terça-feira, 26 de março de 2019

Escola de governança inicia curso de educação fiscal para servidores

Capacitação

 

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    25/03/2019 18:27h
    A Escola de Governança do Pará (EGPA) iniciou nesta segunda-feira (25) o curso de Disseminadores em Educação Fiscal, voltado para servidores. Com aulas à tarde, a turma tem 20 alunos e carga horária de 20 horas. Entre os temas que serão abordados estão a Relação Estado e Sociedade/Ética e Cidadania; Diretrizes para o Projeto em Educação Fiscal; Função Social dos Tributos e  Gestão Democrática dos Recursos  Públicos.
    Haverá, ainda, a proposta do desenvolvimento de projetos de Educação Fiscal pelos participantes. Os ministrantes são Marinea dos Santos e Mauro Pontes, da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), e Armando Alão, analista tributário da Receita Federal.
    Participaram da abertura do evento a diretora-geral da Escola de Governança, Evanilza Marinho, e a coordenadora da Escola Fazendária da Sefa, Ana Cristina Viana. Ambas destacaram o papel da cidadania no bom desempenho das atividades do servidor público.
    O Programa Estadual de Educação Fiscal atua no Pará há 18 anos, numa parceira da Sefa com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e Receita Federal do Brasil.
    Consciência cidadã - “Os conteúdos são repassados de forma transversal, em ações de sensibilização e capacitação para professores, técnicos, universitários e comunidade em geral, com o objetivo de disseminar conhecimento e despertar a consciência do cidadão sobre a função social dos tributos e a gestão dos recursos públicos, assim como a importância da participação da sociedade no controle dos gastos públicos”, explicou a coordenadora do Grupo Estadual de Educação Fiscal, Zilda Benjamin, servidora da Sefa.
    Em abril haverá novo curso de Educação Fiscal na EGPA. Mais informações sobre o Programa de Educação Fiscal no Pará estão disponíveis na Escola Fazendária, pelo fone (91) 3241-3841, ou pelo e-mail educacaofiscal@sefa.pa.gov.br
    Por Ana Marcia Pantoja

    Sejudh de Santarém passa a emitir carteira de trabalho

    Serviço

     


    25/03/2019 12:05h
    Os moradores do oeste paraense vão contar com a emissão gratuita de Carteira de Trabalho (CTPS) a partir do mês de abril e já podem ter acesso ao documento de identidade em tempo real a partir desta segunda-feira (25), conforme anunciou o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Rogério Barra, durante a realização do Programa Governo Por Todo o Pará, realizado de 20 a 23 deste mês em Santarém.
    Como parte das ações do Governo do Estado para garantir o acesso da população aos serviços de cidadania, o núcleo regional da Sejudh, em Santarém, passou por um processo de reestruturação e, agora, ampliará a oferta de serviços de forma permanente. Entre as ações, reorganização e melhoria na estrutura física do núcleo para abrigar no mesmo espaço a emissão de documentos e os serviços da Diretoria de Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON. 
    O núcleo também diminuiu o prazo para entrega do RG, que antes levava cerca de 30 dias para ser produzido. Hoje, quem for ao núcleo regional para obter o documento de identidade já sairá com o RG em mãos porque a impressão passou a ser feita em tempo real.
    Antes, o núcleo regional funcionava com a estrutura comprometida e ofertava apenas a emissão de documento de identidade, atuando como casa de apoio e com pouca demanda porque a própria população desconhecia a funcionalidade institucional, informou o secretário. “O núcleo regional da Sejudh, em Santarém, estava abandonado e pouco frequentado porque os moradores sequer sabiam que ali havia emissão de documento, muito menos, que o serviço é gratuito”, frisou.
    Para o secretário, a presença do Governo na região permitiu a aproximação da população e fortaleceu a rede de cidadania no oeste paraense. “Agora, o morador de Santarém e vizinhança passa a ter um espaço integrado onde ele pode ter acesso aos serviços de forma prática e com custo zero. A impressão do RG é feita na hora, além da possibilidade de registro de denúncias caso se sinta lesado nas relações de consumo, além da emissão da CTPS sem custo nenhum”, anunciou.
    Por Claudiane Santiago

