sábado, 11 de fevereiro de 2017

POLITICA

Salário-base da PM do Espírito Santo é o menor do país, mostra levantamento

Remuneração é de R$ 2.646,12. Governo diz, no entanto, que há uma remuneração extra paga a todos os soldados e que, na prática, todos ganham ao menos R$ 3.052,06. Associação de cabos e soldados nega que todos ganhem esse adicional.





O salário de um policial militar no início de carreira pode variar de R$ 2.646 a R$ 6.500 no Brasil. É o que mostra um levantamento feito por jornalistas do G1 em todos os estados e no DF. Os dados, fornecidos pelos governos, levam em conta o salário-base da categoria mais as gratificações incorporadas a ele, ou seja, comuns a todos os soldados do estado. As vantagens variáveis, que podem ou não ser concedidas, não entram na conta.
O Espírito Santo, que vive uma crise na segurança pública em razão da ausência de PMs nas ruas, possui o pior salário de um soldado do Brasil. Mulheres de policiais fazem bloqueios nas portas de batalhões desde o dia 3 reclamando justamente dos baixos salários e das condições de trabalho. Veja a cobertura completa no G1 ES
O cabo Wilson Morais, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional de Policiais Militares e Bombeiros Militares do Brasil, diz que a crise se dá por um estado de necessidade da família do policial. “Nós, policiais, somos proibidos [de fazer greve], mas o estado de necessidade, a fome e a barriga dos familiares fala mais alto. Já que não podemos, nossos familiares podem.”
O salário de um soldado em início de carreira no Espírito Santo é de R$ 2.646,12. O governo diz, no entanto, que há uma remuneração extra paga a todos os soldados e que o salário-base, na prática, é de R$ 3.052,06. Segundo o estado, apesar de não estar incorporado ao salário, o valor da escala extra é pago a todos os policiais porque todos fazem hora extra. A associação de cabos e soldados do estado nega que todos façam hora extra. "A grande maioria realmente faz essas escalas de 18 horas para poder ganhar mais. Mas não são todos. Se o estado diz que paga para todo mundo, por que quando as mulheres pediram que esse valor fosse incorporado ao salário o governo negou?", questiona Thiago Bicalho, diretor da associação.
Em entrevista à Miriam Leitão, o governador Paulo Hartung disse que o salário de PMs é o "10º na escala de salários". "Tem a ver com nosso tamanho, tem a ver com a nossa economia. E é um salário que está sendo pago em dia", disse. Segundo o governo, uma tabela baseada em dados da Pnad de 2015 mostra que o piso capixaba é o 10º maior entre os 26 estados e o Distrito Federal.

O que mostra o levantamento e o que diz o governo:

  • O ES tem o pior salário de um soldado em início de carreira na PM: R$ 2.646,12
  • O governo diz que paga uma remuneração extra que faz o salário chegar a R$ 3.052,06 e que uma tabela baseada na Pnad 2015 coloca o estado na 10ª posição
Além dos dados fornecidos pelos governos, a equipe de reportagem também solicitou os valores para as associações de cabos e soldados. Em quase todos os estados, os valores passados foram exatamente os mesmos.
O Distrito Federal é o que paga melhor. Além do soldo de R$ 706, todo policial militar, não importa a patente, recebe um adicional de posto ou graduação (de 50% a 80%), um adicional de certificação profissional (de 10% a 30%), um adicional por tempo de serviço (1% por ano), auxílio-moradia (de R$ 11,58 a R$ 143,91), entre outros. Isso faz com que o salário de um soldado 1ª classe seja de no mínimo R$ 6.500.
Para Wilson Morais, a discrepância salarial é “absurda”. “Defendemos um teto salarial igual para todos os policiais. O risco do policial em diferentes em estados é o mesmo. Não devia haver diferenças. A vida do policial, independente do estado, é que está em jogo.”
“O grito maior dos policiais hoje é em relação à questão salarial e às condições de trabalho. Um policial, às vezes, chega a trabalhar 24h por dia. Há um déficit de armas, coletes vencidos, armas obsoletas que estão dando problema. Hoje a polícia está sucateada. Enquanto os assaltantes usam fuzis, estamos usando .40, calibre 12”, afirma.
Levantamento do G1 mostra que em alguns estados há uma defasagem de anos. Rio de Janeiro e Tocantins, por exemplo, deram os últimos aumentos em 2013. Estados como Amapá e Sergipe não concedem reajuste desde 2014.

