sexta-feira, 22 de março de 2019

Governo quer explorar Base de Alcântara comercialmente, diz Pontes

Publicado em 22/03/2019 - 17:52
Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
O acordo assinado esta semana com os Estados Unidos para Salvaguardas Tecnológicas (AST) é um passo importante para que o Brasil transforme a base de lançamento aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, em um centro comercial, o que “vai ser muito bom para o Estado e para a região”, disse hoje (22), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
Segundo o ministro, o objetivo é fazer de Alcântara o que foi feito no Centro Espacial John F. Kennedy, no Cabo Canaveral, Ilha Merritt, nos Estados Unidos. De acordo com Pontes, a exploração comercial da base de lançamento conseguiu retomar a economia local, após as dificuldades enfrentadas com o fim do programa do ônibus espacial da Nasa.
“Ali fazia o recolhimento, manutenção e decolagem do ônibus espacial. Quando acabou aquilo, perdeu um monte de emprego lá dentro, perdeu o shopping, as cidades afundaram, quase que virou uma cidade fantasma. Quando virou um centro comercial, aquilo reergueu. O pessoal está com uma qualidade de vida excelente, tem muita riqueza no entorno”.
 O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, apresenta o novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz Filgueiras de Azevedo.
Ministro Marcos Pontes: informações que estão sendo divulgadas sobre o acordo de salvaguarda estão incorretas - Arquivo/Agência Brasil
O ministro adiantou que o governo está preparando um plano para incentivar a formação de profissionais e a geração de empregos em Alcântara. A intenção é preparar profissionais “para trabalhar no centro e nas empresas que vão trabalhar no centro, ajudar no crescimento de empresas, startups locais, que podem trabalhar com o centro também. Isso tudo aumenta a riqueza local, a qualidade de vida local, e assim por diante, é a única maneira de fazer isso funcionar bem”.
Um relatório técnico sobre o uso comercial de Alcântara foi publicado no ano passado, produzido pelo Programa Espacial Brasileiro e pela Agência Espacial Brasileira. Na conclusão, o texto aponta a janela de oportunidades que pode ser aproveitada com a infraestrutura já instalada no Centro Espacial, mas destaca que a operação comercial deve ocorrer por um curto período de tempo, tendo em vista que a concorrência está crescendo com a instalação de “novos spaceports em diversas localidades do globo”. O texto destaca também a necessidade de se definir a modelagem institucional para a gestão e as questões jurídicas envolvidas.

Acordo de salvaguarda

Pontes disse que as informações que estão sendo divulgadas sobre o acordo de salvaguarda estão incorretas. Segundo o ministro, não será permitido que os Estados Unidos lancem foguetes do Brasil, muito menos mísseis. “Não é permitido, pelo acordo ou qualquer definição daqui, lançar qualquer tipo de míssil, isso não existe. Ali o uso é civil, pacífico”.
“Não é ‘o Brasil está autorizando os Estados Unidos a lançar foguete aqui’. Não tem nada disso. É ‘os Estados Unidos estão autorizando o Brasil a lançar foguetes ou satélites de qualquer empresa e qualquer país que tenham componentes americanos’. Em troca, a gente garante que vai preservar essa tecnologia, para não deixar roubar”, afirmou o ministro, adiantando que o Brasil deve firmar acordos semelhantes com o Japão e Israel, entre outros países.
Na próxima semana, o ministro participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para dar mais detalhes sobre o acordo, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.

Coppe

O ministro Marcos Pontes ministrou a aula inaugural no Coppe-UFRJ e conheceu alguns projetos desenvolvidos pelo instituto, como o trem de levitação magnética Maglev-Cobra, desenvolvido pelo Laboratório de Aplicações de Supercondutores; o ônibus híbrido elétrico-hidrogênio; a parceria com a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern); o Laboratório Oceânico, que tem o maior tanque para pesquisa oceânica do mundo; e a tecnologia de dessalinização por membranas, desenvolvida pelo Laboratório de Processos de Separação com Membranas e Polímeros.
Edição: Fernando Fraga

