segunda-feira, 3 de julho de 2017

Agronegocio





Conheça medidas que geram bons resultados contra o carrapato do boi

O carrapato causa muitos prejuízos para os produtores de carne e leite. 
Ele se multiplica com facilidade e cria resistência aos tratamentos.


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Edição do dia 02/07/2017
02/07/2017 08h37 - Atualizado em 03/07/2017 13h34

Conheça medidas que geram bons resultados contra o carrapato do boi

O carrapato causa muitos prejuízos para os produtores de carne e leite. 
Ele se multiplica com facilidade e cria resistência aos tratamentos.

Vico Iasi e Cristina VieiraSão Paulo e Campo Grande
O carrapato é, há muito tempo, um dos principais inimigos da pecuária do Brasil. Ele se multiplica com facilidade, cria resistência aos tratamentos e causa prejuízo para produtores de carne e leite. Algumas ferramentas ajudam a enfrentar esse inimigo pequeno, mas poderoso. Agumas já existem, outras ainda passam por testes.
Eles estão espalhados em todos os continentes, em vários tipos de clima e todo tipo de bicho. Tem carrapato em boi, cavalo, cachorro, camelo, lagarto, urubu, morcego e até em pinguim. Ao todo, os cientistas já identificaram mais 900 espécies no mundo. 
“Carrapato é um araquinídeo, da mesma classe das aranhas e escorpiões, tem quatro pares de patas na fase adulta. Ele precisa se alimentar em um animal vertebrado, do sangue desse animal, para poder prosseguir o seu ciclo de vida. Hoje nós temos carrapatos parasitando em anfíbios, répteis, aves e mamíferos em praticamente todos os cantos do planeta”, explica o veterinário Marcelo Labruna, que estuda carrapatos há 20 anos na Faculdade de Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
O veterinário explica que o carrapato do boi não é nativo do Brasil, mas sim de regiões quentes da Ásia. A espécie, que se chama Rhipicephalus microplus, chegou no país no período colonial, se adaptou bem ao clima e se tornou um pesadelo para os criadores.
O criador Jorge Tupirajá, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, trabalha com gado para a produção de carne há 30 anos. Para melhorar a qualidade do rebanho, investiu no cruzamento genético. O gado canchim é uma mistura do nelore com o gado charolês, que é europeu. Raças europeias são mais suscetíveis, porque elas vêm de lugares onde não há esse tipo de carrapato: “O carrapato deve ser a pior praga que existe na Terra. Ainda não se viu nada mais resistente e mais difícil de se combater”.
Casos como o de Jorge se repetem por todo o país. Segundo a Embrapa, o carrapato do boi gera por ano um prejuízo de mais de R$ 9 bilhões para a pecuária brasileira. A estimativa inclui custos com tratamento e os problemas diretos e indiretos provocados pelo parasita.
O carrapato do boi é um problema sério para a pecuária brasileira, porque ele prejudica a saúde do rebanho de diversas maneiras. A veterinária Cecília Veríssimo, do Instituto de Zootecnia, pesquisa o carrapato do boi há 32 anos e explica o mal que ele provoca nos animais: “Um animal pode chegar a ter dois mil carrapatos. A primeira consequência é a anemia. O sangue desaparece para os carrapatos. Ele também joga na corrente sanguínea substâncias que são prejudiciais ao bovino e podem causar intoxicação. Então, ele para de comer, vai ficando fraco. É uma coisa muito violenta para o animal”.
Com menos sangue e menos apetite, os animais podem perder peso e reduzir a produção de leite. Em grandes infestações, vacas prenhes podem abortar a cria. “Se a quantidade de carrapatos é muito grande dá problema na pele e isso predispõe à bicheira”, afirma a Cecília. Além disso, o carrapato do boi também pode transmitir uma doença grave: a tristeza parasitária bovina, que provoca febre e muitas vezes é fatal para os animais.
A luta contra o carrapato
Para evitar tantos problemas, cientistas brasileiros têm travado uma guerra ao carrapato do boi e vêm trabalhando em diversas frentes. Na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, o doutor em biologia molecular Renato Andreotti, coordena uma equipe que se dedica a estudar os carrapatos. Todas as espécies que chegam são catalogadas e fotografadas para o museu virtual do carrapato, um site que traz um banco de informações sobre os parasitas. Mas o foco principal é o carrapato do boi: “É um problema global, da Austrália, que é um grande mercado de produção de bovinos, passando pela África, América do Sul, México. Enfim, esse a carrapato é um problema mundial”.
