terça-feira, 30 de agosto de 2016

DISTRITO FEDERAL

GDF envia à Câmara projeto para acelerar regularização de terras

Rollemberg diz que concessão vai facilitar financiamento para meio rural.
Medida pode melhorar qualidade dos produtos do DF, afirma governador.


Governador Rodrigo Rollemberg assina a criação de conjunto de atividades distritais e federais para o setor agropecuário do Distrito Federal (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)Governador Rodrigo Rollemberg assina a criação de conjunto de atividades distritais e federais para o setor agropecuário do Distrito Federal (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)
O governador do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (30) que vai encaminhar projeto de lei à Câmara Legislativa para acelerar o processo de regularização fundiária em todo o DF. O anúncio aconteceu durante a apresentação do Plano Safra  Brasília 2016-2017, que prevê uma cooperação com o governo Federal para desenvolver a área rural e gerar ocupação e renda das pessoas do campo.
Segundo o governador, a proposta complementa uma emenda de regularização das terras rurais de autoria do próprio Rollemberg quando era deputado federal, em 2009. A medida provisória, sancionada pelo então presidente Lula, previa a concessão das escrituras a produtores rurais e a venda direta a ocupantes das terras há pelo menos cinco anos.
“O meio rural do DF enfrenta uma dificuldade que é a regularização fundiária. No nosso projeto, a concessão de uso e de direito real de uso poderão ser dados em garantia de financiamento com instituições como o BB e o BRB”, afirmou Rollemberg.
O governador afirma que o projeto busca garantir maior poder de posse aos trabalhadores rurais e deve melhorar a qualidade dos produtos consumidos no DF.  Rollemberg disse que vai ouvir todos os segmentos produtivos da agricultura.
Plano Safra 2016-2017
Nesta terça-feira (30), o GDF anunciou o plano em parceria ao governo federal para alavancar a produtividade agropecuária. O investimento vai ser de R$ 352,5 milhões. O setor produtivo gera R$ 1,82 bilhão por ano. Entre as unidades da federação, o DF ocupa a 21ª posição no ranking de geração de receita com a venda de produtos animais e vegetais.
Do total, R$ 267,7 milhões serão voltados ao crédito rural, para financiamento das atividades agropecuárias. Os demais R$ 84,8 milhões serão destinados a políticas de apoio e fomento. Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, José Guilherme Tollstadius Leal, haverá 25 linhas de crédito e 25 medidas de apoio ao setor.
Uma das novidades do plano é o "Prospera jovem rural", política de crédito que vai capacitar jovens de 18 a 29 anos a investir em agropecuária e na prestação de serviços no setor. O plano prevê também a ampliação do limite anual de operações de crédito do fundo de desenvolvimento do DF de R$ 150 mil para R$ 200 mil para os produtores rurais e de R$ 300 mil para R$ 500 mil para as associações e cooperativas.
“O governo de Brasília lança o plano com instrumentos poderosos para promover ode senvolvimento da agricultura da nossa cidade. Um território pequeno, mas de uma agricultura extremamente produtiva, trará um retorno grande. Se para cada real investido na agricultura temos um retorno de R$ 9, vamos ter um retorno de R$ 2,250 bilhões em produtos agrícolas. Além de melhorar os produtos consumidos no DF também vamos promover o desenvolvimento da agricultura familiar no DF”, afirmou Rollemberg.
Segundo a Emater-DF, o Distrito Federal possui 19 mil propriedades rurais, que ocupam 67% do território da unidade federativa. De acordo com o censo populacional do IBGE (2010), há 90 mil moradores nessas áreas, dos quais 40,4 mil trabalham nas terras.
Com o plano, o GDF cria também o programa jovem empreendedor rural, coordenado pela Emater-DF, para gerar renda aos moradores do campo que têm idade entre 15 e 29 anos. O governo busca capacitar pelo menos 100 jovens da área rural do DF.
“A regularização das terras é um tema muito caro e não dá para continuar sem acontecer isso. A terra aqui é um processo de colonização em que a Terracap detém esse processo. Nós conhecemos a burocracia do estado, se não estivermos pedindo 24h por dia, é possível que possa ser esquecido nas gavetas dos escritórios. A palavra de ordem é regularização”, afirmou o deputado distrital e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do DF, Joe Valle (PDT).
O secretário de Política Agrícola do governo federal, Neri Geller, adotou o tom do distrital Joe Valle (PDT) e reiterou a necessidade da regularização das terras do Distrito Federal. “Quem vai tirar o brasil da crise econômica são os produtores rurais”, afirmou.

