quarta-feira, 27 de março de 2019

Em 2018, mais uma vez, o agronegócio segurou o PIB pernambucano



Consideradas permanentes, as culturas de manga e uva tiveram uma participação representativa no crescimento de 5,3% da agropecuária em 2018 na comparação com 2017

Em 2018, mais uma vez, o agronegócio segurou o PIB pernambucano

Saldo positivo que contribuiu para o resultado final do Produto Interno Bruto (PIB) pernambucano de 1,9%, desempenho inclusive superior ao nacional, que alcançou 1,1%.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 18 de março, pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), com os resultados das contas estaduais trimestrais e o fechamento do ano.
Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas em Pernambuco no ano passado atingiu R$ 182,8 bilhões. Em 2017, o resultado tinha ficado em R$ 172,3 bilhões, um superávit de 2% em relação a 2016. O crescimento do PIB estadual é atribuído em grande medida ao agronegócio, único segmento com expansão relevante. Além da agropecuária, com seus 5,3%, a indústria e serviços também motivaram o saldo positivo, com seus 2,0% e 1,7% respectivamente.
“Em 2018, o produtor rural encontrou muitas intempéries, tivemos a crise da greve dos caminhoneiros, as chuvas acumuladas no fim do ano, dentre outras. Mas, antes de tudo, o agricultor é um forte e sabe da responsabilidade que ele tem com milhares de trabalhadores e suas famílias”, comentou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina, Jailson Lira.
Segundo ele, o setor agrícola deu importante contribuição para a geração de empregos, para o saldo positivo da balança comercial e para a queda da inflação no ano passado. “Tudo isso mostrou a importância do setor agropecuário pernambucano para a economia e a sociedade brasileira”.

Transtornos
Se os números da categoria dão fôlego para o PIB, alguns transtornos têm preocupado os fruticultores. O presidente da entidade sindical vem cobrando do governo do estado uma maior atenção à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro). Desde o ano passado, o sindicato solicita a emissão digital do PTV (permissão de trânsito para vegetais).
De acordo com Jailson, a emissão do documento de forma virtual vai agilizar os processos de liberação das cargas de frutas, que hoje são realizados somente pela Adagro e dificultam a vida dos produtores ocasionando perdas na comercialização e entrega das mercadorias.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina adiantou também que há mais de uma semana a Adagro está em greve e só emite o PTV durante dois dias na semana. “Nesta situação, permanecemos com as uvas nas câmaras frias, as cargas sem seguir viagem e os produtores somando prejuízos. Precisamos de uma solução urgente para evitar perdas na produção”, concluiu.

Data de Publicação: 27/03/2019 às 10:00hs
Fonte: CLAS Comunicação & Marketing




China deve dobrar importação de carne suína em 2019 após peste derrubar produção



As importações chinesas de carne suína em 2019 devem dobrar em relação ao ano passado, para 2 milhões de toneladas, disse um analista do Rabobank nesta quinta-feira, enquanto a peste suína africana atinge a produção no maior mercado de suínos do mundo
China deve dobrar importação de carne suína em 2019 após peste derrubar produção

A China registrou 113 surtos da doença contagiosa desde agosto passado, apesar de agricultores e especialistas do setor dizerem que vários focos não foram contabilizados.
A peste suína africana, que não agride os seres humanos, tem uma alta taxa de mortalidade em porcos e não tem vacina ou cura.
A produção de carne suína chinesa cairá em até 20 por cento em 2019, disse Oscar Tjakra, diretor de pesquisa sobre alimentos e agronegócios do Rabobank, em uma conferência no leste do país. A China normalmente responde por cerca de metade da produção mundial da proteína.
Isso significa que a produção local deste ano está entre 50 milhões e 51 milhões de toneladas, disse Tjakra à Reuters durante o evento, em queda ante os 54 milhões a 55 milhões de toneladas no ano passado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Pequim previu a produção de suínos em 51,4 milhões de toneladas este ano, uma queda de 5 por cento em relação a 2018, com importações de 2 milhões de toneladas.