Há cerca de15 anos os pesquisadores vêm trabalhando para encontrar uma forma de proteger o rebanho. Uma alternativa aos produtos químicos é a vacina contra o carrapato. Hoje, a eficácia dessa vacina é de 72%. Ainda não é o ideal, por isso o esforço é para aumentar esse índice.
A pesquisa quer chegar a 95% de eficiência da vacina. Nos últimos três anos, a pesquisa vem evoluindo com o estudo do genoma do carrapato, um mapeamento genético para que mais proteínas possam ser identificadas. “A vacina é uma proteína do carrapato que vai fazer uma produção de anticorpos quando injetado no bovino, levando carrapato à morte. Nós acreditamos que em dois anos teremos uma resposta mais forte do que temos atualmente”, explica Renato.
Carrapaticida para combate
Enquanto a vacina não chega à eficiência esperada, os pesquisadores estão trabalhando uma alternativa para controlar o carrapato. O parasita chega ao animal ainda na fase de larva, passa para a fase de ninfa, até se tornar um carrapato cheio de sangue pronto para cair. No pasto, a fêmea coloca em torno de três mil ovos que vão virar larvas. Na pastagem é possível ver as larvas de carrapato à espera do gado.
Quando as larvas estão prontas para atacar, elas podem sobreviver mais de 80 dias na pastagem. Então, uma das estratégias estudadas pela Embrapa é um programa de manejo, ou seja, ir trocando o gado de lugar de acordo com o ciclo do carrapato. A proposta usa como modelo uma área de 100 hectares, com 100 animais, dividida em quatro partes. A proposta exige investimento do produtor em manejo, mas segundo Renato, as vantagens compensam.
Mas a principal ferramenta usada pelos criadores na luta contra o carrapato é o carrapaticida, que mata os parasitas, um tipo de produto que muitas vezes esbarra em um problema. Uma grande dificuldade no combate ao carrapato do boi é que ele desenvolve resistência a produtos químicos. O criador aplica um carrapaticida no gado, a maior parte dos carrapatos morre, mas os que sobram se reproduzem e, com o tempo, vão formando uma população resistente ao produto. Surge um drama para o criador: como encontrar um carrapaticida que seja de fato eficiente?
O agrônomo Sérgio Costa conhece bem esse problema. Ele produz leite em Cachoeira Paulista, São Paulo, em uma propriedade com 200 vacas em lactação: “É uma dor de cabeça muito grande e que pesa muito na nossa planilha quando a gente vai ver os gastos com medicamentos. Dentre os medicamentos, o controle do carrapato certamente contribui em 60% do gasto com medicamentos”.
Para reduzir custos e melhorar o controle, Sérgio adotou uma manejo simples. Ele passou a enviar carrapatos do rebanho para uma análise em laboratório. É um teste que identifica o carrapaticida mais eficiente para o caso dele. A análise dos carrapatos pode ser feita pela Embrapa e também em lugares como o Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura de São Paulo. Confira no vídeo acima como funciona essa análise.
Além de identificar quais são os carrapaticidas mais eficientes para cada propriedade, esse tipo de teste também aponta qual deve ser o intervalo de aplicação dos produtos. Só que identificar o carrapaticida mais adequado pode não ser suficiente, afinal o controle bem feito depende também de uma boa aplicação.
Segundo a veterinária Cecília Verríssimo, alguns carrapaticidas devem ser colocados no dorso dos animais e outros pulverizados. Entre os pequenos produtores, o método mais usado é aplicação com pulverizadores costais. Ela alerta que carrapaticida é veneno e que os aplicadores devem sempre usar equipamentos de proteção e respeitar as instruções dos fabricantes, quanto a dosagem e carência dos produtos. Outro ponto decisivo é montar um calendário para repetir as aplicações, com intervalos que variam segundo o produto.
No caso de Sérgio Costa, as boas práticas na aplicação e os testes de laboratório trouxeram grandes mudanças para a saúde do rebanho. “Tem sido positivo o procedimento de envio do carrapato, de poder ter um resultado, saber qual o princípio ativo mais eficiente. Acho que é uma ferramenta extremamente eficiente que auxilia. Temos conseguido manter o rebanho limpo”, comemora.
globo rural

BRASIL

Escola Pública de Saúde abre concurso para nível superior
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Os salários podem chegar até R$ 3.630 Foto: Divulgação

A Escola de Saúde Pública do Ceará - ESP - CE abre inscrições para processos seletivos para seleção e formação de Banco de Colaboradores. São dois editais. Os interessados devem se inscrever pelo site até as 12h desta quarta-feira, 5. A taxa é de R$ 100. 

