quinta-feira, 4 de abril de 2019

Alta da demanda levanta dilemas da industrialização da agricultura orgânica

BRASIL
Alta da demanda levanta dilemas da industrialização da agricultura orgânica

 

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Industrialização de orgânicos pode afetar técnicas de criação de galinhas e produção de ovos.
 Kèoprasith Souvannavong / RFI

    Preocupados com a saúde e o meio ambiente, a cada ano, mais consumidores europeus passam a consumir produtos orgânicos. O aumento da demanda leva o setor a se questionar: a industrialização é incompatível com os valores de uma agricultura que almeja ser mais sustentável?

    Na França, esse mercado sobe na altura de € 1 bilhão a mais em vendas de 2017 para 2018, quando as receitas chegaram a € 9 bilhões. De um lado, supermercados correm para atender a clientela crescente e pressionam por preços mais baixos – o que só é viável se a produção sem agrotóxicos passar a ser massiva, mas com técnicas semelhantes às da agricultura tradicional.
    De outro, defensores de uma agricultura local e de proximidade alegam que renunciar a esses princípios é trair a confiança dos consumidores e colocar em xeque um modelo mais sustentável, que respeite os solos e se preocupe com o bem-estar animal.
    Para David Leger, da Federação Nacional da Agricultura Orgânica da França, o dilema se concentra sobretudo no futuro da produção de carnes e ovos, ou seja, quando impacta na vida de aves, porcos ou gado. “É incompatível, sim, no sentido que o mercado orgânico existe graças aos consumidores. E o risco é que os nossos clientes não são a favor da industrialização do setor. Estamos assumindo o grande risco de enganá-los”, afirma Leger.
    Novas regras europeias devem definir quantidade de galinhas por granja
    As novas regras da agricultura orgânica estão sendo finalizadas em nível europeu e passarão a valer em 2021. Estão sobre a mesa decisões como a autorização de aquecimento de estufas para a produção de ervas e saladas e a quantidade máxima de aves por galinheiro, em especial nas granjas de ovos.
    Hoje, os ovos orgânicos são o carro-chefe do setor e já atingem 12% do mercado na França. A federação francesa briga para que o limite autorizado não ultrapasse 9 mil galinhas.
    Mas na Itália, por exemplo, já existem granjas de ovos orgânicos com até 100 mil aves. A regulamentação atual estipula apenas o espaço mínimo por galinha dentro e fora da granja e determina o que elas podem comer.
    “Talvez seja apenas necessário que o mercado seja paciente e espere que os produtores construam mais galinheiros, não necessariamente maiores. Precisamos de mais galinheiros, em mais produtores”, observa Leger. “Foi assim que funcionou até agora.”
    Industrialização não é difícil – mas é ética?
    O jornalista ambientalista Frédéric Denhez, autor de diversos livros sobre o tema, entre eles “Acheter Bio? (Comprar Orgânico?, em português), avalia que, tecnicamente, a industrialização dos orgânicos não é difícil de ser implementada, já que a principal regra consiste em não utilizar agrotóxicos e adubos industriais, nem produtos transgênicos. Outros pontos, como o excesso de embalagens e a importação, são importantes no trabalho de conscientização dos consumidores, mas não fazem parte das normas em vigor.
    “É preciso decidir as nossas prioridades. Não queremos mais galinhas em gaiolas? Ótimo, teremos galinhas ao ar livre e ovos orgânicos. O problema é que o consumo de ovos continua a aumentar”, pontua o jornalista. “Não vamos poder fornecer tantos ovos produzidos dessa forma, em especial aqui na França, onde tantos produtores agora fazem orgânico. Isso significaria termos propriedades gigantescas onde as galinhas pudessem passear – e isso me parece ser bem difícil de implementar.”
    Selo de produtos orgânicos na França, onde consumo aumenta a cada ano.MYCHELE DANIAU / AFP
    Porém, para Denhez, é impossível dissociar a questão do debate sobre o consumo excessivo de proteína animal, nocivo ao meio ambiente. “Se queremos uma agricultura orgânica como eu imagino, ou seja, próxima da natureza e do homem, será uma agricultura que terá de exigir que as pessoas consumam menos carne, menos ovos. Isso é inevitável”, constata.
    Menos polêmica sobre frutas e legumes
    O consenso sobre a industrialização parece ser mais fácil a respeito de frutas e legumes. A própria federação francesa reconhece que será “positivo para a sociedade” se a população puder dispor de cada vez mais vegetais orgânicos na mesa, embora isso implique que a produção seja mais mecanizada e menos local do que atualmente.
    “Há um grande futuro nessa área. A industrialização de frutas e legumes choca menos porque não vamos mexer com animais”, destaca Leger. “Em legumes, são grandes estruturas existentes que se convertem em orgânicos, ou seja, temos menos agrotóxicos, mais biodiversidade e bem mais mão de obra, mesmo se são produções mecanizadas.”
    Apenas no ano passado, 6.200 agricultores franceses passaram a produzir alimentos orgânicos, um recorde.

