quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

MUNDO

Restaurantes em Washington fecham no 'dia sem imigrantes'

Cerca de 11 milhões de pessoas vivem em situação clandestina nos Estados Unidos.







Vários restaurantes, incluindo alguns dos mais famosos de Washington, decidiram fechar suas portas, ou trabalhar com capacidade reduzida nesta quinta-feira (16), em solidariedade ao protesto chamado "dia sem imigrantes" contra a política anti-imigração do presidente Donald Trump.
"Em situação ilegal, moradores, cidadãos, imigrantes do mundo inteiro. Vamos todos nos unir", diz um cartaz postado nas redes sociais, convocando a paralisação.
"Senhor presidente, sem nós e sem nossa contribuição, este país paralisa", continua a convocação.
Lançada no fim de semana passado e sem organização, a iniciativa pareceu que ia passar em branco, mas o anúncio de que contaria com a adesão de grandes restaurantes da capital americana pareceu inspirar outros locais de Washington, assim como de Nova York e da Filadélfia.
Cerca de 11 milhões de pessoas vivem em situação clandestina nos Estados Unidos, a maioria de origem mexicana. Segundo o instituto de pesquisa Pew, esse grupo representava em torno de 9% dos empregos no setor de hotelaria e de restaurantes em 2014.

MUNDO

Mulheres e criança morrem em bombardeio no Iêmen

Rebeldes xiitas huthis acusaram a coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, de ter lançado o ataque. Oito mulheres e uma criança morreram no ataque em Sharah.






Oito mulheres e uma criança morreram nesta quinta-feira (16) em um ataque aéreo contra um funeral perto de Sanaa, a capital do Iêmen, afirmaram fontes médicas.
Os rebeldes xiitas huthis, que controlam Sanaa e uma grande parte do norte do Iêmen, acusaram a coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, de ter lançado o ataque. O porta-voz da coalizão não reagiu até o momento a estas acusações.
O ataque ocorreu na localidade de Sharah, distrito de Arhab, 40 km ao norteDE SANAA.
As vítimas do ataque foram transportadas a hospitais de Sanaa, indicaram as fontes médicas, que também informaram sobre 10 mulheres feridas.
O alvo do ataque aéreo era aCASA de Mohamed al Nakai, onde era realizada uma cerimônia de luto, segundo a Sabanews.net, a agência rebelde dos huthis.
O Iêmen está afundado em uma guerra civil entre os rebeldes huthis, aliados dos simpatizantes do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, e as forças partidárias do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiadas pela coalizão árabe.
A coalizão, que intervém militarmente desde março de 2015 no Iêmen, foi acusada em várias ocasiões de ataques aéreos que deixaram vítimas civis.
Desde o início da intervenção militar da coalizão, os combates deixaram mais de 7.400 mortos e 40 mil feridos.


DF

Escola técnica no Distrito Federal é assaltada durante horário de aula

Ladrões entraram armados na unidade. Eles levaram celulares de alunos e funcionários. Ninguém foi preso. Moradores reclamam de falta de segurança.





Uma escola técnica de Taguatinga Sul, no Distrito Federal, foi assaltada na manhã desta quarta-feira (15), durante o horário de aula. Dois homens armados levaram celulares de alunos e funcionários. Até última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso. Moradores dizem que os crimes são comuns na região.
"Todo mundo aqui tem uma história. Teve um pai que deixou o carro estacionado e, quando voltou, não estava mais", contou o segurança Carlos Alberto.
A rua onde ocorreu o assalto é movimentada e fica próxima a um shopping. O fluxo de pessoas, porém, não impediu que ladrões roubassem até câmeras de seguranças das casas. "A gente não tem mais condições de ficar colocando câmera aqui porque eles levam", reclamou o professor Conrado Ferreira.
A Polícia Militar afirma que o assalto na escola foi um caso isolado. Os dados do ano passado mostram, porém, que 86 casas foram roubadas e 1.277 carros foram furatados só Taguatinga. A PM nega que haja falta de policiamente o culpa a sensação de insegurança à impunidade.
"A gente tem prendido mais, tem tirado as armas de circulação, só que só isso não tem adiantado. A gente tem que mudar as leis", afirmou o porta-voz da PM Major Michello.
Sobre o assalto à escola, a PM diz que já tem um suspeito. "A gente já pegou as imagens de um comércio próximo. Já identificamos um dos elementos e estamos atrás dele. É um velho conhecido da PM", afirmou.


DF

GDF considera aumentar dias sem água caso crise hídrica se agrave

Área abastecida pelo Descoberto está na quinta semana de racionamento. Modelo atual impõe restrição de um dia sem abastecimento a imóveis da região.





A caesb, empresa responsável pelo abastecimento de água no Distrito Federal, afirmou nesta quarta-feira (15) que considera “endurecer” o racionamento na cidade caso a crise hídrica atinja níveis mais graves que os atuais. 