O primeiro edital  é destinado ao Projeto Apoio Técnico e Pedagógico das Ações de Ensino e Pesquisa e de Desenvolvimento Institucional da ESP, para atender a modalidade de Bolsa de Extensão Tecnológica, com as seguintes áreas de atuação previstas: publicidade e propaganda e/ ou jornalismo, administração e saúde.

Já o segundo edital é indicado ao Curso de Aperfeiçoamento em Desenvolvimento Infantil e oferece oportunidade nas áreas de saúde, educação e/ ou humanas.

Para todas as oportunidades, os candidatos precisam ter diploma de graduação ao doutorado. A carga horária de trabalho semanal varia entre 20 a 40 horas e as remunerações de R$ 1.452,00 a R$ 3.630,00.

O teste de seleção será por meio de análise curricular e memorial descritivo. O certame tem duração de doze meses, podendo ainda ser prorrogado por igual período.
 
 
Redação O POVO Online

Agronegocio





Embargo da carne brasileira pelos 

EUA levanta questões sobre o produto

Manejo durante a vacinação contra aftosa volta a ser discutido.
Globo Rural acompanha o caminho da vacina, da fabricação até o frigorífico.




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Com a suspensão imposta pelos Estados Unidos à carne bovina fresca brasileira, o manejo realizado durante a vacinação contra a aftosa voltou a ser discutido. Os repórteres do Globo Rural acompanharam em três estados os problemas que envolvem a imunização do gado contra a febre aftosa: a produção da vacina, a fiscalização nos frigoríficos e a vacinação correta no campo.

A vacinação cocorre em todos os estados brasileiros, com exceção de Santa Catarina, que desde 2007 é considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal um estado livre de aftosa sem vacinação. Em Mato Grosso, na recente campanha de maio, foram vacinados mais de 30 milhões de animais.
Os técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do MT (Indea) explicam que, durante todo o manejo, as vacinas devem ser mantidas em baixa temperatura, entre 2ºC e 8ºC. Na propriedade, é fundamental o cuidado com a limpeza da pistola e das agulhas, o que evita também a contaminação das doses que ainda estão no frasco. “O ideal seria trocar a agulha a cada animal, mas dependendo do manejo dentro da propriedade com muitos animais, trocar a cada dez animais seria o ideal”, explica o médico veterinário do Indea, Felipe Peixoto de Arruda.

As agulhas são limpas com uma solução desinfetante ou em água fervente, como acontece em uma propriedade em Rondonópolis, no Mato Grosso, que tem um rebanho de quase três mil animais. Animais conduzidos sem violência até os currais ficam mais calmos e quando contidos em troncos garantem uma vacinação com mais qualidade. É o que afirma a zootecnista Fernanda Macitelli: “Depois de contido o animal, deve-se abrir a porta lateral, perto do pescoço, puxar a pele e aplicar com a agulha paralela ao corpo do animal”.

Controle e inspeção
Em um frigorífico em Rochedo, em Mato Grosso do Sul, é possível ver como é feito o controle. Quando os bovinos chegam ao frigorífico e são separados por lotes, fica fácil perceber como a reação da vacina é comum. Animais de vários criadores apresentam os mesmos problemas.

Na indústria, as carcaças passam por uma varredura. É uma rotina padronizada para a detecção inicial de qualquer tipo de contaminação na carne e os abscessos são os mais encontrados. Às vezes mais de um por animal.

São quatro procedimentos de inspeção: dois na linha de abates e outros dois após o resfriamento da carne. Os funcionários vistoriam peças que podem conter um abscesso escondido e fazem a retirada de toda a parte comprometida.

Do abate à desossa, a fiscalização é feita por funcionários do Ministério da Agricultura e da Indústria. Existe uma atenção especial aos quartos dianteiros, onde é aplicada a vacina. “Chegando na desossa, todos os quartos sofrem uma reinspeção no ponto específico, onde o colaborador da garantia da qualidade faz a verificação desse quarto”, explica Luiz Antônio Almeida Barbosa, responsável técnico da indústria.

A partir de agora, a limpeza das peças deve ser mais rigorosa. O Ministério da Agricultura já enviou aos estados as novas medidas de controle de contaminação e de reinspeção pelos agentes do serviço federal. “Para o estabelecimento, ele deve olhar agora 100% dos quartos que entrar na desossa. Não só reinspecionar, como registrar, o que não era sempre uma prática. Por exemplo, a empresa podia reinspecionar cortes de duas em duas horas”, afirma Régia Paula Queiroz, veterinária do SIPOA.

