terça-feira, 26 de março de 2019

DataSenado: poluição ambiental que resulta em morte deve virar crime hediondo


  
Da Redação | 25/03/2019, 16h18
Para 97% dos internautas que participaram de enquete divulgada pelo DataSenado, a poluição ambiental que resulte em morte deve passar a ser considerada crime mais grave com cumprimento de pena mais rigoroso.
Na hipótese de os crimes ambientais que causam morte passarem a ser considerados hediondos, 70% dos pesquisados acreditam que o respeito ao meio ambiente vai aumentar. Já 18% acham que ele vai permanecer igual.
A enquete ficou disponível no portal do Senado na internet entre os dias 1º e 28 de fevereiro, quando recebeu 1.106 respostas.

Propostas

Senado NotíciasA inclusão da poluição ambiental no rol de crimes hediondos foi prevista inicialmente pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no projeto (PL 22/2016),que foi inserido posteriormente em outra proposta (PL 550/2019), aprovada pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) no final de fevereiro e remetida à Câmara dos Deputados.
O PL 550/2019 foi uma resposta do Senado às tragédias do rompimento das barragens de rejeitos de Brumadinho, em janeiro, e de Mariana, há três anos, em Minas Gerais. Juntos, os dois municípios têm um saldo de mais de 200 mortos e uma centena de desaparecidos, fora o impacto ambiental causado pelo vazamento de milhões de metros cúbicos de lama tóxica.

Novas regras

O texto reforça a efetividade da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Torna mais rígidas as regras de responsabilização civil, penal e administrativa das mineradoras; estabelece multas que partem de R$ 10 mil e podem chegar a R$ 10 bilhões em função da extensão do dano e do potencial econômico do infrator; e classifica como hediondo o crime de poluição ambiental quando resultar em morte — altera a Lei de Crimes Ambientais, prevendo o aumento de pena em até quatro vezes. A multa por infração ambiental deverá ser revertida obrigatoriamente à região afetada.
O projeto também proíbe a construção de reservatórios pelo método de alteamento a montante, aquele em que a barragem vai crescendo em degraus, utilizando o próprio rejeito da mineração. E ainda obriga cada barragem ter o seu Plano de Ação de Emergência. Hoje a exigência fica a critério do órgão fiscalizador, que determina sua elaboração em função da categoria de risco e do dano potencial associado.
A proposição é de autoria da senadora Leila Barros (PSB-DF), mas o texto aprovado é também resultado de uma construção conjunta dos senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Randolfe Rodrigues, que foram relatores na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e na CMA, respectivamente. Eles ainda aproveitaram sugestões do PL 635/2019, de Lasier Martins (Pode-RS) e do PLS 224/2016, do ex-senador Ricardo Ferraço.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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Parlamentares poderão perder o mandato se exercerem cargos no Executivo


  
Da Redação | 25/03/2019, 17h00
Senadores, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores poderão perder o mandato se passarem a exercer cargos ou funções estranhas ao Poder Legislativo. A determinação consta de substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/2015, pronto para votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A proposta foi apresentada pelo senador Reguffe (sem partido-DF) e se fundamentou no entendimento de que a nomeação de parlamentares eleitos para cargos do Poder Executivo “afronta o princípio basilar da separação e independência dos poderes”. A mesma compreensão foi expressada pelo relator, senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR).
“Entendemos que a investidura de senador e deputado federal no cargo de ministro de Estado, que é uma das hipóteses permitidas, constitui prática que, embora já longeva na nossa história constitucional, não se coaduna com o sistema presidencialista, cuja forte característica é a separação dos Poderes”, expôs Oriovisto no parecer.

