quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

MUNDO

'Minha mão congelou': por que cada vez mais imigrantes ilegais se arriscam cruzando a fronteira dos EUA ao Canadá

Autoridades no Canadá relatam preocupação com segurança de pessoas que tentam cruzar a fronteira ilegalmente a temperaturas de -20º C.




Cada vez mais imigrantes ilegais estão cruzando a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá em busca de asilo. 
O fenômeno foi notado especialmente em Emerson, pequena cidade do sul canadense, que está tendo de lidar com a chegada de refugiados que correram sério risco de morte nessa jornada.
Foi em Emerson, na Província de Manitoba, que os ganenses Seidu Mohammed e Razak Iyal foram parar em dezembro do ano passado, após enfrentar o frio intenso na travessia sobre a neve profunda que normalmente cobre a região nesta época do ano.
Os dois haviam se conhecido apenas algumas horas antes em uma estação de ônibus de Minneapolis. Ambos iriam ser deportados de volta para Gana, na África, após terem seus status de refugiado negado nos Estados Unidos.
Eles haviam ouvido de outros refugiados e expatriados africanos que, se conseguissem entrar no Canadá, teriam uma nova chance de pedir asilo.
Para isso, o caminho seria conseguir chegar à fronteira saindo de Minneápolis em direção a Grand Forks, na Dakota do Norte, e seguir adiante evitando patrulhas até chegar a solo canadense. Ali, deveriam entregar-se às autoridades e solicitar asilo.
Iyal e Mohammed decidiram fazer o trajeto juntos. Eles pagaram US$ 200 (R$ 640) cada um para que um motorista de táxi os deixasse perto do país vizinho. Depois, andaram pela beira da estrada até estarem perto da fronteira.
"Foi quando vimos uma grande fazenda coberta por neve. A luz da fronteira estava longe, mas conseguíamos enxergá-la", lembra-se Iyal.
Eles logo perderam suas luvas em meio à neve. O ventou levou o boné que Mohammed usava. "O vento era muito frio e, com ele, vinha neve em nossos rostos. Não conseguíamos enxergar nada."
Quando voltaram à estrada, já em Manitoba, no Canadá, suas mãos haviam congelado. Eles sequer podiam usá-las para pegar o celular do bolso e ligar para as autoridades. Mohammed também não conseguia abrir os olhos.
Os únicos veículos na estrada, naquela madrugada de Natal, eram caminhões de carga que transportavam mercadorias entre os dois países. Muitos passavam direto por eles, até que um parou para os ajudar.



agora, estão sendo tratados uma unidade especializada em queimaduras de um hospital de Winnipeg. Os dois tiveram dedos amputados por causa do frio, por causa da travessia de dez horas.
Sua história chamou atenção para um fenômeno que não é novo, mas que está se intensificando nos últimos anos.
Um número recorde de pessoas fizeram essa travessia na faixa próxima a Emerson nas últimas semanas. E isso não vem ocorrendo apenas em Manitoba, mas também nas Províncias de Quebec e British Columbia.
Em Manitoba, a pequena cidade rural de Emerson, com 700 habitantes, é o principal polo. Tomado por fazendas, o município fica a 625 km de Minneápolis, onde está a maior população somali da América do Norte.
A fama da cidade se espalhou pela comunidade de expatriados africanos e latinos nos Estados Unidos.
"Sempre tivemos pessoas cruzando a fronteira. Mas, no passado, elas normalmente estavam fugindo da polícia americana", diz Greg Janzen, responsável por comandar uma reunião de emergência realizada em Emerson para tranquilizar os moradores.
Mais recentemente, esse fluxo passou a ser composto em sua maioria por refugiados, principalmente da Somália, mas também de Gana, Djibouti e Etiópia. A maioria deles teve seu pedido de asilo negado nos Estados Unidos.
Yahya Samatar, que trabalhava na área de direitos humanos na Somália, deixou seu país por causa da violência do grupo rebelde islâmico local Al-Shabab.
Buscou refúgio primeiro nos Estados Unidos, onde ficou sete meses em um centro de imigrantes, até ter seu pedido de asilo recusado.
Ao mesmo tempo, as autoridades americanas diziam ser muito perigoso deportá-lo de volta para a Somália, que está tomado por uma guerra civil.
Ele foi liberado, mas recebeu um aviso de que poderia ser deportado a qualquer momento caso a situação mudasse.
Assim como Iyal e Mohammed, ele havia ouvido falar da possibilidade de buscar refúgio no Canadá e, em agosto de 2015, viu-se às margens do Red River, um rio que percorre Minnesota e Dakota do Norte (nos EUA) e depois Manitoba (Canadá).
Quando chegou ao Canadá, ele atravessou o rio a nado e, tremendo de frio e coberto por lama, andou até Emerson, onde um morador lhe deu um casaco e chamou oficiais da fronteira.
"Recebi roupas, recebi comida, tudo", diz Samatar, que teve seu status de refugiado reconhecido. Hoje, ele vive em Winnipeg.
Mas, agora, tem crescido a preocupação entre quem vive em Emerson.
A cidade abriu suas portas para refugiados, mas, agora, os moradores tem dúvidas sobre quantas pessoas será possível receber com os recursos disponíveis e o que fazer com a eventual chegada de alguém que possa representar um risco à segurança dos habitantes.
Também há o receio com os sérios riscos enfrentados pelas pessoas que tentam a empreitada - a travessia por campos congelados onde a temperatura pode facilmente chegar a -20ºC. Muitos acreditam que as tentativas se intensificarão quando o clima esquentar.
Por enquanto, eles não veem outra opção além de fazer o possível para ajudar. "Se não fizermos isso, eles vão congelar ou morrer de fome, e teríamos de viver com isso, não?", diz Walter Kihn, que vive na região leste de Emerson.
Janzen diz que a maioria das pessoas da cidade está mais preocupada do que assustada com os estranhos que chegam.
Nas últimas três semanas, quase 60 pessoas percorreram o trajeto. Autoridades dizem que a fronteira está sendo bem vigiada e que aqueles que a atravessam são rapidamente avistados ou logo se entregam às autoridades para pedir asilo.