Justiça manda prender Rennan, funkeiro idealizador do 'Baile da Gaiola'


O funkeiro já gravou com Nego do Borel e participou do bloco Fervo da Lud, de Ludmilla

Justiça manda prender Rennan, funkeiro idealizador do 'Baile da Gaiola'
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 56 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
JUSTIÇA RIO DE JANEIRO
AJustiça do Rio determinou nesta sexta-feira (22) a prisão do funkeiro Rennan da Silva Santos, de 25 anos, popularmente conhecido como DJ Rennan da Penha, por associação ao tráfico de drogas. Com a condenação, ele deve cumprir seis anos e oito meses em regime fechado
Segundo o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, citado pelo jornal “Extra”, o DJ atuava como "olheiro" do tráfico e, ainda, era responsável pela organização de bailes e produção de músicas que enalteciam traficantes. Além dele, outras dez pessoas estão envolvidas no mesmo processo.
"O 35º denunciado Rennan, vulgo 'DJ Rennan', e o 36º denunciado, Lucas, exercem a função de 'atividade' ou 'olheiro', eis que relatam a movimentação dos policiais. Ademais, destaca-se que o 35º denunciado Rennan, vulgo 'DJ Rennan', e o 36º denunciado Lucas atuam organizando bailes clandestinos nas comunidades e produzindo músicas ('funks') enaltecendo o tráfico de drogas", diz o texto.
O funkeiro chegou a ser inocentado na primeira instância, mas foi condenado em segunda instância após recurso do Ministério Público do Rio (MP-RJ).
A produção do DJ Rennan da Penha foi procurada pela reportagem do “Extra” e informou que iria entrar em contato com o advogado cantor. Porém, o contato não foi retornado.
Rennan é um dos idealizadores de um dos mais populares bailes funks do Rio de Janeiro, o  "Baile da Gaiola", promovido na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte da cidade. O funkeiro já gravou com Nego do Borel e participou do bloco Fervo da Lud, de Ludmilla.

Chilenos pedem que Bolsonaro seja declarado persona non grata



Opositores e movimentos sociais farão protesto contra brasileiro

Chilenos pedem que Bolsonaro seja declarado persona non grata
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 1 HORA POR ANSA
MUNDO POLÊMICA
Representantes das legendas da coalizão de esquerda Frente Ampla e um grupo de parlamentares de oposição entregaram nesta sexta-feira (22) ao presidente do Chile, Sebastian Piñera, uma carta na qual pedem para que o mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro, seja declarado "persona non grata". No documento, o grupo questiona a posição do governo sobre a visita de Bolsonaro, considerado um presidente que "incita o ódio" com medidas que afetam diretamente milhares de mulheres, idosos, comunidades indígenas e LGBT.



Rafa Brites comenta fim de contrato com a Globo: 'Sigo com gratidão'


A apresentadora afirmou que continuará tocando os projetos pessoais

Rafa Brites comenta fim de contrato com a Globo: 'Sigo com gratidão'
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 1 HORA POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA BASTIDORES
A apresentadora Rafa Brites comentou nesta quinta-feira (22), através de seu perfil no Instagram, o fim do contrato com a Globo. Nos mais de cinco anos em que esteve na casa, ela integrou o elenco dos programas 'Vídeo Show' e 'Superstar'. 
"Pessoal realmente eu e a TV Globo não renovamos nossa parceria. Nesses quase 5 anos, cresci muito como profissional e como mulher, tenho muito orgulho dessa trajetória e de tudo o que vivi e aprendi com pessoas tão especiais”, escreveu Rafa na rede social (veja abaixo).
Depois, a apresentadora afirmou que continuará tocando os projetos pessoais dela: “Sigo com gratidão e alegria para meu próximo passo: o Transformando sonhos em realidade, projeto que desde o ano passado tenho estruturado para lançar. Algo que trago em mim desde os 11 anos de idade e agora sinto que estou pronta para compartilhar com vocês”.
A apresentadora finalizou agradecendo o apoio dos seguidores e fãs: “A todos que me acompanharam até aqui: seguimos juntos com coragem, honestidade e fé”.
Rafa Brites é casada com o jornalista Felipe Andreoli, que apresenta o 'Esporte Espetacular', também na Globo, e juntos têm um filho de dois anos.