Papel fiscalizador

Originalmente, a PEC 5/2015 suprimia dois dispositivos do artigo 56 da Constituição Federal, que lista as hipóteses em que o deputado ou senador não perderá o mandato. Com isso, foi eliminada a possibilidade de investidura dos parlamentares nos cargos de ministro de Estado, governador de território, secretário de estado, do Distrito Federal, de território, de prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária.
Na sequência, o texto de Reguffe cortou o dispositivo que dava ao deputado ou senador investido nesses cargos do Executivo a possibilidade de exercê-los mantendo a remuneração como parlamentar.
“O Poder Legislativo moderno é cada vez mais fiscalizador e menos legislador. A possibilidade de Deputados e Senadores ocuparem cargos no Poder Executivo, sem que renunciem aos mandatos parlamentares, afeta o exercício pleno do papel fiscalizador pelo Congresso Nacional, porquanto não é recomendável que o membro do poder fiscalizador integre o poder fiscalizado”, sustentou Reguffe na justificação da PEC 5/2015.

Substitutivo

Oriovisto também compartilha da opinião de que a proposta busca fortalecer o princípio da separação dos Poderes. Entretanto, não considerou suficiente a simples supressão dos dispositivos indicados por Reguffe para reforçar a independência do Legislativo em relação ao Executivo.
“Essa vedação que se pretende incluir deve estar expressa de modo a evitar que, em eventual controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, a mudança introduzida seja julgada inepta e desprovida de efetividade normativa”, declarou o relator no parecer.
A partir dessa compreensão, tratou de estabelecer, via substitutivo, que a investidura em qualquer cargo ou função estranha ao Poder Legislativo é causa de perda de mandato de deputado ou senador. Alterou ainda outro dispositivo do artigo 56 da Constituição que previa a convocação do suplente em caso de exercício de cargos no Executivo pelo titular do mandato parlamentar.
Outra inovação trazida pelo relator foi dar prazo de 90 dias, contado da entrada em vigor da emenda constitucional, para exoneração dos membros do Legislativo que estiverem atuando junto ao Executivo.
Depois de passar pela CCJ, a PEC segue para dois turnos de discussão e votação no Plenário do Senado antes de ser enviada à Câmara.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Economia com Previdência virá dos pobres e miseráveis, alertam economistas


  
Da Redação | 25/03/2019, 17h10
A maior parte (86%) dos recursos orçamentários que deverão ser economizados, caso a proposta de reforma Previdência apresentada pelo governo (Proposta de Emenda à Constituição 6/2019, em tramitação na Câmara) seja aprovada, sairão do regime geral ligado ao setor privado (RGPS) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O alerta foi feito por economistas que participaram nesta segunda-feira (25) de audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que debateu o tema.
— Quando você olha a descrição de onde viria o R$ 1,1 trilhão a ser economizado em 10 anos, 86% sai do RGPS e do BPC. Então como você pode afirmar que a nova Previdência combate privilégios, se ela atinge em cheio dois segmentos que não tem nenhum privilégio? O teto do RGPS é R$ 5.839, o BPC é um salário mínimo (R$ 998). O governo está devendo um cálculo atuarial à sociedade, e ficará claro que a economia virá do corte de benefícios aos trabalhadores de baixa renda — disse Clovis Scherer, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).

Calculadora-Dieese

Para Scherer, o governo tem o objetivo de diminuir os valores das aposentadorias. Convidou os internautas a baixarem o app da entidade e compararem o que receberiam segundo as regras atuais, e quanto deverão ganhar caso o projeto do governo vingue.
— O governo alega que está preservando quem ganha um salário mínimo. Mas daí pra cima, todos perdem. A perda será de até 15% para assalariados que recebam acima do mínimo até cinco mínimos. Isso é importantíssimo, porque estes são os segurados que representam a maior fatia das despesas. Sobre eles recairão os cortes.
Outro fator que afetará o valor das aposentadorias será a forma de calculá-la, como explicou o economista. Se hoje quem se aposenta por idade pelo RGPS tem acesso a cerca de 85% da sua média salarial, com a PEC esse percentual cairá para 60%. A proposta também ataca fortemente os valores das pensões, especialmente buscando desvinculá-las do salário mínimo, o que segundo Scherer também prejudica os mais pobres.
— As pensões terão cortes substanciais, e a maior parte das pensões são de um salário mínimo. A PEC também limita o acúmulo de benefícios. 83% dos acúmulos no RGPS não passam de R$ 3.000, aliás a grande maioria são dois mínimos acumulados — disse.
Scherer ainda alertou que ao desconstitucionalizar a recomposição do poder de compra dos benefícios, a tendência será o achatamento dos valores com o passar dos anos.

