quarta-feira, 12 de julho de 2017

bala perdida

Morre bebê de grávida atingida por bala perdida na Baixada Fluminense

Médicos fizeram o parto, mas a criança, que nasceu com pouco mais de 1 quilo, não resistiu. Mãe permanece internada em estado grave, mas estável.


Por RJTV
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Uma vizinha levou Michele ao Hospital da Posse, onde os médicos optaram por fazer um parto de emergência, mesmo com a gestação prematura.
A menina nasceu com 1, 3 kg . A mãe e o bebê permaneceram internados em estado grave ao longo do sábado. A criança, no entanto, não resistiu. Michele permanece internada e seu estado de saúde é considerado grave, porém estável.
O boletim médico informa que ela tem uma lesão na medula causada pelo tiro, mas eles ainda não podem definir que sequelas a paciente terá.
A mãe de Michele contou que foi questionada se deveria salvar a vida da filha ou da neta.
“Não pensei nada, eu falei para ela que ‘as duas vai tá bem’, ‘as duas vai sobreviver’, em nome de Jesus, a mãe e a filha ‘está’ bem. Sabia que as duas ‘ia tá’ bem”, explicou Ana Paula dos Santos, mãe de Michele.

VIOLÊNCIA RJ

Rio: 35 crianças morreram vítimas de bala perdida na década; só neste ano, foram 5 mortes 

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Nos últimos dez anos, 35 crianças morreram vítimas de bala perdida no Estado do Rio de Janeiro, segundo levantamento da ONG Rio de Paz. Somente neste ano, foram cinco mortes --todas na zona norte carioca. Mais da metade das mortes.(22) verificadas na última década ocorreu nos últimos dois anos e meio, de acordo com a organização que acompanha casos de violência no Rio. Considerando todos os casos registrados, 29 ocorreram na capital fluminense, enquanto seis se deram na Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio.O último caso ocorreu na terça-feira (4) --a menina Vanessa Vitória dos Santos, 11, foi atingida na cabeça na porta da casa onde morava na comunidade Camarista Méier, também na zona norte. A família acusa policiais militares de terem invadido o imóvel atrás de bandidos. Para o pai dela, o pedreiro Leandro Monteiro de Matos, 39, o tiro partiu de um policial durante troca de tiros na favela. A Divisão de Homicídios investiga o caso."Primeiro entrou um policial na casa. Ele podia ter tirado minha filha lá de dentro. Depois chegaram outros. Eles cismaram que tinha bandido em casa e ignoraram o fato de ter uma criança ali. A madrinha dela foi tirá-la do local, quando Vanessa foi colocar o chinelo para sair, ela foi atingida. Meu filho mais velho ajudou a socorrê-la", disse o pai da vítima.
Nesta quarta-feira (5), uma adolescente foi atingida nas costas por uma bala perdida dentro de uma escola em Belford Roxo, Baixada Fluminense, durante troca de tiros entre traficantes de comunidades vizinhas. Ela teve um dos pulmões perfurados e seu estado de saúde é estável.A Secretaria Municipal de Educação informou que unidades escolares no Complexo do Lins, Acari, Rollas e Vigário Geral estão sem atendimento nesta quarta-feira (dia 5) na capital fluminense. Ao todo, são 2996 alunos sem aulas. No total são quatro escolas, sete creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil.Além da menina Vanessa, outras quatro crianças morreram vítimas de bala perdida somente neste ano. Uma delas foi a menina Maria Eduarda Alves da Conceição, 13, que morreu dentro do Colégio Daniel Piza, em Acari, zona norte. Ela estava na aula de educação física quando foi atingida. O caso ocorreu em abril.

