quarta-feira, 31 de agosto de 2016

MUNDO

Em reunião no Conselho de Segurança, Guiné-Bissau pede cooperação e apoio




Em discurso, encarregada de negócios da Missão guineense junto às Nações Unidas, Maria-Antonieta Pinto Lopes D'Alva, afirmou que nação conta com a comunidade internacional, e manifestou preocupação com possível encerramento da Missão; mandato atual do Uniogbis expira em fevereiro de 2017.
Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Devra Berkowitz

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião, na manhã desta terça-feira, para debater a situação na Guiné-Bissau.
O encontro ocorreu poucos dias após a Comissão de Consolidação da Paz para o país africano ter emitido um comunicado manifestando preocupação com o impasse político na Guiné.
Mensagem
O representante especial do secretário-geral da ONU em Bissau, Modibo Touré, fez uma apresentação aos embaixadores dos 15 países-membros do órgão. Logo depois, o Conselho ouviu a encarregada de negócios da Missão da Guiné-Bissau junto à ONU, Maria-Antonieta Lopes D'Ávila. Nesta entrevista à Rádio ONU antes de começar a reunião, a diplomata falou sobre a mensagem guineense.
"A mensagem é que a comunidade internacional continue conosco e continue engajados para não esquecer do povo da Guiné-Bissau sobretudo que neste momento precisa muito da colaboração, da assistência, da presença da comunidade internacional."
O representante do Brasil junto à ONU, Antonio Patriota, também discursou na reunião como presidente da Estratégia de Consolidação da Paz para o país africano.
O mandato atual do Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, termina em 28 de fevereiro do próximo ano.
Angola
O impasse político na Guiné começou em agosto do ano passado quando o presidente do país, José Mario Vaz, demitiu o governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
O único país lusófono no Conselho de Segurança, Angola, foi representado pelo vice-embaixador Hélder Lucas.
"É mais uma ocasião para o Conselho de Segurança discutir. Fazer o balanço da situação na Guiné-Bissau e eventualmente fazer recomendações se os dirigentes da Guiné-Bissau assim o entenderem, claro. Não vão sair daqui grandes decisões. Aliás isso cabe aos guineenses, tomá-las e resolver os seus problemas, mas vamos ter mais uma ocasião."
Projetos
Os integrantes do Conselho de Segurança realizaram uma visita à Guiné-Bissau no início de março para analisar a situação de perto. Desde então, os países-membros têm se ocupado da questão guineense.
Em julho, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, visitou a Guiné e se reuniu com o presidente Vaz, além de outros representantes do governo e integrantes da sociedade civil.
Esta é a segunda crise política na Guiné-Bissau desde abril de 2012, quando houve um golpe de estado no país que destituiu o governo do primeiro-ministro e tirou o presidente interino do posto.


Após eleições diretas do novo presidente e primeiro-ministro, a Guiné-Bissau realizou em março do ano passado uma mesa redonda com doadores em Bruxelas para avançar os novos projetos do governo, mas cinco meses depois, um novo impasse levou instabilidade política à nação africana de língua portuguesa.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Pnud cita oportunidades em São Tomé e Príncipe para economias verde e azul




Representante da agência  defende melhor acesso de população nova aos resultados sustentáveis; mais de 66% dos são-tomenses vivem com menos de US$ 1,5 por dia.
São Tomé e Príncipe. Foto: Pnud

