terça-feira, 4 de abril de 2017

MUNDO

Grupo de ajuda médica fala em 100 mortos por suposto ataque químico na Síria

Homem respira com ajuda de aparelhos após ser alvo de suposto ataque com gás tóxico denunciado por ativistas ao OSDH - MOHAMED AL-BAKOUR / AFP




Os supostos ataques químicos mataram ao menos 100 pessoas na província síria de Idlib, controlada por rebeldes, nesta terça-feira (4) e deixaram outros 400 sofrendo de problemas respiratórios, informou um grupo de assistência médica na Síria.
É provável que o número de mortes aumente, de acordo com a União das Organizações de Cuidados Médicos, uma coalizão de agências internacionais de socorro que ajuda hospitais na Síria e que é parcialmente baseada em Paris.
Os ataques aconteceram na cidade de Khan Sheikhoun, no sul de Idlib.

"Nós vimos mais de 40 ataques desde 06h30", informou o grupo. "O número de mortes continua a crescer, assim como o número de ataques na região de Idlib e assim como os ataques não químicos em Hama", disse o grupo.

Homem socorre criança após suposto ataque químico em Idlib, no norte da Síria, nesta terça-feira (4)  (Foto: Edlib Media Center, via AP)
Homem socorre criança após suposto ataque químico em Idlib, no norte da Síria, nesta terça-feira (4) (Foto: Edlib Media Center, via AP)

Armas químicas

O governo sírio negou em muitas oportunidades o uso de armas químicas em uma guerra que já provocou mais de 320 mil mortes desde março de 2011.
Mas as alegações de que Damasco utiliza este tipo de armamento são recorrentes e uma investigação liderada pela ONU atribuiu ao regime pelo menos três ataques com gás cloro em 2014 e 2015. Em março de 2015, duas cidades na província da província Idleb foram alvos dos ataques. A Síria ratificou a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas em 2013.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem sede na Grã-Bretanha e conta com uma ampla rede de fontes na Síria, não soube informar se os bombardeios foram executados por aviões das Forças Armadas sírias ou da Rússia, aliada do regime de Damasco.

ONU

As autoridades francesas solicitaram nesta terça-feira (4) uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo suposto ataque químico contra a cidade síria de Khan Sheikhoun, na província setentrional de Idlib.
"O uso de armas químicas constitui uma violação inaceitável da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e um novo reflexo da barbárie da qual a população síria é vítima há tantos anos", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, em comunicado.


'O uso de armas químicas constitui uma violação inaceitável', declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault (Foto: Aaron P. Bernstein/Reuters)
'O uso de armas químicas constitui uma violação inaceitável', declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault (Foto: Aaron P. Bernstein/Reuters)

Fonte: G1

MUNDO



Adolescente se declara culpado de planejar matar o papa nos EUA

Papa Francisco beija bebê ao chegar de Papa Móvel no Independence Mall, na Filadélfia, em setembro de 2015 (Foto: Reuters/Jim Bourg )

Um adolescente de Nova Jersey se declarou culpado na segunda-feira (3) de um suposto complô, inspirado no grupo extremista Estado Islâmico para matar o papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos em 2015.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que Santos Colón, de 17 anos, tentou recrutar um franco-atirador para atirar no pontífice, assim como detonar explosivos enquanto era celebrada uma missa na Filadélfia, em 27 de setembro de 2015, ao final do Encontro Mundial das Famílias.

Mas Colón involuntariamente contratou para o trabalho um agente encoberto do FBI, e foi detido discretamente 12 dias antes do evento.
Colón se declarou culpado como adulto na acusação de tentativa de proporcionar apoio material ao terrorismo, cuja condenação leva a um máximo de 15 anos de prisão.Documentos da Corte destacam que Colón tentou realizar o atentado em apoio a um grupo extremista e que também tinha adotado o nome de Ahmad Shakoor.
Mas não foram revelados outros detalhes sobre como ele tinha se interessado pelo grupo e como se comunicava com eles.