Estiveram presentes à solenidade de assinatura do plano, o governador Rodrigo Rollemberg, o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, José Guilherme Tollstadius Leal, o deputado distrital Joe Valle (PDT), o secretário de Política Agrícola do governo federal, Neri Geller, o secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário José Ricardo Roseno, o coordenador Geral da Federação de agricultura Familiar do DF, Anaildo Porfirio, o presidente do BRB, Vasco Gonçalves e o presidente da Confederação Nacional de Agricultura, João Martins da Silva Júnior.
Fonte: G1

MUNDO

Morreu porta-voz do Estado Islâmico que apelou a atentados internacionais

Abu Muhammad al-Adnani apelou à morte de ocidentais, ou pelo menos a acções de desprezo: "Se não puderem, então cuspam-lhe na cara”, afirmou.
Adnani era um dos fundadores do EI YOUTUBE/AFP

O porta-voz do Estado Islâmico (EI) e coordenador das acções terroristas internacionais do grupo, Abu Muhammad al-Adnani, está morto. O anúncio foi feito pelo próprio EI, que apenas disse que o sírio de 39 anos, um dos fundadores do grupo jihadista, foi morto nos arredores de Alepo, sem precisar a data nem as condições em que foi morto.
Adnani tornou-se célebre por ter feito um apelo aos atentados terroristas contra alvos civis no Ocidente: “Se não forem capazes de encontrar uma bomba ou uma bala, então esmaguem a sua cabeça com uma pedra, apunhalem-no com uma faca, atropelem-no com o vosso carro, atirem-no de uma falésia, estrangulem-no, envenenem-no…”, dizia em Setembro de 2014. “Se não forem capazes de o fazer, então queimem a sua casa, carro, loja. Ou destruam as suas colheitas. Se não puderem, então cuspam-lhe na cara.”
Não se sabe quem terá morto Abu Muhammad al-Adnani. No Norte da província de Alepo, perto da fronteira com a Turquia, o Estado Islâmico está ser atacado por muitos inimigos: pela Turquia, por bombardeamentos americanos e russos, por milícias sírias apoiadas pelos Estados Unidos e pela Turquia, e ainda por forças curdas, apoiadas pelos EUA e aliados árabes.
A morte foi anunciada num tweet pela agência noticiosa do EI.