Data de Publicação: 27/03/2019 às 09:40hs
Fonte: Reuters

Portal do Agronegócio



EUA vendem 125 mil fardos de algodão da safra 2018/19 na semana



Resultado representa um recuo de 24,7% em relação à semana anterior, quando foram vendidos 166,1 mil fardos

EUA vendem 125 mil fardos de algodão da safra 2018/19 na semana

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os Estados Unidos venderam 125 mil fardos de algodão da safra 2018/19 na semana encerrada em 14 de março, já descontados os cancelamentos, informou na quinta-feira, 21. O resultado representa um recuo de 24,7% em relação à semana anterior, quando foram vendidos 166,1 mil fardos.
Para a safra 2019/20, foram vendidos 32,8 mil fardos para a China (15,4 mil fardos), Paquistão (8,8 mil fardos) e Japão (2,6 mil fardos).
Os embarques de algodão ao exterior totalizaram 350,1 mil fardos na semana, volume 21,9% superior que o reportado na semana anterior. Os principais destinos foram Paquistão (79 mil fardos), Vietnã (67,3 mil fardos), Indonésia (36,4 mil fardos), China (36,2 mil fardos) e Turquia (32,8 mil fardos).

Data de Publicação: 27/03/2019 às 09:20hs
Fonte: Agrolink



PARCERIA: Paraná inicia programa para reduzir desperdício de alimentos



Um novo projeto desenvolvido pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e Ministério da Cidadania vai colaborar para a redução do desperdício de alimentos em todo o Estado nos próximos dois anos