    FONTE: rFi

    Paraná comemora os 62 anos do Batalhão de Polícia Ambiental

    BRASIL


    O Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde, unidade da Polícia Militar do Paraná especializada em combate ao crime contra a natureza, completa 62 anos. Na solenidade de comemoração, realizada nesta quinta-feira (4), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, foi entregue a Medalha do Mérito Ambiental, maior honraria da unidade. Foram agraciados o vice-governador Darci Piana e 71 militares estaduais e civis que se destacam por ações em prol do meio ambiente ou colaboram com o desenvolvimento do batalhão Força Verde.
    Piana destacou a atuação da Força Verde e sua contribuição para que o Paraná tenha desenvolvimento sustentável, com respeito à natureza. “É uma unidade que faz um trabalho importante, atuando 24 horas por dia em fiscalização e combate ao crime ambiental, na preservação das florestas, de recursos hídricos, da funa e da flora e de ambientes essenciais para a vida”, disse ele.
    Serviços prestados à comunidade e à natureza são marcas da história do Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde, segundo seu comandante, tenente-coronel Adilson Luiz Correa dos Santos. “São centenas de profissionais que trabalham diariamente, em diversas modalidades, combatendo os crimes ambientais, em especial aqueles contra a fauna, a flora e os recursos hídricos”, afirmou.
    PARCERIAS – Em fevereiro último, o Batalhão de Polícia Ambiental e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo renovaram a parceria para intensificar a fiscalização de crimes ambientais no Paraná. Com isso, são reforçadas ações, especialmente na fiscalização de clandestinos, aqueles que não procuram o Estado para um licenciamento ambiental, causando danos significativos ao setor.
    O Batalhão também tem parceria com a Itaipu Binacional. Para Fabricio Baron Mussi, gestor do departamento de reservatório e áreas protegidas da Itaipu, a parceria com o batalhão Força-Verde é essencial para a área de preservação da região, que vai de Foz do Iguaçu ao município de Guaíra, no Oeste do Estado.
    “É um vasto espaço, com cerca de 250 quilômetros, que não seria possível fiscalizar sem o trabalho em conjunto feito com a unidade Força Verde. Os policiais atuam na fiscalização e fechamento de portos ilegais, no combate ao contrabando de madeira, em recuperação de animais”.
    HISTÓRICO – O Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde foi criado em 1957 para proteger os parques estaduais de Vila Velha, em Ponta Grossa; Campinhos, em Tunas do Paraná, e a Gruta do Monge da Lapa, na Lapa. Com o tempo, passou a combater infrações relacionadas à caça ilegal, pesca, extração vegetal e mineração, poluição. Hoje, a unidade conta com cinco companhias espalhadas pelo Estado, localizadas em Paranaguá, Londrina, Maringá, Guarapuava e Foz do Iguaçu.
    PRESENÇAS - Participaram da solenidade o chefe da Casa Militar, major Welby Pereira Sales; o chefe da Diretoria de Tecnologia e Qualidade da Polícia Militar, coronel Antônio Zanatta Neto; o deputado estadual coronel Washington Lee Abe; policiais e oficiais militares agraciados com a medalha.


    Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
    http:///www.facebook.com/governoparana e www.pr.gov.br

    FONTE: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

    Supermercado de R$ 50 milhões apresenta tecnologia inédita e 100% sustentável

    BRASIL
    (Foto: Divulgação/Assessoria de imprensa)
    A 50ª loja do Condor Super Center foi inaugurada neste dia 3 de abril, em Curitiba, como o primeiro supermercado da América do Sul a utilizar o Propano em sua linha de refrigerados. Desenvolvida pela Eletrofrio Refrigeração LTDA em um projeto que carrega a chancela da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a novidade é a utilização do Propano nos equipamentos refrigerados da loja, um gás 100% natural, inofensivo à Camada de Ozônio e com baixíssimo GWP (Global Warming Potential).
    A solução foi criada para ajudar a cumprir a meta do Protocolo de Montreal, que é substituir os HCFCs, gases refrigerantes sintéticos nocivos ao meio ambiente, até 2040 no Brasil. “É um orgulho para nós do Condor poder dar este primeiro passo no cumprimento de metas tão importantes. Espero que possamos servir de exemplo para que todos passem a se preocupar com o Meio Ambiente e com o futuro do planeta e que o nosso país possa atingir o que foi proposto pelo Protocolo de Montreal”, disse o presidente do Condor Super Center, Pedro Joanir Zonta.
    Já para o presidente da Eletrofrio, José Antônio Paulatti, a inauguração desta loja representa o início de um novo ciclo na refrigeração comercial do Brasil. “Chegamos a um patamar que vai além da excelência, pois traz a consciência ecológica para o setor privado. Mais do que oferecer equipamentos eficientes e econômicos, conseguimos desenvolver uma tecnologia de domínio público que se tornará um verdadeiro marco no país”.
    O pioneirismo do Condor e da Eletrofrio foi elogiado pelo Chefe da Unidade do Protocolo de Montreal da UNIDO, em Viena, Ole Nielsen, que destacou a importância deste projeto para o Meio Ambiente. “Estou muito satisfeito em ver uma empresa preocupada em utilizar um fluido natural e pelo Condor ter comprado esta ideia e ter sido o primeiro a utilizar no Brasil”.
    Já para a gerente de projeto da UNIDO, Sérgia Oliveira, este projeto é a concretização de um trabalho que vem sendo realizado há tempos e é uma prova de que é viável a substituição dos gases nocivos no Brasil. “É complicado fazermos esta conversão tecnológica em bases sólidas e seguras e essas empresas assumiram esse desafio conosco. Temos uma confiança muito grande no trabalho que a Eletrofrio está executando, pois a segurança deve estar em primeiro lugar”, destacou Sérgia.
    Evolução na refrigeração
    Desde 2008, o Condor já vem trabalhando com uma refrigeração sustentável por meio do Glicol. O Hiper Condor Torres já foi responsável pela redução em 50% da emissão de gases poluentes. A partir de 2012, esta redução foi ampliada para 92% com a utilização do CO2 nos congelados, mas ainda restava a parte da condensação, que representava 8% dos gases sintéticos. Agora, com o Propano, o Condor atinge 100% de sustentabilidade em refrigeração.
    Esta nova tecnologia veio para completar o ciclo evolutivo da refrigeração e é um projeto patrocinado pelo Ministério do Meio Ambiente e da Unido, que estabeleceram esta parceria com a Eletrofrio e o Condor.
    “Trabalhamos sempre numa melhoria contínua em sustentabilidade e, com certeza, cada progresso da tecnologia que vá ao encontro de nossa consciência ecológica será empregado em nossas lojas”, destaca Zonta.
    Sustentável desde a obra
    O projeto desta obra foi aprovado legalmente como uma reforma e ampliação, já que o local já possuía uma construção. Por ser uma estrutura antiga, com muitas paredes e um piso de grande resistência e espessura, o projeto atendia ao PGRCC (Plano de Gerenciamento e de Reciclagem dos Resíduos da Construção Civil), em que toda parte demolida foi reciclada e aproveitada na própria obra. Um equipamento foi contratado para coletar e moer o concreto no local, fosse piso, viga ou laje, retirando a ferragem para envio à reciclagem e deixando o restante para reutilização na própria obra. Cerca de 500 cargas de caminhões ou 7.000 m³ deixaram de ser jogados no meio ambiente. Com isso, houve outro ganho sustentável, pois não foi necessário fazer a retirada de material da natureza, como o saibro para a base de obra de pedreiras.
