quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

MUNDO

Otan celebra primeira reunião da era Trump em busca de respostas

Ministros da Defesa da Otan participarão nesta quarta-feira (15) na primeira reunião com seu novo colega americano, James Mattis.




Os ministros da Defesa da Otan participarão nesta quarta-feira (15) na primeira reunião com seu novo colega americano, James Mattis, que tentará acabar com as dúvidas sobre o compromisso dos Estados Unidos com a Aliança Atlântica após as críticas do presidente Donald Trump.
"Esta tem sido a aliança de maior sucesso na história militar", disse à imprensa na viagem a Bruxelas o novo secretário americano de Defesa, que pretende tranquilizar os aliados com a mensagem de que Washington não trocará a Otan por Moscou.
Antes de assumir a presidência, Donald Trump chamou a Otan de "obsoleta", especialmente por não participar na luta contra o terrorismo, e questionou o compromisso de ajuda mútua aos aliados do Atlântico Norte caso não aumentassem os gastos de Defesa.
Mas desde sua posse, em 20 de janeiro, os dois lados do Atlântico tentam reforçar a mensagem de que os Estados Unidos "continuam fortemente comprometidos" com a Otan, como reiterou na quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
Stoltenberg também aproveitou a tradicional entrevista coletiva prévia às reuniões da Otan para destacar que os aliados dos Estados Unidos já começaram a gastar mais em defesa, concretamente 3,8% a mais em 2016 entre Canadá e os europeus no total.
Mas a nível nacional apenas cinco dos 28 países da Otan - Estados Unidos, Reino Unido, Grécia, Estônia e Polônia - cumprem a meta de 2% do PIB em gasto militar que deve ser alcançada até 2024.
Alguns países como França (1,78% em 2016), Alemanha (1,19%) e Espanha (0,91%) exigem que na conta seja levado em consideração o impacto em suas contas públicas das operações realizadas por suas Forças Armadas no exterior.

MUNDO

Agentes migratórios detêm jovem imigrante ilegal amparado por lei de Obama

Caso de Daniel Ramírez Medina é o primeiro conhecido nos EUA da detenção de um 'dreamer' após a chegada ao poder do novo presidente, Donald Trump.





Agentes migratórios dos Estados Unidos detiveram um jovem imigrante ilegal de 23 anos que estava amparado por um programa do ex-presidente Barack Obama para imigrantes que chegaram quando crianças ao país e que são conhecidos como "dreamers" ("sonhadores").
O caso de Daniel Ramírez Medina é o primeiro conhecido nos EUA da detenção de um "dreamer" após a chegada ao poder do novo presidente, Donald Trump.
Os "dreamers" são os jovens que se beneficiaram do programa de alívio migratório Ação Diferida (Daca) aprovado em 2012 por Obama e ao qual se acolheram cerca de 750 mil imigrantes ilegais que chegaram quando crianças ao país.
Trump prometeu durante a campanha que os "dreamers" seriam deportados com o resto de imigrantes ilegais que vivem no país (cerca de 11 milhões), mas há algumas semanas afirmou que "não deveriam se preocupar muito" porque tem "um grande coração".
Ramírez Medina, de nacionalidade mexicana e que chegou aos Estados Unidos em 2001 quando tinha sete anos, foi detido na sexta-feira passada em sua residência de Des Moines (estado de Washington), segundo denunciou sua defesa.
O jovem, que se acolheu ao programa Daca em 2014, carece de antecedentes e foi detido quando os agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE) iriam deter seu pai por motivos não revelados.
De acordo com um comunicado do ICE dirigido à "Univision", Ramírez Medina é um "risco para a segurança pública", já que reconheceu fazer parte de "gangues".
"O senhor Ramírez, que admitiu ser membro de uma gangue, foi achado em uma residência em Des Moines, Washington, durante uma operação que tinha como alvo um criminoso que já tinha sido deportado anteriormente", apontou o ICE.
A defesa do jovem, no entanto, negou categoricamente que faça parte de alguma gangue e denunciou que os agentes o obrigaram a confessar isso, uma vez detido.
O ICE deteve na semana passada 680 imigrantes ilegais em várias operações em 12 estados.