PARCERIA: Paraná inicia programa para reduzir desperdício de alimentos

Serão desenvolvidas ações para reduzir as perdas e desperdícios nos diferentes elos da cadeia produtiva e de abastecimento de alimentos.
Investimento total - O investimento total será de R$ 1,030 milhão, sendo R$ 1 milhão proveniente do Ministério, e R$ 30 mil da Secretaria da Agricultura. O projeto busca estimular o consumo e a produção responsáveis, além da redução de 50% do desperdício de alimentos, em sintonia com a meta ODS 12 da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil é signatário.
Mapeamento - Também está previsto um mapeamento dos gargalos na cadeia – Agricultor – Organização da Agricultura Familiar – Escolas – Ceasas – Bancos de Alimentos – entidades assistenciais e consumidores. A ideia é sensibilizar os atores com a criação de um protocolo de ações para reduzir o desperdício de alimentos no Estado, nos níveis de varejo e do consumidor, além de reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita.
Participantes - A iniciativa do projeto é do Desan (Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional), em parceira com a Emater (Instituto Parananense de Assistência Técnica e Extensão Rural), Fundepar (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional), Ceasa, Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
Estimativas - Estimativas apontam o Brasil entre os 10 países que mais desperdiçam comida no mundo, com um descarte aproximado de 30% de tudo do que é produzido para o consumo humano e 15% das calorias totais produzidas. Este descarte gera um prejuízo econômico de US$ 940 bilhões por ano.
Paraná - No Paraná, a estimativa é de que aproximadamente 30% dos alimentos sejam desperdiçados. O primeiro encontro entre os técnicos de órgãos envolvidos já conteceu, e a expectativa é que em maio comecem os primeiros seminários sobre aproveitamento integral de alimentos, além de oficinas, cursos e distribuição de cartilhas para o público-alvo.
Mudança de hábitos - Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, será uma oportunidade de fazer uma grande sensibilização e mudança de hábitos. “Além disso, vamos levantar os principais gargalos da cadeia responsáveis pelas perdas, e assim propor ações para corrigi-los”.
Primeiro passo - A diretora do Desan, Márcia Stolarski, diz que o primeiro passo será fazer um diagnóstico dos pontos críticos e causas das perdas na cadeia produtiva, e propor intervenções para corrigir os gargalos e aprimorar os sistemas de produção, abastecimento e consumo. “Há muitas práticas a serem aperfeiçoadas em todos os segmentos”, afirma.
Baixo custo - Serão propostas inovações tecnológicas de baixo custo para reduzir perdas e fornecer alimentos mais seguros, com maior qualidade e valor agregado. Cerca de 80 associações e organizações rurais da agricultura familiar receberão apoio através de assessoria, em sintonia com os programas desenvolvidos pela Secretaria da Agricultura.
Amplitude - “Considerando a amplitude do projeto, que deve atingir os agricultores, organizações da agricultura familiar, escolas, Ceasas, Bancos de Alimentos, entidades assistenciais, supermercados e consumidores, pretendemos promover ações e campanhas de educação alimentar e consumo consciente. É preciso minimizar os impactos no meio ambiente”, acrescenta Márcia Stolarski.
Assessoramento - A Emater faz parte do Grupo de Governança intersecretarial do projeto e vai assessorar as 80 organizações para reduzir as perdas e desperdícios, e fazer cursos de aproveitamento integral para consumidores, segundo a assistente social da entidade, Miriam Fuckner. “Como entidade prestadora do serviço de assistência técnica e extensão rural, vamos orientar os agricultores e suas organizações”, diz ela. Aproximadamente 1,5 mil agricultores serão beneficiados. “A observação empírica indica que existem perdas significativas na lavoura (principalmente quando há grande oferta de produtos e preços baixos) e por consequência nas organizações, principalmente aquelas que não possuem estrutura de transformação e aproveitamento”, afirma.
Bancos de Alimentos - Parte das ações de aproveitamento já é desempenhada. Nas cinco Ceasas do Paraná (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu) funciona ainda o Banco de Alimentos. O programa é uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar, em parceria com produtores e permissionários através da coleta e repasse de hortigranjeiros sem padrão de comercialização, porém ainda em boas condições consumo. Estão cadastradas junto ao programa 453 entidades (orfanatos, creches, hospitais públicos, e entidades assistenciais) que atendem em média por mês cerca de 194 mil pessoas.
Média - Em média, o Banco de Alimentos das cinco unidades no Estado faz um aproveitamento de 4,6 mil toneladas, por ano, de produtos que seriam descartados junto aos aterros sanitários. “A ideia, com o novo projeto, é intensificar isso, buscando estrutura para que os alimentos possam ser processados e armazenados na Ceasa, criando um estoque”, explica o diretor agrocomercial da Ceasa, Paulo Ricardo da Nova.
Escolas - Outro âmbito do projeto envolverá as escolas, segundo explica o gerente do Departamento de Nutrição e Alimentação do Fundepar, Roni Eder Silva Bernardinis.

Data de Publicação: 27/03/2019 às 09:00hs
Fonte: Agência de Notícias do Paraná



Portal do Agronegócio



Projeto Florestas do Futuro tem reconhecimento internacional



Iniciativa conta com a participação de estudantes de Engenharia Florestal

Projeto Florestas do Futuro tem reconhecimento internacional

Um dos maiores desafios da educação florestal é ir além do ensino de habilidades técnicas para estudantes e transformá-los em agentes de mudança no mundo em transformação, que precisam urgentemente de mais e melhores florestas gerenciadas.
Essa á a base do projeto Florestas do Futuro, que conta com a participação de estudantes do curso de Engenharia Florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). A iniciativa é do Grupo Florestal Monte Olimpo, que tem como orientador o professor Pedro Brancalion.
Pela sua atuação, o projeto Florestas do Futuro foi considerado uma das 10 práticas mais destacadas de inovação florestal do mundo, a partir da competição Task Force on Forest Education, organizada pela International Unionof Forest Research Organizations - IUFRO-IFSA.
Segundo Brancalion, o treinamento da nova geração de silvicultores requer novas abordagens que colocam os estudantes como agentes ativos de educação e ajudam a desenvolver competências humanísticas como liderança, empatia e comunicação. “Nesse contexto, aprender a ensinar pode ser a melhor maneira de aprender e realmente incorporar novas visões de mundo no setor florestal para maximizar suas contribuições para a sociedade”.
Com essas premissas em mente, o programa Florestas do Futuro foi criado em 1998 com o objetivo imediato de ensinar educação florestal a crianças de escolas públicas de Piracicaba, sudeste do Brasil, bem como o objetivo de capacitação de alunos de graduação. da silvicultura da Universidade de São Paulo, como uma espécie de trabalho voluntário que ajuda os alunos a complementar sua formação acadêmica com competências dificilmente aprendidas nas aulas formais.
A atividade consiste na visita de um grupo de 20 a 40 crianças de 4 a 10 anos de escolas públicas da região ao campus para participar de diversas atividades educativas que têm como pano de fundo o valor das florestas para o bem-estar humano. Esta visita é totalmente orientada por um grupo de estudantes de graduação, que conceituam e executam as atividades educacionais com base em uma abordagem de "aprendizagem ativa", e abordam questões como poluição, descarte de resíduos, água, animais, dinâmica florestal, produtos florestais e a importância de plantações de árvores para a sociedade.