    O Condor Wenceslau Braz também conta com outros diferenciais sustentáveis, como a geração da própria energia por meio de uma usina solar com 1.443 módulos solares na cobertura, instalados pela Domínio Solar, que vão gerar em média 670.000 KWh por ano, o suficiente para abastecer cerca de 282 residências. A usina vai evitar a emissão de 473 toneladas de CO2 por ano, o equivalente ao plantio de 2880 árvores.
    Lâmpadas LED foram aplicadas em 100% do estabelecimento, que além de serem mais econômicas, duram três vezes mais, o que reduz em 50% o consumo de energia elétrica e o descarte no meio ambiente. Outra solução que economiza energia elétrica é o sistema de iluminação dimerizável, que ajusta a intensidade luminosa de acordo com a luz natural. Também foram instalados na cobertura do estabelecimento os Domus Prismáticos, que permitem a entrada de luz externa no ambiente e filtram os raios ultravioletas em até 98%.
    Outro ponto importante que preserva os recursos naturais do planeta é a instalação do sistema de captação da água da chuva para ser utilizada na irrigação de jardins, limpeza de pisos e descarga de sanitários.
    A loja
    Com expectativa para atender 80 mil clientes por mês, o Condor Wenceslau Braz conta com um mix de 25 mil itens distribuídos em uma área de vendas de 5 mil m². Entre os setores da loja estão as cervejas especiais, rótulos de vinhos nacionais e importados, cafés especiais e uma linha de produtos selecionados de diversos países. A loja também possui um bazar completo, com perfumaria, utilidades, Pet e presentes, além de um açougue com cortes especiais e uma cafeteria/bistrô com um espaço aconchegante para o cliente desfrutar durante as compras.
    Já pensando na comodidade e segurança dos clientes, o novo Condor conta com um estacionamento rotativo coberto e descoberto para atender 3 mil veículos por dia e uma galeria de lojas, entre salão de beleza, loja de calçados, ótica, cosméticos, farmácia, loja de celular e acessórios, chaveiro, loja de bijuterias, além de uma praça de alimentação com restaurante de comida oriental e brasileira, pastelaria, quiosque de empadas e quiosque de açaí, tudo para tornar o local um centro de compras para os moradores da região.
    Os expositores refrigerados do novo empreendimento são da nova linha da Eletrofrio, que proporciona maior preservação dos alimentos, otimiza o espaço de exposição dos produtos e aumenta a área de circulação nos corredores da loja. O conceito “pele de vidro”, bastante utilizado na arquitetura, foi a base do design dos expositores, que possuem portas sem molduras, maiores superfícies envidraçadas e estruturas com perfis mais leves, que não competem com as mercadorias expostas e deixam a loja mais agradável.
    “Chegamos a nossa 50ª loja em grande estilo, pois estamos dando um pontapé inicial para que o Brasil passe a ser um país mais engajado com as causas ambientais. Além disso, estamos gerando 280 empregos diretos, o que acaba impactando diretamente na economia local e na retomada da economia Brasileira” finaliza Zonta.
    Condor Super Center
    O Condor Super Center iniciou sua trajetória em Curitiba, quando em 1974 inaugurou sua primeira loja com 110m² e apenas cinco funcionários. Hoje, conta com mais de 13.000 colaboradores diretos e atende mensalmente a mais de 4 milhões de clientes.
    A rede conta com 50 lojas, entre super e hipermercados, em 17 cidades do Paraná, localizadas em Curitiba e Região Metropolitana, litoral, Campos Gerais, Norte do estado e, em Santa Catarina, nas cidades de Joinville e Mafra. A rede conta ainda com uma central de distribuição com mais de 70 mil m² em Curitiba, responsável pelo abastecimento diário das lojas da rede.
    Serviço
    O novo Condor fica localizado na Avenida Pres. Wenceslau Braz, 790, em Curitiba-PR, e seu horário de atendimento é de segunda a sábado, das 8h às 22h, e no domingo das 8h às 21h.