MUNDO

Ex-nadador australiano Grant Hackett é preso após sofrer 'colapso' na casa dos pais

Pai do medalhista olímpico contou ao jornal local 'Gold Coast Bulletin' que chamou a polícia para que o ex-atleta de 36 anos recebesse ajuda.




O ex-nadador australiano Grant Hackett foi preso e detido pela polícia de Gold Coast, nesta quarta-feira (15), depois de sofrer um "colapso" na casa de seus pais, noticiou a mídia local.
O pai do medalhista olímpico contou ao jornal local "Gold Coast Bulletin" que chamou a polícia para que o ex-atleta de 36 anos recebesse ajuda.
"Grant tem um problema médico que se manifestou aqui nesta quarta-feira de manhã... ele estava delirando um pouco", disse Neville Hackett ao jornal.
"Ele está sendo tratado por um médico. Ele é grande e forte quando não está feliz. Decidimos que ele precisa de algum tratamento, mas ele não iria sair para se tratar hoje de manhã de jeito nenhum, então chamamos a polícia."
"A única maneira de a polícia poder fazer alguma coisa de acordo com a lei do país é prendê-lo por violência doméstica", disse.
Neville Hackett disse que o nadador não fez nenhuma ameaça, mas que não é "o que você chamaria de uma pessoa normal".
A rede local Channel Seven publicou imagens em vídeo de Hackett sendo levado a uma delegacia algemado.
O porta-voz da polícia de Queensland disse que um homem foi preso "após um distúrbio em uma residência de Surfer's Avenue, em Mermaid Waters, perto do meio dia".

O agente de Grant Hackett não foi encontrado para comentar o caso.
Hackett conquistou o ouro nos 1.500 metros na Olimpíada de Sydney de 2000 e nos Jogos de Atenas de 2004 e se aposentou depois da Olimpíada de Pequim de 2008, na qual ficou com a prata na mesma competição.

MUNDO

Trump diz que 'conexão russa' com sua campanha presidencial não tem sentido

'Este non-sense de conexão russa é simplesmente uma tentativa de encobrir os muitos erros feitos na campanha perdedora de Hillary Clinton', disse Trump.




O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou nesta quarta-feira (15) a ideia de qualquer "conexão russa" em publicação no Twitter feita em meio a uma reportagem do "New York Times" que diz que membros de sua campanha presidencial tiveram contato com autoridades da inteligência da Rússia.
"Este non-sense de conexão russa é simplesmente uma tentativa de encobrir os muitos erros feitos na campanha perdedora de Hillary Clinton", disse em publicação no Twitter, citando sua ex-rival democrata na corrida à Casa Branca em 2016.

Reportagem

Segundo o "NY Times", registros telefônicos e chamadas interceptadas mostram que membros da campanha presidencial de Donald Trump tiveram contatos repetidos com autoridades do alto escalão da inteligência russa no ano anterior à eleição.
Agências da inteligência e lei dos EUA interceptaram as comunicações por volta do mesmo momento em que descobriram evidências de que a Rússia tentava atrapalhar a eleição presidencial ao hackear o Comitê Nacional Democrata, disseram três das autoridades, de acordo com o "Times".
Os órgãos da inteligência tentaram descobrir se a campanha de Trump estava aliada aos russos no ataque cibernético ou em outros esforços para influenciar a eleição. As autoridades entrevistadas disseram não ter evidências de tal cooperação, segundo a reportagem.
No entanto as interceptações alarmaram agências norte-americanas, em parte por conta do número de contatos que ocorria enquanto Trump elogiava o presidente russo, Vladimir Putin.
As conversas interceptadas são diferentes das conversas do ano passado entre Michael Flynn, ex-assessor de Segurança Nacional de Trump, e Sergei Kislyak, embaixador russo nos EUA, segundo o Times.
Durante as ligações, Flynn e Kislyak discutiram as sanções que o governo Obama impôs à Rússia em dezembro. Flynn acabou renunciando ao cargo na noite de segunda-feira.

O jornal relatou que autoridades disseram que comunicações interceptadas não se limitam a autoridades da campanha de Trump e incluem outras pessoas ligadas ao presidente.
Do lado russo, os contatos também incluem membros do governo de fora dos serviços de inteligência, segundo as autoridades. Todas as atuais e ex-autoridades falaram em condição de anonimato porque a investigação em andamento é confidencial, relatou o jornal.
As autoridades disseram que um dos assessores descobertos nas ligações era Paul Manafort, que foi gerente da campanha de Trump por diversos meses no ano passado e trabalhou como consultor político na Rússia e Ucrânia, de acordo com o Times. As autoridades se negaram a identificar outras pessoas ligadas a Trump nas conversas.

