terça-feira, 30 de agosto de 2016

CIÊNCIA

Ciência prova que cães, assim como humanos, entendem palavras e entonação



  • Enik Kubinyi/Science
Você já deve ter ouvido falar que não importa a frase dita aos cachorros, o que vale é a entonação das palavras. Pesquisa divulgada nesta terça-feira (30) pela revistaScience, revela que o melhor amigo do homem não só entende o som, como compreende as palavras direcionadas a eles.
Usando aparelhos de ressonância magnética, os pesquisadores da Universidade Eotvos Lorand, em Budapeste, investigaram como os cérebros caninos processam o que dizemos e perceberam que os cachorros reconhecem palavras distintas independentemente da entonação. Funciona como no nosso cérebro: o hemisfério cerebral esquerdo processa palavras e o direito processa entonação.
Os animais foram expostos a múltiplas combinações de palavras e entonação --receberam elogios com entonação neutra e palavras neutras com entonação de elogio, por exemplo.
Quando as palavras de elogio vêm com a entonação apropriada, a região da recompensa do cérebro é ativada.
Para os cientistas envolvidos, o processo de domesticação pode ter desenvolvido a estrutura cerebral dos cães. A pesquisa sugere que os mecanismos neurais de processamento de palavras evoluíram muito antes do que se acreditava e não são algo específico dos humanos.
Mesmo animais incapazes de falar compreendem palavras que costumam ouvir em um ambiente familiar.
Os resultados, dizem os cientistas, vão facilitar a compreensão e a cooperação entre cães e humanos.
Fonte: Uol Notícias

SAÚDE

Zika causa surdez em 6% de casos, diz estudo da Fiocruz



  • Peter Leone/Futura Press/Estadão Conteúdo
Um estudo realizado com 70 bebês de mães que contraíram zika registrou que quase 6% teve perda de audição, acrescentando o problema à lista de doenças que o vírus pode causar quando mulheres são infectadas durante a gravidez.
O estudo brasileiro, publicado nesta terça-feira no relatório semanal sobre mortes e doenças do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, confirmou relatos menos rigorosos sobre surdez entre bebês nascidos de mães infectadas pelo vírus da zika.
A descoberta é parte de um esforço para caracterizar de forma total as possibilidades que o vírus pode causar durante a gravidez. O vírus é mais conhecido por causar microcefalia, mas outros estudos indicam que a zika pode provocar outras anomalias cerebrais, problemas de visão e alterações nas juntas.
No estudo mais recente, uma equipe liderada pela doutora Marli Tenório e pelo doutor Ernesto Marques, da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco, examinou registros de 70 bebês com microcefalia, cujas mães tiveram infecções confirmadas durante a gravidez.
Os pesquisadores descobriram que quase 6 por cento dos bebês tiveram perda de audição sem qualquer outra causa plausível.
Diversas outras infecções virais durante a gravidez podem causar perda de audição, incluindo rubéola e citomegalovírus, ou CMV. O estudo recente acrescenta o vírus da zika à lista.
Cientistas dizem que o vírus  agora pode ser considerado fator de risco para perda de audição, e crianças que foram expostas durante a gravidez e apresentam audição normal devem ser checadas regularmente para perda progressiva de audição.
A ligação entre o vírus e a microcefalia foi descoberta no Brasil em 2015 e já há mais de 1.800 casos confirmados.

Fonte: Uol Notícias

ECONOMIA

Desemprego sobe a 11,6% e atinge 11,8 milhões de trabalhadores, aponta IBGE



  • Folhapress
O desemprego no país atingiu, em média, 11,6% no trimestre de maio a julho. Essa é a maior taxa já registrada pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que começou a ser feita em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil subiu para 11,8 milhões de pessoas, que também é o maior já registrado pela pesquisa.
São 436 mil desempregados a mais do que no trimestre anterior (de fevereiro a abril), crescimento de 3,8%. Em um ano, são 3,2 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 37,4%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE.  A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.). 

Comparação com resultados anteriores

No trimestre de maio a julho de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,6%:
  • no trimestre de fevereiro a abril, havia sido de 11,2%;
  • no trimestre de abril a junho, havia sido de 11,3%
  • um ano antes (maio a julho de 2015), havia sido de 8,6%.
O número de desempregados chegou a 11,8 milhões:
  • no trimestre de fevereiro a abril, havia sido de 11,4 milhões
  • no trimestre de abril a junho, havia sido de 11,6 milhões
  • um ano antes (maio a julho de 2015), havia sido de 8,6 milhões.

