quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

DF

Classe média é a que mais separa lixo doméstico no DF

Pesquisa da Codeplan sobre coleta seletiva mostra também que famílias de baixa renda são as que menos reciclam. Objetivo do trabalho é entender práticas domiciliares de separação de resíduos e características das pessoas que fazem a separação.






As regiões que mais separam lixo orgânico no Distrito Federal são as de renda média – Águas Claras, Cruzeiro, Vicente Pires, Guará, Sobradinho I e II, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Candangolândia e Gama. A conclusão é da pesquisa "Coleta seletiva: Percepções e avaliações dos cidadão" da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) divulgada nesta quarta-feira (15).
Nessas regiões, 41,1% dos entrevistados responderam que separam o lixo seco do orgânico. As regiões de alta renda ficaram em segundo lugar, com 30% . E as de baixa renda são as que menos separam, apenas 3,9% dos moradores responderam afirmativamente aos pesquisadores.
A coleta seletiva no DF também está entre as mais baratas do Brasil. "Enquanto a coleta convencional custa, em média, R$ 90 por tonelada recolhida, a seletiva custa R$ 190. A média nacional é R$ 360" , explica a presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos. Segundo ela, Brasília e Porto Alegre têm o serviço mais barato do país.
De acordo com a presidente do SLU, o DF recolhe 160 toneladas de matéria orgânica por dia. “Somos campeões neste tipo de reciclagem e recolhemos composto orgânico de qualidade." A média de reciclagem no DF é de 3% de todo lixo seco recolhido. Para a matéria orgânica, a proporção é de 9%.
Segundo a Codeplan, a coleta seletiva chega a 71,6% dos moradores entrevistados, mas apenas 59,1% separam o lixo em casa. O hábito de reciclar varia conforme a renda e o tipo de coleta. Nas regiões atendidas pelo SLU, 68,1% dos moradores têm duas lixeiras, uma para orgânicos e outra para secos. Dos moradores atendidos por cooperativas, 48,9% fazem a separação.
Curioso é que, mesmo nas regiões onde não há cobertura de empresas ou cooperativas de catadores, a pesquisa apontou que 49,4% dos moradores separam o lixo.
“O DF tem uma propensão da população a realizar a prática de separar, porque mesmo moradores que não tem coleta, o fazem”, diz o presidente da Codeplan, Lúcio Rennô.
De acordo com Kátia Campos, este comportamento está relacionado à coleta informal em algumas regiões. “O DF tem coleta seletiva em todas as regiões. Em parte feita pelo poder público e em parte feita por catadores autônomos." Apenas 15% dos materiais descartados em condições de reaproveitamento são recolhidos pela SLU, segundo ela. Todo o restante é retirado por catadores autônomos. “O que os caminhões buscam, é o que sobra em muitas regiões."
No entanto, quem separa o lixo nas regiões de renda mais alta são os empregados e não os próprios moradores, segundo o gerente de estudos e pesquisas socioeconômicas, Frederico Berthoni. A pesquisa aponta que, em 58,2% dos casos, o lixo é despejado no local de coleta por empregados.

Coleta o quê?

A pesquisa também trouxe dados do desconhecimento da população sobre a coleta seletiva. Dos entrevistados, 25,7% afirmaram não saber os dias e horários em que passam os caminhõpes e nem como separar o lixo corretamente. Outros 22,9% disseram que os caminhões da coleta não aparecem nos dias e hora marcados, ou passam em horários “inconvenientes”.
Nos três meses anteriores à pesquisa – setembro, outubro e novembro de 2016 – 22,3% dos entrevistados receberam orientações sobre a coleta seletiva por meio de folhetos distribuídos via correio. As informações contidas na internet chegaram a apenas 3,6% dos entrevistados.

Reaproveitamento de rejeitos

De acordo com a presidente da SLU, os caminhões da coleta passam, majoritariamente, pelas regiões de alta renda porque são as que mais produzem materiais reciclávies de qualidade – que podem ser aproveitados.
Segundo a pesquisa, os materiais separados em maior quantidade são plásticos (76,4%), papéis (7%) garrafas pet (69,7%) e vidro (66,9%). Águas Claras é a região administrativa que, segundo Kátia, tem o melhor aproveitamento do lixo seco recolhido. A média de reciclagem é de 34%.
“Aproveitamos menos de 3% do material [reciclável], porque temos muitas dificuldades. É preciso fazer uma mudança cultural”, diz Kátia.
A conscientização dentro de casa é apontada como principal fator para viabilizar uma coleta seletiva eficiente. O SLU recomenda separar os materiais recicláveis dos orgânicos e rejeitos – como comida, filtros de café e lixo de banheiro.
Para descartar o lixo seco, é importante remover o excesso de alimentos e bebidas das embalagens, desmontar caixas de papelão para ocupar menos espaço e embalar materiais cortantes e pontiagudos para evitar ferimentos.

