terça-feira, 26 de março de 2019

Assembleia do Rio dá posse a dois suplentes de deputados presos


Publicado em 26/03/2019 - 19:39
Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro deu posse hoje (26) a dois suplentes, que assumirão os mandatos substituindo deputados estaduais que estão presos. Sérgio Loubak (PSC) e Sérgio Fernandes (PDT) ocupam agora os cargos que eram originalmente de Chiquinho de Mangueira (PSC) e de Luiz Martins (PDT).
Alvos da Operação Furna da Onça deflagrada no fim do ano passado os dois parlamentares são suspeitos de participação em esquemas de corrupção estruturados pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Chiquinho de Mangueira está em prisão domiciliar. Já Luiz Martins se encontra no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Em Bangu, também estão mais três deputados estaduais presos na mesma operação: André Corrêa (DEM), Marcus Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius "Neskau" (PTB).
A posse dos suplentes desses outros parlamentares também era aguardada para hoje. Eles, no entanto, não compareceram. Os suplentes de André Corrêa e Marcus Abrahão são Carlo Caiado (DEM), vereador do Rio de Janeiro, e Capitão Nelson (Avante), vereador de São Gonçalo (RJ). Para que possam assumir como deputados estaduais, ambos precisam renunciar aos mandatos nas respectivas câmaras municipais.
A situação da cargo deixado vago por Marcus Vinicius "Neskau" (PTB) é ainda mais complexa. Isso porque seu suplente, o Coronel Jairo (SD), é outro alvo da Operação Furna da Onça e também está preso. A Alerj informou que os suplentes convocados têm prazo de 30 dias para assumir.
Suplentes de deputados presos durante a Operação Furna da Onça tomam posse na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Suplentes de deputados presos durante a Operação Furna da Onça tomam posse na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Prisões

As prisões dos deputados estaduais Chiquinho de Mangueira, Luiz Martins, André Corrêa, Marcus Abrahão e Marcus Vinicius Neskau ocorrem em 8 de novembro de 2018, um mês após os cinco terem sido reeleitos para um novo mandato. Além deles, a Operação Furna da Onça, deflagrada como um dos desdobramentos da Lava-Jato no Rio de Janeiro, cumpriu outros nove mandados de prisão preventiva.
Os cinco parlamentares reeleitos não foram empossados com os demais no início de fevereiro porque não conseguiram autorização para deixar a prisão. No entanto, conforme decisão da Mesa Diretora da Alerj, o livro de posse foi levado a eles na semana passada e, com a coleta das assinaturas, eles puderam assegurar seus mandatos. Ainda assim, como estão presos, os cargos foram declarados vagos, abrindo caminho para que os suplentes assumissem.
Os deputados estaduais que tomaram posse na condição de presos não terão direito a salário enquanto permanecerem afastados do cargo. Caso sejam soltos futuramente, poderão assumir as funções do mandato. Para o recém-empossado Sérgio Loubak, essa é uma questão que deve ser deixada para a Justiça. "Vou esquecer que eu sou suplente e trabalhar. Se ficamos preocupados com o que vai acontecer, a gente não faz nada".
Suplentes de deputados presos durante a Operação Furna da Onça tomam posse na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na foto, o deputado suplente, Sergio Fernandes.
Suplentes de deputados presos durante a Operação Furna da Onça tomam posse na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na foto, o deputado suplente, Sergio Fernandes. - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Edição: Renata Giraldi