Fonte: G1

CRÔNICA DA SEMANA COM MARIA EMÍLIA BOTTINI

A DOR QUE NÃO PASSA 






O filme belga Alabama Monroe (2014) foi dirigido por Felix Van Groeningen e ganhou vários prêmios, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não foi vencedor naquele ano, adaptação de uma peça teatral de Johan Heldenbergh (Didier) que aprendeu a tocar banjo.
Em um final de semestre uma ex-aluna me indicou este filme. Ela me disse “professora, você vai amar”. Não revi mais minha ex-aluna depois daquele semestre, mas certamente lhe diria que foi uma bela obra de arte que me proporcionou conhecer. Está na lista dos meus filmes favoritos.
A narrativa não é linear, ou seja, a história é contata por uma sequência lógica de fatos, as cenas do passado se mesclam ao presente com a mesma intensidade, vão do choro ao riso, do sofrimento ao prazer, da morte à vida. É preciso atenção e uma dose de paciência para acompanhar a história de um casal e seu sofrimento pela perda da filha ainda em tenra idade.
A trilha sonora com músicas tradicionais bluegrass (parecido com o country, mas executado só com instrumentos de cordas), além de comoventes são inspiradoras. A música é um personagem dessa história a nos capturar com leveza na intensidade dramática que o filme nos impõe. A melodia nos faz companhia e nos emociona em diversos momentos, entoada pelos próprios atores.
A película nos apresenta a relação afetiva de Elise, tatuadora e Didier, tocador e cantor de banjo numa banda de bluegrass. Eles vivem uma tórrida paixão e dessa união nasce Maybelle, nem tão desejada pelo pai. 
O filme se inicia com a quimioterapia da filha do casal, pois aos seis anos a menina apresenta alguns problemas de saúde como cansaço e sangramento que requerem investigação, hospitalização, isolamento devido à baixa imunidade causada pela leucemia.
Pai e mãe são amorosos e permanecem ao lado cuidando e dando carinho a Maybelle, a acompanham nas diversas internações e no tratamento. Nem sempre calmos, pois se irritam um com o outro, pela vivência da situação. Após uma série de tratamentos sem efeito, debilita-se e seu organismo não resiste e morre. No funeral, os amigos da banda cantam “vá dormir, bebezinho, sua mãe saiu e seu pai foi embora...” parece uma canção de ninar a embalar o sono dos pequeninos. 
Após a morte de Maybelle, a história nos conduz à profunda dor e desesperança que acomete a mãe, que tenta reagir e seguir a vida com o esposo, mas a dor da perda a avassala, o choro é constante e a falta de ânimo se apropria de si.
O pai não é religioso, apenas não crê na vida após a morte, a mãe é crente e acredita que a filha se tornou um pássaro. Ela quer acreditar nisso, mas o marido cético não compreende. E aí se dá a diferença das reações diante do processo de luto.
A mãe tenta, mas se sente impedida a seguir, pois não encontra mais sentido na vida, se deprime e chora sozinha em seu carro, sua dor a consome. Tenta voltar a cantar, a trabalhar, a fazer sexo, mas nada lhe preenche a alma quebrada e ferida. O quarto da menina já não tem os vestígios da filha, os brinquedos se foram, as paredes pintadas com motivos infantis receberam tinta, o que ela e o esposo conseguem fazer juntos, mas nada é dito.
O luto se complica e sua dor se intensifica, sem o apoio do marido ou qualquer outra pessoa. Eles não falam da perda, o silêncio ecoa, calar não significa alívio da dor, por vezes significa mais dor. E quando a conversa ocorre é de acusação mútua de culpa, a agressão impera, não reconhecem a dor que estão vivendo, mas ela existe e se faz presente.
Elise sai de casa e muda seu nome para Alabama e o marido passa a ser chamado de Monroe, numa tentativa de mudar os nomes mudaria também a dor e o que sente, mas isso não é verdadeiro. Elise tenta suicídio tomando remédios, é encontrada a tempo de ser levada ao hospital e no caminho é reanimada.
O médico comunica Didier sobre a morte encefálica da esposa e que a possibilidade é desligar os aparelhos que a mantem vida, nada mais há para ser feito por ela. Decisão difícil de ser tomada a de desligar os aparelhos que permitem que sua esposa viva. Ela é seu grande amor, sua companheira, ele se recolhe em sua casa, decide e assim o faz, pois aquele corpo não é mais sua esposa, já não alcança a dimensão em que ela se encontra, pois considera que isso não é vida.
Seus amigos de banda juntam-se ao redor da cama da esposa e tocam seus instrumentos, invadindo a nossa alma com sua música, concomitantemente os aparelhos são desligados, Elise morre e o filme acaba. 
Os 111 minutos desse filme nos fazem acompanhar a dor desse casal que perde a filha e tem dificuldade de se apoiar nessa dor e no processo de luto que é partilhado por ambos. A agressão mútua e a culpa são o tom deste enfrentamento, não um diálogo que permite se ouvirem nesse momento, não há suporte social ou emocional para ambos e enfrentam na medida dos recursos internos de cada um.
A dor da perda é singular e subjetiva, cada um sente ao seu modo, um pode ser o continente da dor do outro, mas nem sempre isso é possível como se observa no filme. Por vezes a separação é comum, visto que um lembra o outro do que foi perdido e que o que havia antes não serve de suporte para o evento ocorrido.
Não tão distante de nossa realidade crianças morriam em quantidade muito grande e de várias doenças, a mortalidade infantil era alta. Hoje, a morte de uma criança é percebida e sentida como algo que não poderia acontecer, mas a morte está em todas as fases da vida, não está numa ou na outra idade, ela apenas está e nos acompanha silenciosamente no percurso do viver. 
A morte de uma criança é vista atualmente como antinatural, antigamente era comum e aceita como processo da vida, inclusive diferenciando o impacto causado pela morte de um adulto que põe em perigo a vida social, pois o investimento é maior. Na criança investimos expectativas e esperanças de um vir a ser, diante da morte isso não se concretiza, levando consigo o que poderia ter sido.
Alabama Monroe é um filme que seduz, nos prende e nos faz pensar sobre temas difíceis, mas necessários: a perda de um filho, o luto dos pais, a eutanásia, um trabalho sensível para temas tão delicados.
Eu indico este filme a todos que desejam vivenciar e acompanhar uma história bem contada, se você se permitir, porque não é um filme fácil de ver. Informo que vão escorrer algumas grossas lágrimas de seu rosto e é bom que ocorra, porque algo dentro de você foi afetado, tocado. Para mim uma das funções do cinema é nos educar para sentir, esse filme cumpre seu papel nesse quesito e com maestria em minha opinião.