Ao G1, o presidente da companhia, Maurício Luduvice, disse que uma das alternativas para lidar com um cenário menos favorável no reservatório do Descoberto seria ampliar o período do corte de água para cada região da cidade que, atualmente, é de um dia por semana.
“A gente vai ter que avaliar medidas mais drásticas."
"A gente pode ter de buscar outra alternativa que a gente está estudando, porque tem várias outras opções. A gente está averiguando pequenos córregos, pequenas nascentes para aumentar a produção”, disse Luduvice.
Embora o racionamento imponha corte semanal de 24 horas aos moradores abastecidos pelo Descoberto, o religamento do sistema pode demorar mais do que o previsto. Segundo a Caesb, o sistema leva até dois dias para voltar completamente ao normal. 

Esta é a quinta semana desde que o racionamento foi implementado. Por enquanto, áreas abastecidas pelo reservatório de Santa Maria sofrem apenas redução na pressão da água. O Ministério Público do DF recomendou ao governo que inclua estas regiões nos cortes.
Durante a crise hídrica de São Paulo, entre 2014 e 2015, cidades como Campinas eram submetidas a cortes de 18 horas por dia em duas vezes por semana. Já na capital do estado, a companhia de abastecimento local afirma que houve apenas redução de pressão.

Captação do Lago Paranoá

O presidente da Caesb voltou a destacar a importância da obra emergencial de captação de água do Lago Paranoá, orçada em R$ 55 milhões. Sem recursos para construí-la, o GDF enviou nesta semana o projeto do sistema à União e, agora, espera a liberação da verba. 

“O governo federal recebeu a nossa proposta e está analisando. Eventualmente, a gente pode ter de fazer algum complemento. Eles vão ter que avaliar nossa capacidade de execução e a real importância dessa obra, que a gente acredita que seja muito importante”, disse Luduvice.
Além do projeto de emergência, o governo espera fazer obras no lago para conseguir captar 2,8 mil litros de água por segundo. O projeto depende de verba federal ou de empréstimos para sair do papel e, uma vez começadas as obras, deve demorar até quatro anos para ficar pronto.
“Mas essa seria uma obra estruturante, é uma obra em que não se aplica a esse recurso do Ministério da Integração e é uma obra que vai durar de três a quatro anos para ser executada.” Segundo o presidente da Caesb, o uso dessa água não vai afetar o nível do Lago Paranoá.

Sem previsão

Ao G1, Luduvice disse que não há previsão para o fim do racionamento de água. Na última semana, o volume útil da bacia do Descoberto passou de 23,99% para 32,52% – uma alta de 8,53 pontos percentuais. 

Com isso, o maior reservatório do DF voltou a registrar nível acima de 30% pela primeira vez desde o dia 12 de outubro. Antes dessa temporada, que durou quase quatro meses, o tanque nunca tinha cruzado essa barreira.
Mesmo que o nível do Descoberto termine o período chuvoso com o nível em 50%, o volume é considerado mais baixo que o normal por causa do rigor da seca nos meses seguinte. “A gente vai ter de enfrentar de maio a setembro sem água, praticamente só com a vazão residual dos córregos e afluentes.”

DF

Racionamento atinge nove regiões do DF nesta quinta; confira

Capital vive cortes há um mês. Abastecimento é interrompido a partir das 8h e começa a voltar 24 horas depois. Reservatório do Descoberto teve aumento, mas situação ainda preocupa.




O racionamento de água no Distrito Federal atinge, nesta quinta-feira (16), nove regiões. Casas, comércios e prédios públicos Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria ficam sem água a partir das 8h.
As regiões fazem parte da lista de áreas abastecidas pelo reservatório do Descoberto – que, no fim do ano passado, alcançou o menor índice da história, com 19%. O corte compõe o esquema de restrição em rodízio, em operação desde o dia 16 do mês passado.
Nesta terça, o volume total de água do Descoberto chegou a 36,30% – alta de quase um ponto percentual em relação ao dia anterior. Apesar do crescimento, o nível ainda é considerado preocupante. Maior tanque do DF, ele abastece cerca de dois terços da população total do DF, que é de 2,9 milhões de pessoas.
O sistema só volta a ser ligado 24 horas depois da interrupção do serviço. Como o religamento é lento e gradual, o cronograma prevê que, nestas regiões, a água só volte totalmente às torneiras até o fim da sábado (18). De domingo (19) a terça (21), as torneiras funcionam normalmente, mas na quarta da semana que vem (22), deve haver novo corte nestas regiões.

