Delegacia Eletrônica é
aperfeiçoada para facilitar navegação
Nova
plataforma da Delegacia Eletrônica, que já está no ar, vai facilitar o
atendimento à população na busca pelos serviços da Polícia Civil. Foto:
Nilson Carvalho/Agência Brasília
A nova plataforma da Delegacia Eletrônica, que já está no ar, vai facilitar o atendimento à população na busca pelos serviços da Polícia Civil.
O leiaute proposto pela corporação permite identificar rapidamente o
registro desejado, por meio de ícones com imagens na página principal. De acordo com a Polícia Civil, a inovação tecnológica possibilita uma
maior interação com a sociedade. Além disso, aperfeiçoa o uso por
dispositivos móveis. A novidade faz parte das comemorações do aniversário de Brasília, celebrado em 21 de abril. Outras quatro novas naturezas criminais estão disponíveis para registro:
Evasão do local do acidente de trânsito (se não houver vítima)
Furto mediante fraude (quando a pessoa se passa por outra para obter
o objeto em questão. Por exemplo: um indivíduo que se passa por agente
de trânsito para furtar um carro)
Injúria real (quando um insulto não ofende apenas a dignidade ou o decoro, mas chega às vias de fato ou com agressão física)
Maus-tratos a animais
A diretora da Delegacia Eletrônica, Ana Carolina Litran Andrade,
explica que esses delitos foram incluídos na plataforma digital devido a
uma maior procura por eles nas delegacias. Com eles, sobe para 17 o
número de opções de comunicados.
52.350Número de ocorrências registradas na Delegacia Eletrônica, de 1º de janeiro a 26 de abril
Para Ana Carolina, a alteração no site vai resultar no aumento de
ocorrências registradas on-line. De 1º de janeiro a 26 de abril, foram
52.350. A maior incidência ficou com furtos diversos: 4,7 mil (58% do total).
Furto em interior de veículo, com 1.090 registros, segue com 13%, a
mesma porcentagem de crime de estelionato (1.063). Além dos citados, a Delegacia Eletrônica possibilita denúncia de:
Acidente de trânsito sem vítima
Ameaça
Apropriação indébita
Calúnia
Difamação
Injúria
Extravio
Injúria racial
Perturbação da tranquilidade
Perturbação do trabalho ou sossego alheios
O boletim de ocorrência (comumente chamado de B.O.) fica disponível
24 horas após o registro e é encaminhado para o e-mail informado pelo
usuário. Sugestões ou reclamações sobre o serviço podem ser enviadas à Polícia Civil pelo Fale Conosco – Ouvidoria, no site da corporação.
Casos que não podem ser registrados virtualmente
Outros crimes, como furto e roubo de veículos, homicídio e todos que
se enquadrem na Lei da Maria da Penha, não podem ser registrados
on-line. Também devem ser comunicados presencialmente, em uma delegacia
de polícia, acidentes de trânsito com pessoas feridas, com motorista com
sinais de embriaguez ou quando um dos envolvidos tenha fugido do local.
Nas redes sociais do Kensington Palace, local em que a são divulgadas
imagens da Família Real, uma foto inédita da princesinha, tirada por
sua mãe, foi publicada, já nesta segunda-feira, 1. Na legenda, foi
escrito: “O Duque e a Duquesa de Cambridge estão muito satisfeitos de
compartilhar essa fotografia enquanto celebram o segundo aniversário da
Princesa Charlotte. As Altezas Reais gostariam de agradecer a todos
pelas adoráveis mensagens recebidas, e torcem para que todos gostem da
fotografia tanto quanto eles gostam”.
Em resposta a uma demanda dos moradores, o espaço que abrigaria uma
unidade de acolhimento na Área Especial A da QNR 2 de Ceilândia será
transformado em escola. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (1º)
pelo governador Rodrigo Rollemberg, durante reunião com lideranças
locais.
O
espaço que abrigaria uma unidade de acolhimento na Área Especial A da
QNR 2 de Ceilândia será transformado em escola. O anúncio foi feito
nesta segunda-feira (1º) pelo governador Rollemberg, durante reunião com
lideranças locais. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
“Ouvimos a população para saber qual era a prioridade. Nada mais
justo que atender à reivindicação e transformar aquilo que seria um
albergue numa escola”, disse o governador. Nos turnos matutino e vespertino, serão atendidos 1,2 mil estudantes
de 3 a 8 anos (do maternal 2 ao terceiro ano do ensino fundamental). À
noite, haverá aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de cursos do
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Essa notícia é uma vitória para a comunidade”, comemorou o prefeito comunitário da QNR, João Gomes. A Secretaria de Educação fará as adequações
necessárias no local, que deverá funcionar a partir do segundo semestre
deste ano, de acordo com o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho. Durante o encontro, o governador Rollemberg citou outras melhorias na região, como a abertura do Restaurante Comunitário do Sol Nascente, na QNR 1, e a entrega do terminal de ônibus.
Atendimento às pessoas em situação de rua
Aquelas pessoas que seriam acolhidas pelo albergue serão atendidas em
unidades nas diversas regiões administrativas de Brasília e em casas
que poderão ser alugadas pelo governo.
“Nós fizemos um debate com a Secretaria de Educação e concluímos que a
escola é uma necessidade real daqui. Vamos atender essa população [em
situação de rua] de forma descentralizada”, explicou Gutemberg Gomes,
secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos. Fonte: Agência Brasília
Com o
aprofundamento da crise, entre 2015 e 2016, o número de unidades que
encerraram as atividades cresceu 17% na capital. No país, aumento foi de
6,7%, totalizando 108,7 mil empresas Foto: Reprodução Internet
A
crise econômica, que destruiu postos de trabalho e provocou a maior
retração de vendas no comércio, transformou, em definitivo, o ato
de baixar as portas de lojas depois de um dia de atividade para
muitos empresários. Ao longo do ano passado, 108,7 mil lojas
fecharam em todo o país, segundo a Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No Distrito Federal, a
recessão foi ainda mais intensa. Na capital federal, o fechamento de
unidades comerciais superou o de aberturas em 2,5 mil. O número é
17% maior do que o de encerramento no mesmo período de 2015. No
Brasil, o ritmo foi 6,7% superior na mesma comparação.
