terça-feira, 26 de março de 2019

Ministro de Minas e Energia defende melhoria da governança no setor

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participa de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.

         Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para ele, medida garante estabilidade jurídica e atrai investimentos

Publicado em 26/03/2019 - 15:05
Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Baratear os custos da energia por meio do aperfeiçoamento da governança está entre as prioridades do Ministério de Minas e Energia, afirmou hoje (26) o ministro Bento Albuquerque. Segundo o ministro a medida é fundamental para garantir melhor estabilidade jurídica e regulatória. “Ninguém vai investir aqui se não tiver garantia e retorno sobre o investimento”, disse Albuquerque durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
Para o ministro, se o leilão de venda do direito de explorar o excedente de óleo do contrato de cessão onerosa não sair este ano, o Brasil terá um prejuízo relacionado “ao custo de oportunidade”, com empresas buscando outros destinos para investir. O custo de oportunidade associado ao leilão está estimado em US$ 7 bilhões por ano, afirmou.
O leilão do excedente da cessão onerosa está previsto para o dia 28 de outubro."Quem é investidor, se não tem uma oportunidade, vai procurar outras oportunidades, porque não vai ficar com o dinheiro dele parado", disse Albuquerque.

Gás

Ao falar sobre gás, o ministro reconheceu que o Brasil precisa “investir muito” para melhorar a infraestrutura para a produção nesse setor. Ele lembrou que a Petrobras é a maior consumidora do combustível, sócia de 20 das 27 produtoras que operam no país, mas ressaltou que, apesar disso, tem estrutura inferior à de países como Argentina e Estados Unidos. “Não adianta descobrir gás no pré-sal. Não há competitividade e interesse do investidor porque existe um monopólio da União e dos estados”, afirmou.

Energia elétrica

Albuquerque destacou ainda a eficiência do sistema elétrico brasileiro que, apesar dos recordes de consumo nos primeiros meses do ano, teve “capacidade de corresponder à demanda”. Ele destacou que, entre 2019 e 2022, a expectativa é de crescimento médio de 2,7%, com investimentos de R$ 1,5 trilhão em petróleo, gás e energia. O ministro elogiou o fato de o Brasil ter 44% das matrizes energéticas renováveis, enquanto a média mundial fica abaixo de 20%.
O contrato de Itaipu com o Paraguai também é prioridade para o ministério. “O acordo vence em 2023, mas montamos um grupo de trabalho para traçar os critérios para uma possível renovação. Atualmente, o Brasil consome 80% de toda a eletricidade produzida na hidrelétrica. Temos que observar o que vamos consumir, quanto podemos dispor e quanto pagaremos por isso”, afirmou.

Mineração

De acordo com Bento Albuquerque, um dos setores mais promissores no país é o da exploração mineral. Nesse sentido, destacou o ministro, enquanto o Brasil tem 50 commodities (bens primários com cotação internacional), o Chile tem apenas três. “O mineral é fundamental para, por exemplo, a energia solar, a eólica, e por aí vai. Tudo é mineral. Diferentemente da agricultura, só não é pop, espero que ainda, porque a gente vai tornar a mineração poptambém”, brincou.
Edição: Nádia Franco

Witzel pede a Bolsonaro para melhorar condições de negócio do Rio

Publicado em 26/03/2019 - 14:54
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil  Brasília
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se reuniu hoje (26) com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, para apresentar propostas que melhorem as condições de negócio do estado.
As concessões de portos e aeroportos, segundo Witzel, são medidas estratégicas. “Fiz um pedido, ou que o porto seja entrega para a administração do estado ou que possamos ter maior parceria na gestão”, disse.
O governador também destacou a importância do planejamento da licitação do Aeroporto Santos Dumont para evitar conflito com o Aeroporto do Galeão. Segundo ele, há uma preocupação muito grande entre os empresários do Galeão.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fala à imprensa após reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no  Palácio do Planalto.
Governador Wilson Witzel: “As concessões de portos e aeroportos são medidas estratégicas”      (Antonio Cruz/Agência Brasil)
“[Corre o risco] de acabarmos ou sucatearmos o Aeroporto do Galeão. Pedi que nosso secretário de Transporte tivesse maior proximidade com o ministro Tarcísio [Gomes Freire, da Infraestrutura]”, disse.
O governador do Rio de Janeiro explicou ainda que o governo investiu na segurança e em vias de acesso ao aeroporto, com o patrulhamento da Polícia Militar nas linhas vermelha e amarela. “É fundamental que tenhamos um aeroporto fortalecido”, argumentou.