A diversificação da economia de São Tomé e Príncipe está na mira do apoio  que o sistema das Nações Unidas quer dar ao país, para estimular modelos da economia baseados na sustentabilidade social, económica e ambiental.
O coordenador residente das Nações Unidas, José Salema, disse haver potencial para aproveitar a economia verde num país que já é uma referência em fornecer produtos agrícolas de classe mundial.
Condições
"Por exemplo o cacau, o café e outras filiais agrícolas são sobremaneira importantes para a economia nacional. O trabalho de controlo de solos, da erosão e de melhoramento das vertentes agrárias que existem criam todo um foco numa economia do país. Agora, é preciso desenvolvê-la e criar condições de diversificá-la dando condições a toda uma população, muito nova, de ter acesso aos bens e aos resultados que essa economia poderá criar."
Dados da ONU revelam que o arquipélago tem cerca de 200 mil habitantes e um rendimento per capita de US$ 1.670.
Economia Azul
O também  representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, no país disse haver muito potencial para a economia azul. O modelo aproveita as inovações com base na natureza.
"A superfície do mar que rodeia o arquipélago é 100 vezes superior à superfície física do arquipélago. Então, o mar é um outro fator importante para o desenvolvimento de programas de economia azul com opções de desenvolvimento tangíveis. É  neste contexto que penso que existem áreas de trabalho e de exploração onde não só o Pnud tem capacidades, e tem assistido o governo no seu desenvolvimento, mas também outras agências."
Oportunidades
Salema mencionou áreas por explorar como o turismo, segurança marítima e redução de risco de desastres. Ele revelou que várias oportunidades são aproveitadas pelo Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
O representante das Nações Unidas renovou o empenho da organização de contribuir para reduzir e erradicar a pobreza no arquipélago, onde mais de 66% das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza com menos de US$ 1,5 por dia.
Até 2015, São Tomé e Príncipe cumpriu as metas globais em reação ao ensino primário universal, à igualdade de género e capacitação das mulheres, à melhoria da saúde materna e ao combate ao HIV/Sida, Tuberculose e Malária.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU treina polícia em direitos humanos no leste da Guiné-Bissau




Iniciativa enquadra-se nas reformas em curso no setor de segurança; Uniogbis de Bafatá pretende adaptar a atitude dos agentes aos padrões de promoção e proteção dos direitos humanos; chefe da secção falou da situação dos direitos humanos na província.
Sede da Uniogbis. Foto: Uniogbis

As Nações Unidas lançaram um programa de formação de oficiais de polícia para atender a região do leste da Guiné-Bissau. Segundo analistas, a área regista uma das maiores prevalências de casos de violação dos direitos humanos. A informação é confirmada pelo Gabinete Provincial das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis de Bafatá.
Praticas Nefastas
O Gabinete, que cobre também a região de Gabu, foi criado nos finais de 2013. Segundo os funcionários, desde então estão a ser registadas diminuições graduais de casos de violação dos direitos humanos. Foi o que disse à Rádio ONU, Midana Gomes Indi.
Ele é oficial dos direitos humanos do escritório regional. Segundo Gomes Inidi, as detenções arbitrárias e as péssimas condições das celas são as situações mais salientes. Outras violações são: o casamento forçado ou precoce, a violência doméstica, abuso sexual e a mutilação genital feminina.
"Apesar de haver uma lei que proíba a mutilação genital feminina, ainda há pessoas que continuam a fazer esta prática às escondidas. No ano passado registamos um caso que finalmente conseguiu chegar à justiça, os suspeitos foram julgados e condenados por esta prática."
Atividades
Entre as várias atividades desenvolvidas pelo Escritório mediante o seu mandato, destaca-se a formação em direitos humanos, cujos trabalhos terminaram na semana passada em Gabu. A formação foi destinada aos oficiais seniores das forças de segurança da província leste.
Durante quatro dias, 29 oficiais foram dotados de conhecimentos relativos às normas e aos princípios nacionais e internacionais sobre a promoção e proteção dos direitos humanos. Outra meta é a mudança de comportamento e atitude por parte dos agentes de ordem.
Papel pedagógico
A iniciativa do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz mereceu elogios de Alberto Bubacar Sidibé, comissário provincial da Polícia de Ordem Pública.
"O comissariado provincial de leste agradece a realização deste seminário sobre o curso relacionado com os direitos humanos pela sua importância num país em desenvolvimento onde as forças policiais têm um papel pedagógico na segurança pública e torna-se indispensável na boa conduta dos seus agentes."


