O Brasil caiu da 26ª posição para o 27º lugar entre os maiores exportadores do mundo, em 2018, segundo relatório anual divulgado nesta terça-feira (2) pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Entretanto, houve aumento de 10% nas vendas em comparação a 2017.
No ano passado, as exportações chegaram a US$ 239,5 bilhões, com aumento de 9,6%. As importações cresceram 19,7% ao totalizarem US$ 181,2 bilhões. O saldo da balança comercial em 2018 ficou em US$ 58,3 bilhões.
O 26º lugar foi assumido pelo Vietnã. O primeiro lugar no ranking é da China, seguida por Estados Unidos e Alemanha. O último lugar é da Indonésia, em 30º lugar.
Comércio mundial
Segundo dados preliminares da OMC, o comércio mundial cresceu 3%, em 2018, abaixo do previsto em setembro pela organização (3,9%). O resultado menor que o esperado é explicado principalmente por piora no comércio mundial, no quarto trimestre.
Para 2019, a previsão é crescimento de 2,6% no comércio mundial, em linha com a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 2,6%. Em 2020, o comércio mundial deve atingir crescimento de 3%, com previsão para o PIB em 2,6%.
MUNDO Relatório apresentado pela União Europeia, FAO e PAM destaca que o problema da insegurança alimentar afeta principalmente o continente africano. Causa maior são os conflitos armados.
Foto de 2018 mostra pernas de Abdelrahman Manhash, de 5 anos de idade,que refletem o severo grau de subnutrição em que o menino iemenita se encontra em uma clínica de tratamento em Khokha, na província de Hodeidah, no Iêmen. Levantamento da ONG Save the Children aponta que no mínimo 85 mil crianças com menos de 5 anos morreram de fome ou doenças desde 2015 no país em guerra — Foto: AFP
Mais de 113 milhões de pessoas em 53 países sofreram "insegurança alimentar aguda" em 2018, afirma um relatório global da ONU sobre a crise alimentar divulgado nesta terça-feira (2).
O relatório apresentado pela União Europeia (UE), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), entre outras organizações, destaca que o problema afeta principalmente o continente africano.
Dominique Burgeon, chefe de emergências da FAO, afirmou que os países africanos são atingidos de forma "desproporcional" pela fome aguda, com quase 72 milhões de pessoas afetadas. Segundo o documento, nos últimos três anos, cerca de 50 países vivem dificuldades cada vez maiores para alimentar a suas populações.
A principal causa da insegurança alimentar em todo o mundo foram as guerras. Cerca de 74 milhões de pessoas, ou seja, dois terços da população que enfrenta a fome aguda, estavam em 21 países ou territórios localizados em zonas de conflito, assim como já havia ocorrido em 2017.
"Nesses países, até 80% das populações afetadas dependem da agricultura", afirmou Burgeon. "Estas pessoas precisam receber assistência humanitária de emergência para poder se alimentar e condições para impulsionar a agricultura."
Em 2018, o número total de pessoas que sofreram fome aguda apresentou leve redução em comparação a 2017 (124 milhões). Isso pode ter ocorrido em razão de alguns países estarem menos expostos a riscos climáticos violentos, como secas, inundações ou chuvas.
"Este recuo no valor absoluto é um epifenômeno", minimizou Burgeon. A redução ocorreu "devido à ausência do fenômeno climático 'El Nino', que afetou muito as culturas na África Austral e no Sudeste Asiático em 2017".
"Por causa dos violentos ciclones e tempestades em Moçambique e no Malawi este ano, já sabemos que esses países estarão no relatório do ano que vem", observou.
Médico alimenta criança desnutrida em um centro dos Médicos Sem Fronteiras em Maiduguri, Nigéria – foto de 2016 — Foto: Sunday Alamba/AP
José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, avalia que, apesar da ligeira queda em 2018 no número de pessoas com insegurança alimentar aguda, a forma mais extrema de fome, "o número ainda é alto demais".
Ele diz que é preciso investimentos de grande porte no desenvolvimento, ajuda humanitária e na construção da paz "para construir a resiliência das populações afetadas e pessoas vulneráveis", acrescentando que "para salvar vidas, também temos que salvar os meios de subsistência".
