segunda-feira, 25 de março de 2019

Número de municípios em alerta para surto de arboviroses aumenta no Piauí


São 108 cidades no Piauí que estão em alerta e têm risco para ocorrência de surto das doenças

Dados da pesquisa entomológica do Aedes aegypti apontam que aumentou o número de municípios que estão com alta infestação do vetor. São 108 cidades no Piauí que estão em alerta e têm risco para ocorrência de surto das doenças relacionadas ao mosquito, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, referente aos meses de fevereiro e março deste ano.
O boletim também aponta a diminuição na redução dos casos de arboviroses em relação ao ano passado. Em 2018 foram notificados 575 casos de dengue em 34 municípios, já esse ano foram 378 casos em 42 municípios, representando uma redução de 34,4%. Já, Chikungunya reduziu 76,5%, foram 170 casos em seis cidades em 2018 e este ano foram 40 casos em 10 cidades.
Os municípios devem manter a vigilância, pois dados da pesquisa apontam que 25 municípios do Piauí estão com Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 4%, ou seja, alta infestação com risco para ocorrência de surto de arboviroses. Em estado de alerta, IIP de 1% a 3,9%, estão 83 municípios e 109 estão com o IIP satisfatório, menos de 1% de infestação.
Os dados da pesquisa entomológica são coletados pelos agentes de endemias nas residências, que verificam se há focos do mosquito no local. Após esse trabalho de campo, as secretarias municipais de saúde alimentam o sistema de informações LIRAa/ LIA do Ministério da Saúde.
Além disso, o sistema aponta que sete municípios não realizaram ou não informaram ao sistema os dados da pesquisa entomológica. “Esses dados servem para que tomemos medidas mais efetivas em regiões com maior risco, precisamos desses dados para nortear nosso trabalho. Se um município não notifica sua realidade, ele acaba prejudicando sua população”, alerta Antônio Manoel, supervisor de arboviroses.

Municípios com situação de maior risco
Alagoinha do Piauí, Alvorada do Gurguéia, Avelino Lopes, Belém do Piauí, Campo Grande do Piauí, Cocal de Telha, Demerval Lobão, Fartura do Piauí, Flores do Piauí, Francisco Santos, Guadalupe, João Costa, Júlio Borges, Landri Sales, Marcolândia, Matias Olímpio, Miguel Alves, Monsenhor Hipólito, Morro Cabeça no Tempo, Pajeú do Piauí, Pio IX, Pedro II, Regeneração, Santana do Piauí e Simões.
Autoria: Denise Nascimento
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Em 10 anos, Minha Casa Minha Vida construiu mais de 80 mil casas no Piauí


Programa Minha Casa Minha Vida completa 10 anos

Ascom ADH
Casas construídas na zona rural de Teresina por meio do PNHR (Ascom ADH)
O Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) completa 10 anos neste dia 25 de março. Além de importante instrumento no atendimento à demanda social por moradia digna da população brasileira e estímulo às atividades do setor da construção, o PMCMV é de fundamental importância para a economia nacional, por sua alta capacidade de gerar emprego, renda e tributos.
No Piauí, o programa MCMV construiu mais de 80 mil unidades habitacionais. Os dados são da Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais. A Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) é responsável pela construção de 3.400 moradias, por meio dos programas Sub50, voltado para municípios de até 50 mil habitantes e o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), ambos ramificações do Minha Casa Minha Vida.
Na opinião da diretora geral da ADH, Gilvana Gayoso, o Minha Casa Minha Vida foi a mais importante política habitacional já lançada no país. "O programa MCMV foi decisivo para que muitas famílias carentes realizassem o sonho da casa própria. Antes, a população de baixa renda da zona rural não podia adquirir um imóvel e hoje existe o Programa Nacional de Habitação Rural, uma coisa impensável há 30 anos. Outra vantagem do Programa foi a geração de empregos: foram muitas contratações empregos registrados em carteira de trabalho”, declara.
Para Gayoso, o programa continua sendo fundamental no combate ao déficit habitacional. “Foi através do Programa Minha Casa Minha Vida-Sub 50 que dezenas de municípios piauienses voltaram a construir. Foram milhares de casas entregues no interior do estado”, afirma a gestora. 
De acordo com a Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC), de maio de 2009 a dezembro de 2018, o PMCMV contratou a construção de 5.567.032 habitações, com recursos da ordem de R$ 463,7 bilhões, sendo aproximadamente R$ 160,8 bilhões em subsídios oriundos do Orçamento Geral da União (OGU) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Do total de unidades contratadas, 84% já foram concluídas (sendo 88% dessas entregues) e 16% estão em fase de produção.
Para a realização integral das contratações ocorridas desde o início do PMCMV até dezembro do ano passado, essas obras exigiriam o emprego direto de 3,5 milhões de trabalhadores, o equivalente a 390 mil postos de trabalho ao ano em média. Nesse período, os tributos diretos gerados somaram quase R$ 51 bilhões. Considerando apenas a parcela aportada diretamente pelo OGU, cerca de 50% dos recursos retornam a partir dos impostos pagos diretamente pelas obras.
O MCMV trouxe também enormes avanços de procedimentos ao segmento de habitação de interesse social, como a melhoria gradual na burocracia estatal e na gestão de ganhos de produtividade das empresas envolvidas e avanços nos processos tecnológicos em novos materiais.
No atual contexto de agravamento dos problemas fiscais, o PMCMV deverá ser revisto, mas tudo indica que até que sejam anunciadas novas medidas, a prioridade será retomar as obras paralisadas e corrigir problemas deixadas pelas fases anteriores do Programa.

