sexta-feira, 29 de março de 2019

Concurso para fotógrafo da Câmara Legislativa do DF é suspenso

DF
Prova prática, realizada em dezembro de 2018, foi alvo de denúncias de irregularidades
Após denúncias de irregularidades na prova prática, o concurso da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para o cargo de técnico legislativo na especialidade de fotógrafo está suspenso. A nomeação e posse também está impedida. A Fundação Carlos Chagas (FCC) foi a responsável pela organização do concurso, que tinha homologado o resultado do cargo em fevereiro.

Oito candidatos denunciaram no Ministério Público do Distrito Federal Territórios (MPDFT) e cinco entraram com ações judiciais. Órgãos como Tribunal de Contas (TCDF) Procuradoria-Geral (PGDF) também receberam queixas.

Segundo as denúncias, a primeira irregularidade começou ainda no edital de convocação para a prova prática, que não continha as especificações dos equipamentos a serem utilizados, obrigatório pela Lei 4949/2012, parágrafo único do artigo 43. O não cumprimento do artigo, que exige a todos os candidatos o fornecimento de equipamento idêntico, deixa em vantagem quem já trabalhava com os equipamentos utilizados.

Foram classificados 20 candidatos para a prova prática, e destes, 19 realizaram o exame. A avaliação ocorreu em dezembro de 2018 e foi dividida em duas etapas, sendo a primeira fotografar em um estúdio montado pela banca organizadora, com duração de dez minutos ou oito cliques, e a segunda editar as fotos, com duração de 20 minutos. A parte de edição equivalia cerca de 78% do teste prático.

Os candidatos foram divididos em dois grupos. “Havia uma sala de espera onde ficamos aguardando para fazer a primeira etapa. Quando o quinto candidato entrou para fazer a sua prova, para a nossa surpresa, os três candidatos anteriores voltaram da segunda etapa e fomos informados de que eles iriam refazer a fase de fotografia, pois o software instalado nos computadores não suportava um formato padrão utilizado por fotógrafos profissionais, que é o RAW”, disse Marina**, uma das candidatas.

Para ela, a forma correta seria resolver de maneira técnica, ou seja, instalar o plugin necessário. “Além de terem a oportunidade de produzir melhores imagens na primeira etapa, já tiveram contato com o software a ser utilizado na segunda. Logo, puderam fazer a prova mais tranqüilamente”, alega. 

José** foi um dos que refizeram a primeira fase do concurso, por ter fotografo com o formato não aceito pelo computador da banca. “Essa atitude da organizadora fere a isonomia do certame, pois nós [os candidatos que refizeram a prova] já conhecíamos as configurações de luz, já conhecíamos os equipamentos, já sabíamos quais eram os acessórios que estavam lá, então eu me senti levemente favorecido”, conta. 

É alegado, ainda, pelos candidatos que um deles foi impedido de editar suas fotos, por ter registrado em formato RAW, mesmo depois de os fiscais terem permitido os candidatos anteriores refazerem a primeira etapa pelo mesmo motivo. Desorganização da segurança dos arquivos entregues e falta de fiscalização do tempo de prova foram outras irregularidades denunciadas.

Segundo a Câmara Legislativa, o órgão foi informado das irregularidades por meio de solicitação do Ministério Público local (MPDFT) em janeiro, e do Tribunal de Contas (TCDF) em fevereiro. “A liminar deferiu a antecipação dos efeitos de tutela recursal para suspender o concurso público na categoria de fotógrafo, até o julgamento do mérito do recurso, impedindo consequentemente a nomeação e posse do candidato aprovado. Portanto, tanto a CLDF quanto os candidatos que participaram da etapa do concurso, devem aguardar a decisão de mérito”, aponta a assessoria de imprensa do órgão. 

Segundo o Ministério Público, o processo está em investigação na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. 

Dos 99.895 inscritos no concurso, 735 se inscreveram para a vaga única de técnico legislativo na especialidade de fotógrafo. A remuneração na carreira é de R$ 10.650,18.