    FONTE: BEM PARANÁ

    Nova sede da Sefaz deve ocupar área de mata no Parque dos Poderes

    BRASIL

    Publicada em 17 de julho de 2018, lei define 11 áreas do parque em que não se aplicam a proibição de desmatamento

    Imagem do Parque dos Poderes (Foto: Gabriel Rodrigues)Imagem do Parque dos Poderes (Foto: Gabriel Rodrigues)
    Motivo de abaixo-assinado intitulado “Não ao desmatamento do Parque dos Poderes”, a área com pedido de supressão vegetal vai atender a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), que, além de uma unidade no parque, funciona em imóveis na rua 7 de Setembro e avenida Fernando Côrrea da Costa, em Campo Grande.
    De acordo com a SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização), o processo de supressão vegetal é uma solicitação feita pela Sefaz, com autorização por meio da Lei 5237, aprovada no ano passado pela Assembleia Legislativa.
    A reportagem entrou em contato com a Sefaz, que aguardar o retorno do titular da pasta, que está em viagem, para repassar informação. O pedido de supressão vegetal foi encaminhado em 8 de novembro ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
    Publicada em 17 de julho de 2018, a legislação detalha que o Parque dos Poderes “Govenador Pedro Pedrossian” tem onze áreas, com 279 mil metros quadrados, em que não se aplica a proibição de desmatamento.
    Sete são áreas “carimbadas” para atender Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Procuradoria-Geral do Estado, Polícia Civil, Prefeitura do Parque e Batalhão de Choque.
    Das outras quatro áreas, uma é destinada ao Palácio do Governo e outras três aparecem no anexo da lei como destinação a definir.
    Presente no projeto de sede administrativa da administração estadual, planejado em 1981, o Palácio do Governo, que não tinha previsão de área para moradia, ficou só no papel.
    Mobilização – O abaixo-assinado protesta contra um processo que resultaria na supressão de uma área de 3,31 hectares (aproximadamente 33 mil metros quadrados). O documento online foi registrado no site O Bugio , a plataforma de campanhas online mantida pelo Greenpeace Brasil. Na manhã de hoje, o abaixo-assinado tinha 5.455 assinaturas.
    Veja abaixo os mapas com as 11 áreas

    Áreas carimbadas para atende sete órgãos no Parque dos Poderes. Áreas carimbadas para atende sete órgãos no Parque dos Poderes.
    Mapa com Palácio do Governo e outras três áreas com destinação a definir. Mapa com Palácio do Governo e outras três áreas com destinação a definir.
    FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

    WWF: sobrepesca e falta de gestão são desafios para setor pesqueiro

    BRASIL
    Tânia Rêgo/Agência BrasilTânia Rêgo/Agência Brasil
    A sobrepesca e a falta de gestão pesqueira são os principais problemas da atividade pesqueira no país. Essa é a conclusão do Guia de Consumo Responsável de Pescado, lançado no dia (2), pela seção brasileira do Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil).
    O estudo inédito foi produzido pela entidade em parceria com mais de 20 pesquisadores de todo o mundo.
    A sobrepesca ocorre quando os estoques pesqueiros são explorados além da sua capacidade natural de reprodução. Muitos pescadores não respeitam a época de defeso ou reprodução de algumas espécies.
    Nesse período, as atividades de caça, coleta e pesca esportivas e comerciais ficam vetadas ou controladas.
    Segundo a gerente do Programa Marinho da WWF, Anna Carolina Lobo, após a extinção do Ministério da Pesca, no governo passado, muitas políticas públicas voltadas para a gestão pesqueira e a aquicultura ficaram descentralizadas, incluindo o próprio pagamento do seguro defeso, feito aos pescadores de pequena escala para que possam manter sua condição de vida enquanto as espécies se reproduzem.
    A isso tudo se soma a falta de monitoramento e fiscalização, segundo ela.
    São duas as formas de produção de pescados. Uma é a pesca comum, que se baseia na retirada de recursos pesqueiros do ambiente natural.
    A outra é a aquicultura, baseada no cultivo de organismos aquáticos geralmente em um espaço confinado e controlado.
    Estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontam que até 2030, quase 60% da proteína de peixe consumidas pela sociedade virão da aquicultura, em todo o mundo e no Brasil não será diferente.
    As espécies que apresentam maior valor comercial, como o atum, por exemplo, já têm grande impacto populacional. Acima de 80% dos estoques estão reduzidos, o que é um impacto muito grande.