Psicóloga da Clínica Ser
Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF)
Doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB)
Autora do livro No cinema e na vida: a difícil arte de aprender a morrer.
E-mail: emilia.bottini@gmail.com

POLÍTICA

Chapa Dilma-Temer: TSE dá mais prazo para defesas e suspende julgamento

O advogado da ex-presidente Dilma Rousseff, Flávio caetano, durante a sessão de julgamento no TSE (Foto: Reprodução/TSE)
O advogado da ex-presidente Dilma Rousseff, Flávio caetano, durante a sessão de julgamento no TSE (Foto: Reprodução/TSE)


Os ministros do TSE decidiram adiar o início o julgamento após a apresentação de uma questão de ordem da defesa de Dilma. A solicitação foi feita logo depois de o presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, ter declarada aberta a sessão.
Os advogados de PT, PMDB e PSDB apresentaram as alegações finais dentro do prazo-limite – até dia 24 de março –, mas, antes mesmo de entregar as manifestações finais, a defesa de Dilma já havia solicitado que o relator concedesse mais prazo aos defensores, a fim de que eles tivessem condições de analisar os documentos da Operação Lava Jato anexados ao processo.
Na ocasião, embora a defesa de Dilma tenha solicitado cinco dias, Herman Benjamin deu somente dois dias, com base na Lei das Inegibilidades.
Nesta terça, durante o julgamento, a defesa de Dilma voltou a solicitar mais tempo para analisar a documentação recentemente encaminhada ao tribunal por ex-dirigentes da Odebrecht, como o ex-presidente da construtora Marcelo Odebrecht.