Fonte: UOL
























Agronegocio






Com relatório do USDA considerado neutro e notícias de chuvas pontuais nas áreas produtoras, soja em Chicago realiza lucros


Clima continuará influenciando mercado e qualquer ameaça à oferta americana poderá estimular novo movimento de alta nas cotações da soja em Chicago


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Após 11 pregões de alta, o mercado da soja voltou a operar em queda na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (12), devolvendo parte desses ganhos.
Marcos Araújo, analista da Lansing Trade Group, destaca que o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi neutro, uma vez que o mercado aguardava uma redução de produtividade para a área norte-americana.
Os onze pregões de alta geraram uma boa oportunidade de venda. A continuidade desse movimento estaria relacionada apenas a uma piora das condições climáticas. Hoje, as notícias de chuvas nas regiões produtoras refletiram negativamente na CBOT.
O mês de agosto é definitivo para a condição das lavouras norte-americanas e também irá definir qual o fôlego de Chicago. Araújo acredita que, no momento, o mercado também precisa de novas informações para motivar as altas.
As perdas já ocorrem nos Estados Unidos, principalmente nos estados do Norte, em Nebraska e em Iowa, o que influenciou este forte rally.
Os prêmios se apresentaram em queda no Brasil, além de uma queda expressiva no dólar nos últimos dias, o que reflete negativamente sobre a cotação da soja em reais.
Araújo chama a atenção para os preços de R$77 para a safra nova nos portos. Ele recomenda os produtores a realizarem suas contas e aproveitarem este momento, caso este valor ofereça uma boa margem.
O relatório do USDA, no fim das contas, teve menos influência no mercado do que outros fatores, como a preocupação em torno da safra nova dos Estados Unidos.
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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

Agronegocio





Em Chicago, milho recua até 4% no pregão desta 4ª feira após USDA indicar aumento na safra americana




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As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) despencaram no pregão desta quarta-feira (12). Os principais contratos do cereal ampliaram as quedas ao longo dia e finalizaram a sessão com perdas entre 14,75 e 16,00 pontos, uma desvalorização entre 3,48% e 4,08%. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,85 por bushel, enquanto o dezembro/17 era negociado a US$ 3,98 pro bushel.
Conforme dados das agências internacionais, os preços foram pressionados negativamente pelas novas projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgadas nesta quarta-feira. Em seu novo reporte de oferta e demanda, o órgão revisou para cima safra 2017/18 de milho no país para 362,1 milhões de toneladas. Em junho, a projeção estava em 357,27 milhões de toneladas.
Os estoques finais do grão norte-americano também subiram de 53,6 milhões para 59,06 milhões de toneladas. Contudo, o número ainda está abaixo do indicado no mesmo período do ano anterior, de 60,2 milhões de toneladas do cereal.
A área plantada também apresentou ligeira alta e passou de 36,42 milhões para 36,79 milhões de hectares. Da mesma forma, a área colhida subiu de 33,35 milhões para 33,79 milhões de hectares.
E, ao contrário das especulações do mercado, o USDA manteve a perspectiva de produtividade das lavouras americanas em 180,67 sacas por hectare. Ao longo da semana, havia rumores no mercado internacional de que o departamento pudesse já revisar o rendimento das plantações devido ao clima adverso no Meio-Oeste.
Leia mais:
"Há um vigoroso debate entre analistas sobre cortes na produtividade do milho, e há quem aposte em perdas de até 5% se as projeções de clima pelas próximas duas semanas forem confirmadas", destacou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário.
Nesse momento, as lavouras do cereal estão na fase de polinização, uma das mais importantes para o desenvolvimento da cultura. De acordo com o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, o Corn Belt ainda deverá registrar temperaturas acima da média. No mesmo período, algumas chuvas são previstas para algumas regiões do cinturão produtor.
Mercado brasileiro
A quarta-feira (12) foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço caiu 4,00% em Ponta Grossa (PR), com a saca a R$ 24,00. Em Ubiratã, a perda ficou em 2,66%, com a saca a R$ 18,30 e em Londrina, ainda no estado paranaense, a desvalorização ficou em 2,56% e a saca a R$ 19,00.
No Porto de Paranaguá, a saca futura caiu 1,69% e finalizou o dia a R$ 29,00. Na contramão desse cenário, a saca de milho subiu 2,40% em Sorriso (MT) e encerrou a quarta-feira a R$ 12,80.
No mercado brasileiro, as atenções seguem voltadas para o andamento da colheita da segunda safra. Com o clima contribuindo nas principais regiões produtoras, os agricultores têm conseguido evoluir com os trabalhos nos campos. A projeção oficial é de uma safrinha da ordem de 65,62 milhões de toneladas nesta temporada.
Além disso, as operações de apoio à comercialização do cereal também continua no radar dos participantes do mercado.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, os preços futuros do milho fecharam o pregão desta quarta-feira do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity caíram entre 1,93% e 4,00%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,39 a saca e o novembro/17 a R$ 27,94 a saca.
Além da queda de Chicago, as cotações também acompanharam as perdas registradas no dólar. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2075 na venda, com queda de 1,40%. Segundo a Reuters, a perda é decorrente do otimismo depois da aprovação da reforma trabalhista e com a perspectiva de que o banco central americano não subira os juros além do esperado.
"A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão, que o coloca mais distante das eleições de 2018, também ajudou no movimento durante a tarde", destacou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