Paraná seleciona PMs da reserva para atuar na segurança de escolas


Projeto do governador Ratinho Jr foi antecipado após ataque em Suzano

Publicado em 26/03/2019 - 19:27
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil   Brasília 
Policiais militares da reserva passarão a reforçar a segurança das escolas estaduais do Paraná e a proteger alunos, pais e funcionários das unidades de ensino estaduais. Implementado pelas secretarias estaduais de Educação e Segurança Pública, o programa Escola Segura começaria a funcionar no final de maio, mas foi antecipado após oataque ao Colégio Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), onde dois ex-alunos assassinaram cinco estudantes e duas professoras antes de se matarem.
“Tínhamos programado lançar este programa em maio, mas com a tragédia que aconteceu em Suzano, acabamos antecipando em algumas escolas com maior risco e antecedentes de violência do Paraná”, explicou o governador Ratinho Júnior, após se reunir, hoje (26), com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em Brasília. 
O processo de seleção dos policiais militares da reserva que vão participar da primeira etapa do programa já começou. De acordo com o governador, as primeiras cidades a receber o Escola Segura serão Londrina e Foz do Iguaçu, além de municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Será dada prioridade às escolas localizadas em bairros mais vulneráveis. 

Treinamento

A proposta prevê que os policiais reservistas que se inscreverem para participar do programa sejam submetidos a testes físicos e de aptidão mental. Os selecionados receberão treinamento de 20 horas para atuar no ambiente escolar, sob a coordenação do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, e integrados com as equipes gestores das escolas.
Além da vigilância das unidades de ensino, os policiais atuarão de forma a prevenir e mediar conflitos escolares, prevenindo a violência, a depredação dos prédios, o tráfico de drogas e o bullying. 
“Não se trata só de termos um policial treinado na porta da escola. Haverá também um trabalho pedagógico de treinamento com os professores para que eles possam, eventualmente, entender o comportamento diferenciado de algum aluno”, disse Ratinho Júnior. 
O governador disse que a Defesa Civil também vai dar treinamento para o caso de catástrofes naturais. “Haverá um trabalho preventivo, já que os policiais que vão monitorar o movimento de entrada e saída das escolas poderão [em outros momentos] dar cursos do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência [Proerd]”, disse o governador. 
Na primeira etapa, que funcionará como um teste, o governo estadual pretende implantar o Escola Segura em ao menos 100 escolas. O Paraná tem 2.143 escolas estaduais e a decisão de aderir ao programa será da direção de cada estabelecimento, em conjunto com a comunidade escolar. Para a primeira fase, foram abertas 74 vagas para policiais reservistas atuarem em Londrina e 46 para Foz do Iguaçu. O processo seletivo para a Região Metropolitana de Curitiba começará em breve. 
Podem se inscrever para as vagas os PMs que estão na reserva há, pelo menos, dois anos e que não tenham sido condenados ou denunciados criminalmente. Os selecionados receberão R$ 113 por dia de trabalho no ambiente escolar. O governo paranaense estima um investimento de R$ 5 milhões nesta primeira etapa em diárias e equipamentos. O projeto-piloto vai durar cinco meses. Após este período, o governo vai avaliar os resultados e decidir sobre a ampliação do projeto. 
Edição: Fábio Massalli

Brasil bebe seis vezes mais café que o resto do mundo, aponta levantamento

ALIMENTAÇÃO
Resultado de imagem para CAFÉ
REPRODUÇÃO

O Brasil é campeão mundial de consumo de café. Sozinho, o país consome 13% de todo o café que é bebido no mundo, isso representa um consumo seis vezes maior que as outras nações. Mas será que a bebida preferida do brasileiro faz bem à saúde? Especialista aponta que o café em excesso pode causar taquicardia, ao mesmo tempo que também ajuda no emagrecimento.

R7

Com música e palavras de apoio, estudantes retomam aulas em Suzano

Alunos soltam balões durante homenagem às vítimas do tiroteio na escola Raul Brasil em Suzano, no dia da reabertura da escola.

            Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados

Pouco mais da metade dos alunos compareceram à acolhida

Publicado em 26/03/2019 - 19:19
Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Estudantes da Escola Estadual  Professor Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, voltaram hoje (26) à rotina de atividades pedagógicas. Dos 1.058 alunos matriculados, 534 compareceram às atividades planejadas pelos professores para a acolhida, que contou com apresentação musical nesta terça-feira. Durante toda a semana serão desenvolvidas atividades de leitura de cartas de apoio enviadas à escola e exibição de filmes, seguidas de reflexão.
As aulas foram suspensas no dia 13 deste mês, quando dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola, armados, e atacaram estudantes e funcionários do colégio. Ao final, dez pessoas morreram – cinco estudantes, uma professora e uma funcionária administrativa, além dos dois atiradores - e 11 ficaram feridas, um jovem permanece internado. Antes da invasão, os atiradores mataram um empresário, tio de um deles. 
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um dos momentos mais especiais nesta terça-feira foi a apresentação da Orquestra Locomotiva. Noventa músicos, entre crianças e adolescentes, fizeram um concerto com repertório dedicado à comunidade escolar.