O relator do caso, ministro Herman Benjamin, se posicionou contrário à ampliação do prazo para as defesas. Ele reiterou que o prazo legal era de dois dias e argumentou que o rito mais célere, com prazos menores, foi definido ainda em abril do ano passado pela antiga relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura. Na época, enfatizou, a tramitação, que previa o fim do segredo de Justiça, não foi contestada pelas partes. Mesmo assim, se disse um ministro "pragmático" e por isso iria se "reposicionar" em relação ao pedido.
“Considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de um ano, contado de sua apresentação à Justiça Eleitoral, o qual já se encontra superado, mas não por responsabilidade deste tribunal no sentido de atrasar esse julgamento. É que o julgamento é importante e complexo. Penso que prorrogar ainda mais a duração deste processo, inclusive com risco de alcançar o término do mandato presidencial vigente, resultado que não enalteceria a Justiça Eleitoral, parece-me medida desarrazoada e incompatível com a importância nacional desse feito."
Ao final de seu voto, porém, o ministro concordou em dar mais três dias para as defesas se manifestarem, por entender que o tempo adicional não coloca em risco o avanço do processo.
“O bom senso recomenda que pragmaticamente eu me reposicione. Realmente, adiar o enfrentamento no mérito dessas quatro demandas acarretará inaceitável demora na conclusão do processo, não se podendo excluir inclusive a futura perda de objeto. Estou convencido que não ocorrerá, mas não temos bola de cristal para prever. Discutir a concessão de três dias de prazo não é por certo motivo razoável para se alongar no tempo a conclusão desses processos".
Para o ministro, "a eleição de 2014 será no futuro conhecida como a mais longa da história brasileira. Fechamos as urnas e apuramos os votos, mas o resultado final permanece em discussão por via da judicialização”, disse.
Ao acompanhar o relator, o ministro Henrique Neves, que deixará o tribunal em duas semanas, concordou com o prazo maior.
Ele explicou que o processo contra Dilma e Temer reúne quatro ações, com prazos de tramitação distintos. Nesse caso, defendeu que o tempo deve ser o mais “benéfico” para as partes se defenderem.
“Pelo fato de todos os feitos estarem agrupados, o prazo nessa situação, Quando há multiplicidade de ritos, deve ser aquele mais benéfico à parte, no caso de cinco dias”, disse.
Em seu voto, Luciana Lóssio concordou em dar mais prazo para a defesa a fim de possibilitar maior transparência ao processo. “É regra clássica do direito processual que quando há reunião de ações com ritos distintos, deve-se prestigiar aquele rito que faculta às partes o maior exercício ao direito da ampla defesa”, disse.
Em meio ao voto de Luciana Lóssio, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, disse que, na avaliação dele, o tribunal deveria conceder mais cinco dias para as defesas apresentarem novas alegações finais, em vez de três, como havia proposto em seu voto o relator do caso.
Diante da ressalva de Gilmar Mendes, os ministros Napoleão Maia Filho e Henrique Neves – que já tinham votado acompanhando a sugestão do relator – pediram para alterar o posicionamento inicial e dar mais cinco dias às defesas.
Herman, no entanto, discordou da proposta do presidente do TSE, argumentando que dar mais cinco dias aos defensores iria contra a legislação.
Segundo ele, no fim das contas, os advogados seriam beneficiados com sete dias, somando-se os dois dias que já tinham sido concedidos de prazo para a apresentação das últimas manifestações no processo.
“Eu me posiciono no sentido de que a ninguém se deve dar prazo maior do que o previsto na lei. Se conferir mais cinco dias, teremos sete dias”, ressaltou Herman.
A ministra Rosa Weber acompanhou Benjamin, para dar somente mais três dias de prazo. “Eu prestigio a primorosa condução desse feito, que está sendo imprimida pelo ministro Herman, que deve ser saudado por todos os que estão a se debruçar sobre essa quantidade de folhas, páginas e elementos e essa enorme complexidade do feito”, disse.