A empresária Bernardete Martins, 56 anos, está entre os milhares de
empreendedores do DF que passaram pela triste experiência de fechar as
portas. Das quatro unidades que tinha da rede própria Cirandinha, que
vende roupas para bebês e crianças até 10 anos, ela mantém apenas duas.
“Ficou um sentimento de fracasso e frustração. O encerramento das lojas,
uma delas no ano passado, foi, para mim, uma tristeza difícil de
dimensionar”, conta.
A crise nas vendas foi profunda em todo o
Brasil, mas, no DF, as vendas no varejo ampliado — que insere vendas de
veículos e materiais de construção — recuaram 12,2%, acima da queda
nacional de 8,7%.
Quando abriu a primeira loja, em 2008, Bernardete tinha esperança de que
daria certo e poderia gerar empregos. “Ao fechar de vez, parecia que eu
é que tinha feito tudo errado”, lamenta. Os primeiros anos como
empresária da Cirandinha foram promissores. Logo no início, o
faturamento da empresa crescia na ordem 20% ao ano. Com a crise, as
vendas desabaram. “A situação começou a ficar ruim em 2014 e, no ano
passado, parece que o mundo parou. E janeiro e fevereiro de 2017
simplesmente não existiram”, critica. Com o fechamento das lojas, ela
acabou demitindo cerca de 20 trabalhadores.
Massa salarial
Não é à toa que o tormento do
fechamento de lojas abalou tanto Bernardete. A crise econômica no DF foi
mais profunda do que a média do país. A massa salarial — a soma de
todos os salários pagos aos trabalhadores — recuou 3,4%, no quarto
trimestre do ano passado, em relação ao mesmo período de 2015. No país, a
queda foi de 1,25% na mesma base de comparação.
Parte dessa
queda na massa salarial é explicada pelo avanço do desemprego, que
também foi mais intenso no DF, onde o número de desocupados subiu 52%,
no quarto trimestre de 2016, em relação ao mesmo período do ano
anterior. No Brasil, esse aumento atingiu 36%. A taxa de desocupação,
por sinal, saltou de 9,7% ao fim de 2015 para 13,9% nos três últimos
meses de 2016 no DF, uma alta de 4,2 pontos percentuais. Na média
nacional, esse avanço foi de 3 pontos percentuais, quando o índice de
desemprego fechou a 12% no ano passado.
Com o crescimento do
desemprego e a queda real dos rendimentos, os comerciantes que não
fecharam as portas apostaram na experiência para não sucumbir à
recessão. É o caso do empresário Hamilton Ramos, 59 anos, dono de um
armarinho. Em 2016, presenciou de perto os filhos encerrarem as
atividades por não suportarem a queda nas vendas. “A crise afetou todo
mundo. Se não tivesse uma experiência de 20 anos no varejo, já teria
fechado também. Sinto que o poder de compra dos clientes caiu bastante”,
lamenta.
A empresária Marilene Alves, 46, também está segurando
as pontas como pode. Dona de um restaurante, amarga a brusca perda de
receitas. “Hoje, trabalho para praticamente pagar as contas básicas,
como aluguel, água, luz e impostos. A minha sorte é que meu irmão
trabalha comigo, faz a comida e evita um gasto grande com a folha de
pagamento”, diz.
As observações de Marilene são pertinentes. Além
da crise econômica, outros elementos ajudam a explicar a crise do
varejo no DF: falta de segurança; ausência de estacionamentos; e
aluguéis. É o que avalia o presidente do Sindicato do Comércio Varejista
do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), Edson de Castro. “O
comerciante que ainda está com as lojas abertas mal consegue pagar as
despesas”, diz. (Colaborou Renato Souza)
"A situação
começou a ficar ruim em 2014 e, no ano passado, parece que o mundo
parou. E janeiro e fevereiro de 2017 simplesmente não existiram”Bernardete Martins, empresária
Estima-se que os brasileiros têm, aproximadamente, 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos como animais de estimação. No ano de 2014, a produção brasileira de animais criados para o abate, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 33,9 milhões de bovinos, 5,4 bilhões de frangos e 37,1 milhões de suínos.O bem-estar animal (BEA) é uma ciência que vem crescendo ao redor do mundo, por iniciativa de profissionais veterinários, para aumentar a qualidade de vida dos animais, sejam os espécimes silvestres ou domésticos.Envolve aspectos como saúde, felicidade ou longevidade. Muito além do adestramento e dos cuidados básicos, é necessário, segundo os preceitos do BEA, um cuidado multidisciplinar para que os animais tenham uma melhor qualidade de vida.O conceito de bem-estar animal foi citado pela primeira vez em 1965, na Inglaterra, pelo comitê Brambell, que serviu para avaliar as condições em que os animais eram mantidos em sistemas de criação do paíseuropeu.A partir de então, cresce a preocupação com o ambiente saudável, limpeza e higienização, além dos cuidados preventivos para doenças específicas.ComportamentoVeterinário e adestrador de animais em Salvador há 35 anos, Zenildo Prazeres, dono da clínica veterinária Prazeres Vet – a primeira especializada em comportamento animal da capital – conta que o bem-estar animal tem relação com o comportamento humano.“A importância do bem estar animal é fundamental na personalidade do ser humano. Existe um ditado que diz: Você sabe do comportamento de uma nação através da forma que eles tratam os animais. A sociedade que trata bem os seus animais com certeza terá valores diferentes nas novas gerações”, diz Prazeres.Segundo dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS) de 2013 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55,9% dos domicílios da região nordeste do país possuem animais domésticos, sendo eles gatos ou cachorros.