Gratificações

Em alguns estados, além das gratificações fixas, há várias outras vantagens, que dependem de uma série de fatores. Em Roraima, por exemplo, o PM tem uma porcentagem de aumento sobre o subsídio quando é destacado para outros municípios (6% para cidades até 100 km da capital, 9% de 101 km até 200 km e 12% para mais de 200 km) e recebe, entre outras coisas, auxílio funeral.
No Ceará, as bonificações podem até dobrar a remuneração inicial. Há gratificação por meta de redução de violência, gratificação por apreensão de armas, além de horas extras e diárias.



MUNDO

O coronel do Exército que produz legalmente 100 kg de maconha ao ano na Itália

Governo cultiva cannabis para reduzir o preço e garantir disponibilidade dos produtos para uso terapêutico por pacientes do país.







O coronel Antonio Medica cuida de uma operação única no Exército italiano.
Em uma instalação em Florença, ele é responsável por uma plantação guardada a sete chaves com nada menos que cem pés de maconha.
As plantas são usadas para produzir 100 kg de cannabis medicinal por ano.
Esse uso da maconha é legalizado no país, sendo prescrita para aliviar a dor de pacientes com câncer ou esclerose múltipla.
O governo decidiu que seria necessária uma fonte confiável de maconha para a produção desse produto. E quem melhor que o Exército para cultivar as plantas - e protegê-las?
“(Quando o projeto começou, em 2014) não estávamos familiarizados com esse tipo de cultivo”, conta o coronel.
Em setembro daquele ano, uma instalação militar usada para produzir medicamentos foi adaptada para a produção da maconha medicinal.
“O projeto tem três objetivos. Produzir maconha medicinal para uso terapêutico, manter baixo o preço final do produto e, acima de tudo, garantir sua disponibilidade para pacientes na Itália”, diz Medica.
Em janeiro desde ano, farmácias de Florença que antes importavam o produto da Holanda começaram a vender a maconha estatal feita localmente, o que reduziu os custos da operação e baixou em 30% o preço para o consumidor final.
A demanda é tão grande que Medica recebeu autorização para dobrar a produção.
“A meta é atender uma necessidade dos italianos, e temos outras áreas nesta instalação disponíveis para expandir o cultivo.”

DF

Golpista é preso em flagrante em caixa eletrônico de Ceilândia

Homem oferecia ajuda aos clientes na hora de sacar dinheiro. Com ele, policiais apreenderam cartões e 'equipamentos' usados para pegar envelopes de depósito e danificar leitores dos caixas.





Policiais Militares prenderam no final da manhã deste sábado (11), em Ceilândia, um homem que aplicava golpes em clientes de caixas eletrônicos no Distrito Federal. Ele foi pego em uma agência da Caixa Econômica Federal, depois de uma denúncia feita pelo telefone 190.
Com o golpista foram apreendidos vários cartões de banco, dinheiro, envelopes bancários e "equipamentos" usados para aplicar os golpes. Um deles era um "pescador", uma espécie de gancho usado para pegar envelopes de depósito. O outro era um tipo de lixa colocada nos caixas eletrônicos para impedir a leitura dos cartões magnéticos.
Segundo a PM, quando o cliente não conseguia sacar, o homem oferecia ajuda. Depois de saber a senha da pessoa, o golpista ficava com o cartão original e entregava à vítima um outro, inválido. Ainda de acordo com os policiais, a maioria das vítimas eram idosos e o golpista também agia nas Asas Sul e Norte, quase sempre nos fins de semana, quando não há funcionários nos bancos.

DF

Fraude no sistema de bilhetagem do DFTrans pode ter atingido mais de 1 milhão de cadastros

Invasores teriam burlado programa para falsificar dados e mascarar desvios na compra e venda de passagens. Em nota, DFtrans diz que houve apenas 'não conformidade cadastral'.






Responsável pela gestão do transporte público no Distrito Federal, o DFTrans apura uma suspeita de fraude que pode ter atingido um milhão de cadastros. Segundo a investigação, invasores “burlaram” o sistema para falsificar dados e mascarar desvios na compra e venda de passagens. O G1 conseguiu com exclusividade acesso à íntegra do processo.
A falha no sistema pode causar um prejuízo milionário ao GDF. Toda a movimentação financeira do DFTrans passa pelo sistema de bilhetagem, desde a concessão de passes livre até a compra e venda de tíquetes. De acordo com a investigação, servidores fantasmas se aproveitaram da brecha no sistema para conseguir benefícios irregulares.
Sobre a possível fraude, o DFTrans limitou-se a dizer, em nota, que houve uma não conformidade no cadastro de uma escola, que teria apresentado declarações falsas. O órgão disse que o caso foi repassado à Controladoria-geral do DF e à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap).