Onde tem coleta seletiva?

A coleta seletiva não passa em todas as regiões do DF. Os caminhões recolhem lixo seco na Asa Sul e Asa Norte, no Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, SIG, Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Vicente Pires, Park Way, Samambaia, Brazlândia, Santa Maria, Candangolândia e Núcelo Bandeirante.
“A pesquisa vai ser incorporada nos nossos planos de distribuição dos caminhões, porque ainda não é possível fazer coleta em todas as regiões”, afirmou Kátia.

MUNDO

O que se sabe sobre o escândalo de Trump com a Rússia

Presidente teve interesses comerciais no país na década de 1990 e é acusado de manter contatos com inteligência russa durante campanha. Assessor de segurança se demitiu após mentir sobre conversa com embaixador.






Uma  nuvem de suspeitas sobre os vínculos com Moscou paira sobre o presidente Donald Trump desde que os Serviços de Inteligência americanos asseguraram que o governo russo interferiu na eleição presidencial de 2016 contra sua rival Hillary Clinton.
O assessor de Segurança Nacional de Trump foi obrigado a renunciar na segunda-feira por suas conversas particulares com o embaixador russo em Washington, e nesta quarta-feira (15) o "The New York Times" noticiou que assessores de Trump e pessoas de seu entorno também ligaram para funcionários do alto escalão da Inteligência russa durante a campanha eleitoral.
Muitas perguntas sobre estes episódios continuam sem resposta. A seguir o que se sabe sobre o assunto:

As relações de longa data de Trump com a Rússia

Em sua condição de empresário imobiliário, Trump sempre se propôs a investir na Rússia, inicialmente analisando a possibilidade de construir um edifício de luxo próximo ao Kremlin em 1996. Visitas posteriores não fizeram o projeto seguir adiante, mas nos anos 1990 Trump elogiou os homens fortes deste país, incluindo o presidente Vladimir Putin.
Simultaneamente, vários russos, alguns relacionados a Putin, investiram em propriedades nos Estados Unidos sob a franquia Trump. Em 2013, Trump levou seu concurso Miss Universo a Moscou e trabalhou com outros empresários próximos ao presidente russo.
Durante a campanha presidencial, Donald Trump desmentiu os relatórios de que Moscou estaria por trás do ciberataque aos e-mails da equipe de Hillary. Ao contrário, elogiou Putin e prometeu melhores relações com ele.

Ciberataque russo

Órgãos de Inteligência americanos denunciaram no início de julho de 2016 que o governo russo estava envolvido no ciberataque dos e-mails internos do Partido Democrata que acabaram sendo comprometedores para a candidata Hillary Clinton.
Em outubro, essas mesmas agências acusaram Putin de comandar essas operações, e em 29 de dezembro, o então presidente Barack Obama anunciou medidas em represália, incluindo novas sanções e a expulsão de 35 supostos espiões russos que faziam parte da equipe diplomática em Washington.
Também foi divulgado um processo sobre as relações entre a equipe de campanha de Trump e a Rússia elaborado por um ex-agente britânico, que cita fontes russas que sustentam que o ataque tinha a intenção de ajudar Trump a ganhar as eleições. Os Serviços de Inteligência apenas confirmaram recentemente alguns detalhes do processo.

Ligações para o Kremlin

O "The New York Times" reportou nesta quarta-feira que órgãos de Segurança americanos interceptaram inúmeras ligações entre assessores de Trump e funcionários da Inteligência russa durante a campanha. O NYT identificou um desses assessores como Paul Manafort.
Manafort, diretor de campanha de Trump, foi um lobista e empresário que trabalhou durante anos como assessor do líder ucraniano pró-Rússia Viktor Ianukovich e para a atual posição pró-Rússia na Ucrânia. Manafort renunciou como diretor de campanha antes da eleição de 8 de novembro depois que as autoridades ucranianas disseram que os arquivos mostravam que o partido das autoridades anteriores pró-Rússia de Kiev haviam pago a ele US$ 12,7 milhões, o que Manafort nega.
O relatório Trump-Rússia denuncia que Manafort manteve uma "cooperação" com dirigentes russos durante a campanha através de Carter Page, um consultor externo na equipe de Trump. Page, que havia sido um banqueiro de investimentos com sede em Moscou, visitou a capital russa em julho e dezembro para assuntos particulares, segundo contou. O processo alega, entretanto, que se reuniu com funcionários de alto escalão e pessoas próximas a Putin para discutir as sanções e questões energéticas.