Baixa renda X PIB

O professor Eduardo Moreira também avalia que o governo erra ao apostar todas as fichas do crescimento econômico no setor privado. Para ele, a reforma da Previdência também tem essa lógica, pois atende o mercado financeiro e busca, como objetivo final ainda não declarado, implantar o sistema de capitalização.
— A grande maioria dos recursos que circulam no âmbito do RGPS vira bens e serviços, vinculam-se à economia real, porque quase tudo que o pobre ganha, ele gasta. A renda do pobre no Brasil é quase sempre muito baixa, ele não pode sequer se dar ao luxo de poupar. Inclusive se entrasse nos cálculos o que retorna pro governo na forma de impostos, ficaria impossível alegar déficit. Já os recursos destinados à elite financeira rentista travam a circulação econômica, e também não voltam em forma de impostos. Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) prova que quando a renda do 1% mais rico de uma população aumenta 1%, o PIB diminui. Mas se a renda dos mais pobres cresce 1%, o PIB também cresce. Porque o dinheiro dos mais ricos vira estoque, aplicação, enquanto o dos pobres vira atividade econômica — detalhou.
Moreira também avalia que a PEC 6/2019 retira recursos dos mais pobres, por isso tenderá a causar um impacto negativo econômico duradouro caso seja aprovada. Citou como exemplos, entre outros, o fato de o RGPS movimentar mais recursos que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em cerca de 4.000 cidades, e que o sistema fez o índice de pobreza na terceira idade cair para menos de 10%. Citou ainda um estudo do IBGE que detectou que se não fosse o RGPS, o índice de pobreza entre os mais velhos seria de 65%.
Por fim, Moreira ainda alertou que o modelo no qual o governo aposta poderá de fato levar o RGPS ao colapso, pois ocorre paralelamente à precariedade no mercado de trabalho.
— Ouvi do dono de uma grande construtora que os desempregados nem se interessam mais em ter a carteira assinada, porque não acreditam que um dia vão se aposentar. É verificável que a informalidade está crescendo, o que faz cair a receita do RGPS. Por outro lado, uma nova corrida por pedidos de aposentadoria também vem ocorrendo, por pessoas que temem as novas regras. O quadro da Previdência pode se deteriorar em curto prazo — alertou.
Clovis Scherer também avalia que o governo visa estrangular o RGPS, por anunciar a criação de uma nova carteira de trabalho, verde e amarela, que desonerará os empregadores, forçando os trabalhadores a aderirem à capitalização. Isso levará a queda da arrecadação do RGPS.
— Isso vai permitir ao mercado financeiro acessar, só em taxas de administração do que está hoje no RGPS, no mínimo R$ 20 bilhões por ano. Sem contar o RPPS [Regime Próprio de Previdência dos Servidores], regimes complementares e outros segmentos. Com segurança total pra eles, o risco será só do trabalhador. É um modelo péssimo onde a maioria é de baixa renda, como no Chile, onde as aposentadorias são irrisórias, enquanto o mercado lucra bilhões —criticou.
Ele ainda alertou os governos estaduais e municipais de que terão um custo fiscal considerável com a implantação do sistema complementar, que, até o momento, não tem nenhuma fonte de recursos indicada. Para o economista, este quadro deverá levar a uma degradação ainda maior nos setores de saúde e educação, visando cobrir os custos do sistema complementar.
Scherer também considera preocupante jogar os custos dos regimes próprios na Seguridade Social. Para ele, essa "operação" tornará o orçamento da Seguridade estruturalmente deficitário, justificando novas reformas nos próximos anos.