De acordo com os media locais, os índices de consumo de drogas como marijuana são elevados no leste do país. As autoridades policiais fizeram do combate ao problema uma de suas principais prioridades.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ativistas de direitos humanos podem ser condenados à morte no Sudão




ONU pede que pena seja revista; seis pessoas ligadas à uma ONG de Cartum acusadas de conspiração, guerra contra o Estado, espionagem e terrorismo; relator lembra que pena de morte é forma extrema de punição.
Número de detidos ou na solitária é alto. Foto: ONU/Martine Perret

Um grupo de relatores das Nações Unidas está a pedir às autoridades do Sudão para que retirem as acusações contra seis pessoas ligadas à organização Treinamento e Desenvolvimento Humano, Tracks, baseada em Cartum.
Segundo os especialistas em direitos humanos, os ativistas da ONG estão a ser acusados de "conspiração criminal, guerra contra o Estado, espionagem e terrorismo". Acusações que podem levar à pena de morte.
Justiça
A relatora especial da ONU sobre execuções extrajudiciais, Agnes Callamard, explica que a "pena de morte é uma forma extrema de punição, que só deve ser imposta após julgamento justo baseado nas leis internacionais de direitos humanos".
A especialista teme que o julgamento dos seis ativistas não respeite esses princípios. O escritório da ONG já foi invadido duas vezes e documentos, equipamentos e passaportes foram confiscados. Os seis acusados foram detidos e torturados diversas vezes ao serem questionados sobre as atividades da organização.
Tendência
Já o relator da ONU para liberdade de expressão, Maina Kiai, lembra que o Sudão ratificou a Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Por isso, uma possível sentença de pena de morte será um balde de água fria para ativistas e defensores de direitos humanos no Sudão".
Por sua vez, o especialista independente para os direitos humanos no Sudão, Aristide Nononsi, declarou que a ação contra os ativistas é parte da tendência das autoridades de "ameaçar, assediar ou intimidar integrantes da sociedade civil".

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Representante da ONU condena ataque terrorista a hotel na Somália


Em nota, Michael Keating repudiou o atentado a bomba em Mogadíscio; grupo terrorista islámico Al Shabaab assumiu autoria do crime.
Michael Keating. Foto: ONU/Loey Felipe

O representante especial do secretário-geral da ONU na Somália condenou nos termos mais fortes um ataque ao Hotel SYL em Mogadíscio, capital do país.
Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas no atentado a bomba, que foi depois assumido pelo movimento islámico terrorista Al Shabaab.
Mesmo local
Vários altos funcionários do governo somali estavam no hotel na hora da explosão participando numa reunião, mas ninguém do gabinete do país africano ficou ferido.
O ataque ocorreu perto do Palácio Presidencial e dos edifícios parlamentares.
Michael Keating disse que, mais uma vez, extremistas violentos atacaram um hotel de Mogadíscio realizando o terceiro atentado semelhante ao mesmo local desde o início do ano passado.
O representante lembrou ainda que desde o primeiro ataque, o hotel foi reparado e reformado para reabrir suas portas. Para Keating, o Hotel SYL é um símbolo da resiliência do povo somali que se recusa a ceder à campanha de terror do movimento islamita.


Vários guardas de segurança tentaram conter o veículo armadilhado, o que ajudou a reduzir o número de mortes no ataque. O representante especial da ONU na Somália expressou sua solidariedade às famílias das vítimas e uma pronta recuperação aos feridos. Ele disse que suas orações estão com cada um eles.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Chefe do Acnur faz forte apelo ao fim do sofrimento dos sul-sudaneses




Filippo Grandi foi até Uganda conversar com os refugiados que escaparam do sofrimento na nação vizinha; alto comissário pede aos líderes que parem de ignorar apuro da população.
Alto comissário da ONU Filippo Grandi com sul-sudaneses. © UNHCR/Michele Sibiloni