Previdência em debate

Wilson Witzel esteve no Palácio do Planalto após participar de encontro com governadores, em Brasília, para debater a reforma da Previdência com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo Witzel, todos estão empenhados na aprovação da proposta e se comprometerem a atuar junto aos parlamentares de seus estados.
“Não há um governador que pense diferente, evidente que há discussões sobre o conteúdo da reforma, mas todos estamos empenhados em fazer e fazer logo no primeiro semestre para que tenhamos tempo de fazer ainda a reforma tributária e poder dar ao Brasil novamente condições de se desenvolver”, disse.
Witzel também conversou com o presidente da República sobre o socorro fiscal aos estados. O pedido  havia sido reiterado ao ministro Paulo Guedes durante o encontro com governadores.
“O Rio está em recuperação fiscal, mas infelizmente não é suficiente. A crise foi profunda e os estados precisam de recursos. A cessão onerosa [recursos do pré-sal] é uma possibilidade, mas ainda temos outras possibilidades de financiamento para os estados visando fechar os compromissos até o fim do ano, principalmente Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais”, finalizou.
Edição: Kleber Sampaio

Dívidas com a União passam de R$ 2 trilhões; 44% são irrecuperáveis

dinheiro

           Agencia Brasil

Publicado em 26/03/2019 - 14:19
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil  Brasília
A quantidade de devedores da União chegou a 4,6 milhões, em 2018. A dívida total é de R$ 2,196 trilhões, sendo que 44,8% desse valor é considerado irrecuperável, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), divulgados hoje (26).
Os grandes devedores, considerados aqueles com débitos acima de R$ 15 milhões, chegaram a 28.339, mas eles representam somente 1% do total de quem deve à União. Apesar de serem em menor número, eles são responsáveis por 62% da dívida ativa da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no valor total de R$ 1,368 trilhão.
De acordo com os dados do relatório PFGN em Números, do total da dívida ativa, 71% são débitos tributários, 22% são previdenciários, 6% não tributários (como multas) e 1% são referentes ao FGTS.
Segundo o procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi Mello do Amaral Júnior, cerca de 33% da dívida é mais fácil de recuperar por envolver empresas com patrimônio, receita e ainda atuantes, além de os débitos serem mais recentes. Já nos casos de empresas falidas, em recuperação judicial, com dívidas antigas ou que foram usadas como fachada para cometer fraudes, fica mais difícil a recuperação. “A abordagem segmentada da dívida ativa é que vai nos levar a um sucesso maior na busca da recuperação do estoque”, afirmou.

Devedores contumazes

O procurador-geral defendeu que é preciso “se concentrar nos devedores contumazes” como estratégia para recuperar mais créditos para a União. “Temos que ter estratégias qualificadas e esses números nos mostram atrás de quem devemos ir”, disse.
Segundo Levi Júnior, os devedores contumazes de tributos deixam de pagar cerca de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões por ano. O governo elaborou um projeto de lei, enviado ao Congresso, para melhorar a cobrança desses devedores. A expectativa da PGFN é recuperar 10% dessa dívida dos devedores contumazes, o que seria entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, por ano.
A Procuradoria-Geral classifica como devedores contumazes os contribuintes com inadimplência reiterada de pelo menos R$ 15 milhões e sem buscar regularizar o passivo há mais de um ano. Eles também terão de se enquadrar em pelo menos um dos seguintes critérios: indícios de fraudes estruturadas, utilização de laranjas (dívidas em nome de terceiros) e artifícios destinados a burlar mecanismos de cobrança.
Em 2018, a PGFN conseguiu recuperar R$ 23,88 bilhões para os cofres públicos e o FGTS. Em 2017, esse valor chegou a R$ 26 bilhões e em 2016, a R$ 14,5 bilhões.
A maior parte do valor recuperado no ano passado foi por meio de programas de parcelamento de dívidas, conhecido como Refis: 47%. A execução forçada, com penhora e leilão de bens, por exemplo, foi responsável por 25% do total recuperado.