Data de Publicação: 27/03/2019 às 08:40hs
Fonte: Esalq/USP



Confira a pauta de julgamentos da sessão plenária desta terça-feira (26)


Serão julgados recursos relativos às Eleições Municipais de 2016 em Pedra Bonita (MG) e às Eleições Gerais de 2018 no Estado do Amazonas
Plenário do TSE vazio.
Constam da pauta da sessão jurisdicional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta terça-feira (26), a partir das 19h, recursos relativos às Eleições Municipais de 2016 em Pedra Bonita (MG) e das Eleições Gerais de 2018, entre outros.
O plenário da Corte Eleitoral analisará o recurso interposto por Trovão Vitor de Oliveira, ex-prefeito de Pedra Bonita (MG), Adriano Teodoro do Carmo e Humberto Osvaldo Ferreira, respectivamente candidatos eleitos a prefeito e vice-prefeito do município nas eleições de 2016. O trio foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) a inelegibilidade por oito anos, no caso de Trovão, e cassação dos diplomas de Adriano e Humberto por prática de abuso econômico na campanha eleitoral.
Na mesma sessão, o ministro Admar Gonzaga pronunciará os seus votos-vista nos Recursos Especiais Eleitorais (Respe) que tratam da indicação de chapas para cargos majoritários nas Eleições Gerais de 2018 no Estado do Amazonas. Neles, o Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) contesta a anulação, por parte da Executiva Nacional da legenda, da decisão da convenção partidária de compor chapas para os cargos majoritários com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), e não com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), conforme posteriormente foi a orientação do órgão nacional.
A sessão pode ser assistida, ao vivo, pelo Portal do TSE  ou pelo canal oficial da Corte Eleitoral no YouTube.
A relação completa dos processos que serão julgados pode ser consultada na seção “Pautas de Julgamento” da página do TSE na internet .
Os vídeos com a íntegra de todos os julgamentos ficam disponíveis para consulta na página da Justiça Eleitoral no YouTube logo após o encerramento da sessão.
A pauta de julgamentos é sujeita a alterações.
RG/JB, DM

Presidentes dos TREs e corregedores eleitorais participarão de encontro com a ministra Rosa Weber

 

A agenda de trabalho está marcada para o próximo dia 5 de abril, em Brasília
Matéria
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, receberá, no próximo dia 5 de abril, às 15h, os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e os corregedores eleitorais de todo o país, para um encontro de trabalho, na sede do Tribunal, em Brasília.
O encontro com a presidente irá coincidir com a realização do VIII Encontro Nacional das Escolas Judiciárias Eleitorais (Eneje), marcado para os dias 4 e 5 de abril, no Auditório III do TSE, sob a coordenação da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal (EJE/TSE).
O VIII Encontro Nacional tem o objetivo de debater ações, fortalecer o diálogo, compartilhar conhecimentos e estimular a troca de experiências entre as Escolas Judiciárias Eleitorais (EJEs). A pauta do evento prevê palestras com ministros e debates sobre direito eleitoral e cidadania.
As EJEs são responsáveis pela capacitação de magistrados e de agentes públicos no aprimoramento das práticas eleitorais e, também, em políticas e na educação para a cidadania, com foco no fortalecimento da democracia e do processo eleitoral.
MC/JB, DM