Investigação

No processo interno ao qual o G1 teve acesso, o servidor responsável pela investigação adverte que “dados da aplicação tem sido alterados para mascarar irregularidades e imputar responsabilidade a quem não cometeu ato irregular”. Ainda de acordo com a sindicância, o sistema de bilhetagem estaria tão “corrompido”, que o cadastro de uma empresa foi feito em um intervalo de tempo impraticável, de apenas 120 milésimos de segundos.
De acordo com a denúncia, a fraude fica evidente nas tabelas de registro, que mostram operações feitas por servidores que, à época, sequer tinham sido nomeados no órgão. Em um dos casos, as planilhas apontam que um funcionário nomeado em abril de 2011 começou a cadastrar passageiros quatro anos antes, em fevereiro de 2007. De acordo com e-mails anexos ao processo, o próprio servidor responsável pela sindicância teve o cadastro alterado irregularmente.

Fraudes

Duas fraudes foram detalhadas durante a investigação. A primeira se refere a inclusão de uma escola, em 2007, para receber benefícios de passe livre do governo. Apesar de ter o cadastro número 929, ela foi incluída no sistema do DFTrans, por um servidor com o número 981.109 - os cadastros são adicionados em ordem crescente. Na teoria, apenas usuários com dados cadastrais inferiores ao número 929 poderiam ter incluído a escola na base de dados do DFTrans.
Outra fraude se refere ao repasse irregular de R$ 50 mil em créditos de passagens no Distrito Federal. Ao investigar a quem teria sido entregue o montante, um técnico do DFTrans encontrou um “servidor fantasma” com o nome inusitado de “Login Pós Balcão”. O servidor fantasma repassava, de acordo com a sindicância, ilegalmente o valor para empresas que também haviam sido cadastradas irregularmente.

Nota do DFTrans

Questionado pelo G1, o DFTrans recusou-se a responder se algum servidor foi afastado, como o sistema foi invadido e qual o número de cadastros que podem ter sido adulterados.
"O Transporte Urbano do Distrito Federal-DFTrans esclarece que, em 2011, foi constatada uma não-conformidade no cadastro de uma escola. As informações da instituição apresentavam indícios de fornecimento de declarações escolares falsas. A partir daí, foi aberto um processo administrativo. A situação foi informada à Controladoria-Geral do Distrito Federal e à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), para que fosse aberta uma investigação criminal e apuradas as responsabilidades sobre o caso.
O DFTrans informa que trata-se de situações distintas. Em relação à venda irregular de créditos de um cartão no valor de R$ 50 mil, o órgão esclarece que houve um furto de um cartão M2, que é utilizado para efetuar a venda de créditos. E que os créditos repassados por este cartão a outros cartões foram cancelados. O caso está sendo investigado pela policia."

DF



Fotógrafos organizam caminhada por Brasília atrás de novos registros da cidade

Evento reúne grupo de 60 pessoas, partindo pela Torre de TV. Ideia é fazer evento acessível para profissionais e amadores, diz idealizador.







Aos 56 anos, Brasília ainda tem ângulos a serem descobertos, acredita um grupo de fotógrafos da cidade que organizou uma caminhada pelo Eixo Monumental como oportunidade de fazer novos cliques. O “Photo Walking” começa às 15h deste domingo (12) e deve reunir 60 fotógrafos, tanto profissionais quanto amadores.
Ao G1, o idealizador do projeto explicou que o objetivo é fazer um passeio “inclusivo”. “Não precisa ter equipamento profissional, de ponta, para fazer uma foto excelente. Muitas vezes perguntam como fazer aquele efeito ou aquele enquadramento específico. O que a gente percebe é que muitas vezes não têm acesso à informação”, disse o jornalista João Vicente Oliveira.
O “tutorial a céu aberto” pela cidade vai contar com a orientação do fotógrafo António Moreira, de Portugal, e da brasiliense Ana Gomes. A possibilidade de chuva no dia não assusta. “A chuva não é um impedimento para o evento, muito pelo contrário. A luz fica mais propícia, são formadas poças d'água para reflexos. Ou seja, mais possibilidade”, continuou Oliveira
A previsão é de que o “tour” comece pela Torre de TV, seguindo para a Rodoviária do Plano Piloto. Depois, os fotógrafos vão até o Museu e a Catedral, voltando para a Rodoviária. O encerramento deve ser às 19h, a tempo de captar o pôr do sol.