Veterinário Zenildo Prazeres é dono da primeira clínica especializada em comportamento animal de Salvador Acervo Pessoal l Divulgação
Fiscalização
O bem-estar animal não significa apenas cuidar bem dos pets, mas
também dos animais de produção, uma vez que são eles que fornecem
alimento para a maioria da população. Em Salvador, o órgão responsável por fiscalizar não só a qualidade
dos alimentos produzidos pelos animais, mas também o bem-estar deles, é a
Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). “Os animais de produção não podem ser abatidos sem levar em
consideração todo um preparo de sensibilização para que não sintam
nenhum tipo de desconforto durante o abate”, pontua Prazeres. Portanto, o
conceito já ganhou a linha de produção e terá ainda mais espaço em
tempos de fiscalização atenta das autoridades sanitárias. O fato de o bem-estar animal estar ligado aos maus tratos é algo
conhecido pela população, mas poucos sabem que, por trás deste termo, há
uma preocupação e muita informação que ajuda a reduzir o problema do
abandono e da falta de cuidado no cotidiano. É comum que as pessoas vejam o animal passando por algum tipo de
sofrimento e relacionem à violência, mas uma doença oculta, e até
transtornos psicológicos, podem se manifestar e prejudicar a saúde dos
animais. Dona de um vira-lata que é ‘tratado como um bebê’, para a
auxiliar administrativa Josielle Silva, 34 anos, bem-estar animal
significa proporcionar boa alimentação, saúde, lazer e, principalmente,
carinho. Divulgação Para o veterinário e adestrador de Salvador, Zenildo Prazeres, no
entanto, é importante que mais pessoas conheçam o propósito do bem-estar
animal. “Para que a população possa ter mais conhecimento sobre o BEA,
acredito que poderia existir uma maior divulgação nas escolas. Algum
tipo de atuação por parte da Secretaria de Educação e do próprio MEC
para inserir este tema na formação dos estudantes, já que as crianças de
hoje serão os adultos de amanhã”, diz o profissional. Com o intuito de barrar a reprodução descontrolada de animais na
capital baiana, e, consequentemente combater o abandono, a prefeitura de
Salvador implantou o Projeto PIN (001/13), que disponibiliza a
esterilização gratuita de gatos e cachorros por meio do Castramóvel. O
serviço percorre diferentes bairros.
Prática
de retirar camisinha sem consentimento no sexo gera debate sobre
violência sexual
De tão frequentes, casos tornaram-se objeto de pesquisa nos EUA e ganharam até termo próprio em inglês: 'stealthing'. Foto: Divulgação
Foi pouco antes do fim da relação sexual que a advogada carioca
Priscila (nome fictício) percebeu que seu parceiro havia removido o
preservativo sem avisá-la.
O casal havia se conhecido semanas antes e concordado em fazer sexo protegido.
"Fiz um escândalo e minha reação inicial foi dar parte dele na
delegacia. Além de irritada, fiquei muito triste com a desonestidade.
Ele se justificou dizendo que ficou com medo de perder a ereção", conta
ela à BBC Brasil.
Segundo a advogada, as semanas seguintes foram "tensas", à espera do resultado de exames médicos do parceiro.
"Como se tratava de um parceiro casual, fiquei com medo de contrair
alguma doença. Felizmente, nada aconteceu. Eu o perdoei e depois fiquei
muito chateada comigo mesma porque encarei a situação como 'normal'.
Acabei tendo de levar isso para terapia", acrescenta.
De tão frequentes, casos como o de Priscila tornaram-se objeto de
pesquisa nos Estados Unidos e ganharam até um termo próprio em inglês -
"stealthing" (de "stealth" ou "furtivo"), quando um dos parceiros remove
o preservativo durante a relação sexual sem o consentimento do outro.
Um estudo recente publicado no periódico Columbia Journal of Gender and
Law, que trata de questões legais relativas a gênero, revelou que se
trata de um "problema crescente" no país, e com maior incidência em
casais heterossexuais.
"Entrevistas com vítimas indicam que a prática é comum entre jovens
sexualmente ativos", diz a autora da pesquisa, Alexandra Brodsky, no
estudo.
"É terrível escrever sobre uma forma de violência de gênero pouco
reconhecida e ouvir um coro de mulheres dizendo que passou por situações
desse tipo", acrescenta ela.
Brodsky diz ainda que "além do medo de resultados negativos específicos
como gravidez e DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), todas as
vítimas consideraram a remoção do preservativo sem seu consentimento
como uma violação humilhante e desempoderadora do acordo sexual".
Violência sexual
O assunto chegou a levantar questionamentos sobre se a prática poderia
ser considerada um crime sexual e, em última instância, estupro.
No estudo realizado por Brodsky, uma das vítimas descreveu o stealthing como um "quase estupro".
Outra chamou de "flagrante violação do que tínhamos concordado".
Alexandra Brodsky acredita ser necessária criação de legislação
específica que coíba a prática e à qual as vítimas do "stealthing"
possam recorrer.
Em fóruns online nos Estados Unidos, homens incentivam uns ao outros a
cometer a prática sob a justificativa de que seria direito deles
"espalhar seus genes", acrescenta a pesquisa.
Para a advogada britânica Sandra Paul, especialista em crimes sexuais
do escritório de advocacia Kingsley Napley, sediado no Reino Unido, quem
faz o stealthing estaria "potencialmente cometendo um estupro".
Mas, de acordo com a lei brasileira, a prática não poderia ser
considerada estupro, afirmaram especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Isso porque, segundo o artigo 213 do Código Penal, estupro consiste em
"constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso".
"Não existe essa previsão de 'furtividade' na nossa lei", explica o
defensor público Saulo Brum Leal Júnior, da Assessoria Subdefensoria
Institucional da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. "Para que um
crime seja enquadrado como estupro, é preciso que o ato sexual tenha
ocorrido mediante grave ameaça ou violência."
A defensora pública Arlanza Maria Rodrigues Rebello, coordenadora do
Nudem (Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher) da Defensoria Pública do
Rio de Janeiro, concorda. Ela diz considerar que o stealthing não seria
estupro, mas "uma deslealdade do relacionamento".
"O fato de tirar o preservativo sem a autorização da mulher, por si só,
não significa que tenha ocorrido estupro porque não houve uso de
violência ou ameaça para que a relação sexual fosse obtida. Seria uma
deslealdade do relacionamento, como se a mulher, por exemplo, parasse de
tomar pílula anticoncepcional e não avisasse ao parceiro", explica.
Para a advogada Ana Paula Braga, sócia da Braga & Ruzzi Sociedade
de Advogadas e especialista na defesa dos direitos das mulheres, a
remoção do preservativo seria, no aspecto moral, um estupro, "se formos
partir da visão de que não houve consentimento quanto ao sexo
desprotegido".
Assim como outros especialistas, ela ressalva, contudo, que, no aspecto
legal, esse tipo de crime só ocorre se houver "violência ou ameaça".
"Nosso direito penal é muito específico e, ainda que a interpretação da
lei tenha mudado ao longo do tempo, não poderíamos considerar o
stealthing como estupro se analisarmos friamente a letra da lei. De
qualquer forma, trata-se de uma violência de gênero, pois o homem coloca
o prazer dele acima da saúde da parceira", explica.