Esperança

“Estamos bem esperançosos, com muita vontade de voltar para a escola, de recomeçar. Estou abraçando muito os colegas, apoiando, principalmente para que eles não desistam. Os professores estão muito felizes em ver a gente de volta porque deu vida novamente para a escola”, disse a aluna e presidente do grêmio estudantil, Beatriz de Souza, de 16 anos, conforme registro da secretaria de Educação.
Equipe do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), da Secretaria Estadual de Justiça, continuam na Raul Brasil para oferecer atendimentos individuais e coletivos. Além disso, os serviços básicos de saúde, incluindo o Centro de Apoio Psicossocial (Caps), estarão disponíveis para alunos, funcionários, professores e familiares.
Ainda não há data para o retorno das aulas. A medida será definida pela direção da escola a partir do trabalho com os alunos e professores nesta semana.
Um aluno é recebido durante o dia de reabertura da escola, após o tiroteio na escola Raul Brasil em Suzano, São Paulo, Brasil 18 de março de 2019.
Um aluno é recebido durante o dia de reabertura da escola, após o tiroteio na escola Raul Brasil em Suzano, São Paulo, Brasil 18 de março de 2019. - UESLEI MARCELINO
Edição: Renata Giraldi

Bolsa tem maior alta em duas semanas e supera os 95 mil pontos


Dólar fechou com pequena valorização, vendido a R$ 3,86

Publicado em 26/03/2019 - 19:14
Por Agência Brasil  Brasília
Depois de cinco sessões seguidas de queda, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), reagiu nesta terça-feira (26). O indicador fechou em alta de 1,76%, aos 95.307 pontos. Essa foi a maior valorização diária desde 11 de março, quando o índice tinha avançado 2,79%.
No mercado de câmbio, o dia foi de estabilidade. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 3,867, com alta de 0,24%.
A bolsa operou em alta durante toda a sessão, mas a alta intensificou-se no fim da tarde, após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara anunciar um acordo de líderes que evitou a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para explicar a reforma da Previdência. Pelo acordo, o ministro irá à CCJ na quarta-feira da próxima semana, 3 de abril, na condição de convidado.
Edição: Denise Griesinger

Huawei P30 Pro: 'melhor câmera do mundo' tem 40 MP e zoom óptico de 10x

TECNOLOGIA

Celular chinês assumiu o topo do ranking do DxOMark com um sensor quádruplo de 40 MP e zoom de 10x

Huawei P30 Pro Câmera
FOTO: REPRODUÇÃO

A Huawei apresentou ao mundo nesta terça-feira, 26, sua nova linha de smartphones premium: são eles o Huawei P30, P30 Lite e P30 Pro. Este último é o que mais chama a atenção, pois ganhou do site especializado DxOMark o selo de "melhor câmera de celular do mundo".