Fonte: PÚBLICO

CIÊNCIA

Hospitais tentam aliviar dor com uma dose de realidade virtual



  • Marco Piunti/Getty Images
Quando Deona Duke acordou de um coma induzido para começar a se recuperar de queimaduras que cobriam quase um terço de seu corpo, um dos tratamentos a que foi submetida foi o de arremessar bolas de neve em pinguins. A menina de 13 anos tinha se queimado quando, junto com uma amiga, foi atingida pela explosão de uma fogueira. Para evitar infecções, os curativos das vítimas de queimaduras precisam ser trocados e a pele morta precisa ser raspada. Em alguns casos, nem a morfina consegue fazer com que essa dor seja tolerável.
No hospital infantil Shriners, em Galveston, nos EUA, os médicos de Deona lhe deram um headset de realidade virtual. Ao colocá-lo, ela foi rodeada pelo "SnowWorld", uma paisagem congelada onde ela podia jogar neve em bonecos de neve e em iglus. O hospital, que fica no Texas, é um dos poucos a tentar usar a realidade virtual para aliviar a dor.
"Eu nunca tinha ouvido falar disso, então me surpreendi um pouco", disse ela. "Na primeira vez que tentei, me distraí e isso ajudou a aguentar a dor".
Essa abordagem ainda é nova e experimental, mas os defensores da realidade virtual afirmam que ela pode ser um tratamento eficaz para tudo, das dores intensas e do mal de Alzheimer à aracnofobia e à depressão. E, como Facebook, Sony, HTC e outras empresas estão correndo para desenvolver o aparelho que dominará o campo da realidade virtual, o preço do hardware caiu, tornando o equipamento uma opção mais acessível para os hospitais que buscam alternativas para aliviar a dor.
"A dor é um alarme que nos indica o perigo e é muito eficiente para chamar a nossa atenção", disse Beth Darnall, professora associada de clínica da divisão de Medicina da Dor de Stanford Health Care. Ela diz que a realidade virtual, utilizada em alguns estudos-piloto em Stanford, nos EUA, é uma ferramenta psicológica, como a meditação, que pode "acalmar o sistema nervoso e limitar o processamento da dor".
Em pesquisas realizadas pelos psicólogos Hunter Hoffman e Walter Meyer no hospital Shriners e em trabalhos semelhantes feitos por Dave Patterson no Centro de Queimaduras Harborview em Seattle, nos EUA, os pacientes informaram sentir menos desconforto. Hoffman examinou imagens por ressonância magnética (IRM) do cérebro dos pacientes que mostraram que eles de fato sentiram menos dor.
Os defensores da realidade virtual não demoraram em indicar que ela poderia oferecer uma grande vantagem em relação aos medicamentos, cujo uso prolongado pode levar à tolerância e, em alguns casos, à dependência. Mas a eficácia da realidade virtual ainda precisa ser comprovada, particularmente na tentativa de combater a dor crônica. Será que o efeito dura depois de tirar o headset?
"Sabemos que as técnicas de relaxamento, como hipnose, ioga e meditação, reduzem a percepção da dor, então a realidade virtual promete muito, mas ainda é muito cedo para ela se tornar o tratamento padrão", disse Houman Danesh, diretor de gestão da dor do hospital Mount Sinai em Nova York. "Esta tecnologia é muito recente".

Fonte: Uol Notícias

MUNDO

Tensão aumenta na Venezuela por protestos chavista e opositor



Caracas - A Venezuela vive um novo episódio de tensões. Os chavistas se manifestaram maciçamente nesta terça-feira em uma contraofensiva frente ao protesto de quinta-feira convocado pela oposição para exigir o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.

Com o nome de "Tomada da Venezuela", os seguidores do governo, vestidos de vermelho, começaram a se concentrar em um setor central de Caracas e em outros pontos do país em apoio a Maduro e à revolução socialista de Hugo Chávez (1999-2013).

"Esse é o povo chavista nas ruas manifestando seu apoio ao presidente Maduro e defendendo um projeto político", declarou, ao liderar a manifestação, o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, que acusou a oposição de planejar um golpe de Estado.


A opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) ajeita os detalhes para o que chama de a "Tomada de Caracas", com a qual na quinta-feira pedirá a aceleração do processo do revogatório ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo.

"Que ninguém se deixe intimidar", conclamou o líder opositor Henrique Capriles, que em entrevista à AFP assegurou que tem início agora uma nova etapa de mobilizações para obrigar o governo a aceitar o referendo.

Tanto o governo quanto a oposição têm trocado acusações nos últimos dias sobre atiçarem a violência nas manifestações, aumentando o temor na população de ocorrerem incidentes.

Alguns comércios no leste de Caracas, que a MUD previu como pontos de chegada de opositores de várias cidades do país, planejam fechar na quinta-feira. "Vou ao protesto, porque o país está mal e temos que nos pronunciar", disse à AFP María Rodríguez, que vendia biscoitos a um pedestre em seu quiosque.

Imersa em uma profunda polarização política, a Venezuela sofre uma grave crise econômica com a escassez de produtos básicos que chega a 80% e uma inflação que foi de 180% em 2015, a mais alta do mundo, e que segundo o FMI chegará a 720% esse ano.