Rumo muda projeções para 2019 devido a novas normas contábeis


A empresa de logística Rumo anunciou nesta terça-feira que mudou algumas projeções de desempenho para 2019, devido ao uso de novas normas contábeis
Rumo muda projeções para 2019 devido a novas normas contábeis

Data de Publicação: 22/03/2019 às 15:40hs
Fonte: Reuters

Portal do Agronegócio

“Nano agulha” pode facilitar edição de genes


Técnica auxilia a falta de rigidez da fita de DNA

“Nano agulha” pode facilitar edição de genes

Com uma nova técnica desenvolvida pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os cientistas poderiam fazer com que a engenharia genética de qualquer tipo de planta, em particular a edição de genes com CRISPR-Cas9, seja simples e rápida. Eles utilizam uma “nano agulha” para “brincar com os genes da planta” de maneira mais eficiente.
Os pesquisadores explicam que modificar a genética de uma planta requer a obtenção de DNA de suas células e que é muito fácil fazer com células animais, mas com plantas é um assunto diferente. "As plantas não têm apenas uma membrana celular, mas também uma parede celular", diz Markita Landry, professora assistente de engenharia química e biomolecular da Universidade da Califórnia.
Os cientistas tentaram diferentes maneiras de obter DNA e outras moléculas biológicas importantes através da parede celular. Os dois principais são a inserção de DNA em bactérias, que podem infectar células de plantas, ou atirando ouro revestidas com DNA microscópico na célula de planta, utilizando uma pistola de genes. Ambos os métodos têm limitações, já que as armas genéticas não são muito eficientes e algumas plantas são difíceis, se não impossíveis, de infectar com bactérias.
Com a nova técnica, uma fita de DNA é pequena o suficiente para passar pela parede celular da planta, mas não é rígida o suficiente. "Você pode pensar nisso como uma corda", diz Landry. "Se você tentar empurrar uma corda através de uma esponja, ela realmente não vai funcionar, mas se você pegar uma agulha sólida e tentar empurrá-la através de uma esponja, isso funcionará muito melhor”, completa.
A ideia de usar nanotubos de carbono para obter DNA em células vegetais é intrigante para os cientistas, mas "eu acho que eles têm algumas maneiras de fazer isso realmente interessante”, finaliza.

Data de Publicação: 22/03/2019 às 15:20hs
Fonte: Agrolink

Portal do Agronegócio

EUA querem que Brasil deixe lista de beneficiados da OMC em troca de apoio a entrada na OCDE, diz Guedes


A proposta foi feita ao governo brasileiro pelo representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, em uma reunião na segunda-feira

EUA querem que Brasil deixe lista de beneficiados da OMC em troca de apoio a entrada na OCDE, diz Guedes

Os Estados Unidos querem que o Brasil deixe a lista de países de tratamento especial e diferenciado da Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca do apoio norte-americano à entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse nesta terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A proposta foi feita ao governo brasileiro pelo representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, em uma reunião na segunda-feira.
A lista de países de tratamento especial e diferenciado da OMC, em que os países se autodenominam, dá vantagens especiais como mais tempo para cumprir acordos e outras flexibilidades.
Contrário à lista, o governo norte-americano quer terminar com o modelo, do qual o Brasil participa até hoje, e quer ajuda do governo brasileiro.
Segundo Guedes, Lighthizer disse que o Brasil precisa entender que para entrar na OCDE teria que deixar a lista de países de tratamento diferenciado.
“Não tem troca, ele que está fazendo essa demanda”, disse Guedes.
Pelo menos dois países membros da OCDE, Coreia do Sul e Turquia, estão na lista de países com tratamento diferenciado.
De acordo com uma fonte que acompanha essas negociações, a questão do governo norte-americano com o Brasil é mais complexa.
“Eles não querem que o Brasil entre por motivos que não sabemos. Cada vez que resolvemos uma questão que levantamos eles criam outro problema”, disse a fonte.