O diretor-executivo do PAM, David Beasley, observou que para erradicar a fome é necessário atacar suas causas fundamentais. "Conflitos, instabilidade, impacto dos choques climáticos. Rapazes e moças precisam ser bem nutridos e educados, as mulheres precisam ser verdadeiramente fortalecidas, a infraestrutura rural deve ser fortalecida para conseguirmos esse objetivo de fome zero", destacou.
O relatório pede o fortalecimento da cooperação entre a prevenção, preparação e reação no atendimento às necessidades humanitárias urgentes e às causas profundas, que incluem as mudanças climáticas, choques econômicos, conflitos e deslocamentos.
Soldados checos que participam da Força Internacional de Assistência à Segurança da OTAN no Afeganistão, durante uma patrulha noturna em Parwan, em 29 de maio de 2014 - AFP/Arquivos
Há 70 anos, durante o início da Guerra Fria, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tornou-se a principal organização militar comum de defesa, dos 29 países membros da Europa e da América do Norte.
– 1949: ameaça soviética –
A Otan foi fundada em 4 de abril de 1949, em Washington, por 12 países, 10 europeus, Estados Unidos e Canadá.
Seu objectivo era então enfrentar a ameaça soviética, baseada no princípio da solidariedade mútua entre todos seus membros, definido no artigo 5º do Tratado: “As partes concordam que um ataque armado contra um ou mais deles, na Europa ou na América do Norte, será considerado como um ataque dirigido contra todos eles […] “.
Ao longo dos anos, novos parceiros aderiram: Grécia, Turquia (1952), Alemanha (1955) e Espanha (1982). Com a queda da União Soviética em 1991, uma nova etapa para a Aliança começou a tomar forma. Em maio de 1997, a OTAN e a Rússia assinaram o “Ato Fundador”, que encerrou a Guerra Fria.
– 1994: primeiros combates –
A Otan abriu fogo pela primeira vez em 28 de fevereiro de 1994 ao abater quatro aviões sérvios em uma zona de exclusão aérea imposta pela ONU na Bósnia Herzegovina.
Em 16 de dezembro de 1995, realizou sua primeira operação terrestre na Bósnia, onde mobilizou 60.000 tropas (operação Ifor).
Em 24 de março de 1999, a Otan lançou uma campanha de bombardeios aéreos para tentar impedir a repressão sérvia contra a população albanesa de Kosovo.
Esta campanha, de 78 dias e sob mandato da ONU, implicou a retirada dos sérvios da província, que ficou sob a administração da ONU, com uma força da Otan (Kfor) de 40.000 soldados garantindo a segurança.
O Parlamento do Kosovo proclamou a independência deste governo sérvio em fevereiro de 2008.
Em 1999, a Otan acolheu os primeiros países da antiga Europa comunista: a República Tcheca, a Hungria e a Polônia.
– 11 de setembro –
Em 2001, após os ataques de 11 de setembro, os Estados Unidos se tornaram o primeiro país a invocar o Artigo 5. A Otan apoiou Washington em sua “guerra contra o terrorismo”.
Assim, em 2003, a Aliança assumiu a liderança da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), cuja missão de combate foi mantida até 2014.
Em março de 2004, sete países da Europa Oriental se uniram à Otan: Eslováquia, Eslovênia, Bulgária e Romênia.
A chegada de três ex-repúblicas soviéticas (Lituânia, Letônia e Estônia) irritou especialmente Moscou.
Em 2010, juntaram-se a Albânia e a Croácia e, em 2017, Montenegro tornou-se o 29º membro.
Em 31 de março de 2011, a Otan assumiu o comando da intervenção ocidental na Líbia, estabelecida sob mandato da ONU em nome da proteção de civis.
A operação do “Unified Protector”, que durou sete meses, levou à derrubada do coronel Muammar Kadhafi.
– Pirataria e ciberataques –
A OTAN também ajudou a prevenir a pirataria ao largo da costa do Chifre da África e, desde 2016, usa barcos de vigilância para combater o tráfico de seres humanos no Mar Mediterrâneo.