Novos depoimentos

Dos quatro novos depoimentos que o TSE vai tomar na ação de cassação da chapa Dilma-Temer, três foram solicitados pelo Ministério Público Eleitoral: os de João Santana, Mônica Moura e André Santana.
Em depoimentos prestados ao TSE durante a fase de coleta de provas, ex-dirigentes da Odebrecht relataram que a construtora fez pagamentos a João Santana e Mônica Moura, por meio de caixa 2, relativos a serviços prestados pelo casal à campanha de Dilma e Temer.
André Santana foi mencionado no acordo de delação premiada da ex-funcionária do “departamento de propinas” da Odebrecht Maria Lúcia Tavares. Ela contou aos investigadores que, em certa ocasião, um homem chamado André Santana foi buscar na sede da construtora, em Salvador, R$ 500 mil a mando de Mônica Moura.
De acordo com Maria Lúcia, Mônica negou parentesco com André, dizendo apenas que se tratava de um funcionário dela.
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, argumentou durante a primeira sessão do julgamento que é “relevante” ouvir João Santana, Mônica Moura e André Santana porque, recentemente, os três fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) para colaborar com as investigações da Lava Jato.
Segundo Dino, a PGR já encaminhou as propostas de delação premiada dos três investigados ao Supremo Tribunal Federal. Agora, caberá ao relator da Lava Jato na Corte, ministro Luiz Edson Fachin, avaliar se é o caso de homologar os acordos.
O depoimento de Guido Mantega – um dos quatro autorizados na manhã desta terça pelos ministros do TSE – foi solicitado pela defesa de Dilma. Na fase de instrução, os advogados da petista já haviam pedido para que o ex-ministro da Fazenda fosse ouvido pelo tribunal, porém, na ocasião, o relator permitiu apenas que ele se manifestasse por escrito.
No recurso, os defensores da ex-presidente da República alegaram que todas as mais de 50 testemunhas foram ouvidas presencialmente pelo TSE, e, no caso de Mantega, não havia “razão jurídica” para mudar o procedimento adotado até então.
Em meio à coleta das provas, o tribunal eleitoral ouviu dez ex-dirigentes da Odebrecht para apurar suspeitas de que ocorreram pagamentos irregulares à campanha presidencial do PT e do PMDB nas eleições de 2014.
O ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht contou ao corregedor-geral da Corte que Mantega atuou como interlocutor de Dilma junto à construtora para pedir doações de campanha.
Preso pela Lava Jato, Marcelo Odebrecht afirmou a Herman Benjamin que, nas eleições de 2014, doou para outros partidos da coligação que apoiou Dilma e Temer a pedido de Guido Mantega e que uma parte do dinheiro foi por meio de caixa dois.
O empreiteiro também disse que acertou com o ex-ministro da Fazenda o repasse de R$ 170 milhões para a campanha à reeleição. E, conforme Marcelo, somado ao que acertou com Antonio Palocci entre 2008 e 2014, o valor de doações às campanhas presidenciais de Dilma e Temer chegou a R$ 300 milhões.

Rodízio no tribunal

A interrupção do julgamento e a reabertura da fase de coleta de provas deve fazer com que a composição do plenário mude em meio à análise da ação. Isso porque os ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio estão prestes a deixar o TSE. O mandato de Neves na Corte se encerra no próximo dia 16 e o de Luciana Lóssio, em 5 de maio.
Pela ordem prevista no regimento, o primeiro a votar é o relator do caso. Na sequência de Herman, votam os ministros Napoleão Nunes Maia, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Luiz Fux (vice-presidente do TSE), Rosa Weber e, por fim, Gilmar Mendes.
Cogitou-se a possibilidade de Henrique Neves e Luciana Lóssio solicitarem para antecipar os votos para se manifestar antes de deixarem a Corte. Porém, o provável adiamento do julgamento para maio deve inviabilizar a participação deles na análise da ação.
Temer já nomeou para o lugar de Henrique Neves o jurista Admar Gonzaga, que, atualmente, atua como ministro-substituto do TSE.

Prazo para partidos

Durante a sessão, a ministra Luciana Lóssio aproveitou a discussão acerca da autorização em relação a ouvir novas testemunhas para pedir que fosse reaberto o prazo para os presidentes de partidos citados em depoimentos de ex-dirigentes da Odebrecht apresentassem novas manifestações.
O ex-diretor da Odebrecht Alexandrino de Alencar contou, em depoimento ao TSE, que houve repasse de dinheiro da empreiteira para partidos que deram apoio a chapa Dilma-Temer. Segundo ele, foram repassados cerca de R$ 30 milhões a PDT, PP, PRB, PCdoB e PROS por meio de caixa 2.
Na fase final da coleta de provas, os advogados desses cinco partidos solicitaram ao relator para ter acesso à íntegra do processo para avaliar a situação em que haviam sido mencionados pelos executivos da construtora.
Herman, no entanto, liberou apenas acesso aos trechos nos quais eles foram mencionados e deu prazo de três dias para que os dirigentes partidários se manifestassem sobre a acusação.
“Eu penso que estamos aqui a reabrir a instrução processual por completo. Se for para reabrir a instrução, encaminho voto para dar mais prazo para os presidentes dos partidos”, defendeu Luciana Lóssio.
A sugestão da ministra, contudo, foi rejeitada pelos outros seis magistrados da Corte eleitoral.

