segunda-feira, 25 de março de 2019

Entenda como funcionam as sessões de julgamentos no TSE


Corte se reúne ordinariamente duas vezes por semana. Presidente pode convocar sessão extraordinária, caso haja necessidade
Plenário do TSE vazio
Duas vezes por semana, os ministros se reúnem no Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para realizar as sessões ordinárias jurisdicional e administrativa, que ocorrem sempre às terças-feiras, a partir das 19h, e às quintas-feiras, às 9h. Os julgamentos não têm hora para acabar, principalmente no período eleitoral, quando o fluxo de processos submetidos à análise aumenta consideravelmente. A presidente da Corte tem a prerrogativa de convocar sessões extraordinárias, quando necessário, que podem ser realizadas a qualquer dia e hora.
Participam dessa rotina de julgamentos pelo menos sete ministros – os titulares ou, na sua ausência, os substitutos –, além de um representante do Ministério Público Eleitoral, o assessor de Plenário, que auxilia durante a sessão jurisdicional, e o diretor-geral da Corte, que compõe a mesa na análise dos processos administrativos. Do total de ministros da composição, três são originários do Supremo Tribunal Federal, dois do Superior Tribunal de Justiça e dois são representantes da classe dos juristas – advogados com notável saber jurídico e idoneidade.
Antes de adentrar no Plenário, os ministros aguardam na Sala de Togas. O espaço, localizado atrás da mesa onde estão seus assentos, não tem esse nome por acaso. Lá, os magistrados se reúnem para vestir as togas e aguardar o início da sessão. A vestimenta, que é de cetim preto, fica guardada em um armário na sala, e cada ministro tem a sua. Um dos símbolos da magistratura, a toga tem registros de utilização desde a Roma Antiga. Já passou por diversas configurações e formas, entre elas a retangular, a curta e a semicircular.
Devidamente vestidos, os magistrados seguem para o Plenário, pela porta de trás da mesa, para dar início à sessão. As nove cadeiras dispostas no espaço projetado para julgamentos têm lugar marcado. Da esquerda para a direita de quem assiste, a configuração é a seguinte: um ministro da classe dos advogados, um magistrado proveniente do STJ e, ao lado, um ministro do STF. A cadeira seguinte é ocupada por um representante do MPE, que é ladeado pela presidente da Corte. Seguindo a ordem de quem assiste, ao lado direito da presidente da Corte sempre está sentado o secretário da mesa e/ou o diretor-geral. Os próximos a ocuparem as cadeiras são um ministro do Supremo, outro do STJ e, por fim, o segundo representante da advocacia.
Quem define se o julgamento do dia começará pela sessão jurisdicional ou pela administrativa é a presidente da Corte. Habitualmente, ao iniciar a sessão jurisdicional, ela concede a palavra ao secretário da mesa, que realiza a leitura da ata da sessão anterior. Em seguida, a presidente anuncia o processo que será analisado pelo Colegiado.
A sequência de processos publicada em pauta não é necessariamente seguida no dia da sessão, e fica a cargo da presidente do Tribunal decidir quais casos colocar em discussão. Todavia, em qualquer sessão, é necessário respeitar o previsto no artigo 22 do Regimento Interno da Corte, que determina que seja observada a seguinte ordem de julgamento, de acordo com as classes processuais: habeas corpus originários e recursos de sua denegação; mandados de segurança originários e recursos de denegação dos impetrados aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs); recursos interpostos nos termos do artigo 121, incisos I, II e III, da Constituição Federal; e qualquer outra matéria submetida ao conhecimento do Tribunal.
Geralmente, ao indicar determinado assunto, a ministra faz a introdução do processo e passa a palavra ao relator, que faz a leitura do relatório. Depois, é concedida a vez ao Ministério Público Eleitoral e também aos advogados das partes, caso estejam inscritos para sustentação oral.
Ordem de votação
Encerrada a discussão, a presidente tomará os votos dos ministros, sendo o primeiro o do relator. A votação se dará sempre nesta ordem: ministros do STF, do STJ e da classe dos advogados, mudando-se a precedência dos votos a depender do relator. A presidente sempre vota por último.
Por exemplo, se o relator de um processo é o ministro mais novo do Supremo, o próximo a votar serão os dois do STJ (mais antigo e mais novo), os dois advogados (mais antigo e mais novo), o mais antigo do STF e, por fim, a presidente. Por outro lado, na hipótese de o relator ser o mais antigo do Supremo, o próximo a votar será o mais novo proveniente do mesmo tribunal. Os demais seguem a sequência, sempre observando o critério de antiguidade.
A decisão será tomada por maioria de votos e redigida pelo relator, salvo se este for vencido, caso em que a presidente designará, para lavrá-la, o ministro que abriu a divergência condutora do voto vencedor.
Capinhas
Durante a sessão, nota-se a circulação de pessoas, atrás das cadeiras dos ministros, vestidas com uma capa preta menor que a toga em comprimento. São os chamados “capinhas”. Eles são servidores e até mesmo estagiários de Direito designados para auxiliar os magistrados durante os julgamentos.
RC/LC, DM