O alto comissário da ONU para Refugiados esteve no Uganda a avaliar a situação dos sul-sudaneses. Filippo Grandi fez um "apelo emocionado pelo fim das violações de direitos humanos e das atrocidades" contra a população do país mais novo do mundo.
O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, declarou que a paz precisa chegar ao Sudão do Sul. Grandi pede aos líderes do país para que sejam responsáveis e parem de ignorar o sofrimento de seu próprio povo.
Fuga
O representante da ONU ouviu testemunhos de violência extrema sofrida por refugiados que abandonaram o Sudão do Sul. Um homem contou que levou tiros quando forças do governo invadiram a sua aldeia. Apesar de ter escapado do país, seus familiares não conseguem sair do Sudão do Sul porque grupos armados bloqueiam estradas.
Desde que eclodiram os confrontos entre governo e rebeldes, 90 mil pessoas fugiram do país e buscaram abrigo no Uganda, que recebe por dia entre 800 e mil refugiados.
Nova Chance
Depois do Quénia, Uganda é o segundo país africano que mais abriga refugiados, cerca de 600 mil, nascidos no Burundi, RD Congo e Sudão do Sul.
No Uganda, os refugiados vivem em assentamentos e o governo fornece pedaços de terra para que possam construir suas casas ou cultivar plantações e posteriormente ganhar algum dinheiro com a venda dos alimentos.
O alto comissário da ONU elogiou Uganda por continuar a receber refugiados, apesar do país não ter recursos suficientes. Grandi afirmou nunca ter visto pessoas com terra para o cultivo ou com um lugar para morar apenas dois meses após pedir refúgio.
O representante aproveitou para pedir à comunidade internacional mais apoio à resposta humanitária à crise no Sudão do Sul, porque até o momento foi recebido apenas 20% do dinheiro necessário.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Barreiras à mulher no trabalho atrasam desenvolvimento, diz Banco Mundial




Conquistar Objetivo número 5 de Desenvolvimento Sustentável relacionado à igualdade de gênero tem desafios legais e práticos, apontam especialistas.
América Latina e Caribe são uma das regiões em desenvolvimento com maior percentual de mulheres em cargos de gerência. Foto: Banco Mundial

As mulheres latino-americanas superaram os homens em termos educacionais. Segundo dados do Banco Mundial, há 7% mais mulheres que homens nas escolas secundárias e 30% mais no ensino superior.
Mas essa vantagem se reflete apenas parcialmente no mercado de trabalho regional.
Empresas
Em comparação com outras regiões em desenvolvimento, América Latina e Caribe são uma área com mais participação da mulher em papéis de gerência.
Dados analisados pelo Banco Mundial entre 2010 e 2016 revelam que 39,8% das empresas da região têm uma mulher entre os donos, por exemplo. O percentual só é menor do que os do Leste da Ásia e Pacífico e da Europa do Leste e Ásia Central.
Por outro lado, a participação laboral da mulher nos 10 primeiros anos da década de 2000, quando a América Latina viveu alto crescimento econômico, aumentou apenas três pontos percentuais.
Evolução
Foi uma evolução tímida comparada com a que houve nos anos 1990. Nesse período, o percentual de mulheres que trabalhavam ou estavam ativamente buscando emprego passou de 53% a 62%, de acordo com o Centro de Estudos Distributivos, Trabalhistas e Sociais da Universidad de La Plata, da Argentina.
As discrepâncias no mercado de trabalho não só da América Latina, mas de todo o mundo, estão entre os alvos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5, das Nações Unidas.
O ODS 5 busca a igualdade entre os gêneros e o empoderamento de todas as mulheres na vida econômica, política e pública.
Contratação
Conquistar tais objetivos até 2030 promete ser um grande desafio não só do ponto de vista legal, mas também prático.
Em 60% de todos os países, falta legislação que garanta oportunidades iguais na hora da contratação, pagamento igual para tarefas com o mesmo valor e a chance de a mulher fazer o mesmo trabalho que o homem. E mais: 83% das empresas do mundo têm um homem como principal gerente.
Outro obstáculo está na questão da licença-maternidade. Embora quase todos os países deem esse direito às trabalhadoras, cerca de metade não garante que elas mantenham o cargo ao voltar ao trabalho.
Tudo isso faz com que as mulheres tenham oportunidades econômicas limitadas, o que atrasa o desenvolvimento, como informa o Banco Mundial no estudo Indicadores de Desenvolvimento Global 2016.
Em compensação, quando a mulher tem acesso a meios produtivos, ela conquista também uma forma de sair da pobreza, segundo a instituição.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