Fonte: G1

POLÍCIA

PM é vítima de latrocínio

Cabo Adson da Silva Baia foi baleado e teve moto, arma e carteira roubadas por dupla disfarçada

  O cabo da Polícia Militar Adson da Silva Baia foi morto na manhã de ontem. Os assassinos ainda são procurados.
O cabo da Polícia Militar Adson da Silva Baia foi vítima de latrocínio, ontem, no bairro do Distrito Industrial, em Ananindeua. Incialmente, o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) sem identificação. Apenas à noite foi descoberto que se tratava de um policial.
O crime ocorreu no início da manhã. O PM passava de moto pela rua Quinta das Carmitas, onde dois homens estavam sentados na calçada da esquina com a avenida Independência. Um estava vestido como funcionário da Celpa; o outro como operário de uma empresa de construção civil. Ao ser abordado, o motociclista enfrentou a dupla. Havia marcas de luta. Um dos criminosos aproveitou um descuido e atirou no policial pelas costas. 

FONTE: AMAZÔNIA































BRASIL

Belém amanhece no fundo
Chuva alaga ruas, trava o trânsito e complica a vida de quem precisou se molhar para sair de casa

  Água cobriu ruas desde cedo. Para chegar à escola sem se molhar, Marcele precisou ser carregada pelo irmão.



Depois de várias horas de chuva, Belém amanheceu no fundo. Os prejuízos e as complicações na rotina da população foram percebidos logo cedo: choveu desde a madrugada, e durante todo o dia.
No bairro da Terra Firme, várias vias ficaram submersas e diversas casas foram invadidas pela água. Para ir à escola, crianças se arriscavam no meio da lama, sujeitas a contrair doenças. Para não sujar o uniforme, as menores eram carregadas por irmãos e amigos mais velhos. Cansados e entristecidos com a situação, que já dura vários anos, os irmãos Márcio e Marcele Cruz, de 15 e 11 anos, reclamaram: “Aqui é sempre alagado. O meu irmão me carrega e me ajuda a atravessar. Cai uma chuvinha e alaga tudo. O meu pai e a minha irmã já caíram aqui de bicicleta e tudo. A minha irmã quase quebra a perna”, disse Marcele, que foi levada nas costas pelo irmão para casa. 

FONTE: AMAZÔNIA


























ATUALIDADE

Atriz dá vida à 1ª protagonista na TV

Na série da globo Monica Iozzi interpreta a meiga celeste

  Celeste (Iozzi) é uma advogada doce, ingênua e também ambiciosa

O jeito de menina resistiu ao tempo e ainda se faz presente no perfil da agora adulta Celeste (Monica Iozzi), uma moça de classe média, advogada, com uma relação estável e uma vida sem sobressaltos. Do tipo que acredita no labo bom do ser humano até que se prove o contrário, ela tem um andar despretensioso, meio doce, meio atrapalhado. Carrega ainda um pouco da inocência e da timidez daquela garotinha que, aos 2 anos de idade, foi beijada pelo papa João Paulo II, na visita do Pontífice ao Brasil. Proeza conquistada pela mãe, Leda (Cecília Homem de Mello), que conseguiu fazer com que a filha se destacasse em meio à multidão e conquistasse muitas capas de jornal.

FONTE: AMAZÔNIA

ESPORTE

Leão cai em Macapá

Time azulino joga mal mais uma vez, toma de 3 a 0 do Santos-ap, em macapá, e volta para belém desclassificado da Copa Verde
        
Josué Teixeira viu um time apático que foi facilmente dominado pelo rival    

Em noite histórica para o futebol amapaense, o Santos eliminou o Remo da Copa Verde- 2017 com uma vitória por 3 a 0 no Zerão. Foi a primeira vitória santista após um tabu de 17 anos. Nos jogos em casa o Santos empatou um e perdeu outro para o Remo, mas ontem foi à forra com juros de gols e uma atuação soberba, colocando o Leão na roda. O Santos segue na copa e agora espera o classificado de Paysandu e Águia, enquanto o Leão volta para Belém cabisbaixo pelo vexame apresentado em campo. 
Antes do jogo, o Remo era franco favorito. Mas a equipe azulina foi apática, em uma atuação sofrível. Nada funcionou pro lado remista. O time foi envolvido pelo Santos. Se em outros jogos o Remo apresentou falhas, ontem superou todos os vícios que o time apresenta em campo. 

FONTE: AMAZÔNIA