Decisões do Plenário destaca a cassação dos mandatos do prefeito e do vice de Floreal (SP)


Programa é exibido pela TV Justiça aos sábados e domingos, às 17h, e também pode ser assistido na página da Justiça Eleitoral no YouTube
Decisões do Plenário
O programa Decisões do Plenário desta semana destaca a confirmação da cassação dos mandatos de João Manoel de Castilho e Gilberto de Grande, prefeito e vice-prefeito de Floreal (SP), por abuso de poder político e econômico, além de compra de votos nas Eleições de 2016. A Corte ainda determinou a realização de novas eleições no município.
O Decisões também aborda a reversão da cassação do mandato do prefeito de Casa Branca (SP), Marco César Aga, acusado de irregularidade na arrecadação de recursos durante campanha eleitoral de 2016.
Outro destaque do programa é a confirmação do indeferimento dos registros de candidatura e dos mandatos do prefeito e do vice-prefeito de Palmares do Sul (RS) por abuso de poder político e condutas vedadas a agente público.
Esta edição do programa ainda trata da decisão pela inelegibilidade do ex-prefeito e do ex-vice-prefeito de Frecheirinha (CE). Eles foram condenados por irregularidade durante a campanha eleitoral.
Produzido pelo Núcleo de TV do Tribunal Superior Eleitoral, o Decisões do Plenário vai ao ar na TV Justiça aos sábados e domingos, às 17h, com reprises durante a semana. Você também pode assistir ao programa na página da Justiça Eleitoral no YouTube.
GE/LC, DM, com informações do Núcleo de TV do TSE



Conexão Eleitoral desta semana fala sobre Identidade Digital


Edição inédita do programa vai ao ar na TV Justiça às sextas-feiras, às 21h
Conexão Eleitoral
A edição desta semana do programa Conexão Eleitoral vai mostrar todos os detalhes da emissão do Documento Nacional de Identificação (DNI), também conhecido como Identidade Digital, que será um documento único do cidadão brasileiro a ser emitido pela Justiça Eleitoral.
O programa apresenta ainda o Grupo de Trabalho coordenado pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin para sistematizar a legislação eleitoral e facilitar o trabalho de advogados, servidores e da sociedade em geral.
Além disso, a edição trata também da determinação da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, de ampliar o número de servidores da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, a fim de dar mais agilidade ao julgamento das contas de campanha de candidatos e legendas.
Produzido pelo Núcleo de TV do Tribunal Superior Eleitoral, o Conexão Eleitoral vai ao ar pela TV Justiça às sextas-feiras, às 21h. As reprises ocorrem aos sábados e às segundas, às 4h30; aos domingos e às quintas, às 11h30; e às terças, às 21h. Você também pode assistir ao programa na página da Justiça Eleitoral no YouTube.
CM/LC, DM, com informações do Núcleo de TV do TSE

Processo Judicial Eletrônico será implantado nas zonas eleitorais até o final do ano