OMS quer vacinar mais de 9,5 milhões contra pólio no Afeganistão




Campanha da agência da ONU conta com 65 mil trabalhadores de saúde; autoridades vão realizar uma segunda rodada de vacinação em 2 de setembro para alcançar as crianças que não receberem a dose.
Foto: Unicef

O Ministério de Saúde Pública do Afeganistão, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, está realizando uma campanha de vacinação maciça contra a pólio.
A meta é vacinar todas as crianças menores de cinco anos do país, cerca de 9,5 milhões. Aproximadamente 65 mil trabalhadores de saúde participam da operação.
Índices Altos
A campanha teve início na segunda-feira e termina esta quarta. Mas as autoridades afirmam que uma nova rodada de vacinação será realizada na sexta-feira, 2 de setembro, para alcançar as crianças que não tenham sido vacinadas nessa primeira etapa.
Segundo o Unicef, a campanha se torna mais importante porque setembro e outubro são os meses que registram os índices mais altos de transmissão.
Os especialistas disseram que o vírus da pólio está mais ativo e perigoso durante esses meses quentes e é exatamente quando as crianças afegãs correm mais risco de ficarem paralisadas ou morrerem por causa da doença.
Vitamina A
Além da vacina contra a pólio, as crianças vão receber também comprimidos de vitamina A, que é essencial para o funcionamento do sistema imunológico.
O representante da OMS no Afeganistão, Richard Peeperkorn, afirmou que o "mundo está bem perto de eliminar a pólio e enquanto a doença existir, as crianças estarão correndo risco".
Até agora, neste ano, foram registrados oito casos de pólio no país. O novo Plano Nacional de Ações de Emergência quer acabar com as transmissões do vírus até 31 de dezembro.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Chefe de ajuda humanitária preocupado com áreas sitiadas na Síria




Stephen O'Brien citou como exemplo a evacuação de Daraya nos últimos dias 26 e 27; decisão foi tomada entre governo sírio e representantes da cidade sem consultar as Nações Unidas.
Stephen O’Brien. Foto: ONU/Rick Bajorna

O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU emitiu um comunicado manifestando extrema preocupação com a situação de áreas sitiadas na Síria e da cidade de Daraya, que estava cercada desde 2012.
Stephen O'Brien disse que a decisão de evacuar os civis de Daraya no fim deste mês não contou com a participação das Nações Unidas. A ONU foi avisada do acordo durante a madrugada, poucas horas antes do início da operação.
Restrições
Segundo o chefe de ajuda humanitária, o acordo foi selado entre o governo sírio e representantes de Daraya. Há relatos de que muitos sírios sitiados tiveram que comer grama para sobreviver.
Daraya ficou à mercê de combatentes rivais e de bombardeios durante os últimos quatro anos. Foram impostas restrições ao direito de ir e vir e à entrada de bens comerciais e humanitários.
A ONU tem trabalhado no terreno a pedido do governo sírio e do povo de Daraya. Mas segundo O'Brien, os acordos fechados para realizar a evacuação não cumprem as leis humanitárias e o direito internacionais.
Precedentes
Ele afirmou que todos os cercos, que são uma tática medieval, e devem ser suspensos. O'Brien também disse que a saída dos civis de Daraya, e a forma como foi realizada, não deve servir de precedentes para outras tentativas de evacuação na Síria.
Segundo o subsecretário-geral da ONU, é fundamental que os deslocados pela violência retornem a suas casas de formas digna e voluntária.
Ele encerrou o comunicado lembrando a área de Al Waer, na cidade de Homs. Apesar do acordo de trégua temporária, cerca de 75 mil pessoas foram vítimas de bombardeios durante a semana passada, o que causou mortos e feridos.
Para Stephen O'Brien, as pessoas na Síria já sofreram demais. Ele voltou a pedir a todas as partes que suspendam, imediatamente, o cerco aos civis, incluindo as áreas de Madaya, Douma e Kefraya, entre outras.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