Número de trabalhadores

O número de pessoas com trabalho ficou em 90,5 milhões no trimestre até julho, resultado considerado estável pelo IBGE em comparação com o trimestre anterior (90,6 milhões).
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 1,8%, o que equivale a 1,7 milhão de pessoas.

Rendimento cai 3% em um ano

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador caiu e ficou em R$ 1.985 no trimestre terminado em julho deste ano.
Na comparação com o trimestre anterior (R$ 1.997), o rendimento teve queda de 0,6%. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.048), caiu 3%.

Diminui número de carteiras

O número de empregados com carteira assinada ficou em 34,3 milhões, enquanto no trimestre de fevereiro a abril havia sido de 34,5 milhões.
Em um ano, a queda foi de 3,9%, o que representa uma perda de cerca de 1,4 milhão de carteiras.

Metodologia da pesquisa

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. 

Fonte: Uol Notícias

MUNDO

Cancro em África é um problema mais das mulheres, diz chefe da Aiea




Yukiya Amano explica que combate ao cancro de mama e cervical é parte importante do trabalho da agência no continente; o director considera "uma tragédia humana" milhões de pacientes morrerem apesar de haver tratamento.
Yukiya Amano. Foto: Aiea/D. Calma

O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, está a alertar para o facto de que "em África, o cancro é mais uma questão das mulheres". Yukiya Amano fez a declaração em Nairobi, no Quénia, durante a Cimeira Internacional Tóquio sobre Desenvolvimento Africano, Ticad.
O chefe da agência explicou que combater cancro cervical e de mama é parte importante da cooperação da Aiea com os países africanos. Amano falou a várias primeiras-damas africanas numa palestra sobre saúde materna e infantil.
Diagnóstico
Controlar o cancro em países em desenvolvimento é prioridade para a agência. Amano lembrou de "milhões de pacientes nestas nações, que morrem porque não há acesso adequado ao tratamento do cancro".
Para o chefe da Aiea, trata-se de "uma tragédia humana" e é importante para os líderes mundiais entenderem a escala do problema. A agência tem o Programa de Ação para a Terapia do Cancro, que ajuda os países criar projetos de controlo da doença e fornecer diagnóstico e tratamento adequado, utilizando técnicas de medicina nuclear e radioterapia.
Radioterapia
Na cimeira, Amano explicou ser "crucial garantir a segurança" ao usar essas técnicas e garantir que os pacientes com cancro recebam doses corretas de radiação. A Aiea tem um meio para ajudar os países a garantir que os equipamentos de radioterapia estejam corretamente calibrados.
Segundo Yukiya Amano, países africanos estão a fazer progressos. Foram criados novos centros especializados em cancro. Oncologistas estão a retornar para casa após treinamento intensivo em outras partes do mundo.
Financiamento
Mas as necessidades ainda são muitas. Nem todos os bancos de desenvolvimento e organizações que podem fornecer financiamento estão cientes da seriedade do problema do cancro em África.
Durante a Cimeira sobre Desenvolvimento Africano, encerrada no domingo, o Banco Mundial e o Fundo Global de Combate à Sida, Tuberculose e Malária se comprometerem em investir US$ 24 mil milhões nos próximos cinco anos. O dinheiro será utilizado para melhorias no sector de saúde do continente.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Mais de 7 mil pessoas resgatadas do Mediterrâneo em 48 horas




Migrantes deixaram região da Líbia e atravessavam Canal da Sicília; segundo OIM, maioria viajava em botes que não são apropriados para o alto mar; pelo menos duas pessoas morreram.
Aumento das chegadas de migrantes e refugiados à Grécia. Foto: OIM/Francesco Malavolta