    Projeto musical melhora acolhimento de usuários e ambiente hospitalar

     

    Em Tailândia

     

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    25/03/2019 10:18h
    Uma parceria com a Igreja Assembleia de Deus "Plenitude" e o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital Geral de Tailândia (HGT), leva música e reflexões aos colaboradores, usuários e acompanhantes, por meio do projeto “Docinho Musical”, visando valorização das relações interpessoais e o respeito mútuo, incentivando a cultura da paz no ambiente hospitalar.
    As apresentações artísticas e didáticas serão realizadas, semanalmente, nas áreas dos ambulatórios e no pátio principal do hospital, enfermarias, além de contar com a futura formação de Coral do HGT. A primeira ação do projeto foi realizada no final de semana e contou com público de usuários internados e em atendimento de todas as faixas etárias, levando emoção e descontração à todos, proporcionando mais leveza ao ambiente.
    O projeto idealizado pelo GTH, conta com o apoio dos membros do projeto “Três músicos” da Igreja, entre eles, a enfermeira do HGT Mayara  Soares, e mais três companheiras:  Danyele da Silva e Silva, Fabrícia Bomfim Marques Queiroz e Jocyelle Silva dos Santos.
    De acordo com Mayara Soares, as próximas ações serão estendidas com apresentações musicais no jardim do hospital, corridas nos leitos, oficinas de musicalização na ala da pediatria, oficinas de Canto Coral. “Nosso objetivo é envolver o maior número de usuários, colaboradores e visitantes nesse momento de descontração, lazer, cultura, fé e esperança por meio da arte”.
    Com 52 leitos, o HGT oferece assistência de baixa e média complexidade para uma população da mesorregião do nordeste paraense estimada em 270 mil habitantes.
     Serviço: O Hospital Geral de Tailândia fica na Avenida Florianópolis, s/n, no Bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 3752-3121.
    Por Vera Rojas

    Nova terapia auxilia na reabilitação de pessoas com deficiência

    Ciir

     