Reforma da Previdência

Levi Júnior também afirmou que a PGFN está preparada para defender a reforma da Previdência, caso sejam feitos questionamentos na Justiça. “Já passamos por algumas reformas previdenciárias. Todas elas bastante discutidas, todas levadas a juízo, todas produziram jurisprudências no Supremo Tribunal Federal. Nós avaliamos a minuta da PEC [Proposta de Emenda à Constituição] e temos absoluta convicção da higidez jurídica e da correção constitucional”, disse.
Segundo ele, a regra de transição é um dos itens que costumam ser questionados na Justiça. Questionado se um dos temas que devem ser discutidos na Justiça é o fim da multa do FGTS para trabalhadores já aposentados que forem demitidos, Levi Júnior também disse que a Procuradoria-Geral está preparada para defender esse tema.
Edição: Sabrina Craide

Governo fará combate ao crime junto com estados e municípios

Publicado em 26/03/2019 - 14:13
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O governo federal deve implementar, em breve, um projeto-piloto interministerial para tentar reduzir os índices de criminalidade no país. A ideia é firmar convênios com estados e municípios para, juntos, atuar nas cidades com altos índices de crimes violentos, desenvolvendo ações de segurança pública e de promoção social.
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"Vamos selecionar cinco municípios para um projeto- piloto”, explicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao anunciar, hoje (26), em Brasília, que o programa desenvolvido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) está prestes a ser colocado em prática.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, coordena reunião com os ministros da Educação, Ricardo Velez; da Cidadania, Osmar Terra, e do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para discutir o Projeto de Redução da Criminalidade
Ministro da Justiça, Sergio Moro, coordenou reunião, em Brasília, para discutir o Projeto de Redução da Criminalidade   (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Durante conversa com jornalistas, Moro não revelou os nomes das cinco primeiras cidades escolhidas, mas, na sequência da reunião com os ministros da Cidadania, Osmar Terra; do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e da Educação, Ricardo Vélez, ele recebeu os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Paraná, Ratinho Júnior.

Cinco municípios escolhidos

Para a imprensa, os dois governadores anunciaram que Goiânia e São José dos Pinhais (PR) estão entre os cinco municípios escolhidos.
Segundo Moro, os detalhes do projeto serão anunciados em breve. A expectativa é que as primeiras medidas sejam implantadas no segundo semestre deste ano.
“Primeiro faremos uma ação concertada [conjunta] das forças de segurança pública federais, estaduais e municipais para uma redução drástica da criminalidade. Concomitantemente, serão realizadas ações de políticas sociais, urbanísticas, de cidadania, educação, saúde, direitos humanos e desenvolvimento regional", explicou Moro, destacando a importância do governo federal assumir mais responsabilidades no controle da criminalidade.
De acordo com o ministro, a iniciativa difere e complementa o projeto de lei anticrime que o governo federal enviou ao Congresso Nacional para tentar reduzir os índices de homicídios e a corrupção.
"O PL [tem] medidas legislativas que visam a uma mudança geral [em várias leis] e a um tratamento mais rigoroso contra a criminalidade violenta, organizada e contra o crime de corrupção. Aqui, estamos falando de ações executivas [realizadas pelos governos federal, estaduais e municipais]”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública.

