantenha no poder”, disse em nota. “Cuba continua a lucrar e apoiar o regime ilegítimo de Maduro com um esquema de ‘petróleo por repressão.'”
As próximas etapas da pressão americana sobre Maduro, ainda de acordo com a fonte da Casa Branca, devem envolver maior pressão econômica e diplomática.
“Temos uma gama de ferramentas que podemos usar e contaremos com o fator surpresa para surpreendê-lo. “Em dois meses e meio conseguimos mais do que nos últimos 20 anos.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por que farmácias do Uruguai estão desistindo de vender maconha

MUNDO
País foi o primeiro a liberar a venda da cannabis para uso recreativo - mas como será que esta indústria está se saindo?

O Uruguai legalizou a maconha para uso recreativo em 2013 — Foto: IRCCA
O Uruguai foi o primeiro país do mundo a legalizar a venda de maconha para uso recreativo. Cinco anos após a aprovação da lei pioneira, como será que essa indústria está se saindo?
"Vendemos muita cannabis no primeiro dia", lembra Esteban Riviera, dono de uma farmácia em Montevidéu, capital do Uruguai.
"Vendemos 1.250 pacotes em seis horas. Tinha uma fila que dobrava dois quarteirões para comprar maconha."
A venda legal da droga, que começou em 19 de julho de 2017, era aguardada ansiosamente - a expectativa foi ainda maior porque a comercialização só teve início três anos e meio após a aprovação da lei.
"Levou tempo, segundo o governo, porque eles queriam fazer tudo com rigor e de forma gradual", explica o jornalista uruguaio Guillermo Draper, coautor de um livro sobre a experiência do país.
No Uruguai, a maconha só pode ser vendida em farmácias — Foto: BBCNo Uruguai, a maconha só pode ser vendida em farmácias — Foto: BBC
No Uruguai, a maconha só pode ser vendida em farmácias — Foto: BBC

Pressão contrária

Mas todo o cuidado para colocar a lei em prática não foi suficiente para evitar um sério contratempo.
"Meu banco me disse para parar de vender maconha ou fechar minha conta", conta o farmacêutico Esteban Riviera. "Parei de vender."
"Fui a primeira farmácia a fazer o registro para vender cannabis", acrescenta, rindo da ironia, "mas fui também a primeira que parou de vender cannabis no Uruguai".
Comerciantes como Esteban dependem de parcerias com bancos dos EUA para fazer transações internacionais. Mas essa relação foi ameaçada quando os bancos americanos descobriram que parte da receita de seus clientes uruguaios vinha da venda de maconha.
O Uruguai pode ser um país soberano, mas ainda é afetado pelas rigorosas leis financeiras dos EUA sobre substâncias controladas.
As farmácias são os únicos estabelecimentos autorizados a vender maconha para uso recreativo no Uruguai - e, em parte pelas restrições impostas pelos bancos, há apenas 17 que fazem isso atualmente em um país de 3,5 milhões de habitantes.
Neste contexto, 18 meses depois que a maconha foi colocada à venda legalmente, o alvoroço com a novidade pode ter diminuído, mas as filas, não.
"Estou em pé debaixo do sol, morrendo de calor, esperando dar 14h, quando começam a vender", explica uma jovem enquanto aguarda na fila do lado de fora de outra farmácia de Montevidéu - uma das poucas que ainda vendem a substância.
"Esta é uma das farmácias que colocam mais pacotes à venda sem precisar reservar online. Há muitas que oferecem poucos (pacotes), então muita gente acaba voltando para casa sem nada."

Limite mensal para compras

O sistema é rigorosamente controlado. Os consumidores precisam se registrar na entidade reguladora e podem comprar até 10 gramas por semana, o suficiente para cerca de 20 cigarros de maconha.
O órgão regulador também controla o quão forte é a droga. O nível de THC - componente psicoativo da cannabis - é limitado e equilibrado com o nível de CBD, outro composto da erva que teria efeito calmante.
Consumidores fazem fila em frente a uma farmácia para comprar cannabis no Uruguai — Foto: BBCConsumidores fazem fila em frente a uma farmácia para comprar cannabis no Uruguai — Foto: BBCConsumidores fazem fila em frente a uma farmácia para comprar cannabis no Uruguai — Foto: BBC

