quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

BEM ESTAR

Cientistas brasileiros participam de desafio para descobrir fatores ambientais relacionados ao câncer

Inca, A.C.Camargo e Hospital do Câncer de Barretos fazem parte de grupo internacional que recebeu 20 milhões de libras da organização Cancer Research UK.




No ano passado, a organização Cancer Research UK selecionou sete grandes desafios a serem superados em relação ao câncer no mundo, em uma iniciativa chamada Grand Challenge. Nesta semana, a entidade britânica anunciou a escolha de quatro grupos de pesquisadores que se lançarão numa grande corrida científica para resolver esses problemas pelos próximos cinco anos. Cada equipe receberá um prêmio de 20 milhões de libras para conduzir a pesquisa.
Instituições brasileiras fazem parte de um dos grupos selecionados: o Instituto Nacional de Câncer (Inca) , o Hospital de Câncer de Barretos e o A.C. Camargo Cancer Center trabalharão no projeto “identificando causas do câncer que podem ser prevenidas”.
Já se sabe que tabaco, álcool, HPV e exposição excessiva à luz solar, por exemplo, aumentam o risco de câncer: essas são algumas causas de câncer passíveis de prevenção já conhecidas. Esses agentes cancerígenos danificam o DNA das células, levando a mutações que seguem padrões distintos de acordo com cada agente. Ou seja, a célula do câncer que é associado à exposição solar tem um perfil mutacional diferente da célula do câncer associado ao tabaco.
Atualmente, cientistas já identificaram cerca de 50 perfis mutacionais associados ao câncer. O problema é que eles não sabem quais fatores externos causam a metade dessas mutações. O objetivo do projeto é justamente identificar quais fatores ambientais e comportamentais estão levando a esses perfis mutacionais que, por enquanto, têm causas desconhecidas.
O projeto que envolve as três instituições brasileiras é liderado pelo cientista Mike Stratton, diretor do Wellcome Trust Sanger Institute, instituição focada no estudo do genoma para a melhora da saúde humana.

5 mil pacientes

Para atingir seu objetivo, o estudo fará o sequenciamento do DNA dos tumores de 5 mil pacientes com câncer de pâncreas, rim, esôfago e intestino de todos os cinco continentes. Além disso, os pacientes responderão a questionários epidemiológicos, que abordarão hábitos alimentares, se viveram em áreas com exposição a carcinógenos, se já foram contaminados por algum vírus, entre outras questões.
No Brasil, 900 pacientes serão recrutados e terão amostras e informações coletadas por A.C Camargo Cancer Center, Hospital de Câncer de Barretos e Inca.
A cientista Vilma Regina Martins, superintendente de pesquisa do A.C.Camargo, explica que os tumores avaliados pelo estudo têm incidência diferente em locais diferentes do planeta. “Quando se tem um tumor com esse perfil, entende-se que há alguma coisa naquele local associada com o aumento ou a diminuição de risco. Entende-se que podem haver causas genéticas na população e também fatores ambientais de cada uma das regiões”, afirma.
"Cada câncer detém um vestígio arqueológico, um registro em seu DNA do que o causou. É este registro que queremos explorar para descobrir o que causou aquele câncer"
Mike Stratton, diretor do Wellcome Trust Sanger Institute
Associando-se a análise genética à análise de hábitos e fatores externos aos quais os pacientes são expostos, os cientistas esperam ligar cada perfil mutacional à sua respectiva causa. "O principal objetivo de nosso Grand Challenge é entender as causas do câncer. Cada câncer detém um vestígio arqueológico, um registro em seu DNA do que o causou. É este registro que queremos explorar para descobrir o que causou aquele câncer", afirmou Mike Stratton em comunicado.
Vilma observa que a principal meta do estudo é possibilitar novas formas de prevenção, mas que, dependendo dos resultados, também podem surgir pesquisas que resultem em novos tratamentos para a doença.
Os sete desafios selecionados pela Cancer Research UK são:
  1. Desenvolvimento de vacinas para prevenir cânceres não relacionados a vírus
  2. Erradicar cânceres relacionados ao vírus Epstein-Barr do mundo
  3. Descobrir como perfis mutacionais incomuns são induzidos por diferentes eventos relacionados ao câncer
  4. Fazer a distinção entre cânceres letais que precisam de tratamento e cânceres não-letais que não precisam
  5. Descobrir um modo de mapear tumores em nível molecular e celular
  6. Desenvolver métodos que tenham como alvo o gene Myc, que é mutado na maioria dos cânceres humanos
  7. Descobrir como liberar macromoléculas biologicamente ativas em qualquer célula do corpo humano para tratar o câncer de forma efetiva
A pesquisa da qual o Brasil faz parte se enquadra principalmente no desafio 3. As outras três equipes de pesquisa selecionadas para receberem os 20 milhões de libras focarão em criar mapas de realidade virtual de tumores; desenvolver estratégias para evitar tratamentos de câncer de mama desnecessários e estudar o metabolismo do tumor a partir de diversos ângulos.

