sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

MUNDO



Trump diz que decisão judicial contra seu veto migratório é 'vergonhosa'

Departamento de Justiça pode apresentar um recurso perante a Suprema Corte ou solicitar outra revisão da sentença a uma corte federal com um número maior de juízes.









O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (10) que a decisão de um tribunal de apelação que manteve suspenso seu veto temporário à entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos é "vergonhosa" e que vai "agir rapidamente" para proteger o país e os americanos.
ordem de Trump, assinada em 27 de janeiro, provocou protestos e tinha sido suspensa em caráter temporário. Ela suspendia durante 120 dias o programa de amparo a refugiados dos EUA - ou indefinidamente, no caso dos refugiados sírios - e paralisava durante 90 dias a emissão de vistos para cidadãos dos sete países de maioria muçulmana. Nesta quinta, o 9ª Tribunal de Apelações dos EUA anunciou que decidiu manter a suspensão.
"LAWFARE: De maneira extraordinária, em todo seu veredicto, o painel (de juízes) não se preocupou inclusive em citar este estatuto. Uma decisão vergonhosa!", criticou a sentença de três juízes do tribunal, em sua conta pessoal no Twitter. LAWFARE é estatuto no qual se baseia o polêmico decreto que barrava a entrada no país de cidadãos vindos de: Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irã e Iêmen.
Em uma coletiva conjunta com o premiê japonês na Casa Branca, questionado sobre a decisão, Trump disse que não tem "nenhuma dúvida" voltará a ser aplicado em todo o país. "Continuaremos com o processo nas cortes, e não tenho dúvidas de que ganharemos o caso", disse.
Trump afirmou que vai agir "muito rapidamente" para proteger o país e os americanos: "Faremos coisas para continuar a fazer nosso país seguro. Isso vai acontecer muito rápido. Não vamos permitir que pessoas entrem no nosso país para prejudicar nosso povo", disse. "Vamos fazer uma coisa muito rapidamente que tem a ver com mais segurança para o nosso país. Vocês verão isso em algum momento da próxima semana", acrescentou.

Decisão unânime

A decisão anunciada nesta quinta pelo tribunal de apelações, composto por três juízes - dois democratas e um republicano -, foi unânime. Apesar disso, Trump disse na noite de quinta que a decisão foi "política".
"NOS VEMOS NOS TRIBUNAIS, A SEGURANÇA DE NOSSO PAÍS ESTÁ EM JOGO!", ressaltou o presidente, usando letras maiúsculas, em mensagem publicada no Twitter.
O Departamento de Justiça pode apresentar um recurso perante a Suprema Corte ou solicitar outra revisão da sentença a uma corte federal com um número maior de juízes.
Dada a suspensão temporária do decreto, os cidadãos dos países afetados se apressaram para viajar aos EUA com os vistos que já tinham.

MUNDO



Aviões chinês e americano tem aproximação 'perigosa' no Mar da China

Aeronaves de patrulha ficaram a 300 metros uma da outra em espaço aéreo internacional perto do arrecife de Scarborough, cuja soberania é disputada entre Filipinas e China.






Um avião militar chinês se aproximou de maneira "perigosa" de um avião militar americano perto de uma ilhota cuja soberania é disputada no Mar da China Meridional, informou nesta sexta-feira (10) o comando das forças americanas no Pacífico.
O incidente aconteceu na quarta-feira perto do arrecife de Scarborough, cuja soberania é disputada entre as Filipinas e a China, informou um funcionário da Defesa dos Estados Unidos.
O avião chinês, uma aeronave de patrulha marítima KJ-200, aproximou-se a 300 metros do aparelho americano, numa manobra considerada "perigosa" pelos militares desse país.
O aparelho dos Estados Unidos, também uma aeronave de vigilância marítima tipo Orion P3-C, estava "em uma missão de rotina" no "espaço aéreo internacional", explicou o comando dos EUA.

MUNDO

Dólar fecha em queda nesta sexta-feira, a R$ 3,10

Na semana, o dólar caiu 0,46%. No mês e no ano, há recuo acumulado de 1,33% e 4,32%, respectivamente.