Entre domingo e segunda-feira, mais de 7 mil pessoas foram resgatadas do Canal da Sicília, segundo a Organização Internacional para Migrações, OIM. A agência parceira da ONU contou que a maioria estava com colete salva-vidas, mas pelo menos duas pessoas morreram.
Os migrantes e refugiados saíram da região da Líbia e viajavam em embarcações que não são apropriadas para o alto mar. Segundo a agência, eram 44 barcos de borracha, oito pequenas barcas e dois barcos grandes de pesca.
Grécia
As operações de resgate foram coordenadas pela guarda costeira italiana e por navios da Irlanda, do Reino Unido, da Noruega e da organização Médicos Sem Fronteiras.
A OIM calcula que somente neste ano, 111 mil migrantes foram resgatados na rota central do Mediterrâneo após deixarem a costa da Líbia.
A agência observa também o aumento das chegadas à Grécia este ano: nos últimos dias, 2,8 mil pessoas fizeram a travessia do leste do Mediterrâneo.
Ao fazer o balanço de 2016, a OIM revela que de janeiro a agosto, mais de 272 mil migrantes chegaram à Europa após a viagem pelo mar.
A crise continua, uma vez que mais de 3,1 mil pessoas morreram durante a jornada.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

PMA: 1,3 milhão de alunos africanos podem ficar sem merenda escolar




Agência da ONU explica que falta de financiamento pode prejudicar entrega de comida durante a volta às aulas em Mali, Camarões, Mauritânia e Níger; projeto da agência reduziu em 90% nos últimos anos.
A falta de refeições escolares deve afectar, no próximo mês, alunos nos Camarões, em Mali, na Mauritânia e no Níger. Foto: PMA/Donaig Le Du.

Mais de 1,3 milhão de crianças na África Central e Ocidental correm risco de não receberem refeições nas escolas. O alerta foi feito esta terça-feira pelo Programa Mundial de Alimentação, PMA.
Sem financiamento necessário, a agência está a se ver obrigada a reduzir seus projetos nas escolas africanas. Segundo o PMA, alguns países mudaram seus mecanismos de financiamento e muitos doadores têm agora outras prioridades.  
Reduções
A falta de refeições escolares deve afectar, no próximo mês, alunos nos Camarões, em Mali, na Mauritânia e no Níger. Se o PMA não receber financiamento, outras 700 mil crianças poderão ficar sem merenda em 11 países.
No Chade, a falta de dinheiro levou a agência da ONU a reduzir seus programas de merenda escolar em mais de 90% nos últimos três anos. Desde 2013, o número de crianças beneficiadas caiu de 200 mil para 15 mil.
Conflitos
No Senegal, os fundos serão necessários para entregar refeições a menos de um quinto dos alunos. Na Mauritânia e nos Camarões, a assistência do PMA precisou ser cortada pela metade em janeiro e em maio.
O problema é que a população de muitos países da África Central e Ocidental já enfrenta fome e malnutrição. Com os conflitos armados, as escolas acabam por ser um refúgio para crianças e muitas vezes o único local onde recebem refeições.
Verba
O PMA necessita, com urgência, de US$ 48 milhões para continuar a entregar refeições para alunos das duas regiões africanas.
Estudos da agência mostram que para cada dólar investido em projetos de merenda escolar, existe um retorno económico entre US$ 3 e US$ 8, uma vez que a produtividade aumenta e quando tornam-se adultos, esses alunos têm mais chances de melhorar a saúde de seus filhos.
Garantir que nenhuma pessoa passe fome no mundo até 2030 faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Doadores importantes para os projetos do PMA em África são Canadá, União Europeia, Japão, Luxemburgo, Arábia Saudita e Estados Unidos.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Em reunião no Conselho de Segurança, Guiné-Bissau pede cooperação e apoio




Em discurso, encarregada de negócios da Missão guineense junto às Nações Unidas, Maria-Antonieta Pinto Lopes D'Alva, afirmou que nação conta com a comunidade internacional, e manifestou preocupação com possível encerramento da Missão; mandato atual do Uniogbis expira em fevereiro de 2017.
Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Devra Berkowitz