BEM ESTAR

Cada vez mais idosos tomam remédios que afetam o cérebro, diz estudo

Remédios prescritos são uma combinação de opiáceos, antidepressivos, tranquilizantes e antipsicóticos, segundo pesquisa.




O nùmero de idosos nos Estados Unidos que tomam ao menos três medicamentos que afetam o cérebro mais do que dobrou em uma década, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (13), que alerta sobre o risco elevado desta prática.
Este forte aumento ocorreu especialmente entre os idosos das zonas rurais, onde a taxa de visitas ao médico triplicou durante o mesmo período.
Os remédios prescritos são uma combinação de opiáceos, antidepressivos, tranquilizantes e antipsicóticos, segundo um estudo publicado pela revista médica americana "Journal of the American Medical Association (JAMA) Internal Medicine".
Esta combinação, que age sobre o sistema nervoso central, é "preocupante" devido ao risco que implica para os idosos. Além das quedas e dos ferimentos que esta prática provoca, os autores mencionam também os riscos quando essas pessoas estão ao volante, as perdas de memória e outros problemas cognitivos.
Combinar analgésicos opiáceos com alguns tranquilizantes é particularmente preocupante, como alertou recentemente a Food and Drug Administration (FDA, agência sanitária americana).
Esta equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan analisou dados de uma amostra representativa de consultórios médicos entre 2004 e 2013, procedente dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Os pesquisadores descobriram que em 2004, 0,6% dos pacientes com mais de 65 anos recebiam prescrições de três ou mais medicamentos que afetam o sistema nervoso central, e que em 2013 esse número subiu para 1,4%. Se esta proporção for extrapolada para toda a população de idosos dos Estados Unidos, significaria 3,68 milhões de visitas médicas por ano nas quais foram prescritas três ou mais dessas drogas.
"O aumento que vimos nestes dados pode indicar que os idosos cada vez mais procuram assistência médica e aceitam tomar medicamentos para tratar problemas de saúde mental", disse o autor principal do estudo, Donovan Maust, psiquiatra geriátrico da Universidade de Michigan.
"Mas isso também é preocupante por causa dos riscos de combinar esses medicamentos", acrescentou.
O estudo revelou, ainda, que cerca da metade das pessoas com mais de 65 anos que tomam esses coquetéis de medicamentos não parecem ter sido diagnosticadas anteriormente com problemas de saúde mental, insônia ou dor crônica.

MUNDO

Senado dos EUA derruba norma que proibia pessoas com doenças mentais de comprar armas

Norma instituída por Obama após massacre em Sandy Hook impedia 75 mil pessoas com transtornos mentais de adquirir armas de fogo. Mudança depende agora de assinatura de Donald Trump.






O senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta (15) a suspensão de uma norma da era Obama que impedia que 75 mil pessoas com problemas mentais comprassem armas de fogo. A medida será agora encaminhada ao presidente Donald Trump, que deve assinar sua aprovação.
A norma foi criada por Obama em 2012, após o tiroteio na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut. Na ocasião, Adam Lanza, um jovem de 20 anos com diversos distúrbios, incluindo síndrome de Asperger e transtorno obsessivo compulsivo, matou sua mãe em casa, antes de se dirigir à escola e assassinar 20 alunos e seis funcionários e cometer suicídio.
A norma ampliava a checagem de antecedentes e dificultava a compra de armas por pessoas que tem distúrbios mentais e cujos bens e benefícios são administrados por outra pessoa.
Segundo os senadores que defenderam a suspensão da norma, ela ampliava o estigma sobre pessoas com problemas mentais. O senador republicano Charles Grassley, de Iowa, disse ainda que a medida infringia o direito constitucional dessas pessoas de portar armas.
Os senadores da bancada republicana contaram com o apoio da National Rifle Association, segundo a agência Associated Press, e colocaram a medida em votação como parte de um projeto que visa derrubar uma série de medidas instituídas durante a administração Obama.
A suspensão foi aprovada por 57 votos a favor e 43 contra e foi criticada por senadores democratas, como Chris Murphy, de Connecticut. Ele disse que não sabia como explicaria a seus eleitores que o Congresso estava tornando mais fácil em vez de mais difícil que pessoas com doenças mentais tenham acesso a armas. “Se você não consegue gerenciar suas próprias finanças, como podemos esperar que você seja o portador responsável de uma arma de fogo perigosa e letal?”, questionou.

