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Segundo blecaute prolongado do mês deixa mais de 17 estados sem energia desde segunda-feira. Comércios estão fechados e fornecimento de água foi prejudicado.
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Comércio fechado em Caracas, na Venezuela, durante terceiro dia de apagão nesta quarta-feira (27) — Foto: Christian Hernandez/AFP
Segundo blecaute prolongado do mês deixa mais de 17 estados sem energia desde segunda-feira. Comércios estão fechados e fornecimento de água foi prejudicado.
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Comércio fechado em Caracas, na Venezuela, durante terceiro dia de apagão nesta quarta-feira (27) — Foto: Christian Hernandez/AFP
Mais de 17 estados da Venezuela entram no terceiro dia de apagão nesta quarta-feira (27), 20 dias depois do começo do maior blecaute da história do país, informou a imprensa local.
As pessoas relatam já sentir os reflexos da falta prolongada de energia. "As mercadorias estragam, não há água, o transporte quase não funciona, não há comunicação. Não sei o que acontece com a minha família, a insegurança aumenta", afirmou à AFP Néstor Carreño, gerente de uma pizzaria de um bairro nobre de Caracas que teve que fechar as portas.
Panelaços e buzinaços foram registrados na madrugada de terça-feira para quarta-feira, com a capital completamente no escuro, de acordo com a agência AFP. Em alguns bairros, a energia chegou a ser reestabelecida, mas logo depois foi cortada.
2° apagão do mês
A falha começou na segunda-feira (25) às 13h22 (14h22 de Brasília) e provocou o colapso do fornecimento de água, das redes de telefonia e internet e dos bancos eletrônicos.
Segundo um comunicado divulgado por Nicolás Maduro pelo Twitter, "o sistema nacional de eletricidade sofreu dois ataques terroristas desonestos nas mãos de violentos" com "objetivos desestabilizadores".
O primeiro ataque, afirmou Maduro, teria ocorrido às 13h29, horário local, na segunda-feira, na área de geração e transmissão da usina hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar, que fornece 80% da energia da Venezuela. O segundo teria sido registrado às 21h47.
Em um discurso no Parlamento de maioria opositora, o líder opositor e autoproclamado presidente, Juan Guaidó, rebateu a versão do governo. "Não há nenhuma explicação sensata, confiável, já que não é um ciberataque. Agora é uma sabotagem, eles militarizaram todas as instalações elétricas", afirmou o opositor. Ele convocou apoiadores para um protesto contra o blecaute no próximo sábado (30).
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As falhas no fornecimento de energia são comuns no país. Enquanto o regime de Maduro diz que o problema é causado por sabotagem da oposição e dos Estados Unidos, a oposição afirma que o problema é consequência da falta de investimento em infraestrutura e da corrupção.
Apagão mais longo da história
No dia 7 de março começou um apagão que paralisou o país por uma semana, sendo o mais longo da história da Venezuela.
- Veja perguntas e respostas sobre o apagão