Reações à vacina
Mesmo com o manejo correto o abscesso pode se formar. Na Faculdade de Veterinária da Universidade de São Paulo, o rebanho foi vacinado contra aftosa há pouco mais de um mês. O veterinário Enrico Ortolani explica a reação na pele dos animais: “Tem uma reação do mês de novembro do ano passado e uma reação que ocorreu na vacinação do mês de maio. É um tecido bem fibroso que o animal reage, tem um pouco de dor. Isso não acontece pelo manejo, porque cada animal que nós vacinamos foi tomada toda a precaução, com uma agulha por animal, tomando todos os cuidados de higiene. Então, isso prova que o problema não era de contaminação. Esse tipo de tecido é provocado como se fosse uma reação alérgica retardada".

Reações à vacina
Mesmo com o manejo correto o abscesso pode se formar. Na Faculdade de Veterinária da Universidade de São Paulo, o rebanho foi vacinado contra aftosa há pouco mais de um mês. O veterinário Enrico Ortolani explica a reação na pele dos animais: “Tem uma reação do mês de novembro do ano passado e uma reação que ocorreu na vacinação do mês de maio. É um tecido bem fibroso que o animal reage, tem um pouco de dor. Isso não acontece pelo manejo, porque cada animal que nós vacinamos foi tomada toda a precaução, com uma agulha por animal, tomando todos os cuidados de higiene. Então, isso prova que o problema não era de contaminação. Esse tipo de tecido é provocado como se fosse uma reação alérgica retardada".

O Sindicato da Indústria de Produtos Animais (Sindan) nega que a vacina seja a responsável pela suspensão à carne fresca brasileira, mas adianta que a fórmula está sendo alterada. “Nós temos uma vacina atual, com volume de 5ml, com três cepas: O, A e C. A cepa C erradicada do país será retirada já a partir de agosto na vacina. E a partir de abril do ano que vem, estaremos também reduzindo o volume de dose para 2ml. Isso pode melhorar o nível de reação. Teremos a vacina mais adequada para essa fase do problema de erradicação da aftosa no Brasil”, garante Emílio Salani, vice presidente Sindan.

Em um depósito em Vinhedo são armazenadas mais de 200 milhões de doses da vacina a cada ciclo. Elas abastecem todo o país.  De cada lote da vacina, saem duas amostras para testes: uma vai para o laboratório oficial do Ministério da Agricultura e a outra para checagens de campo, em uma fazenda também do Ministério, no Rio Grande do Sul. Durante esse processo, os lotes ficam bloqueados na quarentena.

Só depois da liberação em testes é que os frascos recebem um selo, a marca de que a vacina foi aprovada para uso e está rastreada. Apesar desse controle, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luis Rangel, anunciou uma investigação complementar: “A ideia é que em 60 dias nós consigamos ter um panorama total do processo, reavaliando os controles de qualidade das empresas e checando as informações de fiscalização”.
Desde o início do ano, o governo americano barrou mais de 4,5 mil lotes de carne fresca de diferentes países. Só da Austrália, que exporta muito mais que o Brasil, foram mais de duas mil devoluções. O motivo, em geral, são problemas no transporte ou certificação. O Brasil teve 158 lotes devolvidos até o fim de maio, mas o Departamento de Agricultura apontou defeitos além dos permitidos, uma ocorrência de patógeno, que pode estar em abscessos ou outros tecidos, e outra de materiais desconhecidos na carne.
Uma missão técnica do Ministério da Agricultura vai aos Estados Unidos em julho discutir a questão do embargo.

SAÚDE

OMS planeja classificar vício em 

jogos eletrônicos como distúrbio 

psiquiátrico

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Tema começou a ser discutido em 2014 após centros da OMS, médicos e acadêmicos expressarem preocupação sobre possíveis implicações à saúde associadas à prática excessiva de jogos Foto: Reprodução Internet



Atividades de lazer favoritas de boa parte dos jovens do Brasil e do mundo, os videogames e demais jogos eletrônicos estão agora na mira das autoridades sanitárias internacionais. Pressionada por médicos e acadêmicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deverá passar a classificar o vício em games como um transtorno psiquiátrico.