Segundo Oliveira, foram mais de 480 solicitações de pessoas querendo participar do “safari” pela cidade. Com tanta demanda, ele pretende criar uma segunda edição do evento já para abril. Tudo sempre de graça – desta vez, foi cobrada apenas uma doação simbólica de 2 kg de alimentos não perecíveis a serem doados para um orfanato.
Descrevendo-se como apaixonado por fotografia, Oliveira é criador do perfil “Zerando Brasília”. Ele diz que o nome é um convite para que fotógrafos busquem esgotar todas as possibilidades de registros da cidade. “A pessoa tira uma foto e usa nossa hashtag e daí republicamos dando o devido crédito. Já são quase 10 mil fotos.”

SAÚDE

Inca: média de mortes por câncer em jovens ficou estável entre 2009 e 2013




A taxa média de mortalidade por câncer na faixa etária entre 15 e 29 anos, os chamados adultos jovens, permaneceu estável no Brasil no período entre 2009 e 2013, de acordo com estudo divulgado hoje (10) pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Segundo os dados, nos cinco anos do estudo ocorreram 17.527 mortes por câncer nesta faixa etária, com uma taxa média de 67 mortes por 1 milhão de habitantes, mas é um número que permanece estável.
As informações estão no Incidência, Mortalidade e Morbidade Hospitalar por Câncer em Crianças, Adolescentes e Adultos Jovens no Brasil: Informações dos Registros de Câncer e do Sistema de Mortalidade, uma versão atualizada e ampliada do estudo publicado em 2008 e, que pela primeira vez, faz um panorama do câncer em adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos) no Brasil.
A chefe da pediatria, Sima Ferman, disse que o conhecimento desses dados é importante para definir políticas públicas no tratamento no Brasil e melhorar as possibilidades de cura, ainda mais que agora há mais informações dos chamados adultos jovens.
“Em todos os lugares onde houve progresso no tratamento do câncer a primeira etapa é conhecer a situação real de como ele acontece no seu país. Esse é o primeiro passo. Acho que isso, com certeza, vai otimizar a locação de recursos e mais do que isso, melhorar a possibilidade de cura de crianças, adolescentes e, agora, adultos jovens também”, disse.
A técnica da Divisão de Vigilância e Análise de Situação do Inca, Marceli Santos, da equipe que elaborou o estudo, disse que os dados mostram também que há uma tendência de estabilização nos casos de leucemia “Essas tendências mostram que a leucemia já estabilizou no que diz respeito à incidência e a gente tem aumento na incidência dos tumores no sistema central. Isso também é um fenômeno que a gente tem visto em outros países, onde a leucemia também está decrescendo na faixa etária de até 19 anos”, disse.
Economia
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, disse na cerimônia que o ministério conseguiu uma economia nos gastos equivalentes a R$ 1,9 bilhão. Com isso, credenciou vários serviços de média e alta complexidade no Brasil, entre eles, 79 serviços de oncologia, que já estavam funcionando mas não eram incluídos na lista da pasta. “Conseguimos ampliar o que a população precisa”, indicou.
Figueiredo disse que o ministério tem feito estudos em comissões tripartite, com a presença de secretários estaduais e municipais de saúde, para criar a regionalização de redes de atendimento contra o câncer. Segundo o secretário, no Brasil existem vários vazios assistenciais e locais em que a pessoa chega a andar 800 quilômetros para fazer tratamento de radioterapia.
“Têm centros de radioterapia, mas os equipamentos de saúde têm que chegar mais próximo da população. Tem gente que não tem acesso à nada. Este é o nosso desafio de construir a regionalização e construir rede onde está a população que realmente precisa. É o nosso serviço que tem que estar perto da população e não a população perto do serviço”, disse, informando, que um desses locais é a região de Juazeiro e Petrolina, perto do Rio São Francisco, onde não há serviço de radioterapia.
O secretário disse que outro desafio do Sistema Único de Saúde (SUS) é poder fazer diagnósticos precoces. Figueiredo disse que o problema é que o SUS é muito descentralizado, com responsabilidades divididas entre a União, estados e municípios, por isso, o ministério está em entendimentos com os governos estaduais e municipais.

SAÚDE

Acampar no final de semana pode ser a receita para acabar com a insônia?