Rússia

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, desmentiu nesta quarta-feira a informação de que agentes dos serviços de inteligência da Rússia teriam mantido contatos com assessores da campanha presidencial de Donald Trump e outros colaboradores mais próximos.
"Tratam-se de informações mentirosas que não têm base em nenhum tipo de fato. Não acreditamos em informações despersonalizadas" que "citam cinco fontes distintas, mas não nomeiam nenhuma delas", disse Peskov.
O porta-voz do Kremlin tachou de "irrisórias" as fontes do "NYT" e denunciou que "é impossível distinguir a verdade das falsidades" nas informações veiculadas pela publicação. "Talvez alguém tenha alguma informação. Esperemos que chegue o tempo de saber quem são e quando aconteceram" os fatos que denunciam, acrescentou Peskov.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, argumentou que os contatos entre os assessores da campanha de Trump e os diplomatas russos é algo normal, "regulamentado pelas convenções internacionais sobre as relações diplomáticas".
"Nada nos surpreende. Isso se confirma uma vez que assistimos a um grande jogo político dentro" dos Estados Unidos, ressaltou Zakharova.
O Serviço de Inteligência Exterior (SVR, na sigla em russo) disse que "faltam provas" nas acusações do "NYT", enquanto o ex-chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB, a antiga KGB) Nikolai Kovalev assegurou que contatos em nível informal "seriam impossíveis".
"Os contatos informais são impossíveis e os oficiais não podem acontecer por definição. As pessoas na equipe de Trump defendem interesses americanos, por isso esses contatos não fazem sentido", disse Kovalev.
O ex-chefe do FSB disse que existe "uma guerra de informação" iniciada pelos veículos de imprensa americanos contra o presidente de seu país, "na qual parece que todos os meios são bons" para conseguir seu fim.
"Terminarão acusando a equipe de Trump de reunir-se com 'hackers' russos que influenciaram nos resultados das eleições. Acredito que este é próximo passo", afirmou Kovalev.

MUNDO

Secretário de Defesa diz que Otan ainda é "base fundamental" para os EUA

James Mattis participa de sua primeira reunião com ministros aliados de Defesa desde que chegou ao cargo de secretário de Defesa americano.





O secretário de Defesa americano, James Mattis, ressaltou nesta quarta-feira (15) que a Otan continua sendo a "base fundamental" para os Estados Unidos e que o presidente Donald Trump a concede um "forte apoio".
"A Otan continua sendo a base fundamental dos EUA e de toda a comunidade transatlântica, unidos como estamos. Como o presidente Trump declarou, ele dá forte apoio à Otan", disse Mattis, em declaração ao lado do secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
Mattis, que participa de sua primeira reunião com ministros aliados de Defesa desde que chegou ao cargo, agradeceu pelo "caloroso recebimento" na organização, que considerou sua "segunda casa", já que foi comandante supremo aliado de transformação (SACT) por dois anos, até setembro de 2009.
De acordo com o representante americano, a Otan se encontra em meio a uma transformação e que "veio se adaptando aos desafios de segurança".
O secretário de Defesa também voltou a deixar clara a mensagem de que é necessário que os países aliados dediquem mais orçamento a essa área.
"É um pedido justo para que todos os que se beneficiam da melhor defesa do mundo assumam sua parte proporcional do necessário custo para defender a liberdade. Não deveríamos nos esquecer nunca que, em última instância, o que defendemos na Otan é a liberdade", comentou.
Mattis se mostrou confiante que "será possível mais uma vez reagir às circunstâncias em transformação, como no passado, para avançar juntos decididamente mais uma vez".
"Estou aqui para escutar meus companheiros ministros, para ter uma conversa franca entre amigos e aliados", analisou, ao dizer que esperava dialogar com os demais "em um nível partilhado de compromisso".
Stoltenberg afirmou que a Otan se encontra em um momento "crítico", com os desafios "mais complexos e exigentes" que "nem Europa nem os EUA podem enfrentar sozinhos".
"Por isso, ressalto o compromisso dos EUA com o vínculo transatlântico, que não vemos só palavras, mas também em fatos", disse, ao lembrar o desdobramento de novas tropas na Polônia e nos países bálticos com parte do reforço planejado no leste.
Sobre o pedido americano de uma repartição "mais justa" das cargas, o político norueguês lembrou que essa foi sua "principal prioridade" desde que chegou ao cargo. Stoltenberg também disse que a Otan continuará a avaliar o que mais poderá fazer para contribuir com a luta antiterrorista.