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião, na manhã desta terça-feira, para debater a situação na Guiné-Bissau.
O encontro ocorreu poucos dias após a Comissão de Consolidação da Paz para o país africano ter emitido um comunicado manifestando preocupação com o impasse político na Guiné.
Mensagem
O representante especial do secretário-geral da ONU em Bissau, Modibo Touré, fez uma apresentação aos embaixadores dos 15 países-membros do órgão. Logo depois, o Conselho ouviu a encarregada de negócios da Missão da Guiné-Bissau junto à ONU, Maria-Antonieta Lopes D'Ávila. Nesta entrevista à Rádio ONU antes de começar a reunião, a diplomata falou sobre a mensagem guineense.
"A mensagem é que a comunidade internacional continue conosco e continue engajados para não esquecer do povo da Guiné-Bissau sobretudo que neste momento precisa muito da colaboração, da assistência, da presença da comunidade internacional."
O representante do Brasil junto à ONU, Antonio Patriota, também discursou na reunião como presidente da Estratégia de Consolidação da Paz para o país africano.
O mandato atual do Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, termina em 28 de fevereiro do próximo ano.
Angola
O impasse político na Guiné começou em agosto do ano passado quando o presidente do país, José Mario Vaz, demitiu o governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
O único país lusófono no Conselho de Segurança, Angola, foi representado pelo vice-embaixador Hélder Lucas.
"É mais uma ocasião para o Conselho de Segurança discutir. Fazer o balanço da situação na Guiné-Bissau e eventualmente fazer recomendações se os dirigentes da Guiné-Bissau assim o entenderem, claro. Não vão sair daqui grandes decisões. Aliás isso cabe aos guineenses, tomá-las e resolver os seus problemas, mas vamos ter mais uma ocasião."
Projetos
Os integrantes do Conselho de Segurança realizaram uma visita à Guiné-Bissau no início de março para analisar a situação de perto. Desde então, os países-membros têm se ocupado da questão guineense.
Em julho, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, visitou a Guiné e se reuniu com o presidente Vaz, além de outros representantes do governo e integrantes da sociedade civil.
Esta é a segunda crise política na Guiné-Bissau desde abril de 2012, quando houve um golpe de estado no país que destituiu o governo do primeiro-ministro e tirou o presidente interino do posto.


Após eleições diretas do novo presidente e primeiro-ministro, a Guiné-Bissau realizou em março do ano passado uma mesa redonda com doadores em Bruxelas para avançar os novos projetos do governo, mas cinco meses depois, um novo impasse levou instabilidade política à nação africana de língua portuguesa.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Desaparecimentos forçados: "cada minuto conta", alertam especialistas da ONU




Esta terça-feira, 30 de agosto, é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados; grupos de direitos humanos citam obrigações dos Estados, entre elas "revelar paradeiro de pessoas privadas de liberdade e mantê-las em locais de detenção oficialmente reconhecidos".
Pessoas com fotos de familiares que morreram ou desapareceram em 12 de novembro de 1991. Foto: ONU/Martine Perret (arquivo)

Dois grupos de especialistas das Nações Unidas pediram a países em todo o mundo que previnam e acabem com desaparecimentos forçados, incluindo os de curto prazo.
Os especialistas também fizeram um apelo pela garantia de que os familiares de pessoas privadas de sua liberdade sejam informados de sua detenção de forma rápida e precisa.
Dia Internacional
Este 30 de agosto é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados.
Falando antes da data, a Comissão sobre Desaparecimentos Forçados e o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários também expressaram sua preocupação com alegações, intimidação e represálias contra vítimas destas ações e aos que relatam seus casos.
Tempo
Os grupos afirmaram que "não há limite de tempo, não importa o quão curto, para que um desaparecimento forçado ocorra".
Segundo os especialistas, "cada minuto conta quando uma pessoa é colocada fora da proteção da lei". Eles ressaltaram ainda que "quando alguém está desaparecido, cada minuto de angústia passado sem notícias por seus parentes é longo demais".
Os grupos mencionam recebimento de relatos sobre pessoas detidas por um breve período por autoridades estatais que, depois, se recusam a reconhecer a detenção, não permitem que tenham contato com familiares ou advogados e os deixam temporariamente sem nenhuma proteção legal.
Responsabilidade
Segundo os especialistas, nessas circunstâncias, e em qualquer duração, essas detenções representam desaparecimentos forçados pelas quais os países relacionados têm "responsabilidade internacional".
Em nota, a comissão e o grupo de trabalho citam algumas obrigações dos Estados: "revelar o paradeiro de pessoas privadas de sua liberdade; mantê-las em locais de detenção oficialmente reconhecidos; e prontamente fornecer informações precisas sobre sua detenção a sua família, advogados ou outras pessoas com interesse legítimo".
Vítimas e Familiares
Neste Dia Internacional, os grupos encorajam todas as vítimas e seus familiares a continuarem interagindo com os mecanismos de direitos humanos da ONU e que usem todos os caminhos disponíveis contra qualquer forma de intimidação ou represália.
Eles também reiteraram seu pedido a todos os Estados para que ratifiquem ou adiram à Convenção para a Proteção de todas as Pessoas do Desaparecimento Forçado.
Para os especialistas, isto seria um "primeiro passo fundamental" na direção da prevenção e fim desta prática que chamaram de "inadmissível".