Sistema já abrange todas as classes processuais no TSE, nos TREs e nas Corregedorias Eleitorais
Logo PJE
A implantação do sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe) no primeiro grau de jurisdição é uma das metas da Justiça Eleitoral para este ano. De acordo com cronograma aprovado pela Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a introdução do PJe em mais de 3 mil zonas eleitorais do país ocorrerá de agosto a dezembro de 2019.
“Para a implantação efetiva, o TSE está trabalhando no desenvolvimento da versão 2.1 do sistema PJe. Será realizada uma experimentação, dos dias 23 a 25 de abril, no Tribunal. Foram convidados servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais e um servidor de zona eleitoral por estado, com o objetivo de testar o sistema”, informa a assessora-chefe do PJe, Simone Holanda Batalha.
Os estudos estão sendo desenvolvidos por um Grupo de Trabalho denominado GT-PJe Zonas. Os treinamentos oficiais com servidores e magistrados serão realizados por meio de Educação a Distância (EAD) a partir de junho, abrangendo as duas primeiras etapas de introdução do sistema.
Segundo Simone, o principal desafio consiste em entregar aos usuários das zonas eleitorais um sistema completo e funcional, tendo em vista o exíguo tempo para desenvolvimento de um mecanismo complexo e apto para funcionar nas localidades mais longínquas.
“A quebra de paradigma é, sem dúvida, outro desafio a ser enfrentado”, complementa a assessora-chefe do PJe. Isso porque, segundo ela, atualmente, há um grande número de servidores não atuantes no sistema e que passarão a exercer suas atividades em meio eletrônico ainda este ano.
Zona eleitoral é a região geograficamente delimitada dentro de um estado, gerenciada pelo cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores ali domiciliados. Pode ser composta por mais de um município, ou por parte dele. Normalmente, segue a divisão de comarcas da Justiça Estadual.
Mapa atual
Todos os processos novos originários no TSE, nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), na Corregedoria-Geral Eleitoral ou nas Corregedorias Regionais já tramitam exclusivamente pelo PJe. A tecnologia passou a ser utilizada na Corte Superior Eleitoral no dia 24 de agosto de 2015, após a edição da Resolução TSE nº 23.417/2014.
Em 2016, teve início a inclusão dos pedidos de registro de candidatura para as eleições por meio eletrônico. Com isso, o procedimento que levava dias passou a ser realizado em poucos minutos.
Já nas Eleições Gerais de 2018, a iniciativa foi expandida para todas as cortes regionais. Ao serem protocolados no CANDex, os pedidos de registro de candidatura passaram a ser, automaticamente, incluídos no PJe, com o início da contagem dos prazos exigidos por lei.
“O PJe foi muito bem aceito pelos usuários do TSE e dos TREs, inclusive tendo tido desempenho acima do esperado nas Eleições de 2018, possibilitando o peticionamento automático dos processos de registro de candidatura e de prestações de contas eleitorais no sistema e o julgamento mais célere dessas demandas”, observa Simone.
O trâmite dos autos em ambiente digital também permite amplo acesso aos documentos do processo por mais de um interessado ao mesmo tempo, independentemente de onde se encontrem, além de possibilitar aos jurisdicionados obter respostas ágeis e transparentes.
JP/LC, DM

Programa de visitação ao Museu do TSE será retomado na próxima terça-feira (26)


Voltado a alunos dos ensinos fundamental e médio das redes pública e particular, iniciativa recepcionou 442 visitantes em 2018
Alunos do CEF 27 da Ceilândia visitam o museu do TSE
Direcionado a alunos dos ensinos fundamental e médio das redes pública e particular, o Programa Educativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará as visitações ao Museu da Corte na próxima terça-feira (26), com estudantes e professores do Centro de Ensino Fundamental nº 13 de Ceilândia, cidade do Distrito Federal. Um segundo grupo da mesma escola fará a visitação na quinta-feira (28).
Os participantes conhecerão a exposição “Eleições no Brasil: a conquista da transparência e da legitimidade”, que contempla toda a história das eleições no país, desde os tempos coloniais até os dias de hoje. Após a visita, os alunos participarão de uma oficina educativa, na qual serão convidados a refletir sobre o conteúdo visto na mostra. Além disso, terão contato com a urna eletrônica e participarão de uma votação simulada no equipamento.
Segundo números da Coordenadoria de Biblioteca e Museu do Tribunal, em 2018, a iniciativa recepcionou 442 visitantes, sendo 402 alunos e 40 professores. Eles conheceram as exposições “20 Anos da Urna Eletrônica”, entre 17 de maio e 19 de junho, e “Eleições no Brasil: a conquista da transparência e da legitimidade”, de 18 de setembro a 13 de novembro.
A ação educativa foi amplamente elogiada nos formulários de avaliação preenchidos pelos visitantes do último ano. Como destaques do programa, foram ressaltados aspectos como dias e horários das visitas, distribuição de lanche, tamanho das turmas de visitação, duração dos encontros, atendimento, conteúdo, oficina educativa, experiência com a urna eletrônica e aplicabilidade do conteúdo em sala de aula.
Outro aspecto ressaltado por alunos e professores foi a disponibilização de transporte por parte do Tribunal para as escolas públicas interessadas. Segundo eles, a facilidade contribuiu para o aumento do interesse das instituições de ensino pela ação, já que muitas não podem custear as despesas do deslocamento dos estudantes ao Museu do TSE.
O Programa Educativo
Criado com a finalidade de viabilizar um espaço de reflexão sobre todo o processo eleitoral no Brasil, o Programa Educativo do TSE tem como público-alvo alunos da educação básica das redes pública e privada de ensino. O transporte do Tribunal é oferecido somente a estudantes das escolas públicas.
Acompanhados de um servidor, os alunos visitam a exposição em cartaz no Museu, localizado no subsolo da sede da Corte, e, em seguida, participam de uma oficina educativa. O Programa dá aos estudantes a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pela Justiça Eleitoral, além de possibilitar a criação de um ambiente para a discussão de diversos assuntos, tais como processo eleitoral, direito ao voto, cidadania e democracia.
As escolas interessadas em participar do Programa Educativo do Museu do TSE devem entrar em contato pelo e-mail  ou pelos telefones (61) 3030-9285 e 3030-9291.
EM/LC, DM