Eles são então identificados, revistados e cadastrados. Se têm direito a pedir asilo, são liberados para entrar no país e levados para o Conselho de Imigração e Refugiados do Canadá.
Funcionários de centros de recepção de refugiados sugerem que o recente aumento neste fluxo se deve ao atual clima política pouco acolhedor nos Estados Unidos.
Rita Chahal, diretora-executiva do Conselho de Imigração Interfaith de Manitoba, registrou 300 pedidos de asilo desde abril de 2016 feitos por quem cruzou a fronteira na região de Emerson.
"Muitas destas pessoas dizem estar preocupadas com o que viram ocorrer em aeroportos e outros locais dos Estados Unidos recentemente", afirma.
Em novembro passado, em Minnesota, o então candidato Donald Trump destacou em um discurso a comunidade somali do Estado.
"Aqui, vocês viram de perto os problemas causados pelas falhas no sistema de veto a refugiados, com um grande número de somalis chegando sem que vocês saibam, sem seu apoio ou aprovação", disse ele.
Mohammed diz que via os Estados Unidos como um lugar acolhedor, mas que, chegando ali, achou que não era esse o caso.
Ele e Iyal terão audiências em março para determinar se poderão ficar no Canadá. Eles dizem que foram orientados pelo advogado a não dar muitos detalhes sobre seus pedidos de asilo, mas Iyal afirma ter deixado Gana por motivos políticos e pessoais. Mohammed saiu por causa de sua orientação sexual - ser gay é ilegal no país africano.
Eles dizem que, enquanto se recuperam, aprendem a viver com a perda de dedos. "Esperamos impacientemente pelo que vem a seguir", diz Iyal.

BEM ESTAR

O segredo da Islândia para fazer com que seus jovens deixassem de beber e fumar

País era um dos líderes europeus em incidência de consumo de álcool, tabaco e maconha entre os jovens no final dos anos 90, mas em menos de duas décadas se converteu em modelo a ser seguido.





Na Islândia, não é moda entre adolescentes consumir bebidas alcóolicas. E encontrar um jovem que fume tabaco ou maconha é até difícil.
Os dados sobre o uso de substâncias que causam dependência expõem um cenário em que apenas 5% dos jovens entre 14 e 16 anos dizem ter consumido álcool no mês anterior.
Além disso, apenas 3% dizem fumar tabaco diariamente e 7% consumiram maconha ao menos uma vez nos últimos 30 dias.
Enquanto isso, a média europeia é de 47%, 13% e 7%, respectivamente. Na América Latina, 35% dos jovens entre 13 e 15 anos dizem ter consumido álcool no último mês e 17% fumam diariamente, segundo dados da Unicef.
Mas a Islândia nem sempre foi um modelo a se seguir: no final dos anos 90, era um dos países europeus com maior incidência de consumo de álcool e tabaco entre jovens.
Como foi possível transformar, em menos de duas décadas, os hábitos de adolescentes no território de pouco mais de 300 mil habitantes?