"Nem que prendam todos nós"Deputados da maioria opositora no Parlamento denunciaram nesta terça-feira a "perseguição" contra dirigentes da MUD. A oposição assegura que o governo está "amedrontando" seus seguidores para evitar que se manifestem.

"Vê-se uma aumento seletivo no isolamento de dirigentes" da MUD, assegurou nesta terça-feira o chefe parlamentar e anti-chavista Henry Ramos Allup.

As autoridades venezuelanas enviaram à cadeia, no sábado, o ex-prefeito opositor Daniel Ceballos, que estava em prisão domiciliar há um ano, acusando-o de planejar sua fuga e preparar atos violentos para quinta-feira.

Na segunda-feira, detiveram em Caracas o opositor Yon Goicochea, acusado de portar detonadores para explosivos que segundo o governo seriam usados no protesto. A oposição rejeitou as acusações.

"Nem se prenderem todos nós irão evitar que as pessoas saiam para lutar por uma mudança democrática, eleitoral e pacífica", expressou o deputado opositor Tomás Guanipa, que acusou o governo de "plantar" provas contra Goicochea.

O Sindicato dos Jornalistas denunciou um ambiente difícil para a imprensa. Pessoas não identificadas lançaram, nesta terça-feira, bombas incendiárias contra o jornal El Nacional, de linha opositora, enquanto jornalistas da emissora árabe Al Jazeera, que viajaram até a Venezuela para cobrir o protesto, não obtiveram permissão de entrada ao chegar no aeroporto.

Maduro denunciou que a oposição organiza um golpe de Estado conduzido do exterior pelos Estados Unidos. O dirigente chavista Jorge Rodríguez sentenciou nesta terça-feira, na manifestação, que no centro de Caracas os opositores "não vão entrar".

"Presume-se atos de violência e desestabilização (...) Quando uma manifestação se transforma em violenta esse direito se perde", advertiu o ministro do Interior, o general Néstor Reverol, que analisa o dispositivo de segurança com chefes policiais.

A Igreja Católica venezuelana pediu nesta terça que o governo respeite "o direito legítimo" à manifestação. A oposição denunciou que as autoridades estão impedindo seguidores vindos de outras regiões do país cheguem.
Fonte:  Uol Notícias

CIÊNCIA

Ciência prova que cães, assim como humanos, entendem palavras e entonação



  • Enik Kubinyi/Science
Você já deve ter ouvido falar que não importa a frase dita aos cachorros, o que vale é a entonação das palavras. Pesquisa divulgada nesta terça-feira (30) pela revistaScience, revela que o melhor amigo do homem não só entende o som, como compreende as palavras direcionadas a eles.
Usando aparelhos de ressonância magnética, os pesquisadores da Universidade Eotvos Lorand, em Budapeste, investigaram como os cérebros caninos processam o que dizemos e perceberam que os cachorros reconhecem palavras distintas independentemente da entonação. Funciona como no nosso cérebro: o hemisfério cerebral esquerdo processa palavras e o direito processa entonação.
Os animais foram expostos a múltiplas combinações de palavras e entonação --receberam elogios com entonação neutra e palavras neutras com entonação de elogio, por exemplo.
Quando as palavras de elogio vêm com a entonação apropriada, a região da recompensa do cérebro é ativada.
Para os cientistas envolvidos, o processo de domesticação pode ter desenvolvido a estrutura cerebral dos cães. A pesquisa sugere que os mecanismos neurais de processamento de palavras evoluíram muito antes do que se acreditava e não são algo específico dos humanos.
Mesmo animais incapazes de falar compreendem palavras que costumam ouvir em um ambiente familiar.
Os resultados, dizem os cientistas, vão facilitar a compreensão e a cooperação entre cães e humanos.
Fonte: Uol Notícias