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU quer "autonomia e não pena” para mulheres e meninas com deficiência




Comitê sobre Direito das Pessoas com Deficiência lançou guia para que países saibam como ajudar mulheres e meninas a participarem de todas as esferas da vida; grupo enfrenta discriminação, hostilidade e exclusão.
Mais autonomia para mulheres e meninas com deficiência. Foto: ONU/Amanda Voisard

O Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, Crpd, pela sigla em inglês, afirmou que "as mulheres e meninas com deficiência precisam de autonomia e não pena".
O grupo, que coopera com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, disse que os países estão fracassando no cumprimento de suas obrigações em relação a essas pessoas.
Discriminação e Barreiras
Segundo o Comitê, mulheres e meninas com algum tipo de deficiência são sujeitas à hostilidade e à exclusão. Uma das especialistas do Crpd, Theresia Degener, declarou que "as políticas para mulheres não mencionam deficiência e as políticas para pessoas com deficiência ignoram a questão do gênero".
Degener afirmou que "as mulheres e meninas com deficiência sofrem discriminação e barreiras porque são do sexo feminino e porque têm alguma deficiência".
Para ajudar a combater o problema, o Comitê lançou um guia para os 166 países que ratificaram a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Os três pontos principais do documento são: evitar violência física, sexual ou psicológica; fornecer mais acesso a informações sobre maternidade e responsabilidade parentais, além de direitos sexuais e reprodutivos e combater a discriminação múltipla.
Igualdade
O objetivo é mostrar como essas nações podem promover a autonomia das mulheres para que elas participem em todas as esferas da sociedade em base de igualdade com os homens, como determina o artigo 6 da Convenção.
O guia afirma que "não é suficiente evitar ações discriminatórias. Os Estados precisam dar poder às mulheres aumentando a autoconfiança, garantindo sua participação na sociedade e mais autoridade para que tomem decisões em todos os setores.
Mesmos Direitos
O documento deixa claro que "as mulheres e meninas com deficiência precisam ser reconhecidas como pessoas que podem ter os mesmos direitos que todos em relação a decisões sobre si mesmas".
Segundo o guia, "esse grupo é geralmente tratado como se não tivesse qualquer controle sobre seus direitos sexuais ou reprodutivos".
Os especialistas citam, por exemplo, que essas mulheres e meninas correm o risco de esterilização e as mulheres têm grandes chances de serem separadas de seus filhos.
O Comitê recomenda medidas práticas para resolver os problemas. Ele pede o planejamento de serviços públicos que tenham como foco as mulheres com deficiências.


Para os especialistas, é importante envolvê-las na criação de produtos que serão usados somente por este grupo. Além disso, é preciso ter em mente os grandes desafios que elas enfrentam em relação ao acesso à água, ao saneamento e à higiene.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Poluição dos rios aumenta mais de 50% na África, América Latina e Ásia



Agência da ONU informa que 323 milhões de pessoas nos três continentes estão sob risco de serem infectadas durante consumo de água; rio Tietê ganha destaque em relatório.
Foto: ONU/Shaw McCutcheon

A poluição das águas na África, na América Latina e na Ásia está colocando 323 milhões de pessoas sob risco de contraírem doenças como cólera, febre tifóide, hepatite e diarreia.
O Programa da ONU sobre o Meio Ambiente, Pnuma, divulgou esta terça-feira outro dado alarmante: a poluição dos rios nos três continentes aumentou 50% desde 1990.
Rio Tietê
Em alguns países das três regiões, mais de 90% da população depende das águas desses rios para matar a sede ou preparar alimentos.
O relatório do Pnuma destaca a poluição do Rio Tietê, que passa pelo estado de São Paulo. O documento afirma que o projeto de limpeza do rio, em vigor desde 1991, é o maior do Brasil.
Antes, 260 km do Tietê estavam poluídos e agora o volume caiu para 100 km, isso na região metropolitana. Com isso, peixes voltaram a habitar o rio em alguns pontos e o odor diminuiu.
Longo Processo
A agência da ONU também cita dados da Cetesb: em 1992, 1.250 empresas eram responsáveis pela poluição industrial do Tietê e em 2008, as companhias haviam reduzido em 93% o nível de despejo de agentes poluentes.
Apesar dos avanços, a agência da ONU revela que o Tietê "continua altamente poluído e a recuperação total do rio é um processo longo, que depende de investimentos nos próximos anos".


