terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

DF

Policial civil do DF é demitido 16 anos após cometer crime

Policial foi condenado por extorsão, improbidade e corrupção por crime praticado em 2000. Sentença do Tribunal de Justiça foi proferida em 2014, mas demissão foi publicada nesta terça do Diário Oficial.







Condenado por extorsão, improbidade administrativa e corrupção, um policial civil do Distrito Federal teve a perda do cargo decretada 16 anos após ter cometido o crime pelo qual foi condenado. A demissão foi publicada no Diário Oficial do DF desta terça-feira (14). Hildegilson Aguiar Cavalcante teve a sentença decretada pelo Tribunal de Justiça em fevereiro de 2014 por crime cometido em 2000.
De acordo com a 7ª Vara da Fazenda Pública do DF, que proferiu a sentença, em setembro de 2000 o então policial civil – acompanhado de outro, militar – teria utilizado-se do cargo para extorquir um casal em Taguatinga. Segundo o site da Controladoria-Geral do DF, ele e o comparsa prenderam um suspeito que seria fugitivo no Paraná e ameaçaram a mulher dele para obter vantagens indevidas. A dupla roubou duas televisões, uma filmadora e R$ 3.650 do casal, segundo o juiz responsável pela sentença.
No ano seguinte, a Corregedoria da Polícia Civil abriu procedimento investigatório e, em março de 2004, Hildegilson foi demitido por "prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial; improbidade administrativa; corrupção".
Na decisão do TJDFT, proferida em fevereiro de 2014, o juiz condenou Hildegilson à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos por três anos e a pagar multa de 50 vezes o valor do salário recebido à época. Hildegilson também ficou impedido de ser contratado para qualquer cargo público no prazo de três anos.
“Espera-se de Agentes de Polícia, ao invés de cometimento de crimes, perturbando a Ordem Pública, justamente a proteção da vida, da liberdade e patrimônio do cidadão”, diz juiz na sentença de 2014.
O ex-policial também foi alvo de procedimentos penais abertos em 2001. Segundo site da Controladoria, a decisão teria saído em 2009 pela Vara de Execuções Penais do DF, que determinou a expedição de mandato de prisão. O GDF não informou quantos anos de prisão foram cumpridos.
Segundo o Portal da Transparência, desde janeiro de 2016, 40 servidores do GDF foram demitidos dos cargos, sendo 11 policiais civis ou militares. Destes, 72% foram destituídos "a bem da disciplina" ou por "prevalecer-se abusivamente da condição de policial".

DF/ENTORNO

Após reclamações, concurso para oficiais dos Bombeiros é cancelado no DF

Provas foram realizadas no último domingo (12). Etapa aplicada no fim de semana anterior continua valendo. Ação no Tribunal de Contas tenta suspender todo o certame.





O concurso público mais recente para selecionar novos oficiais do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal foi cancelado nesta terça-feira (14). O anúncio foi feito pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), responsável pela aplicação das provas.
A medida foi tomada após denúncias de irregularidades durante os exames realizados durante a tarde de 12 de fevereiro. Candidatos reclamaram que cartões de resposta foram distribuídos sem identificação correta. Também faltaram folhas finais para entrega da redação e os concurseiros tiveram de entregar o texto final em folhas de caderno.
“O Idecan vem a público comunicar aos candidatos e interessados a anulação das provas objetivas e discursivas aplicadas aos candidatos. Tal medida foi entendida como necessária em face da inconsistência havida, relativa à ausência de folhas de respostas da prova discursiva”, diz a nota.


As provas da tarde do dia 12 eram para completar o quadro de da corporação do DF, no posto de 2º Tenente do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares. Conforme mostrou o G1, apesar de terem sido alvo de reclamações semelhantes, as provas aplicadas em 5 de fevereiro e na manhã do dia 12 não são mencionadas na nota do Idecan e, portanto, continuam valendo.
A assessoria da instituição explicou que, conforme prevê o edital do concurso, uma última etapa do certame marcada para o próximo domingo — para seleção de soldados combatentes — continua valendo. Inscritos para esta vaga deverão comparecer aos locais de prova na hora estabelecida normalmente.