Sonegações

Roberto Piscitelli, do Conselho Federal de Economia (Cofecon), criticou as abordagens que analisam o sistema previdenciário pelo aspecto puramente contábil. Para ele, o modelo visa a transferência de renda e objetivos ligados à justiça social e à diminuição da desigualdade, tendo produzido bons resultados, "à despeito de necessárias correções".
O Cofecon, afirmou, também não aceita desmontar a tríade que sustenta o modelo atual, baseado em contribuições de trabalhadores, governo e empregadores. O órgão ainda defende uma revisão nas políticas de renúncias fiscais, anistias e parcelamentos "a perder de vista", que também corroem o orçamento da Seguridade.
— As renúncias fiscais já alcançam R$ 400 bilhões. Sem falar nos vazamentos possíveis pelo chamado planejamento tributário e as sonegações, que a Procuradoria da Fazenda calcula que já chegam a R$ 500 bilhões — lamentou.
Por fim, o representante do Cofecon também vê como "trágica" a eventual adoção do modelo de capitalização. Piscitelli acrescentou que 91% dos chilenos recebem hoje aposentadorias equivalentes a R$ 694, o que fez do país o campeão latino-americano no suicídio de idosos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Telmário critica apreensão de galos supostamente usados em rinhas em SC


  
Da Redação | 25/03/2019, 17h15
O senador Telmário Mota (Pros-RR) usou a tribuna nesta segunda-feira (25) para criticar a apreensão de 22 galos supostamente usados em rinhas (brigas de galos), em Ibirama, no Vale do Itajaí (SC). Os animais, de espécie que segundo o senador está em extinção, passaram por avaliação veterinária e acabaram sacrificados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Segundo o parlamentar, o criador dos galos, acusado injustamente de maus-tratos, contribuía para a preservação da espécie, segundo Telmário.
O senador citou notícia do site G1 que narrou que as aves estavam aprisionadas em gaiolas e apresentavam ferimentos e cicatrizes. No local, também foi encontrada uma arena de combate de madeira, o que configuraria a realização de rinhas de galos.
Mas essa história, segundo Telmário, não condiz com a realidade. Para o senador, quem provocou os ferimentos nas aves foi o policial militar ao soltá-las e permitir que elas brigassem para obter um falso flagrante. Por esse motivo, quem deve responder judicialmente é o policial militar, com o agravo de ter utilizado do seu poder para invadir o domicílio do criador sem mandado.
— Na verdade, não havia maus-tratos e muito menos rinha de galo naquela localidade. Os animais eram da espécie de animais combatentes, e por isso brigaram. Como pode fazer sentido livrar um ser vivo dos maus-tratos sacrificando-o? Em nome de quem você pode dizer que está livrando dos maus-tratos praticando a eutanásia, matando, sacrificando, exterminando? Lamentavelmente o espírito do Hitler está nesse policial maligno. Essa laranja podre tem que ser retirada, para não estragar um quadro tão bom, que são os policiais de Santa Catarina — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Jornada da Inovação do Senado enfrenta desafios da gestão pública


  
Da Comunicação Interna | 25/03/2019, 17h40
A Jornada da Inovação do Senado foi aberta segunda-feira (25), pela manhã, no auditório Antônio Carlos Magalhães (Interlegis). Durante toda a manhã, os presentes assistiram a palestras e ouviram depoimentos sobre iniciativas que obtiveram êxito no serviço público.
A Jornada é um esforço de capacitação do Senado para 2019, segundo o diretor-executivo de Gestão, Márcio Tancredi. Ele pretende ampliar os limites de participação para além dos servidores efetivos, alcançando comissionados e pessoal dos gabinetes. Outra meta é trabalhar pela efetivação dos projetos de inovação que surgirão ao longo do treinamento.
— Dentro da capacidade orçamentária e da realidade da operação local, esperamos por em prática, se possível, todos os projetos que representem ganhos para a produtividade do serviço — afirmou Tancredi.
O curso será dividido em duas turmas de 70 integrantes, uma por semestre, dos quais 60 provenientes do Senado e dez do Ministério da Economia, a serem acompanhados por 30 mentores. O treinamento, previsto para iniciar na quinta-feira (28), se dará pelo método hub-gov. A gestão do curso é de responsabilidade da empresa especializada em inovação no serviço público WeGov, contratada mediante cooperação entre Senado e Escola de Administração Fazendária (Esaf), agora incorporada à Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