O Huawei P30 Pro vem com quatro câmeras traseiras dispostas num design bem diferente daquele que vemos em concorrentes com o mesmo número de sensores. Vale lembrar que o novo celular é o sucessor do Huawei P20 Pro, que durante muito tempo deteve o título de "melhor câmera de celular do mundo" com um sensor triplo - um dos primeiros do mercado.
O conjunto de câmeras do P30 Pro (chamado de Leica Quad Camera System) é composto por:
  • 1 sensor ultra-wide (lente grande-angular) de 20 MP de resolução, 16 milímetros de distância focal e abertura de f/2.2;
  • 1 sensor principal Huawei SuperSpectrum de 40 MP de resolução, filtro RYYB, lente de 27 milímetros, estabilização óptica e abertura de f/1.6 e medindo 1/1,7 polegada;
  • 1 sensor SuperZoom de lente teleobjetiva com 8 MP de resolução, design periscópio com 125 milímetros de distância focal, estabilização óptica e abertura de f/3.4;
  • 1 sensor ToF (Time of Flight) para detectar profundidade de uma cena medindo o tempo que a luz demora para ir e voltar.
O que tudo isso faz? Na prática, a Huawei garante que o P30 Pro consegue tirar fotos de até 40 megapixels de resolução com detalhes refinados e capazes de capturar muita luz até mesmo em ambientes escuros e fechados. O grande destaque, porém, fica por conta do zoom óptico.
Graças ao sistema quádruplo, o smartphone consegue registrar fotos com zoom óptico de até cinco vezez (5x) ou zoom híbrido - meio óptico, meio digital - de até dez vezes (10x). Na prática, a Huawei garante que o P30 Pro consegue registrar imagens imensamente distantes sem perder qualidade.
Tudo isso fez com que o site especializado em câmeras DxOMark desse ao Huawei P30 Pro a liderança do ranking de câmeras de celular com 112 pontos. O novo celular derruba a liderança do seu antecessor, o Huawei Mate 20 Pro, que caiu para a segunda posição. Completa o top 3 outro celular da marca chinesa, o Huawei P20 Pro.
Veja como ficou o ranking das 10 melhores câmeras de celular do mundo:
  1. Huawei P30 Pro
  2. Huawei Mate 20 Pro
  3. Huawei P20 Pro
  4. Samsung Galaxy S10+
  5. Xiaomi Mi 9
  6. iPhone XS Max
  7. HTC U12+
  8. Samsung Galaxy Note 9
  9. Xiaomi Mi Mix 3
  10. Huawei P20
OLHAR DIGITAL

MPSP pede estudo sobre impactos da criação do Parque Minhocão

Publicado em 26/03/2019 - 19:17
Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) expediu recomendação à prefeitura da capital sobre a criação do Parque Minhocão, o qual prevê a desativação gradativa do Elevado João Goulart, no centro da cidade. Entre outros itens, a promotoria pede a elaboração e a apresentação de estudos sobre mpactos no trânsito decorrentes da desativação da via e consequências sociais e econômicas na população residente na região, “abordando inclusive uma política habitacional de interesse social”.
Concebido na década de 1970 para ligar as zonas leste e oeste da cidade, o Minhocão tem tido sua possível desativação debatida há anos. O elevado tem impactos do ponto de vista da poluição sonora, atmosférica e visual provocada pela constante circulação de veículos. Especialistas afirmam, no entanto, que a via tem importância na fluidez do trânsito.
Atualmente, o Minhocão fica fechado para o trânsito de veículos de segunda a sexta-feira das 20h às 7h. Aos sábados, domingos e feriados, o fechamento é em período integral. Sem carros, o elevado é comumente usado para a prática de atividades físicas, piqueniques e manifestações culturais, entre outras ações.
O MPSP propõe que a implementação de “iniciativas para garantir que os recursos provenientes da valorização dos imóveis [do entorno] sejam investidos em melhorias urbanísticas na própria área”. Além disso, recomenda a notificação de todos proprietários de imóveis subutilizados, não utilizados ou não edificados – existentes ao longo do trecho inicial do parque para que as construções sejam parte integrante de uma política de habitação de interesse social. O objetivo da ação é "fazer frente aos impactos da valorização imobiliária, decorrentes da criação do Parque Minhocão”, diz a promotoria.
Outra recomendação é que o governo municipal promova um diálogo sobre o projeto com universidades e profissionais especializados nos temas mobilidade, habitação e espaços públicos, por meio de oficinas participativas e audiências públicas. O MPSP pede ainda que as atividades sejam divulgadas em jornais de grande circulação com antecedência mínima de 15 dias.
Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que ainda não foi notificada oficialmente das recomendações. Segundo a prefeitura, que as medidas propostas pelo Ministério Público estão incluídas no planejamento das ações em andamento, que são coordenadas por um grupo de trabalho formado por representantes das secretarias de Governo, Desenvolvimento Urbano, Infraestrutura e Obras, Verde e Meio Ambiente, Mobilidade e Transporte, Subprefeituras e Cultura. O objetivo do grupo é adotar ações mitigatórias prévias necessárias à implantação gradativa do Parque Minhocão, conclui a nota.
Edição: Nádia Franco