Agronegocio





Produtor de feijão deve ficar atento ao potencial de vigor das sementes que precisa ser superior a 80%

Publicado em 12/07/2017 14:25 e atualizado em 12/07/2017 15:06

Ideal é que produtor faça o teste em laboratório credenciado para avaliar germinação, vigor e patologia das sementes antes de iniciar o plantio

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Ivan Garcia, diretor da Consultec, destaca que a aquisição de uma semente de qualidade é fundamental para que o produtor de feijão instale a sua lavoura.
No início da safra, foi difícil encontrar a semente, mas hoje, ela está disponível no mercado. Entretanto, muitos acreditam que apenas a porcentagem da germinação deve ser observada. Porém, o vigor irá determinar o estande das plantas e também aquilo que irá se expressar em potencial produtivo.
Hoje, na fiscalização, a germinação mínima é de 80%, mas não há nada determinado para o vigor. A taxa ideal, segundo Garcia, seria entre 80% a 85%.
Contudo, os problemas já estão diminuindo hoje em dia. Enquanto essa regra não é imposta, os produtores podem enviar amostras das sementes para laboratórios de sua confiança para determinar essa porcentagem e saber também se não há contaminação por doenças.
Ainda há muitas falhas em processos produtivos de sementes. Ele recomenda os produtores a buscarem por empresas idôneas que possam fornecer este produto. Além disso, a qualidade do plantio é fundamental.
Estes pontos valem para todas as sementes de feijão e, também, para todas as culturas.
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