Repressão policial

Os ministros da Cidadania, Osmar Terra; do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e da Educação, Ricardo Vélez, destacaram a importância de ações conjuntas no enfrentamento à criminalidade. Para Vélez, a repressão policial, sozinha, não consegue modificar a realidade e assegurar a manutenção de eventuais resultados positivos obtidos exclusivamente com o policiamento ostensivo.
“O fator educacional é importantíssimo. Não basta repressão. É necessário que haja ação social, dentro da qual a educação é fundamental para reduzir os índices de violência”, disse Vélez, citando os bons resultados alcançados por seu país de origem, a Colômbia, e por algumas localidades brasileiras que integraram as ações de diversos setores.
Para Osmar Terra, a iniciativa em estudo e o projeto de lei anticrimes encaminhado ao Congresso fazem parte de um esforço do governo federal para assumir mais responsabilidade na segurança pública.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, durante reunião para discutir o Projeto de Redução da Criminalidade
Ministro da Cidadania, Osmar Terra: “Não vamos reduzir a violência só com repressão”   (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
“O governo está propondo uma política integrada, envolvendo várias áreas. Não vamos reduzir a violência só com repressão. Haverá o tratamento das pessoas com dependência química, a prevenção a problemas de saúde mental, mediação de conflito, ações de cidadania e geração de emprego e renda, principalmente para os jovens das comunidades mais afetadas pela violência”, comentou o ministro.

Localidades prioritárias

Já o ministro do Desenvolvimento Regional destacou que a iniciativa pode ajudar ministérios e entes federais a identificarem as localidades prioritárias para o investimento de recursos públicos.
“Estamos em Brasília, mas [atuando] com foco no Brasil todo. O Ministério do Desenvolvimento Regional dará todo o apoio às questões de saneamento, urbanização, abastecimento de água, iluminação pública e no que mais for necessário com foco na redução do crime violento. É, inclusive, um critério de escolha da alocação de recursos. Sabemos das restrições orçamentárias. São programas como este que vão definir onde investiremos os recursos que temos”, disse Canuto.
Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a inclusão de Goiânia entre as cinco cidades onde o projeto-piloto será implantado se justifica pelo número de moradores da capital, Goiânia, embora haja outras regiões mais violentas em Goiás.
“Quando avaliamos os indicadores cidade por cidade, há, no Entorno de Brasília, cidades goianas que estão entre as cinco mais violentas do país. Já Goiânia, quando somamos [as ocorrências] de todas as cidades da região metropolitana, tem um significado maior por causa da projeção que tem, mesmo que os índices [de criminalidade] tenham caído bastante”, afirmou Caiado, revelando que sugeriu à equipe da Senasp que, após 60 dias da implementação do projeto-piloto na capital, a experiência seja transferida para o Entorno de Brasília.
Ao confirmar a seleção de São José dos Pinhais, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, disse que o projeto deve ser colocado em prática entre junho e julho.
“Estamos nos organizando. São José dos Pinhais foi escolhida por ser uma das cidades paranaenses onde os índices de violência mais cresceram nos últimos 20 anos”, finalizou o governador.
Edição: Kleber Sampaio

Taxa de desemprego fica estável na região metropolitana de São Paulo

Publicado em 26/03/2019 - 13:49
Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Em fevereiro, a taxa de desemprego ficou praticamente estável na Região Metropolitana de São Paulo, segundo a pesquisa divulgada hoje (26) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade). O índice de desemprego passou de 15,3% em janeiro para 15,5% em fevereiro, totalizando 1,71 mil pessoas sem ocupação.
Em comparação com fevereiro de 2018, quando 16,4% da população economicamente ativa estava sem trabalho, o nível de desemprego registra queda. No período, o contingente de desempregados teve redução de 90 mil pessoas. Entre janeiro e fevereiro deste ano, o número de pessoas sem emprego aumentou em 12 mil.
O município de São Paulo teve alta de 14,4% na taxa de desemprego de janeiro para 14,9% no último mês de fevereiro. Na parte leste da Grande São Paulo, que inclui Guarulhos e Mogi das Cruzes, o nível de desemprego passou de 17,7% para 19,3%. O Grande ABC teve queda de 16,5% para 14,8%.
Em 12 meses, o setor de serviço foi o que mais abriu vagas, em um total de 95 mil novos postos, uma elevação de 1,7%. O comércio e reparação de veículos criou mais 90 mil postos, crescendo 5,6%. A construção, por outro lado, fechou 74 mil vagas, reduzindo em 12% o nível de emprego no setor.