Cabral admite ter recebido propina de cervejaria

Publicado em 26/03/2019 - 18:33
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral admitiu oficialmente, pela primeira vez, que recebia propina do Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava. Ele foi interrogado hoje (26) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que cuida dos desdobramentos da Lava Jato no estado. Desde que trocou de advogado, Cabral tem adotado uma postura colaborativa, admitindo fatos que antes negava ou interpretava de forma diferente.
“A [cerveja] Itaipava, o Grupo Petrópolis, tinha propina. Houve ajuda em campanha eleitoral. E, de fato, havia esse recurso. Como o Carlos Miranda [operador financeiro de Cabral e réu colaborador] falou no depoimento dele”, disse Cabral, sem dar maiores detalhes de quantias. Ele citou ainda o proprietário do Grupo Petrópolis, Walter Faria, como integrante do esquema de propina, e insinuou que teria mais informações sobre isso, caso o Ministério Público Federal (MPF) tenha interesse em ouvi-lo.
No final do ano passado, Miranda disse que o Grupo Petrópolis pagava mesada de R$ 500 mil ao grupo de Cabral, com objetivo de obter facilidades tributárias. Cabral ainda foi questionado por Bretas sobre o recebimento de propina por parte da rede de supermercados Prezunic, que depois acabou sendo comprada por um grupo chileno. Porém, o ex-governador negou que tenha recebido propina.
“Em relação ao Prezunic, não houve qualquer tipo de entrega de propina. Essa relação começou quando eu era presidente da Assembleia Legislativa e houve uma tentativa, de alguns deputados, de extorsão ao grupo que o seu Joaquim liderava. E eu impedi aquilo. Ele ficou muito grato e passou a me ajudar em campanhas eleitorais, principalmente a de 2002 e a de 2006. Foi um contribuinte importante com caixa dois”, contou Cabral.

Grupo nega

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Grupo Petrópolis informou que não obteve qualquer benefício fiscal ou financeiro durante o governo de Sérgio Cabral. "A empresa sempre atuou de acordo com a legislação e suas relações com o Estado do Rio de Janeiro foram pautadas pelos critérios de geração de empregos para a região, razão pela qual nunca precisou de qualquer subterfúgio para atuar no Estado”, informou o grupo em nota.
Edição: Sabrina Craide

CGU e assina acordo com Chile de cooperação para combate à corrupção


Articulações foram feitas durante viagem do presidente a Santiago

Publicado em 26/03/2019 - 18:42
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil  Brasília
A Controladoria-Geral da União (CGU) assinou hoje (26) com a Secretaria-Geral da Presidência do Chile um acordo de cooperação para o combate à corrupção. O acordo prevê o intercâmbio de informações sobre bens, operações financeiras, dentre outros dados, para detecção de crimes.
acordo faz parte das ações bilaterais firmadas entre Brasil e Chile durante a visita oficial do presidente Jair Bolsonaro ao país, ocorrida na semana passada. O presidente já retornou ao Brasil, mas o ministro da CGU, Wagner Rosário, continuou no Chile para firmar o acordo.
“Temos a necessidade de enfrentar, de maneira conjunta, os desafios comuns na luta contra a corrupção, assim como as ameaças trazidas por ela, que aumentam a desconfiança social e vulneram os direitos humanos, a institucionalidade e o desenvolvimento dos estados”, disse Rosário.
O ministro da Controladoria - Geral da União, Wagner Rosário dá entrevista.
O ministro da Controladoria - Geral da União, Wagner Rosário, assina acordo com Chile. - José Cruz/Agência Brasil
O acordo também prevê a troca de experiências bem-sucedidas entre a CGU e a Secretaria-Geral da Presidência do Chile, órgão correlato naquele país, no âmbito do combate à corrupção. Ainda prevê intercâmbio de funcionários e realização de conferências e capacitações binacionais.
Durante sua agenda no Chile, Bolsonaro participou do lançamento do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul), criado em substituição à Unasul e considerado um “fórum sem ideologias” .
O Prosul será formado por 12 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Nicarágua, Panamá e República Dominicana.