O dolar fechou em queda nesta sexta-feira (10), seguindo a tendência das moedas emergentes no exterior depois que a China divulgou dados bastante robustos da sua balança comercial, dando força às commodities e a seus vendedores, como o Brasil.
A moeda caiu 0,66%, a R$ 3,1092 na venda, o menor patamar desde outubro de 2016. Veja a cotação do dólar hoje. Na semana, o dólar caiu 0,46%. No mês e no ano, há recuo acumulado de 1,33% e 4,32%, respectivamente.
A queda do dólar foi limitada, no entanto, pelas incertezas após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que deve anunciar em breve algo "fenomenal" em termos de impostos. No Brasil, a cautela em relação ao cenário político também segue sob as atenções do mercado.

Cenário externo

"Os dados da China animaram os emergentes, que deixaram Trump (presidente dos Estados Unidos, Donald Trump) um pouco de lado", resumiu à Reuters um operador de câmbio de uma corretora local.
Segundo a agência, a China apresentou dados comerciais melhores do que o esperado para janeiro, uma vez que a demanda acelerou tanto no país quanto no exterior, início encorajador de 2017 mesmo que os exportadores asiáticos estejam se preparando para um aumento do protecionismo por parte dos Estados Unidos.
As exportações em janeiro avançaram 7,9% sobre o ano anterior, bem melhor do que o esperado por analistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 3,3%.

No Brasil

Profissionais também comentaram que viram fluxo de ingresso de recursos no Brasil nesta sessão, o que ajudou no movimento de baixa do dólar, ainda segundo a Reuters.
"A perspectiva de fluxo estrangeiro é um dos pilares que nos ajuda a explicar um novo dia de baixa. Ontem, projeções do IBGE apontavam safra recorde para 2017, algo que reforça tal expectativa", comentou a corretora Guide Investimentos em relatório.

De olho no BC

Mais uma vez, o Banco Central não anunciou qualquer interferência no câmbio.
"A balança chinesa é a variável nova do mercado, mas não significa que seus efeitos vão durar o dia todo. O mercado está ansioso por um posicionamento do Banco Central sobre o swap", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, à Reuters.
Ele se referia ao fato de o BC brasileiro não ter dado sinalização sobre a rolagem dos contratos de swaps tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares - de março, equivalentes a cerca de US$ 7 bilhões.
Essa expectativa pela atuação do BC pode conter o movimento de baixa do dólar nesta sessão, da mesma forma que a cautela com a cena política doméstica.

MUNDO

Comando militar do Irã diz que ataque israelense causaria III Guerra Mundial




Um ataque israelense ao Irã provocaria a Terceira Guerra Mundial, segundo afirmou neste domingo o general Amir Ali Hayizadeh, comandante da Divisão Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução da República Islâmica.
Em entrevista à televisão oficial em árabe "Alalam", citada pelo canal iraniano em inglês "PressTV", Hayizadeh disse que, no caso de uma guerra, na qual "é inimaginável" que Israel não fosse apoiado pelos Estados Unidos, "a situação poderia sair de controle".
sse conflito causaria a Terceira Guerra Mundial, o que significaria que muitos países entrariam na disputa a favor ou contra o Irã", comentou o comando militar iraniano. Por sua parte, a Força Aérea do Irã anunciou hoje que realizará manobras de grande envergadura no sul do país em março de 2013, informou a "PressTV"."As manobras programadas pela República Islâmica são pacíficas e provam que o Irã e os países da região são capazes de salvaguardar a segurança na região", declarou aos jornalistas locais o general Aziz Nasirzadeh, comandante da Força Aérea do país.Para Nasirzadeh, a presença de forças estrangeiras, em referência aos EUA e seus aliados, nas áreas do Oriente Médio, do Golfo Pérsico e da Ásia Central é "ilegítima" e "não é necessária".As Forças Armadas e os Guardiões da Revolução do Irã realizam todos os anos vários exercícios e manobras, em sua maioria destinados a prevenir um eventual ataque de EUA ou Israel.Israel e EUA ameaçaram atacar o Irã se o país não freasse seu programa nuclear, ao que Teerã respondeu que não interromperá suas atividades atômicas pacíficas e que, caso seja agredido, dará uma resposta arrasadora.




MUNDO

Juiz ordena prisão preventiva de ex-presidente do Peru no caso Odebrecht



O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo, em Lima



  • O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo, em Lima
Um juiz peruano emitiu nesta quinta-feira (9) uma ordem de prisão preventiva de 18 meses contra o ex-presidente Alejandro Toledo, por supostamente ter recebido US$ 20 milhões em propinas da construtora Odebrecht.