Ocupados e rendimentos

O número de ocupados na região metropolitana passou de 9,4 milhões em janeiro para 9,32 milhões em fevereiro. O setor de serviços foi o que mais fechou postos de trabalho, com o corte de 85 mil vagas. Enquanto o comércio e reparação de veículos abriu 24 mil novos postos.
Entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019, o rendimento médio dos ocupados passou de R$ 2.145 para R$ 2.077, uma retração de -3,2%. O rendimento médio dos assalariados caiu de R$ 2.202 em janeiro do ano passado para R$ 2.145 no primeiro mês de 2019.
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Em 12 meses, o setor de serviços foi o que mais abriu vagas - Elza Fiúza/Arquivo/Agência Brasil
Edição: Sabrina Craide

Linhão de Tucuruí deve ficar pronto até dezembro de 2021, diz ministro

Publicado em 26/03/2019 - 13:59
Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O ministro de Minas e Energia, Beto Albuqueque confirmou nesta terça-feira (25) que terão início no segundo semestre de 2019 as obras do Linhão de Tucuruí, que vai interligar o estado de Roraima ao sistema elétrico brasileiro. A expectativa é que a obra seja concluída em 2021, disse o ministro, ao participar de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o senador Marcos Rogério durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o senador Marcos Rogério - Marcelo Camargo/Agência Brasil
"[Paralelamente a isso] vamos realizar em maio um leilão de energias renováveis para Roraima, que nós pretendemos que esteja concluído nos próximos dois anos, quase um ano antes do Linhão de Roraima ficar pronto”, acrescentou o ministro,ressaltando que as obras devtrão estar finalizadas em dezembro de 2021.
Albuquerque informou que o leilão será de energia limpa, que tem custo mais barato que a energia das térmicas a óleo. “Todos os consumidores brasileiros terão que pagar, no final do ano, ou ao longo do ano, um custo de R$ 1,9 bilhão, porque estamos gerando 210 megawatts com a utilização de apenas térmicas a óleo diesel. São 80 caminhões de óleo diesel trafegando dirariamente em direção a Roraima para manter a segurança energética a esse custo.”
Sobre a possibilidade de remoção para Roraima das térmicas a óleo da Eletronorte, que estão desativadas em Macapá, o ministro disse que a medida está em estudo. “Acionamos os órgãos vinculados, e esses trabalhos [estudos] já estão sendo feitos junto à Eletronorte para levantarmos as condições das termoelétricas e todo o processo que seria removê-las de Macapá até Roraima, além da implementação disso para pesar o custo-benefício.”

Durante a audiência no Senado, Bento Albuquerque informou que existe um grupo de trabalho no ministério acompanhando a situação em Roraima para minimizar possíveis impactos no estado no que diz respeito à segurança energética.
Sobre a situação energética em Roraima, o ministro disse que já era uma prioridade do ministério, mas reconheceu que a situação se agravou no início deste mês, quando a Venezuela deixou de cumprir o contrato de fornecimento que tinha com uma empresa subsidiária da Eletronorte.
Edição: Nádia Franco

Linhão de Tucuruí deve ficar pronto até dezembro de 2021, diz ministro


Publicado em 26/03/2019 - 13:59
Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O ministro de Minas e Energia, Beto Albuqueque confirmou nesta terça-feira (25) que terão início no segundo semestre de 2019 as obras do Linhão de Tucuruí, que vai interligar o estado de Roraima ao sistema elétrico brasileiro. A expectativa é que a obra seja concluída em 2021, disse o ministro, ao participar de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o senador Marcos Rogério durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o senador Marcos Rogério - Marcelo Camargo/Agência Brasil
"[Paralelamente a isso] vamos realizar em maio um leilão de energias renováveis para Roraima, que nós pretendemos que esteja concluído nos próximos dois anos, quase um ano antes do Linhão de Roraima ficar pronto”, acrescentou o ministro,ressaltando que as obras devtrão estar finalizadas em dezembro de 2021.
Albuquerque informou que o leilão será de energia limpa, que tem custo mais barato que a energia das térmicas a óleo. “Todos os consumidores brasileiros terão que pagar, no final do ano, ou ao longo do ano, um custo de R$ 1,9 bilhão, porque estamos gerando 210 megawatts com a utilização de apenas térmicas a óleo diesel. São 80 caminhões de óleo diesel trafegando dirariamente em direção a Roraima para manter a segurança energética a esse custo.”
Sobre a possibilidade de remoção para Roraima das térmicas a óleo da Eletronorte, que estão desativadas em Macapá, o ministro disse que a medida está em estudo. “Acionamos os órgãos vinculados, e esses trabalhos [estudos] já estão sendo feitos junto à Eletronorte para levantarmos as condições das termoelétricas e todo o processo que seria removê-las de Macapá até Roraima, além da implementação disso para pesar o custo-benefício.”