A proposta está em discussão nos comitês que cuidam da revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID), manual publicado pela OMS que traz a definição e os códigos das patologias e que serve de parâmetro para o trabalho de médicos de todo o mundo. A 11.ª edição do documento já está sendo elaborada e deverá ser lançada no próximo ano. Sua versão preliminar lista o transtorno do jogo (ou gaming disorder, em inglês) como distúrbio psiquiátrico. Hoje, por não ser reconhecido como doença, esse tipo de comportamento seria classificado no grupo de “outros transtornos de hábitos e impulsos”. 
O distúrbio dos jogos eletrônicos tem características diferentes do transtorno conhecido como jogo patológico (ou gambling disorder, em inglês), doença já incluída na versão atual da CID caracterizada pelo vício em jogos de azar com apostas em dinheiro, como bingos, cassinos e caça-níqueis.  

A possível inclusão do gaming disorder na CID-11 foi debatida no World Congress on Brain, Behavior and Emotions – congresso sobre o cérebro realizado em Porto Alegre entre os dias 14 e 17 de junho – e confirmada pela OMS ao Estado.
Em nota, a organização explicou que o tema começou a ser discutido em 2014 após centros da entidade, médicos e acadêmicos expressarem preocupação sobre possíveis implicações à saúde associadas à prática excessiva de jogos de videogame e de computador. 
A entidade diz que as consultas e evidências apresentadas desde então levaram à proposta atual de que o transtorno do jogo possa ser uma síndrome “reconhecível e significativa associada à angústia ou à interferência com funções pessoais”.
Prejuízo. Segundo especialistas que atendem jovens dependentes de videogames, a principal característica que diferencia jogadores saudáveis dos viciados é justamente a interferência desse hobby nas demais atividades cotidianas. “A maioria dos jovens joga de maneira tranquila e controlada. Mas entre os que se tornam dependentes, vemos prejuízos importantes, como reprovação na escola, afastamento dos amigos e brigas com a família”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (GEAT) e palestrante do congresso.
Ele afirma que, embora não haja no Brasil uma estimativa de quantos jovens sejam viciados em games, estudos americanos e europeus indicam que apenas 1% a 5% dos que jogam desenvolvem um comportamento dependente. O problema, afirma ele, é mais grave em países asiáticos, onde a prevalência do problema chega a 10%.
Para os médicos e a própria OMS, incluir o transtorno do jogo na CID-11 facilitaria o trabalho dos especialistas no diagnóstico e tratamento do problema. “Além disso, quando temos uma categoria diagnóstica específica, é mais fácil conseguir apoio das agências de fomento de pesquisa para investigar o tema”, diz Cristiano Nabuco, coordenador do Programa de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
Entenda
O Instituto Delete listou sentimentos e ações que podem indicar perda de controle no uso da tecnologia. Leia as dez situações a seguir e veja em quais delas você se reconhece com frequência. Se você se identificar ou reconhecer um parente em pelo menos cinco delas, é possível que haja algum tipo de dependência digital. 
Abandono
Fica triste se não recebe ligações ou mensagens ao longo do dia.
Solidão
Usa a internet para evitar a sensação de estar só.
Comunicação
Ignora pessoas ao seu lado para se comunicar pela internet.
Offline
Sente-se deprimido, instável ou nervoso quando não está conectado e isso desaparece quando volta a se conectar.
Direção perigosa
Envia ou consulta mensagens no celular enquanto dirige.
Insegurança
Autoestima baixa quando os amigos recebem mais “curtidas”.
Mundo virtual
Deixa de fazer atividades na vida real para ficar na internet.
Viagens
Já deixou ou deixaria de viajar para não ficar desconectado.
Comparação
Fica triste quando vê nas redes sociais que seus amigos têm vida mais interessante do que a sua.
Relacionamento
Passa por conflitos de relacionamento por ficar muito tempo conectado.