Segundo o Pnuma, uma quarta fase de limpeza do Tietê está programada para o futuro, orçada em quase US$ 2 bilhões.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU celebra decisão de corte francesa que suspende proibição a burquíni




Porta-voz do escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos afirmou que proibição constitui "violação grave e ilegal das liberdades fundamentais"; Rupert Colville afirmou que decretos não melhoram a situação de segurança e alimentam intolerância religiosa.
Foto: OMT

O escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos celebrou a decisão do mais alto tribunal administrativo da França, na sexta-feira, de suspender a proibição de roupas de praia "inapropriadas".
A medida havia sido adotada por uma cidade litorânea e tinha sido amplamente interpretada como voltada ao burquíni e outras tipos de roupas usadas por mulheres muçulmanas.
Liberdades Fundamentais
Nesta terça-feira, em Genebra, o porta-voz Rupert Colville disse a jornalistas que o escritório faz um apelo às autoridades em todas as outras cidades e resorts no litoral da França que adotaram proibições semelhantes.
Segundo Colville, o pedido é para que observem a decisão do Conselho de Estado de que a proibição adotada em Villeneuve-Loubet constitui uma "violação grave e ilegal das liberdades fundamentais".
Padrões Internacionais
O porta-voz explicou que, de acordo com padrões internacionais de direitos humanos, limitações sobre manifestações de religião ou crença, incluindo a escolha de roupa, são apenas permitidas em circunstâncias muito limitadas, incluindo segurança e ordem públicas e saúde ou moral públicas.
Além disso, ele afirmou que, sob a lei internacional de direitos humanos, medidas adotadas em nome da ordem pública devem ser "adequadas, necessárias e proporcionais".
Ataques Terroristas
Colville disse ainda que o escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos "compreende plenamente e partilha da dor e da raiva gerados pelos ataques terroristas na França" nos últimos meses, incluindo o ataque "atroz" de 14 de julho em Nice.
No entanto, segundo o porta-voz, estes decretos não melhoram a situação de segurança e, em vez disso, alimentam intolerância religiosa e a estigmatização dos muçulmanos na França, especialmente mulheres.
Respeito Mútuo
Ele afirmou que estas proibições de roupas podem prejudicar o esforço para combater e previnir o extremismo violento, que depende da cooperação e respeito mútuo entre comunidades.
Rupert Colville disse ainda que quaisquer preocupações com a ordem pública devem ser respondidas visando aqueles que incitam ódio e não tendo como alvo mulheres que simplemente querem andar na praia ou nadar usando roupas com que se sentem à vontade.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Unesco elogia criação por EUA da maior area de proteção marinha




Em nota, diretora-geral da agência diz que decisão é um chamado à comunidade internacional para implementar Acordo de Paris, aprovado no ano passado.
Foto: Unesco/Louiz Rocha

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, felicitou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por autorizar a criação do que está sendo considerada a maior reserva marinha do mundo.
Em nota, Irina Bokova disse que a decisão americana representa um símbolo poderoso da determinação de proteger o meio ambiente.
Ecossistemas
A reserva marinha Papa-hanaumo-kuakea, no Havaí, já integra a lista de Patrimônios Mundiais da Unesco desde 2010.
Para a diretora-geral da agência, a ampliação da reserva é uma forma de fortalecer a resiliência de sociedades ameaçadas pela mudança climática. E também de ajudar as pessoas a compreender e proteger os ecossistemas naturais.
Bokova destacou ainda o papel fundamental dos oceanos, suas fauna e flora, e um chamado à comunidade internacional para implementar o Acordo de Paris, de combate à mudança climática.
Em 2010, a reserva do Havaí foi inscrita na lista da Unesco pela sua biodiversidade, sem paralelos em nenhuma parte do mundo. Mais de um quinto das espécies conhecidas de peixe reside no arquipélago.
O sítio também inclui restos arqueológicos que datam de tempos pré-europeus. A área tem quase 2km que vão do sul ao noroeste, e a nova reserva protegida aumenta em 4 vezes mais o tamanho inicial.

Fonte: Rádio das Nações Unidas