Investida contra concurso

As denúncias dos candidatos motivaram uma representação no Tribunal de Contas do Distrito Federal que ameaça a anulação completa do concurso. O documento, protocolado nesta terça e assinado pelo deputado distrital Reginaldo Veras (PDT), questiona a capacidade do Idecan de aplicar provas na cidade.
Segundo o parlamentar, a instituição já foi alvo de reclamações em outras provas. “Eles são contratados por meio de licitação porque oferecem sempre o menor preço. Mas é um barato que sai caro”, afirmou o distrital. Para ele, a manutenção da validade do certame põe em xeque a reputação dos bombeiros.

No Diário Oficial do DF desta terça, o Idecan aparece como a instituição escolhida para coordenar a aplicação do concurso da Polícia Militar. Segundo a publicação, o Idecan foi a instituição que obteve a maior pontuação, após uma análise preliminar, das propostas oferecidas ao governo. As provas ainda não foram marcadas.

ESPORTE

Faixa de protesto, cobranças? Felipe diz não se sentir pressionado na Ponte

Com discurso pronto, treinador da Macaca minimiza críticas da torcida e prefere focar no duelo contra o Botafogo, nesta quarta-feira: "O próximo jogo é o mais importante"





Felipe Moreira, técnico Ponte Preta (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)

Respostas curtas e diretas. É assim que Felipe Moreira encarou as perguntas sobre a sua situação no comando da Ponte Preta. Principal alvo das cobranças da torcida após a goleada por 5 a 2 para o São Paulo, o treinador diz que não se sente pressionado e que também desconhece a faixa de protesto que um grupo colocou em frente ao Majestoso criticando o seu trabalho. 
- De maneira nenhuma (me sinto pressionado). Estou pensando no Botafogo, não estou sabendo de faixa. O importante é estar próximo do grupo para buscar o resultado positivo - afirmou. 
Com pouco tempo para preparar o time até o duelo contra o Botafogo, quarta-feira, às 19h30, em Ribeirão Preto, Felipe Moreira revelou que houve uma conversa com o grupo sobre a atuação no Morumbi, mostrando a insatisfação com o desempenho do time. 
- Foi um dia de cobrança, ninguém queria perder, mostramos a insatisfação do resultado e vamos tentar melhorar contra o Botafogo. O próximo jogo é o mais importante sempre - completou. 
Mesmo dizendo que não tomou conhecimento da faixa de protesto, Felipe Moreira armou a Ponte conforme os pedidos da torcida: trocou a dupla de zaga, com Marllon e Yago nos lugares de Kadu e Fábio Ferreira, e abriu mão do esquema com três volantes, tirando Naldo e colocando Lins - serão quatro atacantes em campo.
Felipe está apenas no início de trabalho. Até agora, fez apenas quatro partidas oficiais como técnico efetivo da Macaca. Contando a rodada final do último Brasileirão, contra o Coritiba, são três vitórias e uma derrota. 
Ainda assim, precisa reagir imediatamente para afastar a desconfiança da torcida em cima dele e também do time. Caso contrário, a pressão vai aumentar para o duelo contra o RB Brasil, sábado, às 19h30, no Majestoso. 

ESPORTE

Ainda sem estrear no ano, Edílson deixa jogo-treino do Grêmio com dores

Lateral sente lesão com menos de 10 minutos de duelo com São Gabriel, no CT





O técnico Renato Portaluppi marcou um jogo-treino com o São Gabriel para a tarde desta terça-feira para observar as opções e dar ritmo para o lateral-direito Edílson. Só que pouco conseguiu assistir a movimentação do titular da defesa: com menos de 10 minutos, o atleta sentiu problema na perna direita e deixou a atividade. 
Edílson Grêmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

Edílson fez uma cirurgia no joelho direito durante a pré-temporada. Após sentir o problema, foi examinado pelo médico Márcio Dornelles. Desceu a meia da perna direita e pareceu acusar dores na panturrilha direita. O lateral ainda não estreou na temporada justamente por conta da recuperação. Leonardo e Léo Moura foram utilizados.