politica





Comissão quer reverter norma do BC sobre crédito rural

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública os impactos do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 para o cooperativismo brasileiro e a exigibilidade dos depósitos à vista à agricultura
Na reunião, agricultores criticaram as novas regras, mas membros do governo e do BC não cogitaram mudanças
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai pedir ao governo federal que reveja decisões do Banco Central (BC) publicadas em junho que fazem ajustes em normas do Plano Agrícola de 2017/18 e que, na visão de deputados, prejudicam o cooperativismo brasileiro.
As decisões, disseram, dificultam o acesso ao crédito, tornando mais cara a tomada de recursos por pequenos agricultores, principalmente.
O governo federal anunciou, para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, a destinação de R$ 190,25 bilhões. O volume de crédito para custeio e comercialização ficará em R$ 150,25 bilhões.
Uma das resoluções do BC (4.580/17) ajusta as regras de diversas operações previstas para o crédito rural. Entre elas, o redirecionamento de fonte de recursos para atividades comerciais e industriais de produtos agrícolas e a fixação de limites de financiamento com recursos obrigatórios para regime de integração e para cooperativas de produção.
Regras anteriores
O que parlamentares e cooperados querem agora é que voltem as regras anteriores. “O Banco Central, colocando nessa linha, acha que as cooperativas podem caminhar com suas próprias pernas, porque elas teriam recursos para financiar o setor, mas não têm”, disse o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), um dos parlamentares que solicitaram audiência sobre o assunto, realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão de Agricultura.
“O agricultor não vai ter competitividade. Não vai conseguir produzir e, se conseguir produzir, vai transferir para o consumidor, que vai ter produtos mais caros na mesa”, disse ainda Colatto.
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) cogitou mesmo a apresentação de um projeto de decreto legislativo para sustar a resolução. “Temos o poder de suspender a decisão do Banco Central, independentemente do presidente da República”, lembrou.
Os representantes do governo, no entanto, destacaram que as cooperativas são sempre contempladas nos planos governamentais. Eles, inclusive, se mostraram sensíveis a possíveis ajustes. O diretor de Crédito e Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, no entanto, alertou para a existência de variáveis que dependem do mercado, e disse que as cooperativas também têm de buscar fontes alternativas de recursos.
O chefe de Controle das Operações de Crédito Rural do Banco Central, Cláudio Filgueiras, destacou o atendimento prioritário a pequenos e médios produtores. “Tentamos atender da melhor forma possível os pequenos e médios e deixar uma parte do atendimento dos grandes para que eles buscassem no mercado”, explicou.
Evasão
Na avaliação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, a decisão praticamente retira as cooperativas do crédito rural brasileiro. “Não havendo reversão, isso causará evasão de recursos do produtor rural cooperado para o sistema bancário – se eu tiver que tomar esse crédito no mercado e não no crédito rural –, de aproximadamente R$ 1,5 bilhões no ano. É o que eu transferirei do meu cooperado para o sistema bancário”, preocupa-se.
Dados citados por Márcio Freitas apontam a existência de 1,5 mil cooperativas agropecuárias no Brasil, com 1,1 milhão de cooperados. Entre eles, 85% são produtores com áreas inferiores a 100 hectares. “O perfil do produtor que necessita da cooperativa é pequeno. É um produtor que não terá acesso a tecnologia, a informação e a crédito se não for por meio de um sistema organizado”, afirmou.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Sandra Crespo

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias

politica





MÁRCIO MACEDO: “LULA RECEBEU NOTÍCIA DA CONDENAÇÃO COM SERENIDADE”



Um dos vice-presidentes do PT, Márcio Macedo, se reuniu com Luiz Inácio Lula da Silva, na sede do instituto do ex-presidente, logo após a divulgação da sentença do juiz Sergio Moro que condenou o petista a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Macedo afirmou que Lula é inocente “O presidente recebeu a notícia com a serenidade de um inocente e com a indignação de um injustiçado. Agora vamos trabalhar para ver como serão os desdobramentos”, disse Macedo, ao deixar o Instituto Lula, na tarde desta quarta-feira (12).
De acordo com o vice-presidente do PT, Lula vai se pronunciar sobre a condenação, mas ainda não definiu ainda como e de que forma fará isso.
Macedo disse ainda que a Executiva Nacional do PT irá se reunir com movimentos sociais para decidir como serão as mobilizações contra a condenação. Foi decidido ainda que deputados e senadores usarão as tribunas das duas Casas legislativas para fazer pronunciamentos para atacar a decisão do juiz Sergio Moro.
Diario do Estado

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Comissão quer reverter norma do BC sobre crédito rural