Michael Flynn




O ex-chefe de Inteligência militar foi um assessor de Trump em assuntos de Segurança. Após deixar o âmbito militar, Flynn apareceu na emissora Russia Today em dezembro de 2015 e foi pago para falar em uma cerimônia em Moscou, na qual sentou ao lado de Putin. A RT é vista pelos Serviços de Inteligência americanos como uma emissora que faz propaganda a favor do Kremlin.
Durante a campanha das presidenciais, Flynn pediu melhores relações com a Rússia e depois da vitória de Trump manteve conversas por telefone com o embaixador russo nos Estados Unidos, Serguei Kislyak.
Flynn negou inicialmente ter falado sobre as sanções e sobre Trump ter uma atitude mais amistosa com Moscou. Depois de receber garantias de Flynn, o vice-presidente eleito, Mike Pence, apareceu na televisão para defendê-lo, insistindo que não havia falado sobre as sanções com Kislyak.
Mas os organismos de Segurança americanos registraram as ligações e concluíram que as sanções haviam sido objeto de diálogo entre Flynn e o diplomata russo. Em 26 de janeiro, a procuradora-geral Sally Yates advertiu o máximo assessor legal de Trump sobre as inconsistências de Flynn e que as mesmas poderiam fazê-lo vulnerável a chantagens.
Trump não tomou nenhuma medida imediata, mas quando o "The Washington Post" e o NYT escreveram, na semana passada, que alguns trechos da conversa mostravam que haviam falado sobre as sanções e que havia mentido para Pence, o apoio a Flynn na Casa Branca acabou. Na segunda-feira, renunciou a seu cargo.

CIÊNCIA

Astrônomos descobrem 60 novos planetas vizinhos do Sistema Solar, incluindo uma super-Terra

O Gliese 411b é quente e com superfície rochosa, assim como o nosso planeta.






Uma equipe internacional descobriu 60 novos planetas que orbitam estrelas próximas ao Sistema Solar. O grupo chama a atenção para o Gliese 411b, uma super-Terra (planeta maior que o nosso, mas menor que Netuno) quente e com uma superfície rochosa.
Além desses planetas em órbita de estrelas, também foram encontrada evidências de outros 54 possíveis planetas adicionais, totalizando 114. Os resultados são baseados em observações feitas durante 20 anos (desde 1996) por meio do telescópio Keck-I, localizado no Havaí.
De acordo com os pesquisadores, a descoberta demonstra que boa parte das estrelas mais próximas do Sol têm planetas em órbita. A equipe obteve mais de 61 mil observações de 1,6 mil estrelas. O sol de Gliese 411b, a "super-Terra", é a quarta estrela mais próxima do nosso Sol.
Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, único baseado na Europa, analisou os dados do grupo que revelou a existência dos novos planetas.
"É fascinante pensar que, quando olhamos para estrelas mais próximas, todas parecem ter planetas em sua órbita. Isso é algo de que os astrônomos não estavam convencidos. Esses novos planesantes para futuros esforços de imagem dos planetas diretamente", disse.

MUNDO

Trump pede que Venezuela liberte opositor Leopoldo López

Mulher de ex-prefeito venezuelano, preso desde 2014, posou para foto com presidente dos EUA e vice após se encontrar com senador americano Marco Rubio.






O presidente americano Donald Trump pediu nesta quinta-feira (16), por meio do Twitter, que a Venezuela liberte o opositor Leopoldo López.
"A Venezuela deve permitir que Leopoldo Lopez, um prisioneiro político e marido de @LilianTintori (que acaba de se encontrar com @MarcoRubio), saia da prisão imediatamente", publicou o presidente em sua conta no Twitter, junto com uma foto em que aparece ao lado de Lilian Tintori, do vice-presidente Mike Pence e do senador Marco Rubio.
Leopoldo López é ex-prefeito de Chacao e está preso desde fevereiro de 2014. Ele foi declarado culpado de incitar à violência durante a onda de protestos ocorrida no mesmo ano para exigir a renúncia do presidente Nicolás Maduro. A violência durante as manifestações deixou 43 mortos.
Nascido em 29 de abril de 1971 em Caracas, o venezuelano estudou políticas públicas e economia nos Estados Unidos, onde frequentou a Universidade de Harward. Sua família é tradicional na elite venezuelana, sendo ligada ao setor petroleiro e ocupando alguns cargos políticos.
Ele teve seu primeiro cargo público em 2000, quando foi eleito prefeito de Chacao, uma das cinco regiões administrativas de Caracas. López foi reeleito em 2004, e ficou no poder até 2008.
Em janeiro de 2012, López acabou renunciando às primárias para apoiar Henrique Capriles nas primárias do partido. Capriles acabou sendo derrotado por Chávez nas eleições presidenciais, e foi candidato novamente alguns meses depois, desta vez contra Nicolas Maduro (após a morte de Chávez). Capriles foi derrotado por Maduro por uma pequena margem, em eleições consideradas controversas.