Fonte: Estadão Conteúdo




AGRONEGÓCIO

Água de irrigação é racionada no DF e agricultores diminuem área de cultivo

A seca dos últimos meses preocupa agricultores do Distrito Federal. A água é racionada e as culturas que dependem da irrigação, como frutas e hortaliças, estão sofrendo.
Na propriedade do Fábio Harada, em Brazlândia, a 45 quilômetros de Brasília, a plantação de goiaba depende da água que vem do Ribeirão Rodeador. No período de seca, que começou em maio, o produtor precisa de quase dez horas para molhar os 1,8 mil pés da fruta.
“No caso da goiaba, irriga-se em torno de 40, 50 minutos cada rede, em torno de cinco em cinco dias”, explica Harada.
Para a próxima colheita de goiaba, em julho, calcula uma queda de 40% na produtividade. Fábio Harada é um dos 638 produtores da Bacia do Rio Descoberto, que abastece 62% da população do Distrito Federal.
Com isso, o reservatório do descoberto ficou pela metade (55%). Desde agosto, os produtores da região reduziram o consumo de água em 50%. O governo do Distrito Federal decretou estado de emergência.
Mas agora a restrição está ainda maior, os produtores rurais abastecidos pela Bacio do Descoberto só podem captar água durante três horas por dia, das seis até ás nove horas da manhã.
Segundo a Emater, a redução da área plantada na Bacia do Descoberto já passa dos 20%. O agricultor Gildeoni Pereira foi além. A plantação de hortaliças dele caiu pela metade. Agora, só restaram quatro hectares, em Brazlândia. “Não tem água suficiente para se alimentar, para crescer, aí tá bem inferior mesmo a qualidade que a gente trabalha”, explica.
A água para irrigação também vem do Ribeirão Rodeador, passa por um canal de 35 quilômetros, que abastece 94 propriedades na Bacia do Descoberto. Para atender as exigências da Agência Reguladora de Águas do Distrito Federal, o presidente da associação dos agricultores da região, Ricardo Sassa, começou a fazer um rodízio: dois dias sem água, um dia com água.
“O receio maior é que os produtores não têm garantia que vai, perante o ano todo, que vai conseguir ter água, que no caso a água é a matéria-prima da agricultura", diz ele.
O período das chuvas no Distrito Federal só começa em novembro e vai até fevereiro, segundo a Climatempo.
Fonte: Globo Rural


MODA E BELEZA

Truques para passar delineador 

perfeitamente


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O delineador combina com todos os estilos, nunca sai de moda e faz toda a diferença em um visual. Só tem um problema: fazer o olho gatinho não é das tarefas mais fáceis. Até mesmo para quem já tem experiência. É traço que sai torto, que fica assimétrico com o outro olho, que borra na pálpebra... E lá se demora mais quinze minutos para sair de casa.
Felizmente, o que não faltam na internet são truques simples para dominar de vez o delineador. Vale testar todos - depois, é só escolher qual dá mais certo com você. Veja só cinco dicas para acertar no visual:

Fita adesiva
Se você grudar uma fita adesiva no canto do olho, extendendo a linha dos cílios inferiores, consegue o ângulo perfeito para o traço do delineador:
Carimbo de borracha
Caso você tenha mais habilidade com estilete do que com um pincel, pode cortar uma borracha escolar com o formato do traço de delineador. O carimbo caseiro, pelo menos, é mais barato do que o lançamento da The Vamp Stamp.

Esponjinha de maquiagem
Aí está um truque interessante: a blogueira Sinead Cady usa uma esponja de maquiagem triangular (dessas que parecem uma fatia de torta) para ajudar a fazer o olho gatinho. É simples: com a extremidade reta da esponja, ela marca o canto do olho de pó compacto (tipo como alguns maquiadores adeptos do baking fazem nas maçãs do rosto). Assim, fica fácil de enxergar a reta a ser seguida com o delineador.
Fio
Se você tiver uma vara de passar fio dental em casa, dá para aproveitá-la como neste tutorial da blogueira americana Makeup By Sugar:
https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2017/02/sombra_maquiagem-720x340.jpg
Créditos: Petardj / iStock
Existem várias formas de descomplicar a sombra
 A sombra é uma das partes mais complicadas da make (o traço perfeito de delineador também está nessa lista, é claro). Fazer a tendência cut crease e outros visuais de espaço negativo, então, pode ser uma tarefa ainda mais trabalhosa. E é aí que entra o truque.

Fonte: Catraca Livre

POLITICA




Brazlândia recebe 1ª Festa da Goiaba neste final de semana

Região produz 4,2 mil toneladas da fruta por ano, de acordo com a Emater.
Festa tem estandes, festival de gastronomia, minicurso de culinária e shows.