Pensando o design

— A inovação representa a utilização de valores e visões complementares para obter melhores resultados. Pensamentos diferentes, experimentações diferentes, produzem resultados mais íntegros — afirmou Guilherme Almeida, diretor de Inovação da Enap e do Gnova, laboratório de inovação do Ministério da Economia que é pioneiro na administração pública federal.
Para Guilherme, o principal desafio é fazer que projetos como a Jornada de Inovação se tornem multiplicadores, a fim de que em breve as ações de inovação não sejam mais iniciativas individuais, e sim institucionalizadas no Estado brasileiro.

Casos de sucesso

Iniciativas de inovação que são exemplos de sucesso foram apresentados por convidados dos três Poderes: Marco Bruno Miranda, juiz federal do Rio Grande do Norte; Fabiana Ruas, diretora do Centro de Pesquisa e Informação do Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (TCU); e Guilherme Almeida, da Enap. A mediação foi de Henrique Porath, um dos coordenadores do Núcleo de Apoio à Inovação (Nainova) do Senado.
— A solução muitas vezes não está em medidas de grande porte, mas em projetos simples que representem ganhos para a produtividade do órgão e principalmente para a população — definiu o juiz federal.
Um de seus projetos, a criação de brinquedotecas em foros para que pessoas humildes tivessem onde deixar os filhos, expandiu-se para todo o estado e hoje é citação recorrente em aulas de professores da Universidade de Harvard.
Outra iniciativa de sucesso foi a parceria entre o centro de inovação do TCU e a Universidade de Brasília para permitir o uso de ferramentas de acompanhamento (georreferenciamento) por satélite para acompanhar obras federais, o Geocontrole.  Conforme Fabiana Ruas, o programa ampliou-se com o tempo para incorporar mais universidades e posteriormente promoveu intercâmbio com órgãos de fiscalização da Argentina para uso de drones. Atualmente, o Geocontrole se tornou modelo de auditoria para países da América Latina e Caribe.
No segundo semestre será oferecida uma segunda turma de 60 "exploradores da inovação".
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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Da Redação | 25/03/2019, 17h45
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) criticou nesta segunda-feira (25) as condições do ensino no Brasil e a atuação dos sindicatos, que segundo ele estimulam greves em vez de ajudar os professores, orientá-los, oferecer-lhes apoio na área da saúde e fiscalizar a qualidade da educação das crianças.
— Os professores enfrentam uma imensa carga de trabalho, às vezes com 40 horas num contrato no estado e 20 horas no município, sem contar eventuais aulas no sábado em escolas particulares. Diante de todas as dificuldades, surge o trabalho dos sindicatos, que basicamente centram fogo no dinheiro e no convencimento dos professores para as greves, na baixa produtividade, aproveitando essas fraquezas para a conclamação ao grevismo.
O senador homenageou em seu discurso os dez professores escolhidos como os melhores do mundo pela Fundação Varkey, como sede em Londres. Entre eles está a professora brasileira Débora Garófolo, da Escola Ary Parreiras, de São Paulo. O prêmio principal, de US$ 1 milhão, denominado Global Teacher Prize, foi concedido ao professor Peter Tobishi, do Quênia. O evento de premiação foi realizado no domingo (24), em Dubai, nos Emirados Árabes.
— Não se pode politizar a educação. A nova política, tão falada hoje, deve começar pela escola. Não se pode indicar diretor de escola por vereador, deputado, governador ou prefeito. A escola necessita de formação de lideranças escolares sempre, como se faz no Banco do Brasil, nas Forças Armadas, na diplomacia brasileira, nas Policias Militares. Sempre há promoções, cursos, cursos de cabo, cursos de sargento, cursos disso, curso daquilo. Já na educação, não há — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)