Braga diz já ter atendido uma cliente que passou pela situação, mas o
caso não avançou porque os prazos legais já haviam se esgotado.
Ela acrescenta que não há jurisprudência no Brasil, tampouco estatísticas oficiais sobre o assunto.
Mas, em janeiro deste ano, um homem foi condenado por estupro na Suíça
depois de remover o preservativo sem o consentimento da parceira. A
Justiça entendeu que a mulher teria recusado manter a relação sexual se
soubesse que estava fazendo sexo desprotegido.
Alternativas legais
Embora acreditem que a prática não possa ser enquadrada como estupro,
os especialistas afirmam que existem alternativas legais às mulheres que
se sintam vítimas dessa situação.
Eles citam os artigos 130 (perigo de contato venéreo), 131 (perigo de
contágio de moléstia grave) e 215 (violência sexual mediante fraude) do
Código Penal brasileiro, uma vez que o sexo foi de forma desprotegida e
não consensual.
Os especialistas dizem também ser possível entrar com uma ação cível, e não criminal, contra o acusado.
"Seria uma ação reparatória pelo dano causado, como, por exemplo, uma
gravidez indesejada", assinala Leal Júnior, da Defensoria Pública do Rio
Grande do Sul.
Desafio
Braga, da Braga & Ruzzi Sociedade de Advogadas, ressalva, contudo,
que, mesmo em casos de estupro, reunir provas é um "desafio" para as
mulheres.
Ela lembra que apenas 8% dos estupros se tornam efetivamente condenações.
"Crimes sexuais não deixam provas. Especialmente quando há violência
psicológica. A maior parte dos estupros ocorre com um agressor que é
conhecido da vítima", diz.
"Mas isso não pode ser visto como um empecilho para as mulheres denunciarem", conclui.
Rollemberg
promete resolver atraso do DF Sem Miséria até dia 12 deste mês
Foto: Divulgação
O atraso no pagamento do DF Sem Miséria
tem causado estragos nas vidas de milhares de famílias carentes do
Distrito Federal. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) assumiu o
compromisso de colocar um ponto final no problema até o dia 12 de maio. O
chefe do Executivo fez a promessa em uma postagem na rede social do
Facebook na tarde desta segunda-feira (01/05).
Foto: Reprodução Facebook
“Sei que há muita gente preocupada – e, com toda razão – com o atraso”,
confessa o governador. Segundo Rollemberg, os atrasos referentes aos
meses de março e abril serão resolvidos até o dia 12. “E vamos trabalhar
muito para que não haja mais atrasos no pagamento do benefício”,
promete.
O atraso nos pagamentos do DF Sem Miséria tem sido uma das críticas
da população e da opinião pública ao governo Rollemberg. O benefício é
um complemento para o Bolsa Família, custeado pelo Governo Federal. Rollemberg
argumentou que apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelo
DF, o governo está avançando e retomará os investimentos nos serviços
públicos. Além dos problemas e falhas da maquina pública, a capital
federal também enfrenta a maior taxa de desemprego da história. Hoje
mais 336 mil brasilienses estão sem emprego. “O governo vem fazendo todos os esforços para pagar os salários dos
servidores em dia, e colocar o DF Sem Miséria em dia é compromisso
nosso. Já determinei o pagamento até o dia 12 e continuaremos a buscar
recursos para que ele não atrase mais. É prioridade nossa”, afirma
Rollemberg. De acordo com a Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento
Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), hoje
62.084 famílias são beneficiadas pelo DF Sem Miséria. Por mês, o GDF
distribui entre elas R$ 8.324.100,00. Como o governo está devendo os
meses de março e de abril, a dívida pública é de R$ 16.648.200,00.
2 pessoas
morrem em acidente provocado por 'racha' em Brasília
Vítimas
estavam em veículo que não participava do 'racha' (corrida de carros
não autorizada), foi atingido na traseira e capotou. Motoristas que
causaram batida fugiram sem prestar socorro. Foto: Reprodução Internet
Duas pessoas morreram em uma acidente causado por um "racha" (corrida
de carros não autorizada) na área central de Brasília na noite deste
domingo (30), segundo informações da GloboNews.
Elas estavam em um carro que não participava da disputa, foi atingido na traseira por um dos veículos e capotou
Motoristas disputavam a corrida não autorizada na via L4 Sul, uma das
principais avenidas do Plano Piloto de Brasília, segundo informações do
DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Distrito Federal.
As vítimas estavam no banco de trás do carro atingido. Elas morreram na
hora, segundo o DER, e o motorista e um outro passageiro foram levados
para um hospital. Não há informações sobre o estado de saúde delas.
Os motoristas dos veículos que disputavam o "racha" fugiram sem prestar socorro às vítimas.
Aprenda a
usar o computador de forma mais sustentável e ajudar o meio ambiente
Foto: Reprodução Internet
Modo de espera Você sempre deve desligar o
computador quando terminar de usar. Assim, você economiza energia e
aumenta o tempo de vida útil do aparelho, porque ele consegue resfriar
os componentes internos. Mas se você só deu uma pausa no trabalho,
pode colocar ele no modo de espera. Nesse caso, ao invés de desligar
tudo, ele desliga somente o disco rígido e a tela e aí fica bem mais
rápido para reiniciar e você ainda economiza. Também dá para colocar
o computador para hibernar. Nesse caso ele desliga também a placa-mãe
e, por isso, demora um pouquinho mais para reiniciar. O legal é que
tanto no modo de espera, quanto na hibernação você não perde o que
estava fazendo. Pode deixar os arquivos e páginas da internet abertos
que quando você voltar a trabalhar vai estar tudo lá! Aí sim, né?
Computador lento Gente, quanto mais tempo o
computador demorar para realizar uma tarefa, mais energia ele vai
gastar. Então, sempre que o seu notebook estiver lento, dê uma olhada
para saber qual é o problema, como programas pesados ou que estão
rodando em segundo plano, vírus ou outra coisa. Se você quiser saber
mais sobre isso, pode dar uma dar uma olhadinha aqui.
Impressora Que tal usar menos a impressora? Em
vez de imprimir boletos, declaração de imposto de renda, páginas de
internet e outros arquivos, você pode deixar tudo salvo no computador ou
na nuvem, para poder acessar de qualquer lugar. Assim, você evita o
desperdício de papel.