Edição: Renata Giraldi

Governadores de Goiás e Paraná pedem a Moro mais interação com governo

Publicado em 26/03/2019 - 18:06
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Paraná, Ratinho Júnior, aproveitaram a estada em Brasília, onde participaram da reunião extraordináriado Fórum de Governadores, para se reunir, separadamente, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Ao propor ações de combate ao crime, os dois governadores destacaram a importância de mais integração entre as forças locais e federais, principalmente na área da inteligência estratégica.
Caiado e o ministro conversaram sobre a implantação, em Goiânia, do projeto-piloto do programa interministerial com que o governo federal planeja enfrentar a criminalidade violenta e da criação de um núcleo de combate à corrupção e ao crime organizado em Goiás. A proposta é estimular maior interação entre as forças de segurança pública estaduais e da União.
“Precisamos unir forças”, argumentou Caiado, lembrando que, durante a campanha eleitoral de 2018, ele propôs a formação de um núcleo de combate à corrupção e ao crime organizado. “Conversamos sobre a necessidade da interação entre as polícias Civil, Militar e federal, e da integração [das informações] da secretaria estadual da Fazenda, a inteligência do Ministério Público, do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras]. Só assim poderemos identificar, localizar e conter o avanço do crime”, acrescentou o governador. Segundo ele, a ideia é que os vários órgãos estaduais e federais firmem um acordo de cooperação de facilite a troca de informações.
Segundo Caiado, o ministro manifestou apoio à criação do Núcleo de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, que já está em fase de implantação. “A partir de agora, vou identificar a equipe que virá para Brasília, onde ficará um tempo para que haja total sintonia e a ampliação de nossas ações, com resultados que inibam a corrupção e o crime organizado”, concluiu o governador goiano.

Segurança na fronteira

O governador Ratinho Júnior discutiu com o ministro a proposta de criação de centros de integração para cuidar da segurança das fronteiras. A implantação dos centros foi proposta pelo Ministério da Justiça e, segundo o governador, o primeiro será instalado em Foz do Iguaçu, na fronteira com Argentina e Paraguai.
“Para nós, isto é muito bom porque beneficia o Brasil e o Paraná, que tem tantos problemas com a entrada de contrabando e de drogas, no país”, declarou Ratinho.
Segundo o governador, a implantação do projeto-piloto dos centros de integração proposto pelo ministério envolve a criação de um grupo de trabalho com representantes de órgãos estaduais e federais. O grupo terá 45 dias para apresentar o planejamento e o cronograma de implementação do centro de Foz do Iguaçu.
“A ideia é que, a partir de julho, comecemos a efetivar esta modelagem de inteligência e segurança de fronteira”, detalhou o governador. Ratinho Júnior e Moro também trataram do programa interministerial com que o governo federal planeja enfrentar a criminalidade violenta, já que a cidade de São José das Pinhais (PR) é um dos cinco municípios escolhidos para sediar o projeto-piloto do programa.
Edição: Sabrina Craide

SP consegue apoio de três empresas para obras do Museu do Ipiranga


 O Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga, está fechado desde 2013 e aguarda verba para as obras de restauração e modernização.