Data de Publicação: 22/03/2019 às 15:00hs
Fonte: Reuters


Portal do Agronegócio


ABCS abre inscrições para o XVIII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura


Site do evento já está no ar e reúne as principais informações como programação e opções de pacotes

ABCS abre inscrições para o XVIII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura

As inscrições para o principal evento de lideranças da suinocultura estão abertas. O XVIII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) vai acontecer nos dias 01 e 02 de agosto, no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, localizado no bairro Leblon, no Rio de Janeiro. Organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) com apoio do Sebrae Nacional, o evento é focado em fortalecer a união do setor na busca por objetivos comuns.
O site com todas as informações sobre o encontro já está no ar. No portal www.snds.com.br, os interessados podem realizar a pré-inscrição e acessar a programação, os pacotes disponíveis, os detalhes sobre a localização do evento e em breve as informações sobre os palestrantes. A identidade visual do site traz praticidade em sua navegabilidade e um design moderno, que convergem com o tema desta edição, “ O poder da evolução está nas novas maneiras de ver o mundo”.
Pacotes de inscrição
Os pacotes de inscrição incluem transfer de ida e volta para os aeroportos do Galeão ou Santos Dumont, inscrição no seminário, hospedagem do dia 1º de agosto no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, festa de abertura e alimentação executiva no hotel durante os dias do evento. Dentre as possibilidades de hospedagem estão o apartamento individual, o apartamento duplo e o apartamento de casal. Para informações de valores e inscrições, entre em contato pelo telefone (61)3030-3200 ou pelo e-mail cassia@abcsagro.com.br.
O poder da evolução na suinocultura
Transformar a suinocultura tradicional em um setor dinâmico e competitivo, sustentado em ciência e tecnologia é o novo desafio para todos os integrantes da cadeia. Com isso, são necessárias informações atualizadas e qualificadas para apoiar a tomada de decisão.
É por meio dessa estratégia que o Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) propõe intensificar a capacidade do setor de capturar e prospectar tendências e de identificar futuros possíveis, podendo vislumbrar, assim, cenários que permitam à suinocultura brasileira melhor se preparar diante de potenciais oportunidades, riscos e desafios.
Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o tema do SNDS está em consonância com os principais desafios do setor e a programação proposta potencializará o debate entre os principais players da cadeia suinícola. “Contamos com o apoio das nossas afiliadas e com a presença de líderes e representantes de todos os elos da suinocultura em nosso seminário. Vamos juntos nos preparar para as mudanças e evolução que já estão em um futuro próximo”.
Painéis
O SNDS passa por nova reformulação, com formato dinâmico e executivo. O evento conta com programação diversificada em sintonia com o momento vivido pela cadeia, ampliando o debate e discutindo competitividade, inovação, marketing, consumo e gestão de negócio.
O encontro é uma oportunidade de desenvolver coletivamente um planejamento para identificar mudanças e pensar maneiras de fortalecer a suinocultura diante do novo cenário, a partir das interações e do compartilhamento de saberes de diferentes agentes da cadeia. Além disso, é uma ocasião favorável para ampliar o networking e estar em contato direto com importantes nomes do cenário brasileiro de produção de suínos.

Data de Publicação: 22/03/2019 às 14:40hs
Fonte: ABCS


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Pesquisa desenvolve farinha de banana-verde com alto teor nutritivo


Estudo da Embrapa desenvolveu o passo a passo para a produção de uma farinha de banana-verde de qualidade e com alto teor de amido resistente, um tipo de carboidrato que se comporta como fibra no organismo