SAÚDE

Zika causa surdez em 6% de casos, diz estudo da Fiocruz



  • Peter Leone/Futura Press/Estadão Conteúdo
Um estudo realizado com 70 bebês de mães que contraíram zika registrou que quase 6% teve perda de audição, acrescentando o problema à lista de doenças que o vírus pode causar quando mulheres são infectadas durante a gravidez.
O estudo brasileiro, publicado nesta terça-feira no relatório semanal sobre mortes e doenças do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, confirmou relatos menos rigorosos sobre surdez entre bebês nascidos de mães infectadas pelo vírus da zika.
A descoberta é parte de um esforço para caracterizar de forma total as possibilidades que o vírus pode causar durante a gravidez. O vírus é mais conhecido por causar microcefalia, mas outros estudos indicam que a zika pode provocar outras anomalias cerebrais, problemas de visão e alterações nas juntas.
No estudo mais recente, uma equipe liderada pela doutora Marli Tenório e pelo doutor Ernesto Marques, da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco, examinou registros de 70 bebês com microcefalia, cujas mães tiveram infecções confirmadas durante a gravidez.
Os pesquisadores descobriram que quase 6 por cento dos bebês tiveram perda de audição sem qualquer outra causa plausível.
Diversas outras infecções virais durante a gravidez podem causar perda de audição, incluindo rubéola e citomegalovírus, ou CMV. O estudo recente acrescenta o vírus da zika à lista.
Cientistas dizem que o vírus  agora pode ser considerado fator de risco para perda de audição, e crianças que foram expostas durante a gravidez e apresentam audição normal devem ser checadas regularmente para perda progressiva de audição.
A ligação entre o vírus e a microcefalia foi descoberta no Brasil em 2015 e já há mais de 1.800 casos confirmados.

Fonte: Uol Notícias

ECONOMIA

Desemprego sobe a 11,6% e atinge 11,8 milhões de trabalhadores, aponta IBGE



  • Folhapress
O desemprego no país atingiu, em média, 11,6% no trimestre de maio a julho. Essa é a maior taxa já registrada pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que começou a ser feita em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil subiu para 11,8 milhões de pessoas, que também é o maior já registrado pela pesquisa.
São 436 mil desempregados a mais do que no trimestre anterior (de fevereiro a abril), crescimento de 3,8%. Em um ano, são 3,2 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 37,4%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE.  A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.). 

Comparação com resultados anteriores

No trimestre de maio a julho de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,6%:
  • no trimestre de fevereiro a abril, havia sido de 11,2%;
  • no trimestre de abril a junho, havia sido de 11,3%
  • um ano antes (maio a julho de 2015), havia sido de 8,6%.
O número de desempregados chegou a 11,8 milhões:
  • no trimestre de fevereiro a abril, havia sido de 11,4 milhões
  • no trimestre de abril a junho, havia sido de 11,6 milhões
  • um ano antes (maio a julho de 2015), havia sido de 8,6 milhões.

Número de trabalhadores

O número de pessoas com trabalho ficou em 90,5 milhões no trimestre até julho, resultado considerado estável pelo IBGE em comparação com o trimestre anterior (90,6 milhões).
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 1,8%, o que equivale a 1,7 milhão de pessoas.

Rendimento cai 3% em um ano

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador caiu e ficou em R$ 1.985 no trimestre terminado em julho deste ano.
Na comparação com o trimestre anterior (R$ 1.997), o rendimento teve queda de 0,6%. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.048), caiu 3%.

Diminui número de carteiras

O número de empregados com carteira assinada ficou em 34,3 milhões, enquanto no trimestre de fevereiro a abril havia sido de 34,5 milhões.
Em um ano, a queda foi de 3,9%, o que representa uma perda de cerca de 1,4 milhão de carteiras.

Metodologia da pesquisa

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. 