A Aliança também ajuda seus membros a fortalecer sua defesa cibernética e seus especialistas ajudam os aliados em caso de ataque.
– Tensões com a Rússia –
Em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia e suas ações contra a Ucrânia, a Otan suspendeu sua cooperação com Moscou.
Em 2016, a Aliança implantou quatro grupos táticos multinacionais na Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia.
Este foi o reforço de sua mais importante defesa coletiva desde o final da Guerra Fria.
Em novembro de 2018, a Otan também realizou seu maior exercício militar desde aquela data, na Noruega, a poucas centenas de quilômetros da fronteira com a Rússia.
A retirada do texto das mudanças previstas para a aposentadoria rural e para o BPC é praticamente consenso, mas há outras sugestões de mudanças.
Foto: Reprodução
Os partidos na Câmara já preparam sugestões de alterações na proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso. O texto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – marcada para o dia 17 – mas líderes, inclusive do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, já engatilham emendas para quando a proposta estiver na comissão especial.
A retirada do texto das mudanças previstas para a aposentadoria rural e para o BPC (benefício assistencial pago a idosos e pessoas com deficiência carentes) é praticamente consenso, mas há outras sugestões de mudanças, como a redução na idade mínima e no tempo de contribuição para as mulheres.
O Podemos prepara seis emendas que serão apresentadas pela legenda na comissão especial. Segundo o líder da sigla, José Nelton (GO), as emendas serão assinadas por toda a bancada e vão tratar também sobre mudança do porcentual de contribuição patronal na capitalização, idade mínima para mulheres em 60 anos (a proposta fixa em 62 anos) e tempo de contribuição de professoras em 30 anos (a reforma estipula 35 anos).
O PSL também prepara emendas. O líder na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), prepara com sua equipe técnica um texto que pede que a guarda municipal seja incluída na mesma categoria dos outros membros da segurança pública. O partido quer que a guarda municipal não cumpra a regra propostas para os segurados do INSS, que exige idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), com 20 anos de tempo de contribuição, no mínimo. A intenção é que para eles também valham as regras dos policiais federais e civis: idade mínima de 55 anos com tempo de contribuição de 30 anos (homens) e 25 anos (mulheres).Já o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), afirma que o partido pretende apresentar apenas uma emenda na comissão especial, mas vai propor modificações em vários pontos da reforma enviada – o que significa que a emenda será quase uma sugestão de substitutivo à proposta. O partido quer que a idade mínima seja de 62 anos homem e 59 para mulheres, além de baixar para 17 anos o tempo de contribuição, entre outras mudanças.
O PDT que já se posicionou contra a reforma estuda uma forma de sugerir uma nova proposta para a reforma da Previdência. Uma alternativa é apresentação de um texto substitutivo, também na comissão especial que ainda está sendo estudado. E o PSDB, que é a favor da reforma, acredita que há pontos no texto para serem aperfeiçoados. “A partir dessa semana estaremos discutindo vários tópicos da Nova Previdência”, disse o líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP).
O relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou nessa segunda-feira, 1º, que regimentalmente é possível que alguns pontos sejam modificados no colegiado, primeira etapa da tramitação da reforma no Congresso. No entanto, ele reforçou que, neste momento, o ideal é que a CCJ se encarregue apenas de debater a admissibilidade da proposta – ou seja, se o texto respeita a Constituição – e que mudanças devem ser analisadas na comissão especial. / COLABOROU RENATO ONOFRE
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A instituição afirmou que as provas serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro, seguindo o que foi publicado no edital.
Foto: Reprodução
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informou nesta terça-feira, 2, que apesar da falência da gráfica contratada para imprimir Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o cronograma da prova será mantido. A instituição afirmou que as provas serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro, seguindo o que foi publicado no edital.
“Em relação à falência da gráfica contratada para a diagramação e impressão dos cadernos de prova da edição deste ano do Enem, existem alternativas seguras sendo avaliadas”, informou o Inep, em nota.
As inscrições para participar do exame vão ocorrer entre os dias 6 e 17 de maio. O prazo para solicitar isenção da taxa de inscrição para o Enem 2019 e para justificar ausência na edição anterior ficará aberto até 10 de abril.