DF

Saques de contas inativas do FGTS devem injetar R$ 792 milhões na economia do DF

Lojistas se dizem otimistas com possível melhora no mercado do DF. Comerciantes que atendem as classes média e média baixa devem ser os maiores beneficiários, aponta especialista.







Os ques de recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem injetar R$ 792 milhões na economia do Distrito Federal, aponta projeção da Caixa Econômica Federal. A expectativa de consultores financeiros e lojistas ouvidos pelo G1 é de que o valor aqueça a economia da capital federal, mesmo que os beneficiários optem por pagar dívidas em vez de irem direto às compras.
“Com a queda da inadimplência, não tenho dúvidas, os juros dos varejistas vão cair e a economia vai melhorar”, prevê o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do DF (CL-DF), José Carlos Magalhães. Ele diz não ter dúvidas de que, com o dinheiro do FGTS, os brasilienses vão preferir “limpar o nome” antes de gastar, mas garante que os donos de lojas devem lucrar de toda forma.
“Os crediários serão mais baratos e o consumidor vai querer comprar. Bom para todo mundo”, diz o presidente da CDL.
O fato de o calendário de saques do FGTS coincidir com três grandes datas comemorativas – dias das mães, Páscoa e dia dos namorados – é um alento ainda maior para os comerciantes, explica Magalhães. “A expectativa é de que os lojistas passem a contratar mais com qualquer sinal de melhora. Se calcularmos que entrará R$ 150 milhões por mês aqui no DF, vai haver sim mais contratações”, diz.
Os maiores favorecidos do saque do FGTS devem ser os comerciantes que atendem as classes média e média baixa, explica o professor de Economia da UnB Carlos Alberto Ramos. Para ele, a maior parte das contas inativas tem um valor relativamente baixo, de até R$ 500 reais, e não impactará os grandes lojistas, mas vai ser um alívio para as pequenas lojas.
“A economia não vai sair da recessão, ela está toda desajeitada. Mas vai contribuir principalmente com aqueles comércios vinculados a famílias de baixo rendimento ”, diz o professor.
Ramos alerta, porém, que quem tem direito ao saque das contas deve pensar bem antes de gastar o benefício. "Pagar dividas sempre é o melhor. Nossa taxa de juros no país esta altíssima."

MUNDO

Assassinato de menino de dois anos é transmitido ao vivo pelo Facebook nos EUA

Homem que estava no banco da frente e filmava o passeio também morreu. Tia do menino, que está grávida, foi a única sobrevivente de ataque a tiros em Chicago.






Um menino e um homem foram mortos a tiros quando passeavam de carro na terça-feira, dia de São Valentim, nos Estados Unidos, em um ataque que foi flagrado ao vivo por um vídeo transmitido no Facebook.
A polícia informou na quarta-feira (15) que continua procurando o suposto autor dos disparos que aterrorizaram Chicago, cidade do norte do país castigada por uma onda de violência condenada pelo presidente Donald Trump.
O menino de dois anos, identificado como Lavontay White, levou um tiro na cabeça e morreu no hospital.
As autoridades explicaram que um indivíduo começou a atirar contra um carro: a criança estava na parte de trás e sua tia de 20 anos e um homem de 26, que também morreu, na parte da frente.
Os oficiais não divulgaram os nomes do casal, que estava gravando seu passeio ao vivo no Facebook quando os disparos começaram a ser ouvidos.
Segundo as autoridades, o homem era o objetivo do ataque.
A mulher, que segundo os informes estava grávida, foi ferida no estômago e sobreviveu.
"Isso tem que parar em algum lado", disse na terça-feira aos meios de comunicação Eddie Johnson, chefe da polícia, sobre a violência que assola Chicago.
"Nossos filhos não deveriam estar pagando o preço da nossa incapacidade para tornar responsáveis os delinquentes de seus atos", disse Johnson.
"Estou enojado por isso e sei que Chicago também está", acrescentou.
Trump criticou em várias ocasiões a violência de Chicago e enviou tuítes dizendo que "enviaria agentes" se a cidade não soluciona o problema.