Fonte: Uol Notícias

MUNDO

Cancro em África é um problema mais das mulheres, diz chefe da Aiea




Yukiya Amano explica que combate ao cancro de mama e cervical é parte importante do trabalho da agência no continente; o director considera "uma tragédia humana" milhões de pacientes morrerem apesar de haver tratamento.
Yukiya Amano. Foto: Aiea/D. Calma

O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, está a alertar para o facto de que "em África, o cancro é mais uma questão das mulheres". Yukiya Amano fez a declaração em Nairobi, no Quénia, durante a Cimeira Internacional Tóquio sobre Desenvolvimento Africano, Ticad.
O chefe da agência explicou que combater cancro cervical e de mama é parte importante da cooperação da Aiea com os países africanos. Amano falou a várias primeiras-damas africanas numa palestra sobre saúde materna e infantil.
Diagnóstico
Controlar o cancro em países em desenvolvimento é prioridade para a agência. Amano lembrou de "milhões de pacientes nestas nações, que morrem porque não há acesso adequado ao tratamento do cancro".
Para o chefe da Aiea, trata-se de "uma tragédia humana" e é importante para os líderes mundiais entenderem a escala do problema. A agência tem o Programa de Ação para a Terapia do Cancro, que ajuda os países criar projetos de controlo da doença e fornecer diagnóstico e tratamento adequado, utilizando técnicas de medicina nuclear e radioterapia.
Radioterapia
Na cimeira, Amano explicou ser "crucial garantir a segurança" ao usar essas técnicas e garantir que os pacientes com cancro recebam doses corretas de radiação. A Aiea tem um meio para ajudar os países a garantir que os equipamentos de radioterapia estejam corretamente calibrados.
Segundo Yukiya Amano, países africanos estão a fazer progressos. Foram criados novos centros especializados em cancro. Oncologistas estão a retornar para casa após treinamento intensivo em outras partes do mundo.
Financiamento
Mas as necessidades ainda são muitas. Nem todos os bancos de desenvolvimento e organizações que podem fornecer financiamento estão cientes da seriedade do problema do cancro em África.
Durante a Cimeira sobre Desenvolvimento Africano, encerrada no domingo, o Banco Mundial e o Fundo Global de Combate à Sida, Tuberculose e Malária se comprometerem em investir US$ 24 mil milhões nos próximos cinco anos. O dinheiro será utilizado para melhorias no sector de saúde do continente.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Mais de 7 mil pessoas resgatadas do Mediterrâneo em 48 horas




Migrantes deixaram região da Líbia e atravessavam Canal da Sicília; segundo OIM, maioria viajava em botes que não são apropriados para o alto mar; pelo menos duas pessoas morreram.
Aumento das chegadas de migrantes e refugiados à Grécia. Foto: OIM/Francesco Malavolta

Entre domingo e segunda-feira, mais de 7 mil pessoas foram resgatadas do Canal da Sicília, segundo a Organização Internacional para Migrações, OIM. A agência parceira da ONU contou que a maioria estava com colete salva-vidas, mas pelo menos duas pessoas morreram.
Os migrantes e refugiados saíram da região da Líbia e viajavam em embarcações que não são apropriadas para o alto mar. Segundo a agência, eram 44 barcos de borracha, oito pequenas barcas e dois barcos grandes de pesca.
Grécia
As operações de resgate foram coordenadas pela guarda costeira italiana e por navios da Irlanda, do Reino Unido, da Noruega e da organização Médicos Sem Fronteiras.
A OIM calcula que somente neste ano, 111 mil migrantes foram resgatados na rota central do Mediterrâneo após deixarem a costa da Líbia.
A agência observa também o aumento das chegadas à Grécia este ano: nos últimos dias, 2,8 mil pessoas fizeram a travessia do leste do Mediterrâneo.
Ao fazer o balanço de 2016, a OIM revela que de janeiro a agosto, mais de 272 mil migrantes chegaram à Europa após a viagem pelo mar.
A crise continua, uma vez que mais de 3,1 mil pessoas morreram durante a jornada.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

PMA: 1,3 milhão de alunos africanos podem ficar sem merenda escolar




Agência da ONU explica que falta de financiamento pode prejudicar entrega de comida durante a volta às aulas em Mali, Camarões, Mauritânia e Níger; projeto da agência reduziu em 90% nos últimos anos.
A falta de refeições escolares deve afectar, no próximo mês, alunos nos Camarões, em Mali, na Mauritânia e no Níger. Foto: PMA/Donaig Le Du.