TRE do Acre homenageia ministro Tarcisio Vieira com Medalha do Mérito da Justiça Eleitoral


Após a solenidade, magistrado proferiu aula magna de abertura do ano letivo da Escola Judiciária Eleitoral acreana
TRE-AC homenageia ministro Tarcisio Vieira com outorga de Medalha do Mérito da Justiça Eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) realizou, na manhã desta quinta-feira (21), sessão solene para outorga da Medalha do Mérito da Justiça Eleitoral ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcisio Vieira de Carvalho Neto. A solenidade ocorreu no Plenário da corte acreana, em Rio Branco.
A comenda foi entregue ao homenageado pela presidente do TRE-AC, desembargadora Regina Ferrari, depois de o ministro ter sido conduzido à frente da bancada pelo vice-presidente do tribunal, desembargador Elcio Mendes, e pelo juiz-membro da corte Marcos Motta.
Compuseram a mesa de honra, além dos membros da corte eleitoral acreana, as seguintes autoridades: o deputado Janilson Lopes Leite, representando o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre; o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), Francisco Djalma; e o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ilmar Nascimento Galvão.
A medalha foi entregue em conformidade com resolução do TRE-AC, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados pelo ministro e por sua contribuição para o engrandecimento, fortalecimento e respeitabilidade da Justiça Eleitoral.
Em nome dos demais membros do TRE-AC, o juiz-membro Marcelo Badaró ressaltou a importância da honraria concedida e as qualidades do homenageado. "Sua passagem à frente da Escola Judiciária Eleitoral do TSE foi marcada por ações que, por si só, revelam o espírito de educador que lhe move", destacou.
Para a presidente do tribunal acreano, a honraria do ministro Tarcisio Vieira não está apenas no brilhantismo de sua carreira profissional, mas também na qualidade de cidadão e no amor dedicado à Justiça Eleitoral do Brasil. "Muito obrigado, e fica nosso agradecimento profundo por ter vindo ao Acre", disse.
"É uma honra muito grande ser homenageado por este Tribunal, e minha honra é maior por ter meu nome escrito na história do TRE-AC. Muito obrigado a todos pela linda homenagem", agradeceu o ministro.
Aula magna
Após a sessão solene, o homenageado proferiu aula magna de abertura do ano letivo da Escola Judiciária Eleitoral do Acre (EJE), sobre o tema "Balanço das Eleições 2018 e os novos desafios para o pleito de 2020".
Dentre os assuntos abordados, o ministro falou sobre o financiamento de campanha eleitoral, bem como discorreu sobre a participação feminina no processo eleitoral e sobre as fake news nas eleições. "Democracia sem informação não é democracia verdadeira", apontou.
O ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto possui graduação em Direito pela Universidade de Brasília (1993), mestrado em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Direito do Estado também pela Universidade de São Paulo (2015). Exerce os cargos de ministro do TSE, subprocurador-geral do Distrito Federal e de professor adjunto da Universidade de Brasília. Exerceu o cargo de diretor da Escola Judiciária Eleitoral no TSE entre 2017 e 2018.
Fonte: Assessoria de Comunicação do TRE-AC