Acessórios Uma outra forma de
economizar energia é desconectando os acessórios do computador quando
não estiver usando, como caixas de som, webcam e HD externo. Tudo isso
acaba consumindo energia mesmo quando está em stand-by, sabia?
Manutenção Ah, e não se esqueça de levar o seu
computador para manutenção regularmente para consertar e trocar peças
que estejam com defeito e podem fazer o computador gastar mais. Também é
legal manter o antivírus atualizado, porque malwares (que são os vírus
que infectam o aparelho) fazem com que o computador realize várias
tarefas em segundo plano, o que deixa o computador mais lento.
Viu como é fácil usar o notebook de uma forma mais
sustentável? E olha, sempre que você tiver qualquer dúvida sobre
tecnologia, é só falar comigo nas redes sociais usando a #LuExplica.
Brasileiros
disputam vaga nas oitavas da Libertadores
Foto: Divulgação
Os brasileiros Palmeiras, Grêmio e Atlético Paranaense, além do
argentino Godoy Cruz, estão na primeira colocação para ir às oitavas de
final da Copa Libertadores-2017, que nesta semana pode deixar para trás o
campeão Atlético Nacional. O Atlético Paranaense, com sete pontos, o último convidado do "grupo
da morte", está perto de dar um baque com duplo impacto se vencer na
quarta-feira o San Lorenzo em Curitiba: não só avançará para as oitavas
como também eliminará o time argentino, com três pontos, que precisará
da oração de seu mais famoso torcedor - o papa Francisco. A dois jogos do fim da fase de grupos, o Atlético-PR surpreendeu no
Grupo 4, composto por times de prestígio e com experiência internacional
como Flamengo e Universidad Católica, do Chile, que disputarão a
partida na quarta-feira, no Rio de Janeiro. Já no Grupo 8, previa-se uma passeio tranquilo do Grêmio, com 10
pontos. Um empate na quarta-feira contra o Deportes Iquique, com seis
pontos, fará com que o time de Porto Alegre avance para a próxima fase.
Os brasileiros Palmeiras, Grêmio e Atlético Paranaense, além do
argentino Godoy Cruz, estão na primeira colocação para ir às oitavas de
final da Copa Libertadores-2017, que nesta semana pode deixar para trás o
campeão Atlético Nacional. O Atlético Paranaense, com sete pontos, o último convidado do "grupo
da morte", está perto de dar um baque com duplo impacto se vencer na
quarta-feira o San Lorenzo em Curitiba: não só avançará para as oitavas
como também eliminará o time argentino, com três pontos, que precisará
da oração de seu mais famoso torcedor - o papa Francisco. A dois jogos do fim da fase de grupos, o Atlético-PR surpreendeu no
Grupo 4, composto por times de prestígio e com experiência internacional
como Flamengo e Universidad Católica, do Chile, que disputarão a
partida na quarta-feira, no Rio de Janeiro. Já no Grupo 8, previa-se uma passeio tranquilo do Grêmio, com 10
pontos. Um empate na quarta-feira contra o Deportes Iquique, com seis
pontos, fará com que o time de Porto Alegre avance para a próxima fase.
Ponte é
citada na súmula por reação da torcida contra Jadson e pode ser
punida
Jadson provoca os torcedores da Ponte Preta após marcar no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista
Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
A Ponte Preta pode ter problemas muito maiores do que a derrota por 3 a 0 para o
Corinthians
no último domingo, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), no
primeiro jogo final do Campeonato Paulista. De acordo com o árbitro
Raphael Claus, um grupo de torcedores atirou chinelos, relógios de
pulso, tesoura e um isqueiro em direção ao meia corintiano Jadson na
comemoração do segundo gol corintiano. Tudo foi relatado em súmula e pode terminar no Tribunal de Justiça
Desportiva de São Paulo (TJD-SP) com perda de mandos de campo e multa.
Na comemoração do segundo gol do Corinthians, Jadson "provocou" a
torcida no setor de geral, abrindo os braços e sinalizando com o dedo
indicador na boca, pedindo silêncio.
O árbitro não viu maldade no lance e por isso não amarelou o
jogador do Corinthians e sequer o citou na súmula. Mas o lance incitou
os pontepretanos, que correram para o alambrado e reagiram de forma
imediata.
Agora o clube tem que aguardar ser citado no Tribunal de Justiça
Desportiva para formular a sua defesa. De acordo com o artigo 213 do
Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), quando o lançamento de
objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do jogo,
a entidade (clube) poderá ser punida com a perda do mando de campo de
uma a 10 partidas, além da multa de R$ 100,00 a R$ 100.000,00.
Equipes e pilotos da
Fórmula 1 exaltam Senna no aniversário de sua morte
Morte do brasileiro em 1994 foi lembrada pelo mundo do automobilismo
Créditos:Reprodução Internet
O trágico 1.º de maio de 1994 nunca mais saiu da memória dos
brasileiros. A morte de Ayrton Senna no GP de San Marino, em Ímola, na
curva Tamburello, chocou o País que o tinha como grande ídolo e todo o
mundo do automobilismo. Por isso, 23 anos depois da tragédia, a data
segue lembrada pela Fórmula 1, as equipes e seus pilotos. Naquele
inesquecível domingo, Senna pilotava sua Williams e perdeu o controle do
carro antes de se chocar violentamente no muro. O brasileiro não
resistiu aos ferimentos da batida e foi declarado morto horas depois,
espalhando o luto pelo Brasil. E como não podia deixar de
acontecer, a própria Williams foi uma das equipes que prestaram
homenagem ao ex-piloto nesta segunda-feira, no aniversário de 23 anos de
sua morte. "Ayrton Senna, uma verdadeira lenda. Se foi, mas nunca será
esquecido", postou em suas redes sociais. Se a Williams foi a
última equipe de sua carreira, a McLaren foi aquela em que ele chegou ao
auge, conquistando o tricampeonato em 1988, 1990 e 1991. E o time
inglês também se manifestou nesta segunda. "Se foi muito cedo, mas
sempre estará em nossos corações. Há 23 anos, nós perdemos um amigo e
uma lenda da velocidade." Até mesmo a Ferrari, equipe contra a
qual Senna travou memoráveis batalhas ao longo de sua carreira, lembrou a
morte do piloto ao postar mensagem divulgada pela própria Fórmula 1:
"Nunca será esquecido. Senna para sempre". Entre os pilotos, o
brasileiro Felipe Massa, hoje justamente na Williams, também utilizou as
redes sociais para prestar suas homenagens, assim como o inglês Lewis
Hamilton, da Mercedes, que sempre definiu Senna como seu maior ídolo no
automobilismo. "Todos nós sentimos sua falta, Ayrton Senna",
escreveu Massa em sua página no Facebook. "Nunca será esquecido", postou
Hamilton, antes de chamar o brasileiro de "herói", "o melhor de todos
os tempos" e "rei". Outro que lembrou Senna foi seu maior rival
nas pistas, Alain Prost, tricampeão da Fórmula 1 em 1985, 1986, 1989 e
1993, com quem disputou boa parte dos títulos no fim dos anos 1980 e
início da década de 1990. "Esta data sempre será lembrada, Ayrton",
escreveu para legendar uma foto na qual aparece ao lado do brasileiro em
um pódio.