BEM ESTAR

Mulher de 64 anos dá à luz gêmeos na Espanha

Gêmeos nasceram terça-feira de cesariana. Menina e um menino apresentam bom estado de saúde.




Uma mulher de 64 anos, cuja identidade não foi revelada e que é moradora de uma pequena cidade de Burgos, no norte da Espanha, deu à luz gêmeos após se submeter a uma fertilização in vitro nos Estados Unidos.
A mulher teve outra filha pelo mesmo método, mas perdeu a guarda da criança há alguns anos depois de ser constatada uma situação de desamparo.
Os gêmeos nasceram terça-feira de cesariana, de acordo com o Hospital Recoletas de Burgos, o mesmo onde ela teve o parto da primeira filha.

A mãe perdeu a guarda da criança em 2012, quando o Serviço Social detectou problemas de isolamento na menina, deficiências na higiene pessoal, vestimenta inadequada e ausência não justificada na escola. A criança foi entregue a familiares do lado materno.
Os gêmeos, uma menina e um menino, apresentam bom estado de saúde, assim como a mãe.

MUNDO

Kremlin nega conexão entre ex-assessor de Trump e inteligência russa

'É muito difícil diferenciar as notícias verdadeiras das falsas', argumentou porta-voz. 'Não vamos confiar em fontes não identificadas'.





As reportagens que surgiram na imprensa americana sobre supostos contatos entre membros da equipe eleitoral de Donald Trump e oficiais de inteligência russos são infundadas, disse o porta-voz do Kremlin, Dmítri Peskov, nesta quarta-feira (15).
“Não vamos acreditar no que os meios de comunicação dizem, porque hoje em dia é muito difícil diferenciar as notícias verdadeiras das falsas”, disse Peskov, ao ser questionado se tais contatos haviam realmente acontecido.
Segundo o porta-voz do Kremlin, os meios de comunicação citaram “cinco fontes diferentes, mas nenhum delas é identificada, o que é simplesmente ridículo”.
“Não vamos confiar em fontes não identificadas”, disse Peskov. “Essas reportagens são absolutamente infundadas, não se baseiam em fato algum.”
Ao responder a uma pergunta sobre os contatos entre representantes dos dois países, Peskov ressaltou que “os contatos de trabalho estão sendo mantidos”.
“Os representantes da embaixada dos EUA na Rússia se comunicam com autoridades russas, se reúnem com os oficiais da chancelaria, e os diplomatas dos EUA também se reúnem com representantes das regiões russas, eles também viajam pelo país”, disse o porta-voz, acrescentando não haver “nada de incomum nisso”.
Em sua conta no Twitter, Trump disse que as tentativas de fazer alvoroço com os supostos laços entre a Rússia e o ex- assessor de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Michael Flynn, têm por intenção encobrir os erros de Hillary Clinton.
“Esse absurdo sem sentido de uma conexão russa é apenas uma tentativa de encobrir os muitos erros cometidos na campanha perdedora de Hillary Clinton”, escreveu.
Segundo Trump, a informação sobre a conversa de Flynn com o embaixador russo para os EUA foi fornecida à mídia pela comunidade de inteligência do país.
“A informação está sendo ilegalmente dada ao fracassado ‘New York Times’ e ao ‘Washington Post’ pela comunidade de inteligência (NSA e FBI?). Assim como a Rússia”, declarou o presidente em outra publicação no Twitter.
Na segunda-feira (13), Trump aceitou a demissão do assessor de Segurança Nacional Michael Flynn, que reconheceu ter inadvertidamente fornecido ao vice-presidente Mike Pence informações “incompletas” sobre seus contatos com o embaixador russo Serguêi Kisliak, realizados um mês antes da posse de Trump.