Grupo apresentará propostas para viabilizar julgamentos de crimes comuns com conexão eleitoral

 

Instituído nesta terça (26), Grupo de Trabalho terá 60 dias para apontar soluções com vista a implementação de entendimento do STF
Fachada do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, nesta terça-feira (26), a Portaria n° 231/2019, que cria um Grupo de Trabalho (GT) para, no prazo de 60 dias, apresentar propostas de modo a viabilizar a implementação da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do Inquérito 4435, que reconheceu a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar crimes comuns que apresentam conexão com delitos eleitorais. A Portaria foi assinada pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber.
O Grupo de Trabalho do TSE será coordenado pelo ministro Og Fernandes, que terá como substituto o ministro Carlos Horbach. Também integrarão o grupo o juiz auxiliar do gabinete da Presidência do TSE Fernando Mello, um magistrado eleitoral indicado pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e um juiz designado pelo Colégio de Corregedores Eleitorais.
De acordo com o ministro Og Fernandes, o GT irá verificar o que é necessário para cumprir a determinação do STF. “Será um trabalho conjunto com aqueles que estão na ponta: TREs, juízes eleitorais e corregedorias. Mas fundamentalmente com uma percepção muito próxima compartilhada por todos do grupo, de que é factível resolver essa etapa de cumprimento de missão de forma adequada”, disse o magistrado.
RC/JB, DM

Tribunal mantém decisão regional que excluiu PT de coligação no Amazonas



Por unanimidade, Plenário negou provimento a Recurso Especial da coligação Renova Amazonas
Sessão plenária do TSE
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, em julgamento concluído nesta terça-feira (26), decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) que excluiu o Partido dos Trabalhadores (PT) da coligação Renova Amazonas na eleição majoritária de 2018. O julgamento foi retomado com a apresentação de voto-vista do ministro Admar Gonzaga.
A decisão do Tribunal Regional atestou a legalidade da deliberação da Comissão Nacional do Partido dos Trabalhadores que determinou à Comissão Regional do PT que a coligação para cargos majoritários no estado do Amazonas deveria, necessariamente, ser com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
O recurso especial eleitoral julgado pelo TSE foi interposto pela coligação Renova Amazonas (PODE/PMN/PMB/PSB/PROS) contra acórdão que deferiu o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) da coligação, com a exclusão do Partido dos Trabalhadores em razão da dissidência partidária entre os diretórios nacional e regional do PT.
No TSE, a coligação sustentou que houve violação ao art. 7º, parágrafos 1º e 2º, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), pois a Comissão Executiva Nacional da sigla realizou reuniões extraordinárias para invalidar as coligações realizadas pelo PT do Amazonas e forçar a coligação com o Partido Comunista do Brasil. Alegou, ainda, ofensa ao art. 52 da Resolução 23.548/2017do TSE..
Acompanhando o voto do relator, ministro Luís Roberto Barroso, o Plenário da Corte negou provimento ao recurso especial. Segundo o relator, a tese de violação à legislação eleitoral, sob o argumento de que a intervenção da Comissão Executiva Nacional que determinou a coligação do órgão regional com o PCdoB seria ilegal, não foi sequer debatida no acórdão regional ou suscitada por meio de embargos declaratórios.
Para o ministro, o recurso carece de prequestionamento, o que resulta na aplicação da Súmula 72 do TSE, segundo a qual “é inadmissível o Recurso Especial Eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração”. Em seu voto, Luís Roberto Barroso também rebateu a suposta violação ao art. 52 da Resolução 23.548/2017, que autoriza o relator a decidir monocraticamente pedidos de registro de candidatura nos quais não tenha havido impugnação.
De acordo com o ministro, diante da dissidência partidária entre os diretórios nacional e regional do PT, o relator da causa no TRE apenas aplicou a racionalidade da prestação jurisdicional no processo relativo ao DRAP.
MC/JB, DM
Processo relacionado: Respe 0600728-45 (PJe)