Confira a rotação do racionamento de água para os próximos dias no DF:

Quinta (16)Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria
Sexta (17)Gama
Sábado (18)Ceilândia Leste, QNM, QNJ e QNL; Águas Claras, Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis, Metropolitana, Samambaia, Setor de Mansões de Taguatinga, Vila Cauhy e Vargem Bonita
Domingo (19)Guará I e II, Polo de Modas, Colônia Agrícola Bernardo Sayão, setor Lúcio Costa, Super Quadra Brasília, Colônia Agrícola Águas Claras, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal e Riacho Fundo I
Segunda (20)Taguatinga Norte (incluindo QNL/EQNL 01 a 08, 10 e 12)
Terça (21)Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II

DF

Em meio à pior crise hídrica da história de Brasília, Alvorada aumentou consumo de água em 64%

Dados foram obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação. Procurada, presidência da República informou que vai promover mudanças no sistema de manutenção do Palácio.




Apesar de Brasília enfrentar a pior crise da história, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, aumentou em mais da metade o consumo de água nos últimos dois anos. A elevação chegou a 64,18% entre os anos de 2015 e2016. 

Segundo relatório obtido pela Lei de Acesso à Informação ao G1, só com água, o Alvorada gastou no ano passado R$ 1,6 milhão – R$ 640 mil a mais do que em 2015. Desocupado, o imóvel aguarda a mudança definitiva do presidente Michel Temer e família, sem previsão para ocorrer.

Até agosto de 2016, o Palácio era ocupado pela então presidente Dilma Rousseff. Em nota, a gestão atual informou que, após a mudança de governo, em setembro do ano passado, adotou medidas para reduzir o consumo de água. 

"Foram adotadas medidas para a redução dos gastos, envolvendo, por exemplo, a conscientização dos funcionários para o uso racional da água, troca de torneiras e acompanhamento contínuo para verificar a existência de vazamentos", diz o comunicado.
A nota afirma que, em novembro de 2016, "foi identificado e corrigido um vazamento na rede principal do Palácio". O governo disse também que vai fazer mudanças no sistema de manutenção e moderniazar hidrômetros e aparelhos sanitários.

Crise hídrica

A crise hídrica na capital do país se arrasta pelo menos desde agosto de 2016, quando o nível dos dois reservatórios que abastecem o Distrito Federal – Santa Maria e Descoberto – começaram a apresentar quedas significativas. O racionamento imposto a parte dos moradores completa um mês nesta quinta-feira (16).
Localizado em área nobre de Brasília, à beira do Lago Paranoá, o Alvorada não foi atingido pelos cortes sistemáticos de água. A área é abastecidada pela bacia do Santa Maria que, apesar da crise, ainda não foi submetida ao regime adotado pelo governo do DF para conter as perdas.
O corte, em vigor desde 16 de janeiro, atinge apenas às regiões abastecidas pelo Descoberto. Juntas, elas constituem áreas de baixo índice de desenvolvimento e somam mais de dois terços da população total do DF – que tem 2,9 milhões de habitantes.
A política de racionamento do DF é alvo de crítica entre os estudiosos em gestão de recursos hídricos. Para o especialista da Universidade de Brasília Sérgio Koide, os prédios do governo deveriam "dar o exemplo para a população".
"Quando o Palácio da Alvorada ao invés de diminuir o consumo ele aumenta, mostra que há, no mínimo, um descuido dos órgãos públicos", afirma o professor.
De acordo com Koide, o governo deveria investir em reformas na estrutura dos prédios para poupar água, além de propor um "pacto para abaixar o consumo". Não só o Palácio da Alvorada, mas todo o governo deveria se unir, um mecanismo que olha o sistema como um todo", diz.

Símbolo do desperdício

Outro prédio público do DF que se tornou um símbolo de desperdício de água é a Residência Oficial de Águas Claras. Apesar de inabitado desde 2015, o local em que deveria morar o governador da capital consumiu cerca de 750 mil litros de água em 2016.
O volume corresponde ao consumo estimado de 75 casas de médio porte. Essa quantidade seria suficiente para abastecer uma escola com até 500 alunos.
Já a sede do GDF, o Palácio do Buriti conseguiu reduzir significativemente o consumo de água durante o período de crise hídrica na capital. Na comparação de novembro e dezembro de 2016 com o mesmo período de 2015, o consumo foi reduzido em 67,3%.
G1 pediu também os gastos com água do Palácio do Jaburu, onde mora atualmente o presidente Michel Temer, mas não recebeu resposta.

Palácio da Alvorada

Projetado por Oscar Niemeyer, o Palácio da Alvorada, atualmente desocupado, é a residência oficial do presidente da República. A estrutura é composta por quatro suítes, salão de jogos e sala de cinema. O Palácio tem também um espelho d'água e uma piscina.


O Alvorada foi ocupado pela ex-presidente Dilma Rousseff de janeiro de 2011 até novembro de 2016. Após o impeachment de Dilma, o Palácio vem sendo reformado para receber o presidente Temer. O custo das obras foi de R$ 20.279,65.
Com supervisão de Helena Martinho