Pesquisa de comportamento

As razões do êxito islandês estão no programa Youth in Iceland (Juventude na Islândia), iniciado em 1998, cujo pilar está na pesquisa contínua dos hábitos e preocupações dos adolescentes.
"Se você fosse o diretor de uma empresa farmacêutica, você não lançaria um novo analgésico no mercado sem fazer uma pesquisa prévia", disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Jón Sígfusson, diretor do Centro Islandês para a Pesquisa e Análise Social, responsável pelo Youth in Iceland.
"É o mesmo com qualquer setor, desde a agricultura à infraestrutura. Por que não seria assim quando se trata de jovens?", pergunta, retoricamente.
"Muitas vezes se atua em função apenas de impressões. E isso é muito perigoso. É preciso ter informações que sejam confiáveis e, a partir disso, podem ser tomadas decisões", explica Sígfusson.
Ele explica que o programa mapeia, por meio de questionários aplicados a cada dois anos, adolescentes de todas as escolas do país.
Entre outras variáveis, são coletados dados sobre padrões de consumo, características das famílias, evasão escolar e problemas emocionais dos jovens.
Com esses elementos, são elaborados informes específicos para cada distrito e escola.
"Fazemos a coleta de dados e, dois meses depois, as escolas recebem os resultados novos", destaca o responsável pelo programa.

Responsabilidade dos adultos

O passo seguinte é analisar esses dados num trabalho conjunto entre escolas, comunidades e municípios, que identificam os principais fatores de risco e proteção contra o consumo de álcool e drogas.
A partir daí, pensa-se em como fortalecer os segundos e enfraquecer os primeiros.
"Nada aconteceu de um dia para o outro. Mas foi possível atuar porque os dados nos ensinavam, por exemplo, a grande importância do fator parental", indica Sígfusson.
"Isso mostrou a necessidade de informar os pais e lhes explicar que eles são o principal fator preventivo para seus filhos: passar tempo com eles, apoiá-los, controlá-los, vigiá-los", explica.
Segundo o diretor do Youth in Iceland, antes de começar o programa, uma das principais medidas preventivas que era ensinar às crianças os efeitos negativos do uso de drogas.
Porém, essa ação sozinha não funcionava. Foi então que o enfoque sofreu uma drástica mudança.
"Os responsáveis não são as crianças, e sim nós, adultos. Devemos criar um entorno onde eles fiquem bem e tenham a opção de preencher seu tempo com atividades positivas. Isso diminui a probabilidade de eles consumirem substâncias maléficas", afirma.
Os estudos mostraram que a maior participação em atividades extracurriculares e o aumento do tempo passado com os pais diminuem o risco de se consumir álcool e outras substâncias.
Por isso, a Islândia aumentou os recursos destinados à oferta de atividades para adolescentes, como esportes, música, teatro e dança.
E desde 2002 foi proibido que, salvo exceções, as crianças menores de 12 anos e adolescentes de 13 a 16 anos andem sozinhos na rua depois das 20h e das 22h, respectivamente.

Projeto internacional

Os resultados obtidos pela Islândia levaram à criação, em 2006, do programa Youth in Europe (Juventude na Europa), cujo objetivo é expandir a metodologia do país nórdico a outras localidades do continente.
Em apenas dez anos, mais de 30 municípios europeus adotaram o projeto.
"Nunca trabalhamos com países inteiros porque, por um lado, é muito difícil ter o apoio do governo nacional. E, sobretudo, porque este é um trabalho que deve ser desenvolvido a nível local", afirma Sígfussen, que também dirige o projeto europeu.
Todas as cidades participantes conduzem os mesmos questionários. Assim elas têm uma ideia dos hábitos dos adolescentes e dos fatores de risco e proteção em cada lugar.
"Essa metodologia é participativa, comunitária e se faz de baixo para cima, baseada em evidências científicas. É o que nós tentamos imitar do modelo da Islândia", aponta Patricia Ros, diretora do Serviço de Prevenção de Vício da Prefeitura de Terragona, que participa desde 2015 do Youth in Europe.
Foram coletados dados de 2,5 mil jovens de escolas do município espanhol.
"São coisas tão óbvias que todo mundo", diz Ros. "O esporte, por exemplo. Qualquer criança de 5 anos entende que quem pratica esporte se droga menos. Mas o que não entendem é que quando a criança passa para ensino secundário (entre 12 e 16 anos), pelo menos em Terragona, não há mais atividades extracurriculares", afirma.
"Então, claro que é o esporte. Mas temos que colocá-lo ao alcance da maioria desses adolescentes que, quando acabam as aulas, não têm muitas alternativas ao ócio", acrescenta.
Como no caso islandês, as medidas tomadas após a análise dos dados dependerão de cada momento e de cada bairro.
A exemplo do que acontece na cidade espanhola, cada município participante adota a metodologia islandesa para buscar suas próprias respostas.
"Claro que as culturas são diferentes. Não podemos dizer que o que funciona na Islândia vai funcionar em outros lugares", diz Sigfusson.
"Mas se estivermos num município, digamos, da América Latina, e trabalharmos com gente de lá que conhece como funciona seu sistema, o primeiro passo seria a realização de uma mapeamento para ver como é a situação. E partir daí, localizaríamos os fatores preventivos para se avançar", explica.
"Alguns me dizem que é um enfoque quase ingênuo, porque é muito lógico. Mas é assim mesmo", conclui.