MUNDO

Secretários de Estado e de Segurança Interior dos EUA visitarão o México

Visita será no dia 23 de fevereiro. Objetivo é avançar no estabelecimento de 'relação respeitosa, próxima e construtiva' entre EUA e México.






Os secretários de Estado, Rex Tillerson, e de Segurança Interior, John F. Kelly, dos Estados Unidos, farão uma visita conjunta de trabalho à Cidade do México no próximo 23 de fevereiro, informou nesta quarta-feira (15) a chancelaria mexicana.
A visita, que se realizará em meio à pior crise diplomática bilateral em décadas pelo polêmico muro que o governo americano quer erguer na fronteira comum, tem como propósito avançar no estabelecimento de "uma relação respeitosa, próxima e construtiva entre ambos os países", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do México em um curto comunicado.
Tillerson e Kelly celebrarão reuniões com diversos funcionários do governo mexicano. Os detalhes de sua agenda serão divulgados nos próximos dias, afirmou.
Esta viagem é produto, acrescentou a chancelaria, do "diálogo" entre os dois governos acordado pelos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do México, Enrique Peña Nieto, durante telefonema mantido entre os dois em 27 de janeiro.
O projeto de construção do muro na fronteira provocou o cancelamento do encontro que os dois presidentes deveriam ter em Washington no fim de janeiro.
A relação do México com Trump começou a ficar tensa desde que o americano, quando era candidato à Presidência, se referiu aos mexicanos como criminosos e estupradores.

CIÊNCIA

Clima político é fonte significativa de estresse para 57% dos americanos

Pesquisa foi feita pela Associação Americana de Psicologia (APA); 59% dos republicanos dizem que o futuro do país é fonte de estresse, contra 76% dos democratas.






O atual clima político dos Estados Unidos é fonte significativa de estresse para 57% dos norte-americanos. Quase metade, 49%, dizem o mesmo sobre o resultado da eleição que elegeu Donald Trump. Os dados são de uma pesquisa feita pela Associação Americana de Psicologia (APA, em inglês).
A maioria dos republicanos (59%) -- apesar de seu partido ter eleito o presidente -- dizem que a preocupação com o futuro da nação é causa de estresse. Entre os que se dizem democratas, esse índice salta para 76%.
"O estresse que estamos passando devido às questões políticas é profundamente preocupante, e é difícil para os americanos fugir dele", disse Katherine C. Nordal, diretora-executiva da APA. "Estamos rodeados de conversas, de notícias e pelas mídias sociais que constantemente nos lembram os problemas que mais nos estressam", completou.
Os novos resultados foram contabilizados após uma outra pesquisa da APA, feita em agosto de 2016, com 3.511 adultos, indicar que 52% dos norte-americanos consideravam a campanha da eleição presidencial uma fonte de estresse. Desta vez, uma pesquisa adicional ouviu 1.091 adultos com entre 5 e 19 janeiro deste ano.
Entre agosto e janeiro de 2017, a média geral relatada do nível de estresse dos americanos subiu de 4,8 para 5,1, em uma escala em que 1 significa pouco ou nenhum estresse, e 10 representa uma grande quantidade de estresse.

Terrorismo e violência

Nordal também apontou que, além da questão política, as pesquisas observaram que os entrevistados relatam de forma crescente que atos de terrorismo, violência policial em relação às minorias e segurança pessoal estão cada vez mais ligados aos níveis de estresse.
De acordo com a APA, a porcentagem de moradores dos EUA que relatam atos de terrorismo como fonte de estresse aumentou de 51% para 59% entre as duas pesquisas. Já a porcentagem com relação à violência policial passou de 36% para 44%, no mesmo período. Com relação à segurança pessoal, o número foi de 29% dos norte-americanos para 34% - maior percentual desde que a pergunta foi feita pela primeira vez, em 2008.
O nível de estresse variou de acordo com a educação: afetou 53% das pessoas que têm ensino médio, contra 38% daqueles que não têm. Norte-americanos que vivem em áreas urbanas também dizem sentir mais: 62%, em comparação com áreas suburbanas, com 45%, e rurais, com 33%.