Após a vitória sobre o Passo Fundo, Renato afirmara que precisava ainda de mais tempo para poder recolocar Edílson para jogar. Na partida, o titular foi Léo Moura, contratado como opção nesta temporada - e deve manter a posição para as próximas partidas. 
Edílson treino GrÊmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)Edílson sente e sai da atividade (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Os titulares, que atuaram no domingo, apenas correram no gramado do CT Luiz Carvalho. Entre eles Kannemann, desfalque por conta de gripe. Pedro Rocha e Jael não apareceram no gramado - o primeiro tem dores no calcanhar do pé esquerdo e já foi ausência no fim de semana. 
A escalação no jogo-treino teve Bruno Grassi; Edílson (Leonardo), Bressan, Lucas Rex e Cortez; Kaio, Michel, Fernandinho, Maxi e Lincoln; Everton. Everton e Fernandinho marcaram os gols no primeiro tempo. 
Na segunda etapa, Renato manteve apenas Leonardo e Lucas Rex. O time teve Wallace Oliveira, Lucas Rex, Zé Augusto e Iago; Machado, Leonardo, Lima, Arthur e Ty; Lucas Coelho. 
Maicon Kannemann Grêmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

ESPORTE

Após demitir Lucho Nizzo, diretoria
do Crac anuncia Alexandre Barroso

Técnico de 54 anos é o novo comandante do Leão do Sul e estreia no domingo



Alexandre Barroso Técnico Uberlândia Esporte Clube (Foto: Lucas Papel)

A diretoria do Crac anunciou Alexandre Barroso como novo técnico do clube. Natural de Belo Horizonte, o comandante mineiro tem 54 anos e estreia à frente do Leão do Sul já no domingo, diante do Rio Verde. Alexandre substitui Lucho Nizzo, demitido na segunda-feira.
O Crac ainda não venceu no Campeonato Goiano. Ao fim do primeiro turno, a equipe de Catalão tem a pior campanha do estadual: apenas três pontos conquistados em cinco rodadas.
Alexandre Barroso tem passagens por clubes como Democrata-MG, Villa Nova-MG, Ipatinga-MG, Juventude-SC, CRB-AL, dentre outros. Por último esteve no Uberlândia-MG, em 2016. Será a primeira vez que o treinador comandará um time do futebol goiano.

MUNDO

Como os comediantes americanos se transformaram na oposição mais feroz a Trump

Sucesso de programas como 'Saturday Night Live' e reação do presidente em tuítes indicam que sátiras o atingem em cheio.






Parece simples imitar o presidente americano Donald Trump. "Seus olhos nunca estão totalmente abertos e sua boca nunca está totalmente fechada", diz o comediante Greg Shapiro em um vídeo intitulado "Como imitar Trump quando se tem mãos grandes".
Shapiro sugere que é preciso juntar a gesticulação das mãos, assim como a entonação da voz e o elemento "surpresa" das falas: "A maneira como Trump responde a uma pergunta é muito divertida, porque nunca se sabe como ele vai terminar a frase".
Uma coisa, porém, é poder imitar o presidente dos Estados Unidos. Outra muito diferente é satirizá-lo sistematicamente e virar notícia nacional.
É o que vários programas humorísticos de TV estão fazendo hoje em dia nos EUA - e o que de certa forma transformou a comédia na oposição mais feroz ao governo Trump.
"A comédia o atinge", disse o cineasta Michael Moore para uma multidão de manifestantes na noite anterior à posse do presidente, ocorrida em 20 de janeiro.
"Se zombam dele, o ridicularizam ou simplesmente mostram que não é popular (...), ele explode", acrescentou. "Formemos um exército de comediantes e o derrubaremos."
Esse "exército" tem como seus principais porta-vozes programas como The Late Show (CBS), com Stephen Colbert, Last Week Tonight (HBO), com John Oliver, Full Frontal (TBS), com Samantha Bee, Late Night (NBC), com Seth Meyers, e The Daily Show (Comedy Central), com Trevor Noah.
Mas o programa de mais sucesso na era Trump talvez seja o Saturday Night Live.
Os esquetes da veterana atração da rede NBC imitando o presidente e sua equipe de governo fazem rir com uma proposta diferente da adotada pelos talk shows: repetem os atos do republicano, às vezes palavra por palavra.