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    25/03/2019 10:06h
    O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, inova e passa a oferecer a terapia de PediSuit para usuários já em assistência e com indicação para o procedimento. OPediSuit é um protocolo de terapia intensiva que melhora o desenvolvimento motor, o reforço muscular, o equilíbrio e a coordenação do indivíduo com disfunções neurológicas. A terapia vem rendendo resultados positivos em crianças com paralisia cerebral, atraso do desenvolvimento motor, síndrome de Down, deficiências ortopédicas e neurológicas, hipotonia, autismo, acidente vascular encefálico, entre outros.
    A utilização do PediSuit se dá através do uso do macacão (suit) e a Gaiola de Atividades, criando um suporte para que o corpo seja alinhado o mais próximo do funcional possível, gerando também uma descarga de peso que é essencial para a regulação do tônus muscular e para a função vestibular e sensorial, essa descarga é gerada pelo ajuste das tiras elásticas da vestimenta.
    A nova terapia oferecida vai proporcionar uma alternativa terapêutica potencial e eficaz para otimizar o atendimento de usuários com perfil da assistência enquadrada no uso do PediaSuit. Como é o caso da pequena Maitê Dias Cardoso, de apenas três anos, que recebe atendimento no Centro há oito meses.
    Com diagnóstico de anoxia perinatal (causada por ausência ou diminuição de oxigênio no cérebro durante o nascimento), ela já recebe atendimento em Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Hidroterapia, Psicopegadogia, Musicoterapia e, agora, o PediaSuit com mais três outros usuários assistidos pelo CIIR, formando um grupo de quatro indivíduos, devidamente triados em função de suas necessidades prioritárias e benefícios na reabilitação de cada um deles.
    Segundo a mãe da pequena Maitê, a dona de casa Wilsilene Pantoja Dias, que acompanha a reabilitação da filha, a evolução clínica da menina é claramente percebida. “Antes de chegar até aqui, ela havia passado por outras três instituições, mas foi aqui que ela evoluiu. Antes ela nem sentava sozinha e, hoje, até ensaia andar e ela vai conseguir com a ajuda dessa terapia nova do Pedia”, afirmou a mãe.
    Há uma lista de pacientes para participar da nova terapia. Eles foram triados de acordo com suas prioridades e necessidades. O número de pacientes por atendimento não pode ser maior do que quatro pessoas, devido a intensidade do protocolo o que exige atenção e cuidado dos profissionais, pela manhã e tarde, durante um mês. “É quase uma dedicação exclusiva”, diz a coordenadora da Fisioterapia, Monizze Carleto, ao revelar a triagem de crianças para o “Pedia” com potencial para andar, mas que anda não caminham.
    Investimentos - Para oferecer essa nova terapia, a direção do  CIIR, contou com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), investiu na capacitação de seus colaboradores que atuam na Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que podem desenvolver, exclusivamente, essa técnica, que surgiu com base em uma roupa criada nos anos 70, por cientistas russos, para ser usada por astronautas, pois ao retornarem de missões espaciais, apresentavam dificuldades motoras, perdas de densidade óssea, massa muscular e de movimentos.
    O diretor Executivo do Centro de Reabilitação, José Batista Luz Neto, ressalta que o  PediaSuit é uma terapia complementar e é aplicada como ferramenta na reabilitação de pessoa com deficiência física e intelectual. “A terapia  é oferecida para usuários que já estão inseridos nos programas de reabilitação e com indicação para tal”, comentou o gestor ao lembrar também que somente profissionais credenciados com a patente do PediaSuit, podem indicar a aplicação da terapia.
    O protocolo é desenvolvido no CIIR por Monizze Carleto, pela fisioterapeuta Natalia Coelho e  pela terapeuta ocupacional, Waléria Cristina Hipólito, que passaram por capacitação no Centro de Reabilitação Vitória, em Curitiba, ministrada pela equipe de instrutores do Pediasuit Brasil e se tornaram terapeutas Pediasuit certificadas.
    Segundo Carleto, o Pedia Suit é um protocolo intensivo de terapia neuromotora que permite  potencializar a recuperação do usuário. Uma avaliação é realizada por um profissional PediaSuit, que inicia com aquecimento e exercícios terapêuticos, após isso é colocado o macacão ortopédico e o usuário realizará atividades/exercícios de fortalecimentos muscular, além de atividades para a melhora da habilidade motora, como do equilíbrio, controle postural, coordenação e marcha de acordo com o que foi evidenciado de necessidades de intervenção pontuado na avaliação.
    São vários os benefícios aos usuários, entre eles a melhora do alinhamento corporal, na densidade óssea, no tônus muscular, diminuição das contrações, auxilia a correção do padrão de marcha, melhora o equilíbrio, a coordenação e a consciência corporal.
    Porém, a especialista alerta que o protocolo também tem suas contra indicações precauções de alguns casos, como para qualquer outro tratamento.
    Atendimento - Os usuários podem ter acesso aos serviços do CIIR por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde, acolhido pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminhará à regulação Estadual, onde o pedido será analisado conforme perfil do usuário, através do Sistema de Regulação -SISREG. É importante ressaltar que não há atendimento espontâneo ou qualquer tipo de inscrição ou cadastramento no CIIR.
    Serviço: O CIIR funciona em complexo situado à na Rodovia Arthur Bernardes, 1000. Mais informações: 4042-2157/58/59.
    Por Vera Rojas

    Estudantes retomam atividades em escola de Suzano 13 dias após ataques

    Os alunos são vistos durante um dia de reabertura da escola, após o tiroteio na escola Raul Brasil em Suzano, SP, 18 de março de 2019.