Pesquisa desenvolve farinha de banana-verde com alto teor nutritivo

Esse carboidrato não é digerido, mas fermentado por bactérias benéficas do intestino grosso, contribuindo para evitar doenças inflamatórias do sistema digestório e diminuir os riscos de câncer do cólon intestinal.
Além disso, o amido resistente ajuda a reduzir a velocidade da liberação dos açúcares do alimento no sangue (índice glicêmico), prevenindo e auxiliando no tratamento do diabetes tipo 2. A principal inovação é a utilização do plátano (banana-da-terra) em substituição às bananas Prata e Nanica na fabricação dessa farinha. Além do elevado teor de amido resistente, os plátanos apresentam maior quantidade de matéria seca (porção que sobra dos alimentos após a retirada de toda a sua umidade) e maior rendimento para a produção da farinha.
A banana-verde é considerada o alimento não processado mais rico em amido resistente. E, de acordo com as cientistas envolvidas na pesquisa, a farinha é a melhor forma para disponibilizar esse tipo de amido na dieta da população brasileira. É um produto nutritivo e saudável, pois apresenta ainda altos teores de magnésio, manganês e potássio e baixos teores de gorduras e sódio.
A banana no mundo
A banana está entre os dez alimentos mais importantes do mundo. De acordo com os dados coletados no estudo, a produção mundial em 2016 foi de aproximadamente 114 milhões de toneladas e o valor bruto de produção alcançou US$ 34 bilhões (dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO, 2018).
O Brasil ocupa a terceira posição no cenário mundial, com cerca de 6,8 milhões de toneladas produzidas em 470 mil hectares, o que representa um valor bruto de produção de US$ 3,4 bilhões anuais, correspondendo a 3% da riqueza gerada pela produção agrícola brasileira, reforçando a importância da fruta para o agronegócio nacional (FAO, 2018).
Oportunidade para a agricultura familiar
Outra vantagem da farinha de banana-verde é a sua facilidade de produção, que requer uma tecnologia simples, criando oportunidades de negócios para as agroindústrias familiares. A contribuição dessa pesquisa é padronizar as etapas de produção, que incluem descascamento, fatiamento, desidratação, trituração e acondicionamento.
Para a produção de farinha de qualidade (muitas encontradas hoje nos mercados apresentam baixa qualidade visual e nutricional), as pesquisas estabeleceram padrões nas etapas de processamento e buscaram utilizar variedades com grande quantidade de amido resistente.
Por meio do projeto “Identificação de bananas e plátanos promissores em amido resistente para o desenvolvimento de produtos com potencial prebiótico”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Ronielli Reis e parceiros analisaram 20 genótipos (cultivares) de bananas e plátanos que integram o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Embrapa, localizado em Cruz das Almas (BA). Os plátanos se mostraram mais interessantes para a produção de farinha do que as bananas.
Plátanos rendem mais
“Selecionamos três genótipos de plátanos do nosso BAG e a Terra Maranhão, cultivar de plátano comercial, pois foram as mais interessantes para a produção de farinha. Hoje, no Brasil, a farinha de banana-verde é feita usualmente com Grand Naine, Pacovan, Prata-Anã, que são tipos de banana. Os plátanos apresentam mais matéria seca, alto teor de amido resistente e maior rendimento”, explica Reis. O maior diferencial está no rendimento. Enquanto as bananas Grand Naine, Pacovan e Prata-Anã obtiveram 17,23%, 18,70% e 20,28%, respectivamente, os genótipos de plátanos indicados no estudo apresentaram valores bem maiores: Chifre de Vaca, 24,31%; Comprida, 27,71%; Trois Vert, 25,32%; e Terra Maranhão, 25,17%. Por exemplo, para cada 100 quilos do plátano Terra Maranhão (com casca), será possível obter 25 quilos de farinha.
Uma razão para o mercado não utilizar hoje os plátanos como matéria-prima na produção de farinha de banana-verde é o fato de eles não estarem presentes em todo o País, com sua produção concentrada no Nordeste e consumidos cozidos, fritos ou na forma de farinha. A Embrapa vem trabalhando para mudar esse quadro e aumentar a produção de plátano no País, introduzindo variedades, por exemplo, no Vale do Ribeira (SP), maior região produtora de banana do Brasil.