Durante a audiência no Senado, Bento Albuquerque informou que existe um grupo de trabalho no ministério acompanhando a situação em Roraima para minimizar possíveis impactos no estado no que diz respeito à segurança energética.
Sobre a situação energética em Roraima, o ministro disse que já era uma prioridade do ministério, mas reconheceu que a situação se agravou no início deste mês, quando a Venezuela deixou de cumprir o contrato de fornecimento que tinha com uma empresa subsidiária da Eletronorte.
Edição: Nádia Franco
AGÊNCIA BRASIL 

Governo federal elabora plano de recuperação fiscal, sinaliza Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, os governadores do DF, Ibaneis Rocha e do  Rio de Janeiro, Wilson Witzel participam da reunião extraordinária no Fórum de Governadores.

           José Cruz/Agência Brasil

Ministro se reúne com governadores em Brasília

Publicado em 26/03/2019 - 13:31
Por Carolina Gonçalves e Pedro Peduzzi  Brasília
Em reunião do Fórum de Governadores, no Palácio do Buriti, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (26) que o governo federal elabora um plano de recuperação fiscal dos estados em 30 dias. O prazo para o texto que ainda precisará ser apreciado pelo Congresso Nacional.
Clique aqui para ver a galeria de fotos.
A conversa com o ministro durou mais de três horas de conversa. Além do prazo para o plano de recuperação fiscal, governadores ouviram a proposta de avançar nos aspectos sobre antecipação de recursos federais para incentivo de medidas locais de ajustes, como a privatização de ativos estaduais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da reunião extraordinária no Fórum de Governadores.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da reunião extraordinária no Fórum de Governadores. - José Cruz/Agência Brasil
Durante o encontro, os governadores também citaram o aspecto da cessão onerosa, que trata de recurso oriundos da exploração de petróleo, para que caminhe lado a lado com o da Reforma da Previdência, prioritária para o Executivo.

Análises

“O prazo é para nós razoável. Não chega a ser tão ruim. [O ministro] ofertou a participação de governadores, então eu fui indicado para acompanhar o projeto de recuperação fiscal ”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, informando que o plano de recuperação fiscal é uma demanda dos governantes estaduais.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, durante reunião extraordinária no Fórum de Governadores em Brasília.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, durante reunião extraordinária no Fórum de Governadores em Brasília. - José Cruz/Agência Brasil
Segundo Ibaneis, Paulo Guedes tem o apoio e confiança dos estados, mas cobrou definição mais clara e priorizada da pauta política do governo Jair Bolsonaro. Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, é fundamental pacificar o ambiente político.
“Esse ambiente político tenso atrapalha o debate de qualquer proposta. Não é o ambiente adequado. O confronto entre os Poderes tem atrapalhado”, disse Casagrande.

Disposição

A expectativa, segundo os governadores, é que a proposta de recuperação fiscal e a de reforma da Previdência sejam aprovados até o começo do próximo semestre. Porém, para os presentes ao fórum é necessário discutir mais determinados pontos da reforma.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou, por exemplo, a necessidade de deixar claro no texto que militares também contribuam para o sistema depois de deixarem suas atividades.
“Uma preocupação é que fique claro o termo utilizado 'aposentados' poderia excluir os militares de uma possível alíquota suplementar. Quando o militar vai para reserva não é considerado aposentado. Sugerimos o termo inativo. Isto pode incrementar 30% da expectativa que temos”, disse.
Leite alertou sobre o risco de um colapso das contas públicas sem as mudanças na lei. “A Reforma é urgente e condição de sobrevivência para estados, municípios, União e para todos os brasileiros. O sistema previdenciário já ocupa 60% da receita e se nada for feito isso passará a 80% das receitas. Isso vai significar colapso dos serviços e o tempo político é curto”, afirmou.

Edição: Renata Giraldi