segunda-feira, 25 de março de 2019

Queniano é escolhido o melhor professor do mundo


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Ele conseguiu que alunos de área rural pobre vencessem prêmio

Publicado em 25/03/2019 - 08:05
Por Agência Brasil  Brasília
O queniano Peter Tabichi foi escolhido o melhor professor do mundo pelo prêmio Global Education and Skills Forum, anunciado nos Emirados Árabes.
Professor de ciências e padre franciscano, ele doa 80% de sua renda mensal para ajudar os pobres. Leciona em uma área rural do Quênia, Escola Secundária Keriko Mixed Day em Pwani Village, no Vale do Rift do Quênia.
Sem equipamentos nem estrutura, o professor busca superar as limitações todos os dias. “Ver meus alunos crescerem em conhecimento, habilidades e confiança é minha maior alegria em ensinar. Quando eles se tornam criativos e produtivos na sociedade, eu fico muito satisfeito”, revela.
Tabichi iniciou um clube de formação de talentos e expandiu o Clube de Ciências da escola, ajudando os alunos com projetos de pesquisa de tal qualidade que 60% agora se qualificam para competições nacionais.

Vitória

O professor orientou os alunos por meio da Feira de Ciências e Engenharia do Quênia, em 2018. Nela, eles apresentaram um dispositivo que haviam inventado para permitir que pessoas cegas e surdas pudessem medir objetos. Com o projeto, a escola ganhou o primeiro lugar a nível nacional na categoria de colégios públicos.
A equipe de Ciências Matemáticas também se qualificou para participar da Feira Internacional de Ciências e Engenharia Intel 2019, no Arizona, nos Estados Unidos, para a qual eles estão atualmente se preparando.
Os alunos também ganharam um prêmio da Royal Society of Chemistry depois de aproveitar a vida das plantas locais para gerar eletricidade.
Tabichi e quatro professores lecionam para alunos de baixo rendimento, em aulas individuais de matemática e ciências, nos fins de semana. O professor leciona em uma escola com apenas um computador desktop com uma conexão intermitente.

Impactos

De acordo com dados oficiais, o número de matrículas dobrou para 400 em três anos, e os casos de indisciplina caíram de 30 por semana para apenas três. Em 2017, apenas 16 dos 59 alunos ingressaram na faculdade, enquanto em 2018, 26 alunos foram para a universidade e faculdade.
Na escola em que Tabichi leciona, 95% dos alunos são oriundos de famílias pobres, quase um terço são órfãos ou têm apenas um dos pais e muitos não têm comida em casa.
Há relatos frequentes de abuso de drogas, gravidez na adolescência, abandono precoce da escola, casamentos jovens e suicídio.
Edição: Kleber Sampaio
Publicado em 25/03/2019 - 07:53
Por Agência Brasil*  Brasília
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que a prisão de Roberto Marrero por agentes do serviço de inteligência justifica-se por ele participar de uma “célula terrorista”. Marrero é chefe de gabinete de Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela e principal opositor de Maduro.
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
Para Maduro, assessor preso faz parte de "célula terrorista" Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
De acordo com a imprensa oficial, a prisão de Marrero foi para desmantelar uma célula terrorista. Segundo informações da AVN, agência pública de notícias da Venezuela, as autoridades de segurança venezuelanas capturaram um chefe paramilitar colombiano contratado pela oposição para promover a violência no país.
Guaidó, nas redes sociais, afirmou que Marrero seu “irmão de luta” seria julgado nos tribunais venezuelanos por “juízes cúmplices na ditadura”. Na semana passada, o Grupo de Lima e várias entidades internacionais reagiram à prisão do assessor do presidente interino.
Marrero foi retirado de casa na sexta-feira (22) de madrugada. De acordo com relatos, um grupo de agentes secretos encapuzados violaram a residência do assessor parlamentar e o retiraram com violência.
*Com informações da AVN, agência pública de notícias da Venezuela.
Edição: Talita Cavalcante

Romênia transfere embaixada de Tel Aviv para Jerusalém

Publicado em 25/03/2019 - 07:27
Por Agência Brasil*  Bucareste (Romênia)
O governo da Romênia anunciou a transferência de sua embaixada de Israel para Jerusalém, retirando-a de Tel Aviv, capital política e administrativa israelense. A Romênia se une aos Estados Unidos e outros países, como Paraguai e Taiwan.  A primeira-ministra da Romênia, Viorica Dancila, fez o anúncio.
O status diplomático de Jerusalém tem sido muito disputado desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu a cidade como a capital de Israel no final de 2017.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu o apoio do governo romeno e chamou a primeira-ministra de “amiga”.
A Organização pela Libertação da Palestina lamentou a decisão da Romênia e classificou a medida como “violação dos direitos palestinos, do direito internacional e das resoluções das Nações Unidas”.
*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha
Edição: Kleber Sampaio