A equipe da Universidede Colorado Boulder argumenta, em uma pesquisa publicada na revista científica Current Biology, que passar o tempo ao ar livre ajuda aqueles com dificuldade de levantar de manhã e ainda melhora a saúde em geral.
Os pesquisadores disseram que trocar os tijolos e a argamassa pela lona de acampamento não deve ser uma solução de longo prazo. Mas que expor-se mais à luz natural do dia (e menos à noite) pode trazer benefícios.
Ciclos
O corpo tem o chamado ritmo circadiano diário, o ciclo biológico dos seres vivos que é influenciado pela variação da luz.
Ele impacta o estado de alerta, humor, força física, a necessidade de dormir e até o risco de ataques do coração, como parte de um ciclo de 24 horas.
A luz ajuda no controle desse ciclo, mas a luz artificial da vida moderna e o alarme de relógios e smartphones alteraram nossos hábitos de sono.
"Estamos acordando numa hora em que nosso relógio circadiano diz que deveríamos estar dormindo", disse Kenneth Wright, um dos responsáveis pelo estudo.
Segundo ele, essa prática é prejudicial à saúde e estudos sugerem sua relação com distúrbios de humor, diabetes tipo 2 e obesidade. Além disso, nos deixaria mais tontos e sonolentos quando levantamos de manhã.
O botão 'reset'
Para chegar a essas conclusões, a equipe de Wright organizou uma série de expedições de acampamento com um pequeno grupo de voluntários numa região do Colorado.
Eles usaram relógios especiais para registrar os níveis de luz e fizeram exames de sangue para analisar o hormônio do sono, a melatonina. A única luz artificial à qual eram permitidos era o brilho de uma fogueira. Até mesmo as tochas foram banidas.
Em apenas uma semana de acampamento no inverno já foi possível observar que as pessoas eram expostas a 13 vezes mais luz durante a experiência do que em suas casas, mesmo nas horas mais escuras do ano.
Os níveis de melatonina começaram a subir duas horas e meia mais cedo do que antes da expedição. E eles foram para cama mais cedo também. Os voluntários estavam agora dormindo e acordando conforme seu relógio biológico.
Outra viagem a campo mostrou que este benefício já era possível só de se passar apenas um final de semana fora de casa.
Entretanto, o relógio biológico das pessoas começava a voltar ao ritmo antigo assim que elas começassem a empacotar as lonas.
"Nós não estamos dizendo que acampar é a resposta aqui, mas podemos introduzir mais luz natural à vida moderna".
"Isto é algo que nós como sociedade podemos regular sem que as pessoas tenham que mudar seu comportamento".
Ele acredita que as casas, escritórios e escolas podem ser planejados para permitir mais luz natural. E a nova geração de lâmpadas "ajustáveis" também poderia ser mais usada.
Para manter o benefício, as pessoas deveriam se expor mais à luz natural - por exemplo saindo para caminhar depois do trabalho - e usando menos luz artificial durante a noite.
Diferenças do inverno
Os pesquisadores também sugerem que o relógio biológico sofre alterações durante o ano, e isto pode afetar como o corpo funciona.
Numa semana de acampamento no verão, a produção de melatonina foi alterada em duas horas; e no inverno, em 2,6 horas.
Isto sugere que existe uma diferença na forma como nossos corpos reagem a dias mais longos ou mais curtos.
E já se sabe que algumas pessoas sofrem de perda de humor, com transtornos afetivos sazonais.
"Temos pistas de que existe algo nessa relação, que em algum momento da história isso foi crítico. Agora, no ambiente moderno, talvez não precisemos nos importar por exemplo em ganhar peso no inverno. Mas ainda sofremos os impactos psicológicos", disse Wright.










TECNOLOGIA

Apple se diz a favor de criação de ferramentas contra notícias falsas




Tim Cook, o CEO da Apple, incentivou as empresas do setor tecnológico a criar novas ferramentas para lutar contra a difusão de notícias falsas, segundo entrevista que deu ao jornal britânico Daily Telegraph.
"Nós, das empresas tecnológicas, temos que criar ferramentas para ajudar a reduzir o volume de notícias falsas, sem pisar na liberdade de expressão nem na liberdade de imprensa", afirmou Cook.
"Atravessamos um período em que, infelizmente, os que têm êxito são os que se esforçam por conseguir o maior número de cliques possível, não os que tentam transmitir a verdade. Isso destrói o cérebro das pessoas", afirmou o diretor executivo.
"Somos muitos que se queixam disso, mas não sabemos o que fazer", acrescentou.
As declarações de Cook acontecem um pouco depois que o Facebook, acusado de facilitar a difusão de falsas notícias durante a recente campanha eleitoral dos Estados Unidos, decidiu em dezembro oferecer a possibilidade a seus usuários de assinalar notícias falsas compartilhadas em sua plataforma.