                UESLEI MARCELINO

    Uma data para o retorno às aulas será definida esta semana

    Publicado em 26/03/2019 - 06:33
    Por Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil  São Paulo
    A partir das 7h de hoje (26), a Escola Estadual Raul Brasil estará aberta para os estudantes em horário regular, até as 18h, com atividades pedagógicas de acolhimento. Eles serão recebidos com apresentação da Orquestra Locomotiva, dinâmicas, leitura de cartas de apoio, exibição e debate de filmes. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, ainda não há data para o retorno das aulas. A medida será definida pela direção da escola a partir do trabalho com os alunos e professores nesta semana.
    As aulas foram suspensas no dia 13 deste mês, quando dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola, encapuzados e armados, e promoveram um ataque que resultou, ao todo, namorte de dez pessoas – cinco estudantes e duas professoras. Os atiradores, que antes de invadir a escola mataram um empresário, também morreram na ação.
    As atividades de retorno estavam sendo planejadas por cerca de 50 professores e funcionários da escola desde a semana passada e foram finalizadas nessa segunda-feira (25). Eles contaram com o apoio da secretaria de Educação e da equipe do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem), que reúne pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
    Representantes de sala e do grêmio estudantil da escola – totalizando 19 alunos – participaram de um encontro nessa segunda para alinhar com a Diretoria de Ensino de Suzano e a Escola de Formação de Professores da Secretaria Estadual de Educação as próximas ações na escola.
    Alunos e professores de outras escolas da cidade também estiveram na Raul Brasil pra prestar solidariedade. A Escola Estadual Inah Jacy de Castro Aguiar, por exemplo, enviou cartas de estudantes com mensagens de apoio. Já os alunos e professores do Colégio Nossa Senhora do Sagrado Coração entregaram flores e cartazes para os professores atingidos pelo atentado.

    Acompanhamento

    Terão continuidade nos próximos dias, os atendimentos individuais e coletivos feitos por técnicos do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), da Secretaria Estadual de Justiça. Os acolhimentos de saúde mental serão oferecidos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em quatro Centros de Apoio Psicossocial da prefeitura de Suzano. A secretaria de Educação informou que está em tramitação um convênio entre o governo estadual e a prefeitura para reforçar esse atendimento.
    De acordo com a secretaria, diversas instituições se colocaram à disposição para contribuir tanto no âmbito pedagógico quanto no suporte psicológico de alunos e funcionários. Além da prefeitura, do Caps, do Cravi, da Unicamp e da Unesp, estavam a Universidade Braz Cubas, a Universidade Cruzeiro do Sul; o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Suzano; a Neuroconecte; o Conselho Regional de Psicologia; a Defensoria Pública; e a Universidade Federal Mato Grosso do Sul (UFSM).
    Edição: Talita Cavalcante

    Paulo Guedes vai à Câmara para debater reforma da Previdência

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante Plenária de Prefeitos da 75a Reunião Geral da FNP, fala sobre a Reforma da Previdência.