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública os impactos do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 para o cooperativismo brasileiro e a exigibilidade dos depósitos à vista à agricultura
Na reunião, agricultores criticaram as novas regras, mas membros do governo e do BC não cogitaram mudanças
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai pedir ao governo federal que reveja decisões do Banco Central (BC) publicadas em junho que fazem ajustes em normas do Plano Agrícola de 2017/18 e que, na visão de deputados, prejudicam o cooperativismo brasileiro.
As decisões, disseram, dificultam o acesso ao crédito, tornando mais cara a tomada de recursos por pequenos agricultores, principalmente.
O governo federal anunciou, para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, a destinação de R$ 190,25 bilhões. O volume de crédito para custeio e comercialização ficará em R$ 150,25 bilhões.
Uma das resoluções do BC (4.580/17) ajusta as regras de diversas operações previstas para o crédito rural. Entre elas, o redirecionamento de fonte de recursos para atividades comerciais e industriais de produtos agrícolas e a fixação de limites de financiamento com recursos obrigatórios para regime de integração e para cooperativas de produção.
Regras anteriores
O que parlamentares e cooperados querem agora é que voltem as regras anteriores. “O Banco Central, colocando nessa linha, acha que as cooperativas podem caminhar com suas próprias pernas, porque elas teriam recursos para financiar o setor, mas não têm”, disse o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), um dos parlamentares que solicitaram audiência sobre o assunto, realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão de Agricultura.
“O agricultor não vai ter competitividade. Não vai conseguir produzir e, se conseguir produzir, vai transferir para o consumidor, que vai ter produtos mais caros na mesa”, disse ainda Colatto.
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) cogitou mesmo a apresentação de um projeto de decreto legislativo para sustar a resolução. “Temos o poder de suspender a decisão do Banco Central, independentemente do presidente da República”, lembrou.
Os representantes do governo, no entanto, destacaram que as cooperativas são sempre contempladas nos planos governamentais. Eles, inclusive, se mostraram sensíveis a possíveis ajustes. O diretor de Crédito e Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, no entanto, alertou para a existência de variáveis que dependem do mercado, e disse que as cooperativas também têm de buscar fontes alternativas de recursos.
O chefe de Controle das Operações de Crédito Rural do Banco Central, Cláudio Filgueiras, destacou o atendimento prioritário a pequenos e médios produtores. “Tentamos atender da melhor forma possível os pequenos e médios e deixar uma parte do atendimento dos grandes para que eles buscassem no mercado”, explicou.
Evasão
Na avaliação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, a decisão praticamente retira as cooperativas do crédito rural brasileiro. “Não havendo reversão, isso causará evasão de recursos do produtor rural cooperado para o sistema bancário – se eu tiver que tomar esse crédito no mercado e não no crédito rural –, de aproximadamente R$ 1,5 bilhões no ano. É o que eu transferirei do meu cooperado para o sistema bancário”, preocupa-se.
Dados citados por Márcio Freitas apontam a existência de 1,5 mil cooperativas agropecuárias no Brasil, com 1,1 milhão de cooperados. Entre eles, 85% são produtores com áreas inferiores a 100 hectares. “O perfil do produtor que necessita da cooperativa é pequeno. É um produtor que não terá acesso a tecnologia, a informação e a crédito se não for por meio de um sistema organizado”, afirmou.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Sandra Crespo

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politica





Comissão debate políticas públicas voltadas à agricultura familiar

O deputado Zé Silva (SD-MG) é o presidente da Frente Parlamentar de Extensão Rural e idealizador de mesa-redonda sobre o tema no município de Almenara (MG) nesta sexta-feira. Ouça a entrevista sobre o assunto
Foi-se o tempo em que a agricultura familiar era vista como uma atividade voltada para garantir a sobrevivência do produtor, de sua família e de comunidades rurais.
Hoje, o retrato do setor é bem diferente. É o principal responsável pela comida que chega à mesa das famílias brasileiras. A agricultura familiar responde por cerca de 70% dos alimentos consumidos em todo o país.
Para debater as políticas públicas desse segmento econômico, a Comissão de Agricultura da Câmara realiza, na tarde desta sexta-feira, uma mesa-redonda, no município mineiro de Almenara, situado no Vale do Jequitinhonha. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deve participar do evento.
A ideia é discutir os principais programas de agricultura do governo, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e o Plano Safra, para melhor atender os agricultores.
E o idealizador desse debate, deputado Zé Silva, do Solidariedade de Minas Gerais, é o presidente da Frente Parlamentar de Extensão Rural e esteve Com a Palavra para discutir o tema. Na opinião do deputado, ainda há excesso de burocracia para liberação de crédito aos agricultores familiares e a assistência técnica é esporádica.
Ouça o áudio completo da entrevista.
Apresentação – Elisabel Ferriche e Lincoln Macário