Nesta segunda-feira, dia 1º de abril, a RR Donnelley, multinacional responsável pelo exame desde 2009, informou que “precisou encerrar suas operações no Brasil” por causa das “atuais condições de mercado”. A notícia gerou apreensão entre especialistas sobre a manutenção do cronograma da prova.
Jovem, que completa 30 anos no próximo dia 5, saiu de Aparecida de Goiânia para Trindade no sábado e nunca mais foi visto.
Jovem saiu ao marcar encontro com vendedor em Trindade. Foto: reprodução
No próximo dia 5 de abril John Mayron completa 30 anos, mas a família deve não sabe onde encontrá-lodepois que ele saiu de casa no sábado (30/3) da Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, para se encontrar com alguém em Trindade, em Goiás.
O jovem teria negociado a compra de uma placa de vídeo para o computador que usa para jogar e assistir aos seriados favoritos.
Jonh Mayron passou quase dois meses fora de casa. Sem emprego em Aparecida de Goiânia, onde mora com a mãe e o irmão de 17 anos, foi ajudar o tio como servente de pedreiro.
Segundo a mãe, Marta Ferreira de Souza Oliveira, de 55 anos, John Mayron chegou em casa na madrugada de sábado. Como ninguém atendeu às batidas no portão, ele foi dormir ali perto, na casa de uma amiga.
Jovem foi buscar peça de computador em Trindade
No dia seguinte, foi para casa e disse ao irmão que havia encontrado uma placa de vídeo com “alguém da internet” em Trindade.
A história foi repetida a um amigo de bairro. John, então, saiu de casa por volta das 12h do sábado rumo a Trindade
A família ainda não registrou o Boletim de Ocorrência ainda. “Vamos esperar terça-feira (2/4).
Estranhamente, a família recebeu uma mensagem do rapaz no Facebook. “Ele mandou mensagem dizendo que estava na casa de uma moça e que voltaria na tarde de domingo. Mas não apareceu”, diz a mãe, preocupada.
“O policial me orientou a esperar. A foto e nome está circulando nas redes sociais”, disse.
Marta disse que deve procurar o Complexo de Delegacias, na Cidade Jardim. Ela, ainda, lembra que o filho foi vítima de uma bala quando tinha 18 anos em uma tentativa de assalto em uma das praças mais conhecidas da Vila Brasília. “Foi na Mãos Postas”, diz.
Ele, o amigo e uma amiga foram baleados quando foram abordados por um ladrão armado.
DF Polícia deteve um suspeito do crime nessa segunda-feira. Ele conheceu Natália no dia do desaparecimento e tinha marca de mordida em um dos braços
(foto: (foto: Arquivo pessoal ) )
Dada como desaparecida no domingo, a brasiliense Natália Ribeiro dos Santos Costa, 19 anos, apareceu morta na segunda-feira (2/4), no Lago Paranoá. O corpo da universitária estava próximo ao Clube Almirante Alexandrino (Caalex), último local onde ela havia sido vista com vida, ao participar de um churrasco no espaço de lazer dos suboficiais e sargentos da Marinha, no Setor de Clubes Norte.
Amiga de Natália, a vendedora Ana Carolina Ferreira, 21 anos, moradora do Paranoá, contou ao Correio, ainda muito abalada, que a jovem não tinha desavenças com ninguém. "Crescemos juntas. Natália não tinha inimigos ou desavenças com ninguém. Não sei o que pode ter acontecido, mas nada justifica essa maldade", lamentou. Ambas trabalharam juntas, como vendedoras, em uma loja de roupa. Recentemente, Natália decidiu investir na carreira de modelo. Ganhava dinheiro com ensaios fotográficos.
Assim que soube do desaparecimento da amiga, na noite de domingo, Ana Carolina iniciou uma mobilização nas redes sociais. "Todo mundo começou a fazer contato, espalhar telefone para que conseguíssemos alguma notícia. Tínhamos esperança de encontrá-la viva e bem. Ela nunca saía sem avisar, nunca mesmo", ressaltou.