MUNDO

Venezuela acusa CNN de veicular 'agressões' e tira canal do ar

Presidente Nicolás Maduro diz que quer emissora 'fora do país'. Reportagem sobre suposta venda de vistos e passaportes motivou crítica






A comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela divulgou nesta quarta-feira (15) comunicado afirmando que o canal CNN en Español tem de ficar fora do ar por ter exibido "conteúdos que supostamente constituem ataques diretos que atentam contra a paz e a estabilidade democrática do povo venezuelano, uma vez que geram clima de intolerância".
A Comissão não cita diretamente o episódio em seu comunicado, mas a medida vem poucos dias após a exibição de uma reportagem da CNN sobre uma suposta venda de vistos e passaportes venezuelanos na embaixada do país no Iraque.
"Solicitamos às autoridades venezuelanas competentes que tomem atitude a respeito. Esperamos ver a solução", anunciou a chanceler Delcy Rodríguez em coletiva de imprensa.
"A emissora de televisão CNN em espanhol iniciou uma operação de guerra psicológica, uma operação de propaganda de guerra, montada absolutamente em falsidades", disse a chanceler.
No domingo, durante seu programa semanal, Maduro atacou a emissora.
"Eu quero a CNN bem longe daqui. Eu quero a CNN fora da Venezuela, fora!", expressou o governante socialista, que tampouco falou em medidas concretas.

Venda de passaportes e vistos

Em 6 de fevereiro, a CNN em espanhol transmitiu uma reportagem que denuncia um caso de vendas, na embaixada venezuelana em Bagdá, de passaportes e vistos a pessoas de origem árabe que poderiam estar relacionadas com o terrorismo.
A notícia fala do vice-presidente venezuelano, Tareck El Aissami, como um dos responsáveis.
O Departamento do Tesouro americano sancionou na segunda-feira El Aissami por suposta relação com o tráfico de drogas, o que Caracas considerou como uma "agressão" para desestabilizar o governo de Maduro.
Segundo a chanceler, essa medida responde a uma "operação de propaganda de guerra" que busca "uma intervenção internacional" na Venezuela.

Resposta

Rodríguez desqualificou o testemunho à CNN de Misael López, funcionário da embaixada venezuelana no Iraque entre 2013 e 2015, a quem chamou de "delinquente".
A chanceler acusou López de ter tentado "roubar" a identidade do embaixador venezuelano no Iraque, Jonathan Velasco, para retirar fundos da missão diplomática em um banco de Bagdá, e sustentou que foi denunciado por assédio sexual por uma funcionária da delegação.
Rodríguez pediu à CNN que divulgue sua resposta à reportagem. "Aqui estão as provas, são obrigados a mostrá-las, não podem escapar", desafiou.

MUNDO

República Dominicana procura suspeito de matar locutor e diretor de rádio

Homem de 59 anos é suspeito de disparar em sede de emissora de rádio. Locutor fazia transmissão ao vivo na rádio e no Facebook.






A polícia da República Dominicana procura um suspeito de invadir a sede da rádio 103.5 FM, em San Pedro de Macorís, e disparar tiros, matando um locutor e o diretor da empresa nesta terça-feira (14).
No momento ataque o locutor Luis Manuel Medina estava ao vivo na rádio e fazia uma trasmissão em seu perfil no Facebook. O vídeo é interrompido após os disparos e o aviso de uma mulher que gritava "tiros! tiros!".



Medina e o diretor da empresa, Luis Martínez, não resistiram aos ferimentos causados pelo atirador. A secretária Dayana García também foi atingida e ficou gravemente ferida.
O porta-voz da polícia de San Pedro de Macorís afirmou nesta terça que três homens foram detidos para interrogatório. A polícia disse desconhecer as causas do ataque.




"Estamos consternados com esta notícia deste fato tão trágico", comentou Ana Daisy Guerrero, presidente do sindicato dos locutores.
O Ministério Público investiga imagens de câmeras de segurança do centro comercial em que fica a emissora.

NATUREZA

Foca pega carona em caiaque durante passeio na Escócia

Animal apareceu no meio de travessia e se apoiou no transporte no estuário do rio Forth.






Um homem e uma mulher navegavam em seus caiaques no estuário do rio Forth, na Escócia, quando tiveram uma surpresa. (Assista ao vídeo)
Uma foca não só apareceu no meio do caminho, como resolveu pegar uma carona com eles.
O animal se aproximou e, para diversão da dupla, subiu em um dos caiaques - e ficou por lá.
A foca passou um tempo descansando enquanto eles navegavam - só voltou para a água depois de 1,5 km.
"Foi uma experiência incrível", eles disseram.