Mais de 1,3 milhão de crianças na África Central e Ocidental correm risco de não receberem refeições nas escolas. O alerta foi feito esta terça-feira pelo Programa Mundial de Alimentação, PMA.
Sem financiamento necessário, a agência está a se ver obrigada a reduzir seus projetos nas escolas africanas. Segundo o PMA, alguns países mudaram seus mecanismos de financiamento e muitos doadores têm agora outras prioridades.  
Reduções
A falta de refeições escolares deve afectar, no próximo mês, alunos nos Camarões, em Mali, na Mauritânia e no Níger. Se o PMA não receber financiamento, outras 700 mil crianças poderão ficar sem merenda em 11 países.
No Chade, a falta de dinheiro levou a agência da ONU a reduzir seus programas de merenda escolar em mais de 90% nos últimos três anos. Desde 2013, o número de crianças beneficiadas caiu de 200 mil para 15 mil.
Conflitos
No Senegal, os fundos serão necessários para entregar refeições a menos de um quinto dos alunos. Na Mauritânia e nos Camarões, a assistência do PMA precisou ser cortada pela metade em janeiro e em maio.
O problema é que a população de muitos países da África Central e Ocidental já enfrenta fome e malnutrição. Com os conflitos armados, as escolas acabam por ser um refúgio para crianças e muitas vezes o único local onde recebem refeições.
Verba
O PMA necessita, com urgência, de US$ 48 milhões para continuar a entregar refeições para alunos das duas regiões africanas.
Estudos da agência mostram que para cada dólar investido em projetos de merenda escolar, existe um retorno económico entre US$ 3 e US$ 8, uma vez que a produtividade aumenta e quando tornam-se adultos, esses alunos têm mais chances de melhorar a saúde de seus filhos.
Garantir que nenhuma pessoa passe fome no mundo até 2030 faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Doadores importantes para os projetos do PMA em África são Canadá, União Europeia, Japão, Luxemburgo, Arábia Saudita e Estados Unidos.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Em reunião no Conselho de Segurança, Guiné-Bissau pede cooperação e apoio




Em discurso, encarregada de negócios da Missão guineense junto às Nações Unidas, Maria-Antonieta Pinto Lopes D'Alva, afirmou que nação conta com a comunidade internacional, e manifestou preocupação com possível encerramento da Missão; mandato atual do Uniogbis expira em fevereiro de 2017.
Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Devra Berkowitz

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião, na manhã desta terça-feira, para debater a situação na Guiné-Bissau.
O encontro ocorreu poucos dias após a Comissão de Consolidação da Paz para o país africano ter emitido um comunicado manifestando preocupação com o impasse político na Guiné.
Mensagem
O representante especial do secretário-geral da ONU em Bissau, Modibo Touré, fez uma apresentação aos embaixadores dos 15 países-membros do órgão. Logo depois, o Conselho ouviu a encarregada de negócios da Missão da Guiné-Bissau junto à ONU, Maria-Antonieta Lopes D'Ávila. Nesta entrevista à Rádio ONU antes de começar a reunião, a diplomata falou sobre a mensagem guineense.
"A mensagem é que a comunidade internacional continue conosco e continue engajados para não esquecer do povo da Guiné-Bissau sobretudo que neste momento precisa muito da colaboração, da assistência, da presença da comunidade internacional."
O representante do Brasil junto à ONU, Antonio Patriota, também discursou na reunião como presidente da Estratégia de Consolidação da Paz para o país africano.
O mandato atual do Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, termina em 28 de fevereiro do próximo ano.
Angola
O impasse político na Guiné começou em agosto do ano passado quando o presidente do país, José Mario Vaz, demitiu o governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
O único país lusófono no Conselho de Segurança, Angola, foi representado pelo vice-embaixador Hélder Lucas.
"É mais uma ocasião para o Conselho de Segurança discutir. Fazer o balanço da situação na Guiné-Bissau e eventualmente fazer recomendações se os dirigentes da Guiné-Bissau assim o entenderem, claro. Não vão sair daqui grandes decisões. Aliás isso cabe aos guineenses, tomá-las e resolver os seus problemas, mas vamos ter mais uma ocasião."
Projetos
Os integrantes do Conselho de Segurança realizaram uma visita à Guiné-Bissau no início de março para analisar a situação de perto. Desde então, os países-membros têm se ocupado da questão guineense.
Em julho, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, visitou a Guiné e se reuniu com o presidente Vaz, além de outros representantes do governo e integrantes da sociedade civil.
Esta é a segunda crise política na Guiné-Bissau desde abril de 2012, quando houve um golpe de estado no país que destituiu o governo do primeiro-ministro e tirou o presidente interino do posto.