'Senhor Guacamole'

Em outubro de 2016, na época do primeiro debate entre os então candidatos à presidência Hillary Clinton e Donald Trump, o ator Alec Baldwin estreou sua imitação no Saturday Night Live.
Com Kate McKinnon no papel de Hillary Clinton, eles parodiaram cada um dos três debates, mesclando partes literais da realidade com o seu usual humor satírico.
Um exemplo: ao responder por que suas políticas de imigração são melhores que as de Hillary, o personagem de Baldwin responde: "Porque ela quer fronteiras abertas e isso é uma loucura. Pessoas estão entrando no nosso país pelo México e algumas são homens maus".



Foi mais ou menos o que Trump disse em um dos debates.
Mas em seguida Baldwin acrescenta: "Tenho uma relação fantástica com o México. Me reuni pessoalmente com o presidente. Esqueci seu nome, acho que era algo como Mister Guacamole. Perdão, Senhor Guacamole. Também conheci sua linda esposa, Taquito, e seus gêmeos, Chips e Salsa".
Baldwin, que não faz parte do elenco fixo de humoristas do Saturday Night Live, já fez 17 participações no programa interpretando o personagem - e é provável que faça muitas mais.
Nesta semana, a NBC informou que a atual temporada é a mais assistida em 22 anos, com uma média de 10,6 milhões de telespectadores por episódio.
Para Trump, porém, o programa de humor emblemático da televisão americana, que está há 42 anos no ar, é "chato", "terrível" e "o pior da NBC", como ele tuitou em diversas oportunidades.
"Acabei de tentar ver Saturday Night Live: é impossível de assistir! Totalmente tendencioso, nada engraçado e a interpretação de Baldwin não podia ser pior. Triste", escreveu o presidente no Twitter após um episódio que satirizava justamente o seu comportamento na rede social.

Trump africano

"Nos regimes políticos autoritários, a comédia e a sátira em particular são mais eficazes do que os ataques explícitos ao poder político", disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Geoffrey Baym, diretor e professor do Departamento de Estudos de Mídia e Produção da Universidade de Temple, na Filadélfia, nos EUA.
"Enquanto os adversários políticos podem ser diminuídos, atacados e até presos, as pessoas do mundo do entretenimento e os comediantes são mais imunes à crítica."
Baym esclarece que, embora continue havendo liberdade de expressão e imprensa nos EUA, "dada a natureza da política americana, Trump está agindo de maneira bastante autoritária".
"Ele ataca seus inimigos, normalmente de forma perssoal. Na primeira entrevista coletiva não aceitou perguntas... Está claro que esta é uma administração presidencial que está tentando manter um grande controle do que a imprensa pode dizer e fazer, que não aceita com leveza a crítica e que está tentando intervir e interferir no diálogo público."
Em outubro passado, o comediante sul-africano Trevor Noah dedicou um bloco do The Daily Show à comparação de algumas propostas e afirmações de Trump com as de vários presidentes de países da África.
"Donald Trump é presidenciável. Acontece que ele é candidato à presidência no continente errado", explicava Noah, em um vídeo que está entre os mais vistos no canal do programa no YouTube.
Ele comparou "o grau de autoestima" de Trump ao do ex-presidente de Uganda Idi Amin, que se fazia chamar oficialmente pelo título: "Sua excelência o presidente vitalício, marechal-de-campo Al Hadji doutor Idi Amin, VC, DSO, MC, CBE, senhor de todas as bestas da Terra e peixes no oceano e conquistador do império britânico na África em geral e em Uganda em particular".
Em seguida, aparece no vídeo a imagem de uma torre dourada com esse longo título escrito na fachada. E Noah acrescenta: "Felizmente, Idi Amin não era dono de nenhum cassino" (uma referência aos negócios de Trump).