Vaidosa e carismática
Tendo cursado um semestre de jornalismo na Universidade Paulista (Unip), ela foi aprovada para o curso de letras na Universidade de Brasília (UnB) no segundo semestre de 2018. Morava no Paranoá, onde nasceu e cresceu. Vaidosa e considerada a mais bonita da turma, Natália chamava a atenção também pelo carisma.
"Onde ela passava, deixava carinho e simpatia. Ela era carinhosa com todos. Isso que conquistava a gente. Namorei com ela por poucos meses e foram os melhores da minha vida", contou um amigo, que pediu para não ter o nome divulgado.
A estudante Rafaela Pereira Barbosa, 21, conhecia Natália há seis anos. “Gostava demais dela. Era sempre gentil e com um sorriso no rosto. Ela era estudiosa e trabalhadora. Nunca a vi triste. Ela sempre ajudou a mãe”, destacou.
Marca de mordida
Depois que o corpo de Natália foi encontrado, policiais civis detiveram um suspeito. Ele prestou depoimento por duas horas e meia ontem. Ele se apresentou na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), de onde foi levado, algemado e descalço, para a 5ª DP (Área Central). O rapaz deixou a unidade às 19h35, livre, na companhia do pai, sem dar entrevista. Nenhum delegado deu declarações. A Polícia Civil não se pronunciou.
Com a mesma idade da vítima e ensino médio completo, solteiro, o suspeito mora na Asa Norte. Ele conheceu Natália no churrasco do clube, que reuniu ao menos 10 jovens. Amigas da jovem disseram ter visto ambos indo em direção à margem do Lago Paranoá. Depois, elas não tiveram mais contato com a jovem.
O suspeito tinha uma marca de mordida no braço, o que levanta a suspeita de homicídio, pois o hematoma pode apontar luta corporal, de acordo com os investigadores da 5ª DP. Ele passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML).
Câmeras de Vigilância do Grupamento de Fuzileiros Navais, vizinho ao Caalex, filmaram os dois juntos na beira do lago. Elas mostram o momento em que Natália e o suspeito entram no espelho d’água. Ele deixa o lago, mas ela fica, sozinha. O jovem se senta, observa e sai. A distância das filmagens não permite ver com clareza o que acontece em seguida.
Ocorrência
O Correio teve acesso à primeira ocorrência do caso, registrada na 6ªDP como afogamento. Em depoimento, o suspeito contou ter ido ao clube com a namorada e três amigos. Em um momento, decidiu tomar uma ducha. Natália se aproximou, perguntou se estava tudo bem, e os dois caminharam ao parquinho infantil, a cerca de 30 metros de onde o grupo estava. Segundo o suspeito, ambos se afastaram para se secar, quando a universitária o elogiou e ele disse ter namorada. O jovem ainda alegou que ela perguntou o que a companheira dele acharia da aproximação e deu uma mordida no braço dele, na altura do antebraço.
O suspeito disse ter ficado surpreso. Perguntou o motivo da mordida. “Para causar ciúmes”, respondeu a garota, segundo ele. Natália disse que iria ao lago e o chamou, mas o jovem se recusou. “Assim, o declarante deitou e ficou olhando para Natália indo para o lago, até que em um ponto do caminho, que é formado por uma ribanceira, Natália saiu de seu campo de visão e o declarante passou a olhar para o céu, permanecendo por cerca de quatro a cinco minutos, e olhou de novo para o lago, se levantou e foi até lá”, diz um trecho da ocorrência.
Ao chegar ao lago, o rapaz alegou não ter visto mais Natália e que a água estava “muito quieta”. Por pensar que ela tinha voltado à churrasqueira, ele foi até o grupo. O jovem relatou que as amigas da menina acionaram um segurança para ajudar a procurá-la e ele foi embora em um carro de aplicativo com a namorada e outros amigos. Por fim, ele afirmou que soube, na manhã de ontem, que as amigas não encontraram Natália.
Laudo em 30 dias
Natalia Costa foi ao Caalex acompanhada de quatro amigos. Eles chegaram em um carro de aplicativo, entre 15h e 15h30. Colegas relataram, em depoimento, que estavam com a jovem e, em um momento da confraternização, ela se afastou com o suspeito. De acordo com o registro, os dois brincavam de “lutinha”, correndo pelo parque infantil do clube.