*Estagiária sob supervisão de Lorena Costa
**Nomes alterados para preservar a identidade dos entrevistados

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

Ex-diplomata detido por agredir namorada deixa prisão e vai para regime aberto no DF

DF
Renato de Ávila Viana foi condenado a dois anos e três meses. Ele está preso desde outubro.
Renato de Ávila Viana era diplomata do Itamaraty — Foto: Reprodução
O ex-diplomata Renato de Ávila Viana, condenado a dois anos e três meses de prisão, recebeu o direito à progressão de pena e deixou a Penitenciária da Papuda na última sexta-feira (22). Ele estava preso desde outubro por violência contra a mulher.
Viana, de 42 anos, atuava como primeiro secretário do Itamaraty quando foi condenado por agredir a namorada em um motel no Núcleo Bandeirante, em Brasília. O caso ocorreu em 2016.
Segundo a acusação do Ministério Público, o casal começou a brigar dentro do quarto. O diplomata agrediu a vítima "com tapas, murros e puxões de cabelo" (veja detalhes abaixo). Ele foi demitido do ministério uma semana após a divulgação da sentença, em 11 de dezembro de 2018.
Viana agora cumprirá o restante da pena em casa, mas terá que cumprir as seguintes determinações:
  • Não deixar a residência entre 22h e 5h, e aos domingos;
  • Se apresentar ao juiz a cada dois meses.
De acordo com a advogada do ex-diplomata, Dênia Magalhães, seu cliente também está impedido de se aproximar da ex-namorada. Depois das agressões, ela recebeu o benefício da medida protetiva.
G1 questionou, mas a defesa de Viana não informou se ele está trabalhando. A advogada disse apenas que ele desenvolve "projetos pessoais".

Outra agressão

Antes de cumprir a pena na Papuda, Renato de Ávila Viana foi detido em Brasília por desacato, lesão corporal e também por violência contra mulher, em setembro.
Segundo a Polícia Militar, os vizinhos e a própria vítima pediram ajuda. Levado para a 5ª DP, na área central da capital, o diplomata pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberado em seguida.
Em um vídeo gravado na época, no momento da prisão (veja abaixo), é possível ver policiais militares arrombando a porta do apartamento onde ocorreu a agressão, na 304 Norte, no Plano Piloto. As imagens mostram o diplomata sendo preso e algemado. A PM disse, ainda, que o diplomata chamou os policiais de "safados".

Relembre o caso

O crime ocorreu na madrugada de 19 de novembro de 2016 em um motel no Núcleo Bandeirante. Na ocasião, o agressor ainda teria ameaçado a mulher de morte, dizendo que "iria matá-la, pois não tinha nada a perder, já que descobriu que estava com câncer e que iria morrer de qualquer forma".
Em depoimentos prestados à Polícia Civil e à Justiça do DF, Viana afirmou que a namorada perdeu o dente em um "encontrão" dos dois enquanto ele tentava pegar chave do carro, que estaria no bolso da mulher.
Ela, porém, afirmou que havia tentado fugir do motel com o carro de Viana e que levou uma cabeçada dele quando se recusou a entregar as chaves. O gerente do motel confirmou a versão da vítima.
Nua no volante, ela pediu ao gerente que a deixasse sair do motel porque o homem que a acompanhava "estava querendo matá-la". Ele teria se recusado a abrir o portão, porque "a conta teria que ser paga".
Nesse intervalo, Viana foi liberado por funcionários do motel e saiu correndo em direção ao carro, alegando que a então namorada era uma prostituta "que teria querido cobrar a mais e tentado furtá-lo".
Em seguida, as agressões teriam começado novamente, desta vez em frente aos funcionários do estabelecimento.
Esse caso foi uma das motivações da demissão do servidor de carreira do Ministério das Relações Exteriores (MRE), publicada no Diário Oficial da União no dia 20 de setembro. O MRE alegou "descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público".

Quando o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) demitiu Viana, ele foi enquadrado por improbidade administrativa e por "descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público".