"Vamos trabalhar juntos pela paz", diz Ban em visita a Mianmar




Secretário-geral da ONU participou da abertura da chamada conferência da paz; segundo ele, ocasião é "histórica" para "maior democratização do país"; Ban parabenizou todos os lados pela determinação demonstrada "em apoio à reconciliação nacional".
Ban Ki-moon em conferência da paz. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está em Mianmar onde participou da abertura da chamada "conferência da paz". Para ele, "essa é uma ocasião histórica para uma maior democratização do país".
O chefe da ONU ressaltou que a conferência está "reunindo diferentes grupos étnicos de Mianmar em um compromisso conjunto de uma união federal baseada em igualdade, democracia e autodeterminação".
Reconciliação Nacional
Ban parabenizou todos os lados pela "paciência, resistência, determinação e espírito de compromisso demonstrado em apoio à reconciliação nacional".
Segundo o secretário-geral, há uma "longa estrada pela frente, mas o caminho é muito promissor". Mianmar, antiga Burma, no sudeste da Ásia, está atravessando um processo de democratização desde um golpe militar em 1990, que impediu que o partido vencedor nas urnas, da líder da oposição Aung San Suu Kyi, assumisse o poder.
O chefe da ONU afirmou que a conferência marca uma "transição histórica" desde que o ex-presidente U Thein Sein "abriu as portas para reformas democráticas, há seis anos".
Aspirações Genuínas
Para ele, "Mianmar mostrou o que é possível quando líderes ouvem as aspirações, preocupações e sonhos genuínos sobre aonde o país deve prosseguir".
Ban ressaltou que a ONU sido uma "firme parceira" no apoio às reformas no país, particularmente no processo de reconciliação nacional.
O secretário-geral afirmou que a organização continuará suas ações para aliviar diferenças e tensões, além de apoiar um melhor entendimento e diálogo em conformidade com os objetivos e valores da Carta das Nações Unidas.
Paz
"Vamos trabalhar juntos pela paz", concluiu o chefe da ONU.
Ban ressaltou que a "longa guerra civil" custou diversas vidas e roubou sucessivas gerações de sua dignidade, tranquilidade e normalidade. Segundo ele, "está claro agora que não pode haver solução militar" para as diferenças no país.
O secretário-geral citou o acordo nacional de cessar-fogo negociado no ano passado, que considerou de importância "crucial". Segundo Ban, o novo governo tomou medidas para torná-lo mais inclusivo e a chamada conferência da paz seria o resultado dessas ações.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

"É preciso vontade política" para acordo sobre testes nucleares


Tratado de Proibição de Testes Nucleares foi assinado por 183 países, ainda não entrou em vigor; chefe da Comissão sobre o acordo, Lassina Zerbo, ressaltou que oito Nações ainda precisam ratificá-lo.
Teste nuclear na Polonésia Francesa. Foto: Ctbto

O Tratado de Proibição de Testes Nucleares, Ctbt, completa duas décadas neste ano e para o chefe da Comissão sobre o tratado, é preciso "ação e vontade política" para que ele entre em vigor.
Para Lassina Zerbo, o acordo está próximo à universalização: 183 países assinaram o tratato e 164 já o ratificaram, talvez 166 nas próximas semanas, segundo Zerbo.
Universal
O chefe da Ctbto afirmou que "isto é quase universal", "mais de 90% da comunidade internacional dizendo não e nunca a testes nucleares". De acordo com ele, "politicamente é uma conquista".
No entanto, para Zerbo, esta realização "parece estar sendo ofuscada" pelo fato de que oito países restantes estariam, segundo ele, "basicamente tomando como refém a comunidade internacional por não ratificar o tratado para permitir que ele entre em vigor".
Vontade Política
O secretário executivo do Ctbto afirmou que isto é um problema e que sào necessárias "ações e vontade política para tentar mudar a situação".
Segundo a Comissão sobre o Tratado de Proibição de Testes Nucleares, 44 países detentores de tecnologia nuclear específica devem assinar e ratificar o acordo antes que ele entre em vigor. Destes, ainda faltam oito: China, Coreia do Norte, Egito, Estados Unidos, Índia, Irã, Israel e Paquistão.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU diz que "a paz no Iêmen é prioridade"