Anderson Silva se
revolta com UFC, exige cinturão e ameaça parar de lutar
Anderson Silva coloca futuro no MMA em aberto Foto: Divulgação Esporte Interativo
Anderson Silva está revoltado com o Ultimate e pode até parar de
lutar. O brasileiro resolveu abrir a boca e expôs totalmente a situação
que ele está vivendo atualmente no maior torneio de MMA do mundo, onde
Spider deveria se apresentar no UFC Rio, marcado para o dia 3 de junho,
mas ainda está sem adversário. Em entrevista ao programa 'MMA
Hour' nesta segunda-feira (1º), Spider acusou Dana White, presidente do
UFC, e a organização em geral de não respeitarem sua história. Anderson
Silva também exigiu que seu combate no Rio seja válido pelo cinturão
interino dos médios (84 kg) e sugeriu que Yoel Romero seja o seu
oponente. "Com certeza. Estou aqui no Brasil há bastante tempo.
Perdi muito dinheiro em outras oportunidades fora de cage. E eu parei
minha vida para lutar, coloquei isso como a minha prioridade. Essa luta
no Rio eu devo aos meus fãs. E então isso não acontece. Se eu puder
enfrentar o Romero pelo cinturão interino, eu já disse para o meu
empresário que estou pronto", afirmou Spider. "Eu sinceramente
estou muito cansado. Conversei com meus amigos e com minha família. Eu
pensei, se essa luta no Brasil não acontecer, acabou para mim. Vou parar
de lutar. Não acredito em nada que o Dana White fala. Ele e o Lorenzo
me prometeram que eu enfrentaria o GSP quando ele voltasse. E isso não
aconteceu. Ele vai lutar pelo cinturão. Não quero mais isso, toda essa
conversa fiada. Estou cansado", completou. No mesmo programa, Yoel
Romero entrou no ar ao mesmo tempo e aceitou os termos de Anderson
Silva. O cubano afirmou que enfrentar Spider seria importante para ele,
mas desde que realmente fosse pelo cinturão interino, como o brasileiro
também quer. "Eu poderia enfrentá-lo pelo cinturão interino. Seria bom para as pessoas no Rio. Concordo
com o Anderson, essa luta só faz sentido se for pelo cinturão. Eu quero
isso, enfrentá-lo pelo cinturão interino", disse o cubano. O
atual campeão da divisão dos médios é Michael Bisping. Mas o inglês
enfrentará Georges St-Pierre, que voltará de um longo tempo de mais de
três anos longe dos octógonos. Essa luta ainda não tem data para
acontecer e isso também revoltou o ex-campeão. "Na minha opinião,
isso é um desrespeito com diversos atletas na categoria. É uma palhaçada
com o legado de muita gente nessa divisão. Não sei o que está
acontecendo com o Dana White hoje em dia. Tenho minha opinião sobre ele,
mas no momento estou muito desapontado. E agora é sobre toda a cidade
do Rio. Eu dou minha vida para esse esporte. E nada acontece, mesmo
depois que ele promete as coisas", encerrou Anderson Silva.
Federer reafirma que
voltará a jogar em Roland Garros
Suíço Roger FedererFoto: Rob Foldy / Getty Images North America / AFP
Roger Federer confirmou que
pretender disputar a edição deste ano de Roland Garros. Campeão do
torneio em 2009, o suíço não participou em 2016 por causa de
lesões nas costas e no joelho.
"Me registrei e mina
intenção é jogar", afirmou Federer. "Sinto-me
privilegiado em voltar às quadras de tênis. O último ano foi
extremamente difícil para mim, tive que passar por cirurgia e meu
joelho nunca sarava".
Por causa das lesões,
Federer abriu mão dos últimos seis meses de 2016. Em seu retorno no
início deste ano, o suíço conquistou o Aberto da Austrália.
"Estou tendo uma
segunda chance de jogar tênis novamente no circuito profissional,
então quando retornei no Aberto da Austrália, foi muito
empolgante", completou.
O torneio de Roland Garros,
segundo Grand Slam da temporada, acontecerá entre os dias 28 de maio
e 11 de junho.