O juiz Richard Concepción, titular do Primeiro Tribunal de Investigação Preparatória da Sala Penal Nacional, confirmou a ordem de prisão preventiva solicitada pelo promotor anticorrupção Hamilton Castro, quem acusa o ex-presidente dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Toledo se encontra fora do Peru, e aparentemente esteve no último fim de semana em Paris (França), embora sua residência seja nos Estados Unidos, onde trabalha como pesquisador na Universidade de Stanford.
Este fato foi um dos motivos que levou o juiz a ordenar a prisão de Toledo, outras razões para mandado foram a gravidade dos crimes de que ele é acusado, com penas de pelo menos quatro anos de prisão.

Além disso, indicou que os "elementos de provas" existentes são suficientes e "respaldam com alto grau de confiabilidade" as acusações contra o ex-presidente.

Portanto, o juiz rejeitou a solicitação feita pelo advogado de Toledo, Heriberto Jiménez, para que o ex-presidente tivesse aparições regulares no tribunal, ao invés de permanecer preso enquanto continua a investigação.

Segundo o promotor Hamilton Castro, Odebrecht e Toledo acordaram com o pagamento de US$ 20 milhões em favor do ex-presidente, para favorecer a construtora na licitação da Estrada Interoceânica do Sul, que atravessa o território peruano, a partir da costa do Oceano Pacífico até a fronteira com o Brasil.

Dos US$ 20 milhões em propinas, a Promotoria identificou cerca de US$ 9 milhões pagos entre 2006 e 2010 em contas de empresas "offshore" de Josef Maiman, empresário peruano-israelense que serviu como testa-de-ferro do presidente, disse Castro.

Toledo é a primeira grande figura da política peruana acusada de ter recebido dinheiro da Odebrecht, cujos responsáveis confessaram para a Justiça americana que pagaram US$ 29 milhões funcionários públicos do Peru entre os anos de 2005 e 2014.

Esse período de pagamentos ilícitos compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
 

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Espanhol é preso na Holanda por esconder imigrantes em caminhão frigorífico

Uma dos imigrantes chamou a polícia perante o perigo de sofrer uma hipotermia devido às baixas temperaturas no interior do refrigerador.




Um caminhoneiro espanhol foi detido na Holanda pela suspeita de tráfico humano, depois que as autoridades encontraram nove pessoas em situação irregular escondidas no refrigerador de seu veículo, informou nesta sexta-feira (10) um porta-voz da polícia holandesa, Eric Passchier.
Uma destas pessoas chamou a polícia perante o perigo de sofrer uma hipotermia devido às baixas temperaturas no interior do refrigerador, acrescentou Passchier.
A polícia acredita que o caminhoneiro sabia "da presença" dessas pessoas em seu caminhão, e que as mesmas teriam pago "grandes quantidades de dinheiro" pela viagem.
"Paramos o caminhão perante o alerta de um dos imigrantes, que preocupado por sua vida e a do resto de acompanhantes ligou para nós, porque estavam todos congelados", explicou Passchier.
Trata-se de três mulheres e três homens de nacionalidade vietnamita e outros três homens iraquianos, todos eles maiores de idade.
Todos estavam escondidos na parte de atrás do caminhão, junto à verdura que o caminhoneiro espanhol teoricamente comercializava.
A matrícula do veículo também é espanhola, segundo a polícia.
O porta-voz policial detalhou que o caminhão foi parado quando procedia da Bélgica.
"Aparentemente, o destino final era Reino Unido", acrescentou Passchier.
A polícia entende pelos documentos que foram localizados que o caminhão "seria abandonado na Holanda, já que não estava autorizado" a chegar a um porto britânico.
O caminhoneiro passará um máximo de três dias em detenção policial, à espera dos resultados da investigação, antes de ficar à disposição judicial.

MUNDO

A pouco conhecida 'origem árabe' da Estátua da Liberdade

Desenho original de cartão-postal americano e símbolo da tolerância no país pode ter sido inspirado em uma mulher egípcia.