Reis diz que para haver uma mudança de paradigma é necessário que o produtor passe a enxergar a produção de farinha não como mero aproveitamento do descarte de produção. Ele deve observar, como pontua a pesquisadora, o conjunto de fatores para a obtenção de um produto de melhor qualidade e com maior potencial funcional, como a escolha da variedade, o ponto de maturação adequado, a técnica de secagem, ou seja, todas as etapas recomendadas na pesquisa, que tem como parceiros a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Farinha bonita por mais tempo
“O que a Embrapa está fazendo é mostrar esse passo a passo para a obtenção de uma farinha de qualidade, com coloração mais clara e atraente, inclusive utilizando substâncias que previnem o escurecimento, a oxidação da farinha. Por exemplo, armazenamos essa farinha por quatro meses em temperatura ambiente, sem tecnologia nenhuma, simplesmente embalada em uma embalagem plástica normal, barata. A farinha ficou estável do ponto de vista microbiológico, e a cor, um indicativo de qualidade do alimento, alterou muito pouco. O teor de amido resistente não caiu. Enfim, são coisas que vemos faltar no mercado, esse tipo de padrão de qualidade”, salienta.
A pesquisa indica a utilização da Terra Maranhão, cultivar facilmente encontrada no mercado. Reis ressalta que, caso o produtor queira usar outra variedade de plátano, vai obter um produto com melhor qualidade de qualquer forma, desde que siga as etapas corretas de processamento.
“Em termos de amido resistente, por exemplo, se usarmos a Terrinha, variedade de plátano também facilmente encontrada no mercado, é possível obter 40% de amido resistente, enquanto a Terra Maranhão chega a 62%”, informa. Ela frisa ainda que, se houver a padronização do estádio de maturação, temperatura de secagem, umidade final, forma de trituração, e outros aspectos, o produtor já terá uma farinha de melhor qualidade visual e nutricional se comparada às comercializadas hoje.
A farinha de banana-verde encontrada hoje é escura, sem padronização. “Usam-se frutos verdes, maduros, sem qualidade, o que resulta em um produto de péssima qualidade. O nosso papel é mostrar que podemos ter uma farinha de boa qualidade, com uma coloração superatraente, com alto teor de amido resistente e que pode ser aplicada em diversos produtos, visando ao seu enriquecimento nutricional”, acredita Reis.
Biscoito e pão de forma com farinha de plátano
Outra parte da pesquisa, sob a responsabilidade da pesquisadora da Embrapa Eliseth Viana, sugere a aplicação da farinha de banana-verde no desenvolvimento de produtos agroindustriais. “Já se sabe que o amido resistente é benéfico à saúde, por isso, estudamos formas de o consumidor ter acesso a essa substância em sua alimentação diária”, afirma a pesquisadora. Ela incorporou a farinha de banana-verde no desenvolvimento de um pão de forma mais rico em amido resistente. “Trabalhamos com quatro concentrações de farinha de banana-verde: 0%, ou seja, sem esse produto, 10%, 15% e 20%. Conseguimos incorporar até quatro vezes mais amido resistente nas formulações de pão com a farinha em relação ao pão sem a farinha de banana. E tivemos mais de 90% de aprovação em um teste sensorial realizado com 71 provadores, aqui na Unidade de pesquisa, em Cruz das Almas”, informa Viana, que realizou esse trabalho em conjunto com a estudante de mestrado da Faculdade Maria Milza (Famam) Andrea dos Santos de Souza.
A pesquisadora explica que o objetivo inicial era chegar a uma farinha padronizada de qualidade, com a utilização de genótipos de plátanos, e agora o intuito é mostrar o seu uso no enriquecimento de produtos. “Mostramos que é viável usar esse ingrediente para a produção de pão, pois não há perda de qualidade sensorial. Agora iniciamos um estudo para o desenvolvimento de biscoito, que também vem apresentado alto teor de amido resistente. Conseguimos fazer um biscoito com 75% de farinha de banana. É sem glúten, feito com fécula de mandioca. E, novamente, conseguimos incorporar quatro vezes mais amido resistente. Enquanto nos alimentos sem a farinha de banana havia 3% de amido resistente, naqueles com 75% de banana-verde, obtivemos 12% de amido resistente. A cada 100 gramas de biscoito, 12g são de amido resistente. Um valor muito significativo, e o sabor ficou muito bom. O ponto-chave é que a gente está usando a farinha de plátano, que ninguém usa”, complementa.
Pelo projeto, serão desenvolvidas ainda massas de pizza e de bolo com a farinha de banana-verde. Todos em parceria com bolsistas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Estadual da Bahia (Uesb) e Faculdade Maria Milza (Famam), que dedicam seus projetos a essa pesquisa.