Após eleições diretas do novo presidente e primeiro-ministro, a Guiné-Bissau realizou em março do ano passado uma mesa redonda com doadores em Bruxelas para avançar os novos projetos do governo, mas cinco meses depois, um novo impasse levou instabilidade política à nação africana de língua portuguesa.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Desaparecimentos forçados: "cada minuto conta", alertam especialistas da ONU




Esta terça-feira, 30 de agosto, é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados; grupos de direitos humanos citam obrigações dos Estados, entre elas "revelar paradeiro de pessoas privadas de liberdade e mantê-las em locais de detenção oficialmente reconhecidos".
Pessoas com fotos de familiares que morreram ou desapareceram em 12 de novembro de 1991. Foto: ONU/Martine Perret (arquivo)

Dois grupos de especialistas das Nações Unidas pediram a países em todo o mundo que previnam e acabem com desaparecimentos forçados, incluindo os de curto prazo.
Os especialistas também fizeram um apelo pela garantia de que os familiares de pessoas privadas de sua liberdade sejam informados de sua detenção de forma rápida e precisa.
Dia Internacional
Este 30 de agosto é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados.
Falando antes da data, a Comissão sobre Desaparecimentos Forçados e o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários também expressaram sua preocupação com alegações, intimidação e represálias contra vítimas destas ações e aos que relatam seus casos.
Tempo
Os grupos afirmaram que "não há limite de tempo, não importa o quão curto, para que um desaparecimento forçado ocorra".
Segundo os especialistas, "cada minuto conta quando uma pessoa é colocada fora da proteção da lei". Eles ressaltaram ainda que "quando alguém está desaparecido, cada minuto de angústia passado sem notícias por seus parentes é longo demais".
Os grupos mencionam recebimento de relatos sobre pessoas detidas por um breve período por autoridades estatais que, depois, se recusam a reconhecer a detenção, não permitem que tenham contato com familiares ou advogados e os deixam temporariamente sem nenhuma proteção legal.
Responsabilidade
Segundo os especialistas, nessas circunstâncias, e em qualquer duração, essas detenções representam desaparecimentos forçados pelas quais os países relacionados têm "responsabilidade internacional".
Em nota, a comissão e o grupo de trabalho citam algumas obrigações dos Estados: "revelar o paradeiro de pessoas privadas de sua liberdade; mantê-las em locais de detenção oficialmente reconhecidos; e prontamente fornecer informações precisas sobre sua detenção a sua família, advogados ou outras pessoas com interesse legítimo".
Vítimas e Familiares
Neste Dia Internacional, os grupos encorajam todas as vítimas e seus familiares a continuarem interagindo com os mecanismos de direitos humanos da ONU e que usem todos os caminhos disponíveis contra qualquer forma de intimidação ou represália.
Eles também reiteraram seu pedido a todos os Estados para que ratifiquem ou adiram à Convenção para a Proteção de todas as Pessoas do Desaparecimento Forçado.
Para os especialistas, isto seria um "primeiro passo fundamental" na direção da prevenção e fim desta prática que chamaram de "inadmissível".


Fonte: Rádio das Nações Unidas