    Monitoramento

    Os últimos dados de monitoramento da pesca no Brasil são de 2011 e utilizaram números coletados em 2008.
    "Na prática, são 11 anos de um país que não monitora a quantidade de desembarque, o tamanho dos estoques, o que está sendo pescado.
    Corre o risco de a gente estar chegando próximo a um cenário de colapso das principais espécies sem saber, sem a sociedade ter noção do tamanho do problema", lamentou Anna Carolina.

    Certificação

    Outros problemas levantados pelo guia da WWF-Brasil é a falta de certificação do pescado e da regulamentação setor pesqueiro no Brasil.
    Com a criação de políticas públicas adequadas, vários países que estavam com seus estoques de peixe quase em extinção, como o bacalhau da Noruega, com a mudança de política pública, os estoques voltaram. Agora, os países estão suprindo a demanda interna e exportando para outros destinos, como o Brasil.
    "É possível a gente chegar em uma equação em que as pessoas que dependem dessa atividade para o seu sustento de vida vão continuar com seu ganha pão. É possível virar o jogo", apostou a especialista em gestão ambiental da WWF-Brasil.

    Gestão pesqueira

    Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) do Ministério da Agricultura informou que a gestão pesqueira no Brasil é feita de maneira compartilhada entre as diversas esferas do governo, sociedade civil e organizações não governamentais.
    A secretaria está elaborando um novo decreto para fortificar esse sistema.
    Nove Comitês Permanentes de Gestão (CPGs) fazem o assessoramento para a definição de normas, critérios e padrões relativos ao ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros, nas respectivas unidades de gestão.
    Todos os CPGs têm um subcomitê científico que presta assessoramento técnico e científico a esses grupos de trabalho.
    A SAP revelou ainda que 50% das receitas das taxas arrecadadas pelo órgão são destinadas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o custeio das atividades de fiscalização da pesca e da aquicultura.
    Em relação aos investimentos públicos na gestão da pesca no Brasil, a secretaria informou que o governo federal financia vários projetos com esse objetivo.

    FONTE: AGÊNCIA BRASIL

    Jardim Botânico, Econúcleo e CAT Ambiental têm programações neste fim de semana

    BRASIL
    Foto: Reprodução/Google Street View. (Foto: Reprodução/Google Street View.)
    Foto: Reprodução/Google Street View.

    O primeiro fim de semana do mês de abril tem programação ao ar livre no Jardim Botânico do Recife, localizado na Zona Oeste, no Econúcleo do Parque da Jaqueira, na Zona Norte e no Centro de Atendimento ao Turista Ambiental (CAT Ambiental), na Zona Sul. Entre as atividades estão oficinas, plestras, contação de histórias, trilhas, caminhadas e meditação. As ações são promovidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS).

    Confira a programação completa:
    - Econúcleo Jaqueira

    Sábado (6)

    09h - Em cena verde: oficina de teatro

    10h - Caminhada Ecológica: trilha cega

    11h - Oficina de mudas: Sementes do Amanhã

    14h - Oficina sensorial com plantas medicinais

    15h - Vivência Ambiental: faço parte desse lugar

    16h - Os sons ao redor: vivências ambientais musicais

    Domingo (7)

    09h - Meditação com o grupo Sahaja Yoga

    10h - Vivência ambiental: sou forte, sou fraco, sou terra

    11h - Resíduos nos eixos: oficina de malabares

    14h - Trilha Ambiental

    15h - Vivência ambiental: sou forte, sou fraco, sou terra

    16h - Oficina sensorial com plantas medicinais

    Endereço
    R. do Futuro, 959 - Jaqueira
    De quinta à domingo, das 9h às 17h
    Entrada gratuita


    - Jardim Botânico

    Sábado (6)

    09h - Caminhada Ecológica: Trilha Selvagem

    10h - Contação de histórias O morcego e a cabaça

    11h - Oficina de criação Arte no Meio

    13h30 - Caminhada Ecológica: Trilha Selvagem

    14h30 - Contação de história e oficina Pedrinho e o barco

    Domingo (7)