                 Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

    Dicussões do texto começam na Comissão de Constituição e Justiça

    Publicado em 26/03/2019 - 06:09
    Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil  Brasília
    Os deputados começam a discutir, na tarde de hoje (26) a proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência(PEC 6/19), com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, primeira fase de tramitação do texto. Os parlamentares querem que o ministro esclareça pontos da medida, a reforma previdenciária dos militares, a reestruturação da carreira das Forças Armadas e a necessidade de mudança do sistema de Previdência Social do país.
    O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que os deputados têm dúvidas sobre os impactos da proposta, apresentada pelo governo no mês passado. Segundo ele, a expectativa é que o ministro esclareça os principais pontos da emendas.
    A semana passada foi marcada pelo impasse nas articulações políticas entre Poder Executivo e Câmara dos Deputados. Desta forma, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu adiar a indicação do relator até que o cenário político esteja mais favorável para a aprovação da reforma no âmbito da comissão.
    A previsão é que o nome seja indicado até quinta-feira (28). O líder do PSL afirmou que Francischini (PSL-PR) está ouvindo partidos e governo para escolher o relator.
    Além de Guedes, parlamentares devem ouvir seis constitucionalistas na CCJ da Câmara para tratar da reforma, na quinta-feira (28). Dois nomes serão indicados pelas lideranças da base do governo, outros dois nomes por lideranças da oposição, e os últimos dois por deputados ditos independentes.
    Entre os convidados estão o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, a procuradora Elida Graziane Pinto, do Ministério Público de Contas de São Paulo, e o advogado Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

    Articulação

    Guedes reafirmou ontem (25) a confiança no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na condução das discussões entre os deputados.
    “Desde o início, ele apoia a reforma da Previdência. Quando ele foi eleito pela primeira vez [presidente da Câmara], em 2016, falou da importância da aprovação da reforma no primeiro discurso. Ele é a favor”, ressaltou.
    Guedes destacou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também tem se manifestado a favor da reforma.
    Para o ministro, o Congresso pode rever determinados pontos da proposta enviada pelo governo, mas pediu que a economia em 10 anos não fique inferior a R$ 1 trilhão. Caso contrário, não será possível implementar o regime de capitalização para os trabalhadores jovens. “Talvez tenha alguma coisa que o Parlamento não seja a favor, mas tudo tem sua explicação, sua lógica. Se algum ponto for derrubado, tudo bem, mas peço que a economia não baixe de R$ 1 trilhão.”
    Edição: Talita Cavalcante

    Prefeito de Mariana (MG) decreta estado de calamidade financeira


    Medida vai provocar cortes em diversos setores e demissões

    Publicado em 25/03/2019 - 22:13
    Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
    A prefeitura de Mariana (MG) decretou hoje (25) estado de calamidade financeira. A decisão levou em conta os impactos da paralisação da Mina da Alegria, da Vale, anunciada na semana passada.
    A medida, segundo informações da prefeitura, vai causar cortes em diversos setores, como educação, saúde e desenvolvimento social. Cerca de 700 funcionários devem ser demitidos.
    De acordo com a prefeitura, a paralisação da Mina da Alegria agrava as dificuldades que vêm desde o rompimento da barragem da mineradora Samarco, no Complexo Minerário de Germano. Na tragédia, ocorrida em novembro de 2015, dois distritos no município foram destruídos, 19 pessoas morreram e diversas outras cidades da bacia do Rio Doce sofreram impactos socioambientais. Desde então, a Samarco está com suas atividades paralisadas.
    Mariana (MG) - Rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5). Em meio ao cenário de muita lama, barro e destruição, o que restou lembra uma cidade fantasma (Antonio Cruz/Agência Brasil)
    Mariana (MG) - Rompimento de barragens da mineradora Samarco - Antonio Cruz/ Agência Brasil

    Antecipação

    O portal da prefeitura publicou trechos do pronunciamento realizado à tarde pelo prefeito Duarte Júnior (PPS), no qual ele justificou o decreto de calamidade financeira. “A nossa arrecadação mensal será de aproximadamente R$ 12,7 milhões. Em 2014, período em que a Vale e a Samarco ainda atuavam, esse valor chegava a cerca de R$30 milhões ao mês”, disse.
    Caso a situação se mantenha, o prefeito avalia que a receita de Mariana sofrerá uma queda de R$ 92 milhões em 2019. A principal perda está relacionada com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), conhecida como royalty do minério, embora outros tributos, como o Imposto Sobre Serviços (ISS), também sejam impactados.
    Para tentar contornar a situação, a prefeitura entrará com duas ações contra a Vale. Em uma delas pedirá a antecipação de uma indenização à Mariana e na outra irá requerer a manutenção de pagamentos equivalentes ao valor da CFEM, mesmo que  a mineradora não esteja operando. “Somos reféns da mineração e precisamos de socorro do Poder Judiciário para que as mineradoras mantenham os serviços essenciais que dependem desse recurso”, disse o prefeito.