FONTE: G1

Maquinário agrícola roubado em Goiás é encontrado à venda no DF

DF
Caminhão com o equipamento foi levado de Morrinhos (GO). Parte da carga foi localizada em chácaras no Gama e em Ceilândia
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
Vinte dias após o roubo de um caminhão com equipamentos agrícolas que partiu da cidade de Matão (SP) com destino ao interior de Goiás, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) localizou parte da carga do veículo, avaliada em mais de R$ 300 mil. O material foi encontrado, nesta quinta-feira (28/3), em chácaras no Gama e em Ceilândia.
A carga foi localizada após denúncia. Um agricultor foi abordado por um suposto vendedor de peças em Taguatinga e desconfiou. “Como são produtos muito específicos, que geralmente só nós entregamos na região, ele entrou em contato e nos alertou”, conta a vendedora Andreia Passari, da Expresso Matonense, empresa dona do material roubado.
Com fotos dos itens e o endereço dos supostos receptadores, Andreia entrou em contato com os policiais brasilienses. “Ainda não sabemos o que foi recuperado. Disseram que equipamentos de R$ 18 mil foram vendidos por R$ 13 mil”, relatou.
No carregamento havia, principalmente, peças de reposição de tratores e de outras máquinas agrícolas. Segundo informações da 20ª Delegacia de Polícia (Gama), o caminhão foi roubado nas proximidades de Morrinhos (GO), a 300 km de Brasília.
A cidade era o primeiro destino do caminhão, que ainda faria entregas em Anápolis, Itaberaí e Goianésia – todos municípios goianos. Pelo menos duas pessoas foram presas por envolvimento com o crime.

FONTE: METRÓPOLES

Governo de Goiás aponta falhas na MP da Região Metropolitana do DF

DF
Durante audiência pública, secretário de Planejamento goiano apontou ausência de fonte de financiamento e falta de liberdade dos municípios


SIDNEY LINS / GOVERNO DE GOIÁS
Audiência pública realizada nesta quinta-feira (28/3), no Senado Federal, sobre a Região Metropolitana do Distrito Federalacabou acendendo um sinal amarelo entre os presentes. O secretário de Planejamento de Goiás, Pedro Henrique Sales (foto em destaque), fez um alerta sobre os prejuízos que a redação original da medida provisória (MP) pode acarretar aos municípios envolvidos, pois não aponta as fontes de financiamento para os projetos de desenvolvimento da nova região.
Segundo Sales, a legislação sobre as regiões metropolitanas no Brasil determina que a cidade principal, a metrópole, estabeleça as políticas públicas. Já os municípios vizinhos são afetados compulsoriamente. No caso local, serão abarcadas as cidades do Entorno do DF, pertencentes a Goiás e Minas Gerais. “Não se consegue enxergar de onde virão os recursos e como vai funcionar essa região interfederativa”, disse.
“Como se vai conceber uma Região Metropolitana do DF com um fundo constitucional de R$ 14 bilhões que atende apenas a capital federal? Seria preciso ampliar esse fundo com políticas para Goiás, como saúde, transporte e segurança. A metrópole já conta com um fundo constitucional e, a alguns quilômetros dali, tem uma situação praticamente de abandono. É preciso delimitar como os municípios de Goiás vão ser beneficiados”, argumentou o secretário.
Sales apontou ainda possíveis problemas jurídicos na elaboração da medida provisória. Segundo o representante do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), a modalidade ideal para a criação da nova região seria uma proposta de emenda constitucional (PEC). O secretário lembrou que já existe uma matéria tramitando no Congresso – a PEC 13 – para permitir a criação de regiões metropolitanas interestaduais e do DF. Ou seja, atualmente, não há autorização constitucional para estabelecimento de uma região com essas características por meio de MP.
“A região metropolitana é feita de cima para baixo. O município é compelido a participar. Como depende dessa questão hierárquica, é normal que todos estejam dentro da mesma unidade federativa. Uma situação que contemple dois entes implicaria uma alteração na Constituição Federal”, pontuou.
Outros representantes de Goiás também questionaram pontos da MP. A maior preocupação é evitar que o resultado se assemelhe à criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (Ride). “Precisamos de respostas. Não podemos achar que aprovar de qualquer jeito resolve. Vai criar expectativa e frustração, como ocorreu com a Ride”, disse a deputada federal Flávia Morais (PDT-GO).
Diferenças
Embora com divergências, prefeitos, vereadores e secretários de municípios do Entorno do Distrito Federal defenderam a aprovação da Medida Provisória 862/2018. No plenário lotado, eles evidenciaram as carências das prefeituras mineiras e goianas, principalmente, nas áreas de saúde, transporte e segurança.
“Temos na região 10 cidades que estão entre as 100 com maior índice de vulnerabilidade social do país. Vivemos a realidade de uma região com renda per capita 13 vezes menor que a do Distrito Federal”, destacou o prefeito de Águas Lindas de Goiás, Hildo do Candango.
Para o secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana do DF, Paulo Roriz (MDB), a aprovação da matéria, embora seja urgente, precisa realmente do respaldo jurídico para que não incorra em problemas. “Nosso objetivo é unir e beneficiar as populações dos estados vizinhos. O que vemos hoje é que a região não tem quem olhe por ela, e isso tudo por falta de uma legislação específica”, disse.
Ausências
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) lembrou que Brasília foi concebida para ser uma cidade administrativa com 500 mil habitantes e, hoje, virou uma metrópole com 3 milhões de pessoas. O parlamentar lamentou a ausência dos governadores. Segundo ele, não haverá desenvolvimento se não houver integração entre os gestores das três unidades da Federação.
Os governadores Ibaneis Rocha (DF) e Ronaldo Caiado (GO) foram convidados para a audiência pública e mandaram representantes. O titular de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também foi chamado, mas não enviou ninguém.
“Não dá para aprovar uma medida dessas sem conversar com os governadores. Não podemos perder essa oportunidade, porque quem já foi gestor sabe a importância dessa MP. Eles precisam sentar e discutir isso com mais carinho, porque quem sofre são os moradores”, afirmou o senador brasiliense.
Junta ComercialAinda na tarde desta quinta-feira (28/3), o Senado Federal também realizou audiência pública para avaliar a transferência da Junta Comercial para a estrutura do Governo do Distrito Federal. Até então, o órgão estava ligado à União. “A articulação foi feita e temos total certeza da aprovação. Essa é uma questão que já considero ser página virada”, disse Izalci, relator da matéria.