    09h00 - O Meio que se conta: contação de historias João Jil

    09h30 - Caminhada Ecológica: Trilha Selvagem

    10h30 - Do PET ao som: oficina de percusão com garrafa PET

    13h30 - Sarau Ambiental Vozes do Meio

    14h00 - Caminhada Ecológica: Trilha Selvagem

    14h50 -  Oficina de Paródias Ambientais

    Endereço
    BR ­232, km 7,5 - Curado
    De terça a domingo, das 9h às 15h30
    Entrada: gratuita


    - Centro de Atendimento ao Turista Ambiental (CAT Ambiental)

    Domingo (24)

    09h - Grupo Sahaja Yoga

    10h - Contação de História O pequenino grão de areia

    11h - Oficina de Criação de brinquedos

    14- Contação de História O sapo e o Boiâ

    15 - Oficina de Criação de brinquedos

    Endereço
    Segundo Jardim - Boa Viagem
    Terça a domingo, das 10h às 20h
    Entrada gratuita

    FONTE:Diario de Pernambuco

    Vigilância Ambiental alerta sobre os riscos à saúde causados pelo caracol africano e como combatê-lo

    BRASIL

    D R T .R J .15855 Ivomar Gomes Pereira.
    O aumento das chuvas que tem acometido a cidade de João Pessoa tem contribuído para a reprodução do Achatina fulica, o famoso caramujo africano, um molusco hermafrodita e hospedeiro de várias espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias nos seres humanos, como a meningite. A fim de evitar o adoecimento da população, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) alerta sobre os riscos à saúde causados pelo caracol africano e como combatê-lo.
    Para evitar esses agravos, basta que a população não tenha contato direto com o bicho ou oferte ambientes que facilitem sua reprodução.  “Ambientes com matéria orgânica e vegetação como os quintais e jardins das casas também favorecem o aparecimento do caracol e uma forma de prevenir a reprodução do caramujo africano é a partir da limpeza dos terrenos para evitar o crescimento de vegetação, que é o alimento do animal”, explica o gerente da Vigilância Ambiental e Zoonoses, Nilton Guedes.
    Caso a espécie seja encontrada, a forma mais indicada para combatê-la e que qualquer pessoa pode fazer é através da catação, que deve ser feita sempre com a mão isolada por luvas ou sacos plásticos. Em seguida, o caracol deve ser afogado em um balde cheio de água com sabão.
    O Centro de Vigilância Ambiental faz a catação e o controle em prédios e áreas públicas. Em áreas privadas como casas, condomínios e terrenos, o controle é de responsabilidade do proprietário, por isso, de acordo com Nilton Guedes, é importante uma maior conscientização da população sobre os riscos causados pelo caracol africano.
    “Além das ações do poder público, o controle de caramujo necessita da participação da população, já que iniciamos um período de chuva mais constante e a umidade facilita a reprodução dessa espécie invasora e exótica, que pode se reproduzir também dentro das residências caso o ambiente seja favorável e não apenas em espaços públicos”, alerta o gerente da Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS.
    A população pode acionar a Vigilância Ambiental através do número: 3218-9357 e 0800 282 7959.
    Caracol africano – Achatina fulica é um molusco vindo da África. Ele também é chamado de acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano ou rainha da África. Chegou ao Brasil de forma ilegal na década de 1980, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais.
    Levado para outras regiões do País, a espécie não foi bem aceita pelos consumidores e proibida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
    O caracol africano se reproduz de forma rápida e em larga escala e não possui um predador natural.
    Doença – A meningite causada por A. cantonensis, tipo de verme, começa com a ingestão do caramujo ou de muco do molusco infectado. Uma vez ingeridas, as larvas do verme migram para o sistema nervoso central e se alojam nas meninges – membranas que envolvem o cérebro. O organismo inicia uma reação inflamatória, que resulta no quadro de meningite.
    Geralmente, a doença é autolimitada, pois os parasitas não conseguem se reproduzir no ser humano e morrem naturalmente. No entanto, alguns pacientes desenvolvem formas graves e o índice de mortes é de 3%. O atraso no diagnóstico é um dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro: cada dia de dor de cabeça prolongada aumenta em 26% as chances de coma.