Declaração foi feita pelo enviado especial do secretário-geral para o país, Ismail Ould Cheikh Ahmed; ele afirmou que o fim das negociações realizadas no Kuwait "traiu as expectativas de milhões de iemenitas".
Ismail Ould Cheikh Ahmed no Conselho de Segurança na manhã desta quarta-feira. Foto: ONU/Rick Bajornas

O enviado especial do secretário-geral da ONU, Ismail Ould Cheikh Ahmed, afirmou que "a paz no Iêmen é prioridade" e que o "fim das negociações de paz no Kuwait sem um acordo traiu as expectativas de milhões de iemenitas".
Em pronunciamento no Conselho de Segurança, esta quarta-feira, Ould Cheikh Ahmed disse que "a população esperava que as conversações levariam ao fim do conflito e abririam o caminho para a volta do país a uma transição política pacífica".
Fracassar
Ele falou que as "Nações Unidas não fracassaram e não vão fracassar no Iêmen e que os líderes iemenitas não devem decepcionar a população".
Segundo o enviado especial, o fim das conversações foi seguido pelo rompimento da cessação das hostilidades e por uma escalada perigosa das atividades militares.
Ele declarou que "a retomada eficaz das conversações de paz só será possível se todas as partes mantiverem o compromisso de negociar um acordo e evitar ações unilaterais".
Várias operações e confrontos militares foram registrados nas últimas semanas em Sanaa, a capital do Iêmen, e em Taiz, Al Jawf, Shabwa e Mareb.
Leis Internacionais
Foram usados mísseis balísticos nos ataques aéreos e artilharia que resultaram em dezenas de mortes, destruição e em mais deslocamentos da população civil.
Ould Cheikh Ahmed afirmou que foram registradas também várias violações das leis internacionais de direitos humanos e humanitária.
Ele pediu a todos os grupos envolvidos no conflito que respeitem as leis para proteger os civis e a infraestrutura do país.
Al Qaeda e Isil
O representante do secretário-geral disse aos membros do Conselho de Segurança que "a escalada militar vai continuar fornecendo oportunidades para a propagação dos grupos terroristas".
Segundo ele, as redes terroristas Al Qaeda e Isil continuam causando estragos em partes significativas do país, como por exemplo o atentado suicida em Áden, que matou e feriu dezenas de iemenitas nesta segunda-feira.
Ould Cheikh Ahmed pediu ajuda internacional para pagar salários do funcionalismo público e no envio de assistência humanitária. O número de deslocados internos passou de 3 milhões e o preço dos alimentos registraram uma alta de 60% desde o início da crise.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO



Congresso da Espanha rejeita reeleição de Rajoy em 1ª votação



O presidente interino do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, teve rejeitada nesta quarta-feira pelo Congresso, em primeira votação, sua intenção de ser reeleito para o cargo, e voltará a tentar na sexta-feira prolongar sua permanência no poder, mas com poucas perspectivas de sucesso.
Após dois dias de debates parlamentares nos quais defendeu sua candidatura, Rajoy recebeu 170 votos a favor e 180 contra. Como esperado, ele conseguiu o apoio dos 137 parlamentares da legenda que preside, o Partido Popular (PP), além dos 32 do Ciudadanos e um de uma deputada moderada das ilhas Canárias.
Votaram contra Rajoy os 85 deputados do socialista PSOE, os 71 da coalizão de esquerda Unidos Podemos e 24 de vários partidos nacionalistas que completam o Congresso.
A posição manifestada pelos diferentes porta-vozes nos debates torna possível prever que Rajoy voltará a ser derrotado na segunda votação, em que basta a maioria simples.
Hoje, Rajoy pediu ao líder do PSOE, Pedro Sánchez, para que promova a abstenção de uma parte de seus deputados, o que permitiria a formação de um novo governo.
"Deixem-nos os senhores pelo menos governar. Não bloqueie e não nos leve a uma terceira convocação eleitoral", disse Rajoy a Sánchez, que previamente ratificou seu "não" ao líder do PP.
Rajoy referiu-se assim aos pleitos de dezembro de 2015 e 26 de junho deste ano, que não resultaram em um parlamento com maioria definida para a formação de um governo. Manter essa situação agora pode levar os espanhóis a terem que ir às urnas novamente no final do ano.
O presidente interino alegou que a Espanha precisa de um governo com todas as suas competências e que não se pode "realizar eleição após eleição" até que haja um resultado "que agrade ao senhor Sánchez".
O líder socialista, cuja candidatura ao governo foi derrotada em um debate de posse em março, justificou hoje sua rejeição a um hipotético governo de Mariano Rajoy por causa da gestão deste de 2011 a 2015, baseada - segundo ele - na corrupção e no aumento da desigualdade.
"Não podemos apoiar aquilo ao que enfrentamos", disse Sánchez, que acusou Rajoy de ser o líder de "um partido acusado" de corrupção - em alusão ao fato de o PP ser julgado em um caso no qual dirigentes da legenda são réus.
Rajoy não quis responder a esta acusação por considerar que "não traz nada" para este debate, mas argumentou que adotou medidas contra a corrupção.
O Ciudadanos negociou um acordo de cerca de 100 tópicos que foi precedido pela assinatura de um pacto contra a corrupção que obrigará à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a contabilidade do PP.
Os partidos nacionalistas bascos e catalães PNV e PDC, que ideologicamente são mais próximos ao PP por também serem de centro-direita, rejeitam Rajoy por alegarem que ele se opõe à cessão de competências às regiões autônomas e pratica o centralismo.
Se Rajoy voltar a ser rejeitado na sexta-feira, será aberta uma etapa de incerteza, na qual o rei Felipe VI poderá voltar a convocar os líderes políticos do país para saber se há margem para propor outro candidato ao governo que seja eleito antes de 31 de outubro.
Se nesta data não for eleito um novo chefe do governo, serão convocadas novas eleições legislativas no período do Natal.

Fonte: EFE 

BRASIL



Temer se reunirá com Rajoy durante Cúpula do G20 na China



O presidente Michel Temer, que foi confirmado no cargo nesta quarta-feira após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, se reunirá com o presidente do governo interino da Espanha, Mariano Rajoy, durante a Cúpula do G20 na China, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
Temer, que hoje mesmo assumirá formalmente o cargo que ocupa de forma interina desde maio, viajará imediatamente para a China para fazer sua estreia internacional frente aos líderes das principais economias do planeta.
Fontes oficiais disseram à Efe que, além de Rajoy, Temer deverá ter reuniões bilaterais com o presidente da China, Xi Jinping, com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Nayef.
Durante a Cúpula do G20, que será realizada na cidade chinesa de Hangzhou entre os dias 4 e 5 de setembro, Temer também se reunirá com o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Um dos objetivos de Temer é apresentar no G20 seus planos para tirar o Brasil do abismo econômico em que o país afundou nos últimos anos, que incluem desde duros cortes nos gastos públicos até um ambicioso plano de privatizações ainda não detalhado, mas que se abrirá plenamente aos investimentos externos.
Conforme Temer disse em entrevista recente, sua viagem também tem como meta "mostrar ao mundo que no Brasil há plena normalidade democrática" e que o impeachment de Dilma só prova que "as instituições brasileiras funcionam em sua plenitude".

Fonte: EFE