METRÓPOLES

Jovem do Acre é presa no DF com cinto de cocaína amarrado à cintura

DF
Mulher vinha de Rio Branco e fazia conexão no Aeroporto de Brasília, em voo que seguia para o Rio de Janeiro

PF/REPRODUÇÃO

A Polícia Federal prendeu em flagrante uma mulher de 22 anos com quase 2 kg de cocaína presos à cintura. A jovem é natural de Rio Branco (AC) e foi abordada no Aeroporto de Brasília na tarde desta quinta-feira (28/3), enquanto fazia conexão no Distrito Federal, em um voo que seguia para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Na revista, policiais encontraram uma cinta de cocaína sob a roupa da suspeita. Ela foi encaminhada à Superintendência da Polícia Federal do DF e responderá por tráfico de drogas.Segundo a PF, a moça apresentou comportamento suspeito durante fiscalização de rotina. Ao desconfiarem da passageira, agentes fizeram uma abordagem de verificação e constataram a presença da droga.
No primeiro trimestre de 2019, a PF já apreendeu 12 quilos de cocaína no Aeroporto de Brasília.
FONTE: METRÓPOLES

DF: filho é preso por dar socos e chutes na própria mãe

DF
Polícia Militar foi chamada e prendeu o homem em flagrante por agressões físicas e morais. Caso ocorreu em Samambaia nesta quinta (28/3)
PMDF/REPRODUÇÃO




A Polícia Militar prendeu, na manhã desta quinta-feira (28/3), em Samambaia, um jovem de 21 anos acusado de agredir a própria mãe.
Militares do serviço de Prevenção Orientada à Violência Doméstica e Familiar (Provid) foram ao endereço após receberem denúncias de vizinhos de que o filho praticava “agressões físicas, morais e patrimoniais” contra a mãe.
Conforme o relato de testemunhas aos policiais, a violência vinha acontecendo há alguns dias. A mãe relatou à equipe que levou socos e pontapés dentro de casa e foi trancada dentro do quarto para não denunciar o caso.
Com a chegada da PM, vários moradores do prédio procuraram os militares para relatar a violência praticada pelo rapaz. O acusado foi autuado por lesão corporal, injúria e por infringir a Lei Maria da Penha.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileira.

METRÓPOLES


Aspirante a oficial do Exército morre durante treinamento no DF

DF
Militar sentiu-se mal quando fazia exercícios e morreu ao ser atendido pela equipe médica no campo do 32º Grupo de Artilharia de Campanha
MICHAEL MELO/METRÓPOLES