Goiabas colhidas na propriedade do casal de produtores Valderlei Silva, de 53 anos, e Júlia Silva, de 50 (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)


Goiabas colhidas na propriedade do casal de produtores Valderlei Silva, de 53 anos, e Júlia Silva, de 50 (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)Brazlândia recebe a 1ª Festa da Goiaba a partir das 19h desta sexta-feira (11), na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão, em Brazlândia. O festival acontece até o domingo (13).
Segundo a organização do evento, o objetivo é divulgar a cultura da goiaba, estimular a economia local gerada com o cultivo da fruta e promover a integração entre os produtores. A região possui 140 hectares de plantio da fruta com uma média de produção de 30 toneladas por hectare.
No total, são produzidas 4,2 mil toneladas de goiaba a cada ano, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater).
"A cultura da goiaba tem grande importância para a região, pois temos uma área considerável de plantio. Usamos a mesma justificativa de tornar Brazlândia um polo de produção, divulgar nacionalmente e estimular o consumo na safra, além de atrair novos mercados e a população em geral", afirma o extensionista da Emater, Hélio Roberto Lopes.
Frutas colhidas na propriedade do casal de produtores, em Brazlândia (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)Frutas colhidas na propriedade do casal de produtores, em Brazlândia (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)
O casal de produtores Valderlei Silva, de 53 anos, e Júlia Silva, de 50, faz parte dos 40 produtores da fruta em Brazlândia. Em feveiro e março, cerca de cem toneladas são produzidas na propriedade do casal, no Núcleo Rural Alexandre Gusmão.
A fruta é comercializada para programas do GDF e também para as Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa). O evento é realizado pela Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão em parceria com a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a Emater e a Ceasa.
1ª Festa da Goiaba de Brazlândia
Data: Sexta (11), sábado (12) e domingo (13)
Horário: sexta, a partir das 19h; no sábado e no domingo, às 10h
Local: Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão – BR-080, Km 13, Núcleo Rural Alexandre de Gusmão, Incra 6
Mais informações: (61) 3391-1553 e (61) 3540-1280


JUSTIÇA








ue é o Ministério Público?

Edifício-sede do MP de Goiás
Edifício-sede do MP de Goiás
“O Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Constituição Federal do Brasil
Sem vinculação funcional a qualquer dos poderes do Estado, o Ministério Público é uma instituição pública autônoma e independente, ou seja, não está subordinada aos Poderes Judiciário, Executivo ou Legislativo. Todos os seus membros têm as mesmas garantias asseguradas aos integrantes do Poder Judiciário. A instituição também tem orçamento, carreira e administração próprios.
Tudo isto garante ao Ministério Público condições de fiscalizar o cumprimento da lei e defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis, com isenção, apartidarismo e profissionalismo.
Assista ao vídeo "O que é o Minitério Público", veja a versão digital da Cartilha "Conheça o MP-GO" e conheça a História: Memória do Ministério Público de Goiás.
É papel do MP defender o patrimônio nacional, o patrimônio público e social. Isto inclui o patrimônio cultural, o meio ambiente, os direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, a família, a criança, o adolescente e o idoso, por exemplo.
Ele tem o dever de defender o interesse público com isenção e de proteger os direitos individuais indisponíveis, como o direito à vida, à liberdade e à saúde; e os direitos difusos e coletivos, aqueles que dizem respeito a todos

JUSTIÇA





Tese de promotor do MP-GO é defendida por ministro Celso de Mello em julgamento no STF