A estátua da Liberdade, um dos grandes símbolos dos EUA, desde 1886 "guarda" a entrada de Nova York pelo mar.
O monumento, que a França deu de presente aos Estados Unidos como parte das comemorações pelo primeiro centenário da independência americana, rapidamente se transformou em um símbolo de esperança para os imigrantes, que já naquela época chegavam aos montes ao país.
A obra, mais especificamente o poema gravado em sua base, que fala em solidariedade e acolhimento, voltou ao imaginário americano depois da publicação dos controversos planos do presidente Donald Trump para a imigração, em especial sua tentativa de vetar a entrada de indivíduos de sete países majoritariamente muçulmanos - que atribui a questões de segurança.
Essa medida, bloqueada pela Justiça, também trouxe à tona um detalhe pouco conhecido - e irônico - do passado da estátua: a obra do escultor francês Frédéric Bartholdi, afirma o professor de história da Universidade de Nova York Edward Berenson, tinha como objetivo representar uma mulher árabe.
Bartholdi trabalhou durante anos no projeto de uma gigantesca estátua, no moldes do Colosso de Rodes (uma das antigas Sete Maravilhas do Mundo), para celebrar a abertura do Canal de Suez, no Egito.
"Seria uma estátua localizada na entrada do canal, segurando uma tocha sobre sua cabeça. Uma mulher, vestida com o traje tradicional de camponesa árabe", explicou Berenson ao programa de rádio The World, uma parceria da emissora PRI e a BBC.

'Reciclagem'

Por falta de fundos, o projeto egípcio nunca saiu da papel. Mas o acadêmico americano, autor de um livro sobre a história da Estátua da Liberdade, afirma que o escultor francês encontrou uma forma de "reciclar" o projeto.
"Bartholdi e seus amigos já tinham decidido dar um presente aos EUA como forma de celebrar o centenário da independência, e ele teve a ideia de reutilizar a imagem, mas com algumas mudanças", explica o historiador.
Berenson explica que o francês basicamente adaptou os trajes árabes do desenho original para transformar a mulher em uma divindade greco-romana.
O livro "A Estátua da Liberdade", do historiador e bibliotecário Barry Moreno, traz várias imagens dos modelos do escultor francês que sugerem uma clara conexão entre o projeto original, chamado O Egito Levando a Luz à Ásia, e o projeto da estátua que hoje é um dos símbolos em Nova York.
Apesar disso, Robert Belot e Daniel Bermond, biógrafos de Bartholdi, dizem que o escultor sempre insistiu que a mais conhecida de suas estátuas era uma obra original.

Objeto de controvérsia

Berenson especula que Bartholdi já sabia que a ideia de uma estátua de uma mulher árabe em plena Nova York era um problema, mesmo que ainda fosse o século 19.
"O fato é que mesmo a proposta de uma liberdade greco-romana foi duramente rechaçada por todo tipo de gente nos EUA, pois não havia a tradição de monumentos públicos e a simbologia greco-romana não era muito reconhecida", explica o historiador.
"E se uma imagem ocidental já era controversa, o uso de uma imagem oriental poderia ter feito o projeto ser rejeitado totalmente."
Esta não foi a única mudança feita por Bartholdi. Os primeiros desenhos da Estátua da Liberdade traziam a deusa carregando correntes quebradas, além da tocha.
"É bastante provável que o simbolismo original estava vinculado à abolição da escravidão", diz Berenson.
"Mas quando Bartholdi construiu a estátua, nos anos 1880, a escravidão era apenas uma memória (foi abolida em 1865). Por isso, escolheu-se uma imagem menos polêmica", explica o acadêmico, referindo-se à substituição das correntes por placas com a data de independência dos EUA (4 de julho de 1776).

Contradições

As correntes, porém, não foram totalmente abandonadas - estão aos pés da estátua, em cujo pedestal há ainda a gravação do poema The New Collossus, de Emma Lazarus, famoso pelos versos "Dê-me seus cansados, seus pobres/Suas massas ansiosas por respirar em liberdade".
Berenson não crê que a conexão árabe - e possivelmente muçulmana - seja necessária para se fazer notar as contradições entre as políticas de Trump e os ideais que a estátua sempre simbolizou.
"É algo muito triste, pois a estátua sempre representou boas-vindas para as pessoas fugindo do sofrimento ou buscando refúgio."
"E todos conhecem o poema e Emma Lazarus".
"Mas agora parece que estamos rechaçando esses rendidos e pobres."