Nas farmácias, há apenas quatro variedades diferentes disponíveis para compra - nenhuma delas é particularmente forte.
O preço - equivalente a cerca de R$ 25 por um pacote de cinco gramas - também é definido pelo órgão regulador.
O dono de farmácia Gabriel Llano revela que só recebe cerca de 20% do valor de cada pacote que vende, embora haja uma margem de lucro maior em produtos relacionados, como lanches e papel para enrolar cigarros, o que é um pouco incomum de se ver em uma farmácia.
Quando as vendas começam, os clientes são atendidos um de cada vez e colocam o dedo no leitor de impressão digital para provar que estão registrados para a compra e que ainda não atingiram o limite mensal.
Eles entregam, então, o dinheiro. O pagamento tem de ser em espécie, explica Llano, porque essa é a condição que o banco exige para manter a conta de sua farmácia aberta.
A posição oficial da instituição financeira é de que não trabalha com empresas ligadas a cannabis e que continuará a fechar as contas de tais companhias "quando necessário".
A justificativa para a mudança na lei era levar os consumidores do mercado ilegal para um novo comércio legalizado. Mas as filas fora das farmácias sugerem que, no mercado legal, a oferta não está atendendo à demanda.

Muita demanda, pouca oferta

"No Uruguai, ninguém jamais havia cultivado maconha em grande escala", afirma Diego Olivera, secretário-geral do Conselho Nacional de Drogas do Uruguai, que também supervisiona o órgão regulador de cannabis, o IRCCA.
Ele diz que as empresas de cannabis estão mais experientes agora, e a expectativa é de que "sejam capazes de produzir em um ritmo mais acelerado".
A IRCCA também planeja emitir quatro ou cinco novas licenças para cultivo de maconha para uso recreativo, já que apenas duas empresas estão autorizadas a produzir atualmente.

Oliver admite que a abordagem do Uruguai para liberação foi mais cautelosa do que a de alguns Estados americanos em que a maconha foi legalizada.
Isso significa que as vendas da erva para uso recreativo não estão gerando grandes lucros para as empresas envolvidas.
O governo oferece muito mais apoio às companhias que cultivam maconha para uso medicinal, que também foi legalizado pela lei de 2013.
'Um dos usos mais aceitos do THC é para a dor crônica', diz Helena Gonzalez Ramos — Foto: BBC'Um dos usos mais aceitos do THC é para a dor crônica', diz Helena Gonzalez Ramos — Foto: BBC'Um dos usos mais aceitos do THC é para a dor crônica', diz Helena Gonzalez Ramos — Foto: BBC
Os produtores locais estão tentando aproveitar essa oportunidade. A ICC Labs, uma das duas empresas licenciadas para cultivar maconha para uso recreativo, também está envolvida com maconha medicinal, que tem margens de lucro mais altas e um número crescente de potenciais mercados para exportação.
Talvez seja por isso que uma das maiores produtoras de maconha no Canadá - a Aurora Cannabis - pagou recentemente US$ 220 milhões para comprar a ICC.
A Aurora afirmou que o acordo a posicionaria como líder de mercado na América Latina.
Em outubro do ano passado, o Canadá se tornou o segundo país do mundo a legalizar a maconha para uso recreativo, mas a liberação para uso medicinal existe desde 2001.
O braço da ICC para uso terapêutico está focado na extração de CBD da maconha. Já a Fotmer, empresa privada, é a primeira com licença para produzir THC para uso medicinal.

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"Um dos usos mais aceitos do THC é para a dor crônica, especificamente quando ela é neuropática", explica Helena Gonzalez Ramos, gerente de qualidade, pesquisa e desenvolvimento da Fotmer.
"Ou seja, rigidez nos músculos, vômito e náusea."
A abordagem do Uruguai em relação à liberação da maconha para uso recreativo limitou o potencial de negócios da indústria. Mas quando se trata de maconha para uso medicinal, empresas uruguaias, como a Fotmer, pretendem ajudar a formar uma indústria global em rápida expansão.
"Os principais mercados hoje em dia são Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Alemanha, entre outros, principalmente na Europa", diz Helena.
"E as regras estão mudando o tempo todo, então, as previsões também são promissoras, à medida que a maconha medicinal é legalizada."