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Comissão quer reverter norma do BC sobre crédito rural

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública os impactos do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 para o cooperativismo brasileiro e a exigibilidade dos depósitos à vista à agricultura
Na reunião, agricultores criticaram as novas regras, mas membros do governo e do BC não cogitaram mudanças
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai pedir ao governo federal que reveja decisões do Banco Central (BC) publicadas em junho que fazem ajustes em normas do Plano Agrícola de 2017/18 e que, na visão de deputados, prejudicam o cooperativismo brasileiro.
As decisões, disseram, dificultam o acesso ao crédito, tornando mais cara a tomada de recursos por pequenos agricultores, principalmente.
O governo federal anunciou, para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, a destinação de R$ 190,25 bilhões. O volume de crédito para custeio e comercialização ficará em R$ 150,25 bilhões.
Uma das resoluções do BC (4.580/17) ajusta as regras de diversas operações previstas para o crédito rural. Entre elas, o redirecionamento de fonte de recursos para atividades comerciais e industriais de produtos agrícolas e a fixação de limites de financiamento com recursos obrigatórios para regime de integração e para cooperativas de produção.

Regras anteriores
O que parlamentares e cooperados querem agora é que voltem as regras anteriores. “O Banco Central, colocando nessa linha, acha que as cooperativas podem caminhar com suas próprias pernas, porque elas teriam recursos para financiar o setor, mas não têm”, disse o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), um dos parlamentares que solicitaram audiência sobre o assunto, realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão de Agricultura.
“O agricultor não vai ter competitividade. Não vai conseguir produzir e, se conseguir produzir, vai transferir para o consumidor, que vai ter produtos mais caros na mesa”, disse ainda Colatto.
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) cogitou mesmo a apresentação de um projeto de decreto legislativo para sustar a resolução. “Temos o poder de suspender a decisão do Banco Central, independentemente do presidente da República”, lembrou.
Os representantes do governo, no entanto, destacaram que as cooperativas são sempre contempladas nos planos governamentais. Eles, inclusive, se mostraram sensíveis a possíveis ajustes. O diretor de Crédito e Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, no entanto, alertou para a existência de variáveis que dependem do mercado, e disse que as cooperativas também têm de buscar fontes alternativas de recursos.
O chefe de Controle das Operações de Crédito Rural do Banco Central, Cláudio Filgueiras, destacou o atendimento prioritário a pequenos e médios produtores. “Tentamos atender da melhor forma possível os pequenos e médios e deixar uma parte do atendimento dos grandes para que eles buscassem no mercado”, explicou.
Evasão
Na avaliação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, a decisão praticamente retira as cooperativas do crédito rural brasileiro. “Não havendo reversão, isso causará evasão de recursos do produtor rural cooperado para o sistema bancário – se eu tiver que tomar esse crédito no mercado e não no crédito rural –, de aproximadamente R$ 1,5 bilhões no ano. É o que eu transferirei do meu cooperado para o sistema bancário”, preocupa-se.
Dados citados por Márcio Freitas apontam a existência de 1,5 mil cooperativas agropecuárias no Brasil, com 1,1 milhão de cooperados. Entre eles, 85% são produtores com áreas inferiores a 100 hectares. “O perfil do produtor que necessita da cooperativa é pequeno. É um produtor que não terá acesso a tecnologia, a informação e a crédito se não for por meio de um sistema organizado”, afirmou.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Sandra Crespo

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