Passagem de ciclone por Moçambique deixa pelo menos 446 mortos


Publicado em 25/03/2019 - 07:09
Por Agência Brasil*  Maputo ( Moçambique)
O número de vítimas da passagem do ciclone Idai por Moçambique, Malauí e Zimbábue aumenta diariamente. Pelos últimos dados, morreram 446 pessoas em Moçambique, 259 no Zimbábue e 56 no Malauí.
Para as agências humanitárias, o desastre em Moçambique tem semelhanças com as tragédias humanitárias do Iêmen e da Síria.
Danos do ciclone Idai são vistos em Beira, Moçambique
Ciclone Idai deixou rastro de destruição em Beira, Moçambique   (Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho via Reuters/Direitos reservados)
Autoridades e agências de ajuda temem mais mortes em decorrência do risco de cólera e outras doenças transmitidas pela água contaminada que está em várias áreas do país.
A inundação criou um lago de 125 quilômetros de largura, devastando uma área antes ocupada por centenas de milhares de pessoas.
Nos últimos dias, foram feitos esforços para reabrir a principal estrada de acesso à Beira, área mais afetada pelo desastre.
A pista foi reaberta ontem (24).
Brasil, Alemanha e vários países ofereceram ajuda para Moçambique. Os alemães doaram US$ 1,13 milhão para assistência humanitária. O Reino Unido também repassou dinheiro para o país africano.
O governo do Canadá informou que fornecerá, inicialmente, US$ 3,5 milhões em assistência de emergência e doar suprimentos de emergência, incluindo lonas, kits de abrigo, mosquiteiros e cobertores.
Outras contribuições vieram do Japão, Bélgica e Marrocos.
*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha
Edição: Kleber Sampaio

Dois meses após tragédia em Brumadinho, Vale tem R$ 13,6 bi bloqueados

Um boi é visto na lama depois do rompimento de barragem de rejeitos de minério de ferro de propriedade da mineradora Vale, em Brumadinho (MG).

         Adriano Machado/Reuters/Direitos reservados

Valor se destina a reparar danos, após o rompimento da barragem

Publicado em 25/03/2019 - 07:05
Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
Exatos dois meses após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), a mineradora Vale tem R$13,65 bilhões bloqueadaos pela Justiça. O montante visa a assegurar recursos para reparar não apenas os danos causados na tragédia ocorrida em 25 de janeiro, mas também os prejuízos provocados pelas evacuações ocorridas em cidades onde outras estruturas teriam risco de se romper.
A Defesa Civil de Minas Gerais já confirmou a morte de 212 pessoas, outras 93 estão desparecidas. Além disso, quase mil pessoas que moram próximas a barragens da Vale estão fora de suas casas, não apenas em Brumadinho, mas também nos municípios mineiros de Barão de CocaisNova Lima, Ouro Preto e Rio Preto.
O primeiro bloqueio de recursos da Vale ocorreu já na noite de 25 de janeiro, na mesma sexta-feira do rompimento. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) bloqueou R$1 bilhão no âmbito de um processo aberto pelo governo de Minas Gerais para cobrar a reparação dos danos. Posteriormente, a mineradora foi autorizada a assegurar R$ 500 milhões desse total bloqueado na forma de garantias com liquidez corrente, fiança bancária ou seguros. Os outros R$ 500 milhões permanecem sendo recursos financeiros que a empresa não pode movimentar de suas contas.
Nos dois dias subsequentes à tragédia, a mineradora foi impedida de movimentar mais R$ 10 bilhões, dessa vez, atendendo pedidos formulados em ação civil pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Em 26 de janeiro, foram travados nas contas da Vale R$ 5 bilhões com o objetivo de assegurar recursos para recuperar o meio ambiente e, no domingo, em 27 de janeiro, outros R$ 5 bilhões com intuito de garantir a reparação dos danos causados aos atingidos.
A Justiça trabalhista bloqueou mais R$ 1,6 bilhão ainda em janeiro, atendendo a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). Esses recursos se destinam a garantir indenizações trabalhistas, tendo em vista que grande parte das vítimas afetadas em Brumadinho é formada por empregados da Vale e de empresas terceirizadas que prestam serviço à mineradora. De acordo com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), R$ 800 milhões do total de R$1,6 bilhão bloqueados são exclusivamente para garantir a indenização por danos morais coletivos.

Evacuações

Os bloqueios de R$ 1 bilhão e de R$ 10 bilhões determinados pelo TJMG respectivamente nas ações movidas pelo governo de Minas Gerais e pelo MPMG e de R$1,6 bilhão definidos no âmbito da Justiça Trabalhista totalizam R$12,6 bilhões para assegurar reparação dos prejuízos causados na tragédia de Brumadinho. Além desse montante, mais R$ 1,05 bilhão foi travado das contas da Vale em decorrência de evacuações em outras cidades de Minas Gerais.
Para assegurar o reparação dos prejuízos causados aos moradores que foram retirados de suas casas em Barão de Cocais (MG), o TJMG concordou no início do mês com o bloqueio de R$0,05 bilhão. Posteriormente, há cerca de duas semanas, uma nova decisão impediu a mineradora de movimentar mais R$ 1 bilhão com o objetivo de garantir recursos voltados à reparação dos danos sofridos pela população afetada na evacuação em Macacos, distrito de Nova Lima (MG). Essas duas decisões atenderam a pedidos formulados pelo MPMG e pela Defensoria Pública de Minas Gerais.
Tramitam ainda outras ações em que o MPMG requer bloqueio de recursos, nas quais ainda não houve decisão da Justiça. No documento movido no dia 13 de março, por exemplo, pede-se que a mineradora fique impossibilitada de movimentar R$ 50 bilhões com o intuito de garantir o custeio das ações de reparação ambiental na região atingida pela lama.
O total de R$ 13,65 bilhões bloqueados é mais que o dobro do que foi gasto até hoje com a reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana (MG), ocorrido em novembro de 2015, quando se rompeu uma barragem da Samarco, que tem a Vale como um de suas acionistas juntamente com a anglo-australiana BHP Billiton. Cerca de R$ 5,26 bilhões foram empregados até o fim do ano passado, segundo dados da Fundação Renova, que é mantida com recursos das três mineradoras e tem a responsabilidade de gerir as ações necessárias. Para o ano de 2019, o orçamento divulgado pela entidade prevê a destinação à reparação de mais R$ 2,94 bilhões, dos quais 36% exclusivamente para indenizações e auxílios mensais aos atingidos.
Edição: Talita Cavalcante