Na hora de ir embora, por volta de 18h, todos se reencontraram na porta do clube, menos Natalia. Os pertences dela, incluindo o celular, estavam com uma das amigas. O suspeito contou a amigos que tinha deitado sozinho no gramado à margem do lago.
Outra amiga de Natália afirmou à polícia ter certeza de que a universitária e o rapaz se afastaram juntos, em direção ao lago, porque, segundo ela, os dois brincavam de “lutinha”, de se morder. Mas, depois de meia hora, segundo a jovem, o rapaz voltou sozinho e, “muito bêbado, disse que não sabia dela”. As amigas, então, se dividiram para procurá-la no clube, mas não a encontraram.
O organizador do churrasco, filho de um sócio titular do clube, contou à polícia que foi ao local com amigos de escola, entre eles duas jovens. Segundo o rapaz, foram elas que convidaram outras três garotas, incluindo Natália. Ele disse que as três eram as únicas pessoas desconhecidas da turma. Contou, ainda, ter visto o amigo, apontado como suspeito, com a namorada no parquinho do clube, mas garantiu não ter visto Natália se aproximar dele, após a companheira do jovem ter se afastado.
Bombeiros resgataram o corpo da jovem às 14h33 de ontem. Ela estava com uma blusa colada e um short. Peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) farão a autópsia para confirmar a causa da morte. O prazo para que o laudo da casa morte fique pronto é de 30 dias.
Espaço alugado
Por meio de nota oficial, o Comando do 7º Distrito Naval, responsável pelo clube Almirante Alexandrino — onde o corpo da jovem foi encontrado — disse que uma das churrasqueiras foi alugada, por um sócio, para um evento particular no domingo.
“A Marinha do Brasil abriu um procedimento administrativo para o esclarecimento do acontecido e, junto com o Clube Almirante Alexandrino, está colaborando com as autoridades policiais para elucidação dos fatos”, diz o comunicado.
Operação é referente ao primeiro trimestre deste ano. Resgates foram feitos por meio de solicitações
Aves constituem a maior parte dos animais apreendidos nas operações de combate ao tráfico de espécies silvestres /Foto: Andre Borges/Agência Brasília
No primeiro trimestre deste ano, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apreendeu 1001 animais silvestres e fez o resgate de 674. Por conta das apreensões feitas, 162 termos circunstanciados foram lavrados e 106 animais tiveram de ser atendidos em função de maus-tratos.
Segundo o comandante do BPMA, major Souza Júnior, grande parte dos atendimentos é referente a apreensões de animais silvestres, em sua maioria, aves. “Em todo o ano passado, apreendemos 5.210”, informa. “As apreensões são realizadas por meio de patrulhamento em residências, que acabam em autuações por criação sem a devida autorização do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.”
99351.5706Whatsapp Adoção, número pelo qual se podem fazer denúncias e solicitar inscrição para adotar animais resgatados
Encaminhamento
Após a apreensão, os animais são encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama. “Dependendo do local do resgate e se o animal estiver em boas condições, optamos por liberá-los no meio ambiente”, explica o comandante.
“É importante que, caso o cidadão se depare com um animal silvestre em casa ou em qualquer outra área urbana, entre em contato conosco por meio de nossos canais de atendimento para que possamos resguardar a vida humana e do animal”.
Em junho do ano passado, o BPMA lançou o WhatsApp Adoção, serviço que pode ser acessado pelo mesmo telefone utilizado para fazer denúncias, o 99351.5706. Interessados em adotar animais resgatados pela unidade policial podem preencher uma ficha cadastral e participar da lista de espera para adoção.
“A partir do momento em que a pessoa encaminha o pedido, nós avaliamos se ela tem capacidade de manter o animal, oferecer comida, espaço e carinho”, orienta o major Souza Júnior. “Muitos desses animais já sofreram, inclusive, violência psicológica. Então, é importante que eles não revivam isso”. Neste primeiro trimestre, o serviço operacionalizou procedimentos para a adoção de 30 cachorros e sete equinos.