Empreiteira OAS pretende
delatar dois ministros do STJ
Créditos: Raquel Cunha/Lula Marques/Folhapress
Os ministros do STJ
(Superior Tribunal de Justiça) Humberto Martins, atual
vice-presidente da corte, e Benedito Gonçalves foram citados nas
negociações de delação premiada da OAS com procuradores da Lava
Jato.Pessoas ligadas às tratativas relataram à Folha que eles são
apontados como beneficiários de recursos por atuação no tribunal
favorecendo a empreiteira.No caso de Martins, os executivos afirmam
que o dinheiro foi repassado por meio de seu filho Eduardo Filipe,
que também teria se beneficiado. Advogado, ele tem escritório em
Brasília e atua em causas junto ao STJ.Já Gonçalves apareceu em um
relatório da Polícia Federal devido à proximidade com Léo
Pinheiro, sócio da OAS preso em Curitiba e que tenta firmar acordo
de delação.Segundo envolvidos nas conversas com procuradores em
Brasília e de Curitiba, o número de delatores ligados à
empreiteira pode chegar a 50, marca próxima à da Odebrecht, que
firmou 77 acordos de delação com a Justiça.Se a negociação
prosperar, a OAS será a primeira empresa a abrir uma frente de
investigação com foco no Judiciário, tema que há tempos é de
interesse dos procuradores.A Lava Jato interceptou troca de mensagens
do celular de Léo Pinheiro em 2014 em que ele pergunta ao ministro
Benedito Gonçalves se iria ao aniversário do ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli. Na conversa, também
marcaram encontro no Rio de Janeiro.O relatório de análise das
mensagens feito pela PF diz que "Léo Pinheiro mantinha contatos
frequentes com o ministro Benedito Gonçalves, a ponto de o mesmo
solicitar atendimento para seu filho, tendo Léo Pinheiro escalado
para tal tarefa o advogado da OAS, Bruno Brasil".Após as
revelações, a relação entre os dois se tornou alvo de uma
investigação sigilosa no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).A OAS
promete delatar também a ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo,
que está em prisão domiciliar.Os fatos narrados se relacionam à
atuação dela, que é advogada, junto ao Judiciário para favorecer
a empreiteira. Ancelmo é mulher do ex-governador Sérgio Cabral
(PMDB), que está preso em Bangu.Segundo a reportagem apurou,
Pinheiro deve esclarecer temas ligados a Benedito Gonçalves e os
demais assuntos estão sendo abordados por outros potenciais
delatores.Além de Pinheiro, César Mata Pires Filho e Antonio Carlos
Mata Pires, filhos do patriarca da empreiteira César Mata Pires,
também negociam acordo de delação.Há pelo menos cinco escritórios
de advocacia atuando na defesa e na negociação de delação dos
acionistas, executivos e ex-executivos da OAS.Nas tratativas com a
Procuradoria, a Odebrecht travou uma queda de braço para não entrar
no campo do Judiciário e, por ora, conseguiu blindar o assunto. No
entanto, os procuradores acreditam que as revelações da OAS abrirão
espaço para que novos questionamentos sejam dirigidos à
Odebrecht.Há alguns meses a OAS retomou a negociação de seu acordo
de delação com a Lava Jato. As conversas tinham sido suspensas em
agosto de 2016 após vazamento de informações ligadas a obras na
casa do ministro do STF Dias Toffoli, em que não foram identificadas
irregularidades.Em depoimento a Sergio Moro, Pinheiro disse que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ele que destruísse
provas que poderiam incriminar o petista na Lava Jato. Relatou que a
OAS reformou um tríplex em Guarujá (SP) que seria destinado a Lula,
que nega as acusações.
Na última quarta (26), a
Folha informou que o herdeiro da OAS Antonio Carlos Mata Pires
pretende relatar aos procuradores da Lava Jato histórias envolvendo
pagamento de propina para integrantes do Funcef (Fundo de Pensão dos
Funcionários da Caixa Econômica Federal).
OUTRO LADO
O ministro e
vice-presidente do STJ Humberto Martins disse, por meio da assessoria
de imprensa do tribunal, que "não tem relacionamento pessoal ou
profissional com funcionários da OAS".A nota afirma que "o
ministro já se declarou impedido de julgar os processos em que
parentes de até terceiro grau atuem como advogados das partes, de
acordo com o estabelecido pela lei".A assessoria do STJ informou
que o ministro Benedito Gonçalves não foi localizado para comentar
o assunto. A Folha voltou a procurar a corte no domingo para informar
sobre a publicação da reportagem, mas a assessoria disse que não o
localizou.A assessoria do advogado Eduardo Filipe Martins, filho do
vice-presidente do STJ, disse que ele "nunca advogou para a OAS
nem mantém relacionamento pessoal com funcionários desta empresa".A
defesa da ex-primeira-dama do Rio Adriana Anselmo não quis se
pronunciar.Os advogados da OAS também não se pronunciaram sobre os
fatos citados.
O
prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), recebeu neste domingo,
30, flores de uma ciclista que o abordou na saída da cerimônia de
abertura da Japan House, na Avenida Paulista, região central da
capital. A lembrança, no entanto, não agradou Doria, que atirou as
flores pela janela do carro em que estava.
A
produtora e ciclista Giulia Grillo, de 54 anos, afirmou que o gesto
foi "em homenagem aos mortos nas Marginais", após o
aumento da velocidade nas vias, no início da gestão Doria.
"Eu
como ciclista e pedestre estou me sentido muito desprotegida",
afirmou Giulia.
A
assessoria de imprensa da Prefeitura disse que Doria reagiu a um
"gesto invasivo e desnecessário". Questionada se a reação
não estava em desacordo com os princípios do prefeito e do programa
Cidade Linda, a assessoria afirmou que o prefeito não deve fazer
mais comentários sobre o assunto.
Acidentes.
Segundo balanço da Polícia Militar, o número de acidentes nas
Marginais Tietê e Pinheiros aumentou 67% no primeiro trimestre deste
ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram 367
acidentes, contra 220 do ano passado.
Já
de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), houve oito
mortes nas Marginais neste ano, sendo sete motociclistas que se
envolveram em acidentes com outros veículos e um homem que foi
atropelado na terça-feira, 25, ao tentar atravessar as pistas.
Antes
do desentendimento, Doria foi atender ao chamado de um grupo de
ciclistas na saída do evento. "O pessoal está precisando de
ciclovia na periferia. Não tire a ciclovia da Vila Prudente. Não
tira a da Consolação. Poe ciclorrotas nas outras vias, mas não na
Consolação", afirmou o homem, que não se identificou.
Doria
respondeu que a Prefeitura está fazendo um amplo estudo das
ciclovias e ciclorrotas da cidade.
Recentes publicações de órgãos oficiais trazem à ribalta informações preocupantes acerca da saúde pública no Brasil. Foto: Reprodução Gazeta do Triângulo
Levantamento
do BNDES mostra que 65% das internações de crianças com menos de 10
anos são provocadas pela deficiência ou inexistência de rede de esgoto e
água limpa.
Estudo do Banco Mundial aponta que 30% das internações hospitalares poderiam ser evitadas no Brasil com tratamento ambulatorial.
E isso geraria uma economia de R$ 10 bilhões por ano.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que para cada 1 dólar
investido em saneamento básico há uma economia de 4,3 dólares em saúde.
UFRJ
sofre o maior furto de livros raros do Brasil
UFRJ sofre o maior furto de livros raros do Brasil
Severino Silva / Agência O Dia
A antiga Biblioteca Central da Universidade do Brasil - atual
Biblioteca Pedro Calmon, da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), que abriga raridades do tempo do Império - foi furtada no ano
passado, e agora, terminado o levantamento do que sumiu das prateleiras,
o que se descobriu é um espanto: o maior furto de livros raros já
registrado no País.
