DEFESA CIVIL INTERDITA EM
PLANALTINA-DF, SALAS DE AULA EM BARRACÃO DE MADEIRA
É impossível para as autoridades do DF, principalmente da Educação, alegar desconhecimento do barracão de madeira no CEF 01 de Planaltina, o Centrinho, em cujas salas os professores atendiam alunos especiais, pois o barracão já completou os seus 18 anos de existência e, em e seu aniversário, no lugar de uma grande festa, uma campanha foi iniciada para que o local fosse demolido e em seu lugar erguido um pavilhão de tijolos para substituir as cinco salas de aula que atendiam os alunos especiais.
Se o aniversário da maioridade deve ser comemorado com muita festa, pois permite ao aniversariante o grito de liberdade e independência, nesse caso o aniversário não mereceu a mesma alegria, pois ele trouxe consigo muita vergonha ao povo de Planaltina e a todos aqueles que acreditam e que lutam por um ensino público de qualidade e por uma escola que ofereça um mínimo de conforto aos alunos, principalmente aos alunos portadores de necessidades pedagógicas especiais.
Foi por não admitir que os alunos continuassem submetidos a esse desconforto no dia a dia da escola que o professor de português Davi Moreira, após apresentar a proposta da campanha à direção da escola e ser por ela autorizado, iniciou em outubro uma campanha publicitária para ver demolido o barracão e, em seu lugar, erguido um pavilhão de tijolos para esses alunos. “Investir na escola é valorizar o professor, o aluno, a educação e a família. A escola não pode jamais perder a qualidade, a credibilidade e o respeito, pois no dia em que isso acontecer, o caos será instalado em todos os cantos do país”, defende o professor.
Além do desconforto térmico e acústico, o barracão oferecia risco de acidentes aos alunos, principalmente na estrutura lateral e no foro interno do teto, razão pela qual, logo após iniciada a campanha, além de uma grande adesão da população local num a imprensa, a Secretaria de Educação afirmou que o barracão recebia anualmente reforma e que não havia risco de acidentes com os alunos. Mas, se a Secretaria assim afirmou, cinco meses após essa garantia a Defesa Civil interdita o espaço porque o mesmo não era mais seguro para os alunos. Ora, o que houve então nesse curto
espaço de tempo que leva a Defesa Civil a interditar o espaço?
espaço de tempo que leva a Defesa Civil a interditar o espaço?
Acaso era uma resposta pronta para a imprensa? Acaso a resposta pode ser entendida com a defesa da inércia de governo pelos detentores de cargos comissionados que assim o fazendo esperam a preservação de suas funções? Independente da resposta
que tenhamos, nada justifica a existência de um barracão de madeira com salas de aula para alunos especiais, ainda mais na capital do país.
que tenhamos, nada justifica a existência de um barracão de madeira com salas de aula para alunos especiais, ainda mais na capital do país.
Para colher assinatura da população, o professor Davi Moreira, juntamente com alguns de seus ex-alunos, pagos por ele, visitam e se instalam em espaços públicos e, além de distribuir informativo que denuncia o barracão, pede apoio a todos. Já com mais de 5.000 assinaturas, o objetivo é entregar ao governador o manifesto com o apoio da população.