O aspirante a oficial Altair Randal Ponciano morreu durante atividade de campo do Exército, nessa quarta-feira (27/3). A morte foi confirmada pelo Exército Brasileiro. O militar sentiu-se mal durante um exercício no 32º Grupo de Artilharia de Campanha, no Setor Militar Urbano (SMU).
Ponciano foi aprovado em processo seletivo para oficial técnico temporário, realizado no ano passado, e admitido para a área de engenharia civil. Em dezembro, passou pelo exame de aptidão física, sendo considerado apto.
Em nota, o Exército, foi “prontamente atendido e evacuado pela equipe médica de plantão no local, habilitada em atendimento médico pré-hospitalar”. Ponciano morreu durante o atendimento médico.
O Comando afirma que instaurou um inquérito policial militar para esclarecer os fatos. Segundo nota, o aspirante a oficial participava de instrução, etapa do estágio de serviço técnico. De acordo com informações disponíveis no site do Exército Brasileiro, esse estágio é destinado a todos os integrantes de categorias profissionais de nível superior de áreas de interesse do Exército.
O estágio é composto de duas fases, a primeira, da qual participava Ponciano, é denominada instrução técnico-militar, com duração de 45 dias, e realizada, obrigatoriamente, para adaptar o convocado às normas e aos procedimentos da vida militar. A segunda fase é destinada à aplicação de conhecimentos técnico-profissionais, realizada nas organizações militares para as quais foram convocados.
Agressão
No último dia 17, Metrópoles contou a história de soldados que denunciaram terem vivido uma rotina de humilhações e castigos físicos nas dependências do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP). As sessões de espancamento, segundo eles, eram praticadas por motivos fúteis.
Eles conseguiram filmar os abusos em fevereiro passado e acabaram deixando a Força após anos de serviços prestados.
METRÓPOLES
MICHAEL MELO/METRÓPOLESAudima

DF: bandidos levaram R$ 600 mil de caixas eletrônicos em hotel de luxo

SEGURANÇA

Para entrar no estabelecimento, vizinho ao Palácio da Alvorada, o quarteto fez uma “reserva fake”, usando nomes falsos


RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Os quatro bandidos que protagonizaram o assalto cinematográfico no Golden Tulip Brasília Alvorada, na madrugada dessa quinta-feira (28/3), conseguiram levar pelo menos R$ 600 mil após explodirem três caixas eletrônicos.
Para entrar no hotel de luxo, vizinho ao Palácio da Alvorada, localizado no SHTN, o quarteto fez uma “reserva fake”, usando nomes falsos. O modus operandi indica um crime planejado e bem-executado. Os criminosos chegaram armados com fuzis por volta das 3h40 e foram direto ao estacionamento do subsolo, onde estavam instalados os equipamentos bancários. Renderam os funcionários e colocaram os explosivos nas máquinas.
O automóvel utilizado no assalto tinha placas clonadas e foi encontrado abandonado horas depois pela Polícia Militar, no final da Asa Norte. Os bandidos usavam máscaras e não economizaram no pó químico dos extintores de incêndio, deixado sobre o que restou dos caixas eletrônicos retorcidos, para encobrir qualquer digital.
De acordo com as imagens do circuito de segurança (veja abaixo), enquanto um criminoso armado rendeu um dos funcionários, outros dois comparsas forçaram, com auxílio de uma barra de ferro, a abertura dos caixas ao lado das escadas que dão acesso ao restaurante do hotel.
A ousadia e o planejamento, segundo as polícias Civil e Militar, demonstram tratar-se de uma organização criminosa de fora do DF. Os ladrões não se intimidaram com a proximidade a área de segurança nacional, muito menos com o fato de o hotel ter entre seus hóspedes e moradores autoridades, empresários e artistas.
Entre eles, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Em viagem oficial aos Estados Unidos, o militar não estava no momento das explosões.
O envolvimento de uma facção não é descartado pelos investigadores da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), que cuidam do caso. Até as 22h dessa quinta (28), ninguém havia sido preso.
Neste ano, foram registradas três ocorrências de roubo ou tentativa a caixas eletrônicos. Em 2018, foram oito registros, bem menos do que os 30 de 2017, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do DF.
O crime ocorre menos de uma semana após a chegada do principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, à capital da República. Ele vai cumprir parte da pena no Presídio Federal de Brasília.
O desembarque do criminoso no DF abriu embate entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ministro da Justiça, Sergio Moro.
Hóspedes assustadosO estrondo assustou os moradores. Com base em relatos enviados ao Metrópoles, a fumaça que saiu do subsolo após as explosões invadiu o sistema do ar-condicionado e entrou nos apartamentos.
A administração pediu aos moradores e hóspedes para abrirem as janelas. A Polícia Militar foi acionada e faz varredura no local.
Em nota, o hotel informou que todas as medidas cabíveis de segurança foram executadas e ninguém ficou ferido. Destacou ainda que colabora com as investigações.

METRÓPOLES