Data de Publicação: 22/03/2019 às 14:20hs
Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura

Portal do Agronegócio


Adolescente é apreendido após ameaçar massacre em escolas do DF

Publicado em 22/03/2019 - 14:56
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil  Brasília
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Distrito Federal apreendeu, na noite desta quinta-feira (21), um adolescente de 13 anos acusado de ameaçar cometer um massacre em escolas da rede pública.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente mora em Samambaia, cidade do Distrito Federal a cerca de 30 quilômetros da região central de Brasília. Das nove escolas ameaçadas, oito ficam na mesma localidade e uma em Taguatinga (cidade distante 19 quilômetros da região central de Brasília).
O comunicado à polícia da suspeita de que o adolescente estivesse cometendo um ato infracional ao publicar, em uma rede social, um vídeo contendo imagens de pessoas armadas e acompanhado pela menção a um possível massacre em unidades de ensino de Samambaia, foi feito pela Secretaria de Educação.
De acordo com o delegado Giancarlos Zuliane, desde o atentado no colégio Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), vários casos de ameaças vêm sendo relatados em escolas do Distrito Federal.
"A desse adolescente foi a mais grave, porque ele ameaçou, simultaneamente, a nove colégios de Samambaia. E ele utiliza um vídeo com pessoas usando balaclavas [toca que cobre todo o rosto] e portando fuzis, dizendo que vão atacar uma instituição de ensino", disse o delegado. Durante as buscas na casa do adolescente nada foi encontrado.
Apreendido pelo ato infracional análogo à ameaça, o jovem foi conduzido à Delegacia da Criança e do Adolescente de Ceilândia. A Polícia Civil apura o suposto envolvimento de um segundo adolescente, uma garota de 15 anos, na divulgação das ameaças. A suspeita é de que o garoto tenha usado o celular da jovem para compartilhar o vídeo nas redes sociais.
Procurada, a Secretaria de Educação ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Edição: Fernando Fraga

Plenário do STF mantém exigências para porte de arma por juízes

 Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)

         Nelson Jr./SCO/STF

Publicado em 22/03/2019 - 14:17
Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a exigência de comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica para que os juízes brasileiros possam adquirir, registrar e renovar o porte de arma de fogo.
O julgamento, realizado em ambiente virtual na semana passada, confirmou decisão anterior do ministro Edson Fachin, que em junho do ano passado julgou improcedente uma ação aberta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
Para as entidades, as exigências para autorização e registro do porte previstas no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003) não poderiam se aplicar a magistrados, por afrontarem a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que autoriza juízes a portar arma de fogo para defesa pessoal.
Os argumentos, no entanto, não convenceram Fachin. Para o ministro, a prerrogativa de porte de arma prevista na Loman “não pressupõe a efetiva habilidade e conhecimento para utilizá-la, necessitando, portanto, comprovar possuir capacidade técnica e aptidão psicológica”.
Ainda no entendimento do ministro, o direito ao porte não significa que os magistrados estão dispensados de cumprir as regras para o registro, previstas no Estatuto do Desarmamento.
As associações que representam os magistrados recorreram contra a decisão monocrática (individual) de Fachin, por meio de um agravo, alegando, entre outros pontos, que o mérito da questão deveria ter sido discutido de forma colegiada, com a participação de outros ministros do STF.
Fachin levou o agravo para análise do plenário virtual, onde os ministros têm uma semana para apreciar o caso e votar remotamente. Lá, ele recebeu o apoio de todos os colegas de Corte, que mantiveram integralmente os termos de sua decisão.
Edição: Nádia Franco