Ministro fez sustentação oral no STF

A tese que trata da chamada “Colaboração Premiada” constante no livro Crime Organizado (Editora Método – Grupo Editorial Nacional), de autoria dos promotores Vinícius Marçal (MP-GO) e Cleber Masson (MP-SP), serviu de fundamentação teórica para a sustentação oral do ministro Celso de Mello, nesta semana, durante o julgamento do conjunto da questão de ordem e do agravo regimental na Petição (PET) 7074, no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Questão de Ordem na PET 7074 foi suscitada pelo ministro Edson Fachin, relator dos casos oriundos da Operação Lava-Jato no Supremo, para discutir os limites da atuação do relator na homologação de acordos de colaboração, bem como a questão da sindicabilidade do controle das cláusulas acordadas com o Ministério Público Federal.
Seguindo o contexto do voto do relator, e amparado na obra de Vinícius Marçal (MP-GO) e Cleber Masson (MP-SP), por maioria dos votos, foi decidido que o acordo de colaboração homologado como regular, voluntário e legal deverá, em regra, produzir seus efeitos em face ao cumprimento dos deveres assumidos pela colaboração, possibilitando ao órgão colegiado a análise do parágrafo 4º do artigo 966 do Código de Processo Civil.
O dispositivo citado diz que “os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei”. Em seu pronunciamento, Celso de Mello leu diversos trechos da obra assinada pelo promotor goiano e destacou a atualidade da abordagem em consonância com o julgamento em questão.
“Eu poderia destacar vários autores, por exemplo, Cleber Masson e Vinícius Marçal, cuidando especificamente desse tema, dizem o seguinte: ‘há, por assim dizer, uma vinculação judicial ao benefício acordado em caso de cumprimento integral da avença, pois do contrário a noção de processo cooperativo restaria esvaziada e haveria um clima de indesejável insegurança jurídica na aplicação do instituto, pois o Ministério Público não teria como cumprir a sua obrigação ante a possibilidade de o juiz não conceder, digamos, aqueles benefícios de natureza premial’”, discorreu o ministro Celso de Mello.
Ao seguir o voto do relator, o ministro Celso de Mello destacou que o Ministério Público não pode se eximir de apurar a ocorrência dos ilícitos que chegam a seu conhecimento – e, nesse aspecto, a colaboração premiada é de grande importância. Para o decano do STF, o regime atual de colaboração prevê mecanismos para obstar abusos no caso de uso ilícito do instituto, cabendo ao relator o controle jurisdicional sobre as cláusulas de acordo no momento da homologação, podendo recusá-las em caso de ilegalidade ou inconstitucionalidade. Ele também se manifestou favoravelmente à vinculação do órgão sentenciante ao acordo devidamente homologado, cabendo-lhe, no entanto, apurar a sua eficácia objetiva.
“Esses autores, Cleber Masson e Vinícius Marçal, dizem o seguinte: há, por assim dizer, uma vinculação judicial ao benefício acordado em caso de cumprimento integral da avença, pois do contrário a noção de processo cooperativo restaria esvaziada e haveria um clima de indesejável insegurança jurídica na aplicação do instituto. O imprescindível controle judicial ocorrerá quando da homologação do acordo e de seu cumprimento. Mas, uma vez homologado e cumprido o acordo, não há como o juiz retratar-se na sentença. E, conclui, tal como decidido pelo Supremo Tribunal Federal, os princípios da segurança jurídica e da proteção da confiança tornam indeclinável o dever estatal de honrar o compromisso assumido no acordo de colaboração, concedendo a sanção premial estipulada, que nada mais é do que uma legítima contraprestação ao adimplemento da obrigação por parte do colaborador. Dessa maneira, conclui os autores, é correto dizer que o juiz que homologou o acordo fica de certa forma vinculado aos seus termos, devendo conferir ao colaborador o benefício ajustado quando a colaboração tiver sido efetiva”, destacou Celso de Mello. (Sarah Mohn / Com informações do STF / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

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Programa Jovem Sustentável Aprendiz de Senador Canedo é premiado em evento nacional

Promotor Glauber Soares (de terno) representou o MP-GO na premiação em SP
Promotor Glauber Soares (de terno) representou o MP-GO na premiação em SP
Iniciativa desenvolvida em Senador Canedo numa parceria do Ministério Público de Goiás com a Fundação Alphaville, o programa Jovem Sustentável Aprendiz, que busca a reinserção social de jovens em conflito com a lei, foi uma das práticas premiadas no XV Bench Day – As Melhores Práticas Socioambientais 2017, evento realizado em São Paulo no último dia 29, no hall nobre do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Representou o MP-GO na solenidade o promotor de Justiça Glauber Rocha Soares, titular da 1ª Promotoria de Senador Canedo, que, juntamente com a 2ª Promotoria, está mobilizada na realização do projeto voltado para os adolescentes infratores.
O Bench Day, conforme definido pelos organizadores do evento, é a data em que são apresentadas as melhores práticas de sustentabilidade certificadas pelo Programa Benchmarking Brasil. Durante o dia, são detalhados os cases e projetos certificados em seminários e exposições interativas. E, à noite, uma solenidade destaca o Ranking Benchmarking dos Legítimos da Sustentabilidade do ano. Nesta edição, o Jovem Sustentável Aprendiz ficou na 9ª colocação entre os detentores das melhores práticas socioambientais nacionais.

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Randolfe afirma que devolução do mandato a Aécio pode prejudicar investigações do MP

   
30/06/2017, 21h15
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta sexta-feira (30), suspender a decisão do colega Edson Fachin, que havia determinado o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do seu mandato. Aécio ficou pouco mais de um mês fora do Senado. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor de representação no Conselho de Ética, pedindo a cassação do mandato do tucano, avalia que devolver o mandato do senador mineiro pode comprometer as investigações do Ministério Público por suspeita de corrupção de Aécio Neves. A reportagem é de Hérica Christian, da Rádio Senado.