Desapareceram 303 obras raras, entre elas os
16 volumes da primeira edição dos Sermões de padre Antônio Vieira (1610)
e quase toda a Coleção Brasiliana do acervo, composta por livros de
viajantes europeus que registraram flora, fauna e costumes do País dos
séculos 17 ao 19.
Sumiram preciosidades como Expédition
dans les parties centrales de l’Amérique du Sud (1850-1859), do
naturalista inglês Francis de Castelnau, com centenas de litografias
pintadas à mão; e um livro do etnógrafo alemão Thomas Koch-Grümberg,
pioneiro da fotografia antropológica, com 141 fotos de indígenas da
região do Rio Japurá, na Amazônia, retratados entre 1903 e 1905. O
principal alvo foram obras com gravuras, que costumam ser cortadas a
navalha e vendidas separadamente.
A suspeita é de que o furto tenha se desenrolado durante
os meses de uma reforma no prédio, em 2016. As estantes foram fechadas
com bolsas de plástico preto - e foi dentro delas que os ladrões
trabalharam.
A princípio, o crime parecia pequeno. Dois criminosos
- Laéssio Rodrigues de Oliveira, de 44 anos, ex-estudante de
Biblioteconomia envolvido em furtos de livros desde 1998, e Valnique
Bueno, seu comparsa - foram presos pela polícia paulista em novembro,
por furtar obras das Faculdades de Arquitetura e Direito da Universidade
de São Paulo (USP). Como havia com eles cinco raridades da UFRJ, deu-se
o alarme na Praia Vermelha. Hoje, seis meses depois, entende-se a
dimensão do crime, bem maior do que a dezena de exemplares. No mercado,
pode-se ter ideia de valores: apenas os 27 livros apontados como "mais
raros" entre os furtados valem entre R$ 380 mil e R$ 500 mil, segundo um
avaliador. "O ladrão sabia o que roubar, não pegou a esmo", diz o
delegado Marcelo Gondim, da Delegacia de Atendimento ao Turista de São
Paulo, que prendeu Laéssio e o comparsa em novembro. "Câmeras de
segurança mostram a dupla furtando a USP. Na UFRJ não há imagens, mas o
prendemos por receptação. A ligação ao furto no Rio são os próprios
livros encontrados com Laéssio e ex-libris da UFRJ jogados em uma
lixeira na casa dele." Em março, três livros da Pedro Calmon foram
recuperados pela Receita - seguiam para Europa e tinham como remetente o
CPF de Laéssio. Atualmente, a Polícia Federal apura o crime. Velho conhecido
Ainda
sem saber do estrago na instituição carioca, quem trabalha na área
comemorou a prisão de Laéssio. Ele é velho conhecido da classe - foi
condenado pelo menos três vezes por furto de livros raros e indiciado
pela mesma razão "inúmeras vezes", como indica uma decisão judicial. Os
maiores acervos do País já foram suas vítimas, como Biblioteca Mário de
Andrade, Museu Nacional, Biblioteca Nacional, Palácio do Itamaraty e
Fundação Oswaldo Cruz, entre outros.
A maior parte dos livros
nunca foi encontrada - o índice de recuperação é de 40%, segundo Raphael
Greenhalgh, da Universidade de Brasília (UnB), autor de uma tese de
doutorado sobre os maiores furtos no País, nenhum tão numeroso quanto o
da Pedro Calmon. Quando as obras retornam, é comum virem adulteradas.
Num crime pelo qual Laéssio foi condenado, o furto no Museu Nacional, 14
livros raros tiveram as ilustrações navalhadas. Com o novo crime,
o pessoal das bibliotecas voltou a analisar Laéssio - e o que foi
descoberto causou revolta. A vida do criminoso vai virar filme,
financiado com dinheiro público. Confissões de um Ladrão de Livros é o
título do projeto, apresentado à Agência Nacional do Cinema (Ancine)
pela Boutique Filmes. A agência autorizou captação de patrocínio de R$
771 mil por meio da Lei do Audiovisual. Até aqui, a produtora recebeu R$
600 mil, da Globo Filmes e do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
O fato de um notório ladrão de acervos públicos receber
apoio do governo para ter a vida retratada em filme levou as vítimas a
se unirem para protestar. A Câmara Técnica de Segurança de Acervos do
Arquivo Nacional, ligada ao Ministério da Justiça, prepara um documento
de repúdio à produção. "Parece um escárnio. Nada contra filme sobre
crimes, mas, ao autorizar patrocínio, a Ancine chancela os danos ao
patrimônio público", afirma Marcelo Lima, da Câmara Técnica.
A
sinopse do filme também causa descontentamento. Alguns trechos: "O
melhor de tudo é que Laéssio é real, de carne e osso, e sua escalada no
crime pode ser atestada por matérias jornalísticas(...)" e "ao longo de
sua caminhada, Laéssio compôs um portfólio incalculável(...)".
Para
as vítimas, são sinais de que o filme pode glamourizar o ladrão. "Falta
só colocar nariz de palhaço nos servidores. É o fim da picada", diz
Maria José da Silva Fernandes, diretora do centro de coleções da
Biblioteca Nacional. "Não é um Robin Hood dos livros. Ele os retira de
uma instituição pública e vende a um particular", afirma o ex-diretor da
Biblioteca Mário de Andrade Luiz Armando Bagolin. "Tentei muitas vezes
leis de incentivo para conservar o acervo, e nada. Agora um ladrão da
cultura nacional consegue?", indaga José Tavares Filho, bibliotecário
responsável pelo acervo da Pedro Calmon. A Boutique
Filmes diz que a sinopse foi feita antes de a produção começar de fato. E
que o resultado não será a glamourização da vida de Laéssio. Após o
furto, a UFRJ reforçou as trancas na biblioteca e está instalando novas
câmeras. Quanto a Laéssio, apareceu outra novidade no início do mês: ele
já respondia em liberdade aos casos da USP e UFRJ, mas foi preso de
novo, no Rio, condenado pela Justiça Federal pelo furto ao Museu
Nacional, em 2004. A pena é de dez anos de cadeia, por furto qualificado
com agravantes como "sério menosprezo à memória nacional". Os que
cuidam dessa memória celebraram um pouco, mas continuam céticos: a
sensação geral entre os bibliotecários é de que, como um deles escreveu,
"roubar livros não dá cana no Brasil".