    Responsabilidade

    Duarte Júnior responsabilizou a Vale pela crise financeira do município e lembrou ainda que a mineradora é uma das acionistas da Samarco, ao lado da anglo-australiana BHP Billiton.
    “A Vale é responsável por tudo que esta acontecendo em Mariana, por toda essa crise. Sendo assim, ela tem que arcar com os prejuízos do seu dano. Quem sofre com tudo isso é a população e não vou permitir que ela pague por irresponsabilidade de empresa alguma”, afirmou.
    Em nota, a mineradora afirmou que recolhe todos os tributos incidentes em suas operações de acordo com a legislação vigente. "A Vale vem mantendo diálogo permanente com os municípios de Minas Gerais. Isso inclui a comunicação sobre as paralisações das operações", informa o texto.

    Acordo

    Medidas similares às que Mariana irá pleitear na Justiça fazem parte de um acordo obtido pela prefeitura de Brumadinho (MG), após tragédia ocorrida há dois meses, quando uma barragem da Vale na Mina do Feijão se rompeu causando centenas de mortes.
    Há cerca de duas semanas, o prefeito de Brumadinho, Avimar Barcelos, anunciou um acordo com a mineradora. Segundo ele, mesmo que ela não esteja operando no município, por pelo menos dois anos, estão assegurados os pagamentos equivalentes ao valor da ISS e da CFEM.
    Mina de Alegria teve suas operações paralisadas conforme anúncio feito pela Vale na última quarta-feira (20). Na ocasião, a mineradora afirmou em nota que adoção da medida se deu em caráter preventivo.
    "Sob condição de estresse, os resultados obtidos nas análises preliminares de suas estruturas foram inconclusivos, não sendo possível garantir sua estabilidade sob tais condições", diz o texto divulgado. De acordo com a Vale, tão logo os estudos dessem garantias de segurança, as operações seriam retomadas.
    Edição: Luiza Damé

    Ex-presidente Temer volta para a capital paulista

    O ex-presidente Michel Temer deixa a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, após o desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2), determinar a soltura do ex-presidente.

                 Reuters/Ricardo Moraes/Direitos Reservados

    Publicado em 25/03/2019 - 22:08
    Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil  São Paulo
    O ex-presidente da República, Michel Temer, chegou a cidade de São Paulo hoje (25) por volta das 21h15, no aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, vindo do Rio de Janeiro em um avião bimotor. Ele deixou, mais cedo, a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio, onde estava preso desde a última quinta-feira (21).
    O ex-presidente foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo desembargador Ivan Athié. Temer havia sido preso preventivamente na última quinta-feira (21), durante a Operação Descontaminação, que investiga desvio de verbas nas obras da usina nuclear Angra 3.
    Depois de pousar no aeroporto de Congonhas, Temer foi para sua residência, no bairro Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital. Ele chegou em casa por volta das 21h45.

    Histórico

    O ex-presidente foi preso preventivamente junto com o ex-ministro Moreira Franco e quatro acusados de integrar uma quadrilha que cometeu crimes de corrupção relacionados à construção da Usina Nuclear Angra 3. A pedido da defesa, após ser preso, Temer foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O ex-ministro Moreira Franco estava preso no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói.
    As prisões foram determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que julga os processos relacionados à Lava Jato no Rio de Janeiro.

    O ex-presidente Michel Temer deixa a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, após o desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2), determinar a soltura do ex-presidente.
    O ex-presidente Michel Temer deixa a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, após o desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2), determinar a soltura do ex-presidente. - Reuters/Ricardo Moraes/Direitos Reservados
    Edição: Renata Giraldi