Fonte: Agência CBIC
Autoria: Rita Lúcia

Nova empresa investirá R$ 17 bilhões na exploração de minérios no Piauí



O governador Wellington Dias recebeu, nesta segunda-feira (25), no Palácio de Karnak, os representantes da empresa B&BIZ, que apresentaram uma proposta de projeto para a exploração de minérios no Piauí. A iniciativa já possui licenciamento ambiental para implantação e prevê a extração de dois milhões de toneladas de minério de ferro no município de Simões.
“É um dia especial para Piauí. Solicitaram muito o projeto do Ceará que faz sucesso com a siderúrgica e que hoje tem grandes investimentos e recebe uma grande quantidade de empresas. O fato é que o Ceará busca o minério em Minas Gerais e o Piauí pode ser esse fornecedor de mineração certificada”, explica a deputada federal pelo Ceará, Gorete Pereira.
De acordo com governador, o desenvolvimento do projeto passa também pela conclusão das obras da Ferrovia Transnordestina. “Do ponto de vista do Estado, a gente vai buscar a questão dos incentivos fiscais e quando o projeto estiver pronto, também o licenciamento ambiental. Também nos cabe acompanhar, em nível de Governo Federal, o principal elemento que é a logística da implantação da Rodovia Transnordestina”, declara.
“O Piauí tem um minério de excelente qualidade e tem o projeto dessa grande ferrovia que é a Transnordestina. O custo de extração e transporte diminuirá consideravelmente, diferente da siderúrgica do Ceará, na qual todo minério vem de Minas Gerais ou de Carajás (PA), por trem ou navio. A empresa do Piauí diminuirá o custo, aumentará a competitividade e, por consequência, teremos um mercado muito mais abrangente do que em outros lugares que possuem custos elevados”, corrobora o deputado federal Júlio César.
Para o representante da B8BIZ, Miguel Bentez, a iniciativa reforça o trabalho de mineração já iniciado na região sul piauiense. É um projeto de Estado ancorado por uma Siderúrgica que é associada com infraestrutura e logística, desenvolvendo minerações locais.

O próximo passo para a implantação do projeto é viabilizar um termo de compromisso, concomitante a uma análise das alternativas. Segundo representantes da B8BIZ, Miguel Bentes e Chrisanto Lima, a empresa trabalha com estruturação e gerenciamento dos projetos, bem como com a prospecção de investidores estrangeiros, onde querem realizar workshows pelo mundo. Os investimentos a serem atraídos são da ordem de $ 17Bi. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil China - CCIBC, representada por seu Diretor, Sérgio Bayas, também presente a Audiência - manifestou interesse nesses investimentos, aonde solicitou uma Audiência do Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, Mr Charles Tang com o Governador Wellington Dias, para que um desses primeiros Roadshows seja realizado na China.
Autoria: Lorenna Costa e Aline Medeiros