           Rovena Rosa/Agência Brasil

Restauração tem início no dia 2 de maio e será feita via Lei Rouanet

Publicado em 26/03/2019 - 18:09
Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria, apresentou hoje (26) o projeto de restauração do Museu do Ipiranga, localizado na capital paulista e fechado para visitação desde 2013, quando foram detectados problemas de estrutura no prédio. Foi lançada também captação de recursos para as obras por meio da Lei Rouanet, a Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto total está avaliado em R$ 160 milhões. O governo paulista já conseguiu R$ 36 milhões com o apoio de três empresas, via Lei Rouanet, para início das obras 
O anúncio foi feito no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, com a presença de empresários brasileiros, autoridades estaduais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e representantes da Universidade de São Paulo (USP), que atualmente é responsável pelo museu.
“Hoje lançamos as cotas para captação de patrocínio. Três grandes empresas aceitaram e assinaram. A EDP, a Sabesp e o Itaú já somam R$ 36 milhões”, disse Doria, acrescentando que ao término da reunião duas outras empresas já demostraram interesse em adquirir cotas do projeto. Com essa captação, já é possível dar início às obras no dia 2 de maio.
“Estamos otimistas, temos que obter R$ 160 milhões, esse é o nosso objetivo e confio que vamos alcançar. O museu e os jardins do museu estarão totalmente recuperados, para, em setembro de 2022, fazermos uma grande celebração dos 200 anos da Independência do Brasil”, disse o governador.
Doria pediu ao presidente Jair Bolsonaro ampliação do valor autorizado, via Lei Rouanet, para a reforma do museu. O governo informou que o valor atual já aprovado é de R$ 50 milhões. A intenção é conseguir o total necessário (R$ 160 milhões), dividindo o projeto de restauração em três módulos para captação de recursos. Os próximos dois módulos do projeto ainda serão submetidos à aprovação da lei de incentivo em 2020 e 2021.
Mais antigo museu público de São Paulo, o Museu do Ipiranga passa por restaurações desde 2013. O governo estadual está mobilizando empresas para captar recursos e acelerar as obras para inaugurar o Novo Museu do Ipiranga em 2022, ano do bicentenário da Independência.
Com exceção da pintura Independência ou Morte, de Pedro Américo, todo o acervo, mais de 400 mil itens, estão acondicionados em cinco imóveis alugados e transformados em reservas técnicas. Para isso, houve investimento de R$ 35 milhões. O museu está fechado para visitação, mas continua sendo utilizado para ensino e pesquisa.
Segundo informações do governo do estado, cerca de 150 grandes empresas estiveram presentes no encontro realizado hoje para apresentação do projeto de restauro e foram convidados pelo governador a realizar doações para as obras.
O projeto completo prevê uma nova ocupação do museu, com mais 5 mil metros quadrados de área para exposições e atividades culturais e de forma totalmente acessível. A modernização prevê ainda um auditório, um café com loja de souvenires e um mirante. A reforma do museu pretende triplicar a capacidade anual de visitação, passando dos 300 mil registrados em 2013 para 900 mil.
O museu, criado em 1894, está localizado no edifício que era conhecido como Monumento do Ypiranga, construído para marcar o local da proclamação da Independência. Suas portas foram abertas ao público em 7 de setembro de 1895, nascendo como museu enciclopédico e incorporado, em 1963, à Universidade de São Paulo (USP). Desde 1989, é um museu especializado em história da cultura material da sociedade brasileira.

Córrego Ipiranga

Além de adquirir uma das cotas de captação de patrocínio para restauração do museu no valor de R$ 12 milhões, a Sabesp vai despoluir o Córrego do Ipiranga junto com a prefeitura paulistana.
O presidente da Sabesp, Benedito Braga, informou que o objetivo é garantir que o córrego esteja totalmente limpo em 2022, quando o museu deve ser reaberto. A Sabesp também fará o rebaixamento da rede de esgoto nas imediações do museu por conta das obras a serem iniciadas.
“Estamos aqui nos unindo a outras companhias para viabilizar esse importante projeto. Quero ainda aproveitar a oportunidade para dizer que, em união com o estado e a prefeitura de São Paulo, a Sabesp vai limpar o córrego Ipiranga. É uma iniciativa para que a comemoração no dia 7 de setembro de 2022 possa ser às margens plácidas com um córrego limpo e cheiroso”, segundo Benedito Braga.
Edição: Lílian Beraldo