    FONTE: PREFEITURA DE JOÃO PESSOA

    Família Alcolumbre acumula R$ 1 milhão em multas ambientais no Ibama

    POLÍTICA

    O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)

    Em janeiro deste ano, o empresário Salomão Alcolumbre Júnior, primo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi alvo de duas multas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), resultado de infrações ambientais cometidas em terras no Amapá. As duas multas, que somam R$ R$ 555 mil, envolvem uma área de 108 hectares localizada em Macapá.Salomão Alcolumbre, que foi suplente do senador Gilvam Borges (MDB-AP) até 2014, foi autuado por impedir a regeneração da área, descumprindo termos de um acordo que ele já tinha firmado com o órgão de fiscalização ambiental. Essas são apenas as multas ambientais mais recentes aplicadas contra a família Alcolumbre.

    O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, nos últimos dez anos, os Alcolumbres foram multados 13 vezes pelo Ibama. O valor total das infrações chega a R$ 994,5 mil. Dessas 13 multas, oito estão em nome de uma empresa da família, a Salomão Alcolumbre & Cia Ltda. Outras três estão em nome de Salomão Alcolumbre Júnior, e outras duas em nome do tio de Davi, o empresário Pierre Alcolumbre. Pierre foi o único que quitou suas duas multas, uma de R$ 5 mil e outra de R$ 13.500.No ano passado, a empresa Salomão Alcolumbre & Cia Ltda foi multada em R$ 80 mil por descumprir o embargo comercial de vendas combustíveis pelo Posto Salomão, conforme decisão anterior. Apesar de o presidente do senado não ser o alvo da autuação, ele conhece bem o posto de abastecimento. Reportagem publicada em 2013 pelo Estado mostrou que Davi, quando ainda era deputado, gastava toda a sua cota de combustível paga pela Câmara no posto Salomão Alcolumbre & Cia. Ltda. O posto continua sob o comando da família.As normas de uso da verba indenizatória proíbem a utilização da cota para ressarcimento de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresa da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o deputado ou parente de até terceiro grau. À época, o gabinete do parlamentar informou que a família Alcolumbre era dona de cerca de 70% dos postos de combustível do Amapá, "sendo inviável não abastecer na empresa de parentes".Em todas as notas de Davi Alcolumbre às quais o jornal teve acesso, os valores discriminados dos produtos sofreram pequenos arredondamentos para que o valor final fosse exatamente o máximo que a Câmara permitia para reembolso.

    Defesas

    Questionado sobre as multas ambientais aplicadas pelo Ibama, o presidente do Senado disse que não é alvo de nenhuma autuação. Por meio de sua assessoria, declarou que "tem mais de 50 primos no Amapá" e que não pode responder por eles.

    Davi Alcolumbre disse que "acha positiva a fiscalização feita pelo Ibama e que o órgão deve punir qualquer um que infringir a lei". O senador declarou ainda que não tem nenhum tipo de relação com os alvos das infrações e que desconhecia as multas aplicadas neste ano pelo órgão federal.A reportagem fez contato com Salomão Alcolumbre Júnior e sua empresa, a Salomão Alcolumbre & Cia Ltda. Foi orientada a enviar questionamentos por e-mails, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.A área de fiscalização ambiental do Ibama está na mira do presidente Jair Bolsonaro, que classificou o trabalho como uma "indústria da multa" que precisa acabar. Na semana passada, o servidor do Ibama que multou o então deputado Jair Bolsonaro em 2012, por pesca irregular em uma área de proteção ambiental no Rio de Janeiro, foi exonerado. A dispensa de José Olímpio Augusto Morelli, que atuava um cargo de comissão na Dipro (Diretoria de Proteção Ambiental), foi publicada no Diário Oficial da União.A decisão de retirar Morelli do cargo foi tomada pelo major da Polícia Militar Olivaldi Alves Borges Azevedo, que foi nomeado em janeiro por Bolsonaro, para assumir o comando da Dipro, ao qual o Morelli estava subordinado. Um dia antes da nomeação de Olivaldi para o cargo, o Ibama anulou a decisão que multou em R$ 10 mil o presidente Jair Bolsonaro pela pesca irregular, em Angra dos Reis (RJ).

    ESTADÃO