NATUREZA

Gelo marinho ao redor da Antártica alcança baixa recorde, mostram dados preliminares dos EUA

Nova medição nos próximos dias deverá ser feita para confirmar informações captadas por satélite.





O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira (14).
O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono.
Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve.
Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979.
Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde.
“Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters.
“Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”

MUNDO

Califórnia suspende ordem de evacuação por dano à represa

Cerca de 200 mil pessoas afetadas poderão voltar para suas casas, pois a situação é considerada estável.




As autoridades suspenderam nesta terça-feira (14) a ordem de evacuação no norte da Califórnia devido ao risco de colapso da represa de Oroville. Cerca de 200 mil pessoas afetadas poderão voltar para suas casas, pois a situação é considerada estável. Porém, o estado permanece em emergência.
"Esta redução permite às pessoas voltar às suas casas, retomar seus negócios, mas têm que estar vigilantes", disse o xerife do condado de Butte, Kory Honea, em coletiva de imprensa.
Quando a ordem de retirada foi anunciada no domingo, as autoridades alertaram os moradores que a área próxima da represa poderia entrar em colapso em uma hora.
O presidente Donald Trump "autorizou a Agência Federal para a Administração de Emergências (FEMA) e o Departamento de Segurança Interna a coordenar todos os esforços de assistência a desastres que buscam aliviar a adversidade e o sofrimento causado pela emergência" na Califórnia, afirma um comunicado divulgado pela Casa Branca.
Moradora da região, Patricia teve menos de uma hora para recolher alguns pertences e deixar a sua casa, localizada na zona evacuada do norte da Califórnia onde há risco de inundações devido a danos em uma represa.
Assim como ela, cerca de 200 mil pessoas foram parar em abrigos improvisados em escolas, ginásios e bases militares, enquanto as autoridades tentam reduzir o nível do reservatório da represa de Oroville através de vertedouros comprometidos.
O risco não é pela represa em si, mas pelo transbordamento do reservatório de emergência que canaliza o excesso de água.
Um enorme buraco se abriu no reservatório principal da represa na semana passada, o que obrigou as autoridades a ativarem pela primeira vez o reservatório de emergência no sábado.
Mas o mesmo começou a sofrer um desgaste, ameaçando romper e desviar a água para as cidades do vale.
"Só tivemos uma hora ou menos de aviso, pegamos qualquer coisa e saímos de casa. Sei que vão resolver a situação, mas não sei quanto tempo vão precisar", disse Patricia à AFP.
Na segunda-feira, as autoridades afirmaram que o nível da represa, que havia aumentado após várias semanas de fortes chuvas, tinha diminuído, e que os riscos haviam reduzido.
No entanto, estima-se um período de pelo menos duas semanas para que a situação seja normalizada, e espera-se um novo ciclo de tempestades a partir de quinta-feira.
Na terça-feira, as autoridades continuavam drenando cerca de 3 mil metros cúbicos de água por segundo através do reservatório principal.
As áreas desgastadas do reservatório de emergência estão sendo cobertas com pedras, antes das chuvas previstas para quarta e quinta-feira, que podem voltar a encher a represa.
Patricia está refugiada em um centro de eventos do condado Placer, que tem capacidade para 500 pessoas.



Voluntários recebiam doações enquanto os afetados eram alojados em um espaço aberto com colchões infláveis, segundo um jornalista da AFP no local.
"Oferecemos mantas e travesseiros, mas também comida, e há banheiros atrás. Muitas dessas pessoas têm baixos recursos e não podem pagar um hotel", explicou o oficial de polícia Merv Screeton.
O governador da Califórnia, Jerry Brown, pediu na segunda-feira ao presidente Donald Trump que "emita uma Declaração de Emergência para Assistência Federal Direta" aos condados afetados.
"O incidente é de tal severidade e magnitude que uma capacidade de resposta efetiva e contínua escapa das capacidades do estado e dos governos locais afetados", acrescentou.
"Estamos fazendo tudo o que podemos para consertar a represa e que [os evacuados] possam voltar às suas vidas de forma segura e sem medo", indicou Brown em uma coletiva de imprensa.