Interpretação de sucesso

Um dos grandes temas da campanha presidencial americana, e agora do governo Trump, é a verdade.
O melhor exemplo talvez seja a polêmica sobre o tamanho da multidão no dia da posse em comparação com a atraída pela cerimônia de Barack Obama em 2009.


Segundo o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, a posse de Trump foi a que "teve o maior público na história dos juramentos presidenciais".
"A mídia está interpretando mal as imagens e utilizando dados pouco claros para minimizar o enorme apoio que o presidente recebeu no dia da sua posse", acrescentou.
Este e outros embates de Spicer com a imprensa foram parodiados em esquetes do Saturday Night Live, nos quais o secretário de imprensa foi interpretado pela atriz Melissa McCarthy.
"Quero começar pedindo desculpas em nome de vocês a mim pela forma como vocês me trataram nas últimas duas semanas", disse em tom enérgico o personagem de McCarthy aos jornalistas. "E não aceito as desculpas."
O esquete teve tamanha repercussão que na última quinta-feira o jornal The Washington Post publicou o seguinte título: "Sean Spicer foi totalmente Melissa McCarthy hoje".
Nas palavras de Evan Smith, professor de comunicação na Universidade de Siracusa, no Estado de Nova York, "as piadas quase que se escrevem sozinhas".
"Poderia-se pensar que chegaríamos a um ponto de saturação após tantos meses de piadas políticas", disse Smith à BBC Mundo.
Mas a verdade é que, acrescenta o professor, o governo americano "está sendo tão ativo que todos os dias" que acrescenta novos temas à agenda da comédia.
De fato, muitos meios de comunicação incorporaram a análise desses programas à sua cobertura. Na semana passada, por exemplo, o resumo matinal do jornal The New York Times na internet incluía a recomendação de um vídeo humorístico.

Fonte de informação

"Hoje em dia, os estudos mostram que muitos jovens adultos se informam não pelos jornais ou programas jornalísticos, mas por meio de shows de comediantes como Trevor Noah, John Oliver, Samantha Bee ou mesmo pelo Saturday Night Live", disse Smith.
John Oliver, por exemplo, negou várias vezes que o seu programa, Last Week Tonight, faça jornalismo. Ele sustenta que faz humor baseado na realidade.
No entanto, muitos segmentos de seu programa são citados como fonte de informação pela mídia como, por exemplo, sua análise da viabilidade do muro proposto por Trump na fronteira com o México.
No vídeo mais visto do Last Week Tonight no YouTube, o comediante britânico analisa a então candidatura de Trump e diz: "Não temos como saber qual dos seus inconsistentes pontos de vista serão executados quando ele governar. Mas quando ele prestar juramento como presidente, em 20 de janeiro de 2017, nesse dia suas opiniões vão importar".
"E você vai lembrar dessa data, porque nesse dia vão chegar viajantes do futuro tentando frear tudo isso para que nunca aconteça", continua Oliver.

O humor cruza fronteiras

Segundo Baym, a sátira política nos EUA começou a ganhar importância depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 e a posterior invasão militar do Iraque.
"O jornalismo não estava funcionando como uma crítica formal ao governo do presidente George W. Bush. Foi então que Jon Stewart e Stephen Colbert se tornaram vozes importantes no cenário político americano", afirma.
Para ele, no momento, o problema com o jornalismo é outro: "Temos tantas fontes de informação e desinformação que já não existem meios de comunicação de massa que falem a todos no país. As pessoas escolhem a informação que querem ouvir e as notícias que explicam a sua visão de mundo".
"A comédia tem a capacidade de cruzar fronteiras e apelar para uma audiência maior e mais variada do que muitos meios de informação", acrescenta.
E o fenômeno do humor relacionado a Trump já cruzou fronteiras - literalmente.
Nos últimas semanas, surgiram dezenas de vídeos em que vários países do mundo, especialmente da Europa, se apresentam ao novo presidente americano.
A ideia é sempre a mesma: se os EUA vão ser a prioridade - ou seja, vir "primeiro", como promete Trump -, então o país do vídeo quer ser o "segundo".