segunda-feira, 29 de agosto de 2016

MUNDO

Relator da ONU diz que Irã executou 12 pessoas ilegalmente no sábado




Especialista em direitos humanos no país ficou "revoltado" com a medida aplicada a 12 cidadãos acusados de crimes relacionados a drogas; Ahmed Shaheed afirmou que punição "é simplesmente ilegal".
Heroína apreendida no Irã. Foto: Unodc

O relator especial da ONU sobre a situação dos Direitos Humanos no Irã, Ahmed Shaheed, condenou a execução de 12 pessoas neste sábado por crimes relacionados às drogas.
Shaheed afirmou esta segunda-feira que "a execução de indivíduos por ofensas relacionadas a drogas é simplesmente ilegal". Um dia antes da punição ser aplicada, o relator da ONU pediu às autoridades iranianas que não cumprissem a sentença na prisão central de Karaj.
Crimes Graves
Ele declarou que a lei internacional permite que a pena de morte seja aplicada “somente" para os crimes mais graves, onde exista a intenção de matar.
Shaheed disse que a punição só pode ser aplicada depois de um julgamento que respeite as garantias do devido processo. Ele afirmou que nenhuma dessas condições foi respeitada, pelo menos no caso de Alireza Madadpour, um dos condenados.
Madadpour foi preso em novembro de 2011 depois que a polícia apreendeu 990 gramas de metanfetamina na casa em que ele havia acabado de limpar.
O relator declarou que o "combate ao tráfico de drogas, uma séria preocupação no Irã, não justifica o uso da pena de morte nesses casos".
Desrespeito
Ele explicou que "as execuções de Madadpour e de outras 11 pessoas mostram o total desrespeito das autoridades iranianas por suas obrigações perante à lei internacional de direitos humanos".
Para Shaheed, isso vale especialmente em relação "aos padrões internacionais de julgamentos justos e garantias do devido processo".


O relator especial da ONU voltou a pedir ao governo do Irã que ponha um fim a todas as execuções e implemente moratória à pena de morte.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Cingapura é a primeira parada de viagem de Ban Ki-moon pela Ásia




Em discursco à Universidade de Gerenciamento de Cingapura, secretário-geral afirmou que instituição está formando novas gerações de líderes globais; ele deve visitar cinco países incluindo Mianmar e China.
Ban Ki-moon na Universidade de Gerenciamento em Cingapura. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral das Nações Unidas iniciou neste fim de semana uma viagem à Ásia. Ban Ki-moon fez a primeira parada em Cingapura, onde foi recebido na Universidade de Gerenciamento do país.
Ele afirmou que a nação asiática é um exemplo de que um Estado pequeno pode ter um grande impacto.
Educação
O chefe da ONU fez um discurso dentro da Palestra Ho Rih Hwa, em homenagem ao diplomata e empresário de mesmo nome.
Segundo Ban, a Universidade está formando novas gerações de líderes globais.  Ele ressaltou ainda que Cingapura  fez investimentos de longo prazo em educação, assistência médica, empregos, moradia e transporte público.
O líder das Nações Unidas disse que a organização espera a contribuição da nação asiática à Conferência Habitat 3, do ONU-Habitat, que está marcada para outubro, em Quito, no Equador.
Pobreza
Para Ban, Ki-moon, Cingapura representa uma força de estabilidade regional e tem demonstrado solidariedade em sua participação no bloco comum, Asean.
A nação também apoiou a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável e está comprometida em implementar os Objetivos de combate à pobreza nos próximos 15 anos.
Ban Ki-moon disse que levará a mensagem de que todos os governos devem ajudar a executar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aos participantes do Encontro de Cúpula do G-20, ainda esta semana, na China.
Para ele, a tarefa precisa de uma parceria global das nações, organizações, empresas e a sociedade civil para que ninguém fique esquecido no cumprimento das metas.
Violência
Ban também aproveitou o discurso na Universidade de Cingapura para mencionar os conflitos atuais como a guerra na Síria, no Sudão do Sul,  na região do Sahel à Líbia e ao Iêmen, e disse que a violência está forçando milhões de pessoas a deixar suas casas.
Pelo menos 130 milhões de pessoas estão precisando de ajuda humanitária urgente, é o maior caso com o qual a ONU teve que lidar desde sua fundação, 71 anos atrás.
Quase metade dessas pessoas são crianças e jovens.


Ban lembrou que em 19 de setembro, realizará na ONU, em Nova York, o Encontro de Cúpula para Refugiados e Migrantes.  Ele disse que a ocasião será uma oportunidade para formular uma melhor resposta internacional.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU alerta para impacto dos conflitos sobre civis no Iêmen




Coordenador humanitário cita ataque a mercado em Baqin, no estado de Saada que deixou sete mortos e um ferido na fronteira do país com a Arábia Saudita; infraestruturas civis continuam sendo atacadas na região.
População iemenita precisa de ajuda urgente. Foto: Ocha.

O coordenador humanitário da ONU para o Iêmen, Jamie McGoldrick, afirmou que está "profundamente preocupado com o impacto da retomada das lutas sobre a população civil" perto da fronteira com a Arábia Saudita.
McGoldrick disse que sete pessoas morreram e uma ficou ferida durante um ataque a um mercado em Baqin, no Iêmen. Ele cita a imprensa saudita dizendo que ataques vindos do território iemenita causaram um número não confirmado de vítimas na Arábia Saudita.
Aeroporto
As infraestruturas civis continuam sendo atingidas nos dois lados da fronteira, especialmente usinas de energia elétrica.
No Iêmen, além dos confrontos e da insegurança no país, o fechamento do aeroporto de Sanaa para voos comerciais está gerando sérias complicações para doentes que buscam tratamento médico de emergência no exterior.
O sistema nacional de saúde iemenita não tem condições de tratar todos os casos, em particular de doenças crônicas ou potencialmente fatais, como o câncer.
O coordenador humanitário pediu às autoridades que reabram imediatamente o aeroporto e retomem os voos comerciais para aliviar o sofrimento da população civil.
Solução Política
McGoldrick reafirmou o pedido feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a todos os lados envolvidos no conflito para que protejam a população civil e a infraestrutura do país.
Ele disse que "a solução política é a única opção viável para alcançar a segurança que os iemenitas precisam".
Ainda nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou a entrega de 12 toneladas de remédios e suprimentos médicos em Taiz.
O material inclui kits de emergência, bolsas para transfusão de sangue, remédios para combater diarreia, queimaduras e equipamentos para reanimação natal.


O carregamento vai ser distribuído por vários hospitais da região. A OMS voltou a pedir às partes do conflito que assegurem a entrega de suprimentos médicos e o movimento incondicional e livre dos trabalhadores de saúde por toda a cidade.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban quer que países ratifiquem Tratado de Proibição de Testes Nucleares




Secretário-geral pediu ao mundo que tenha solidariedade compatível com a urgência em acabar com o impasse sobre a questão; acordo foi adotado pela Assembleia Geral há 20 anos mas ainda não entrou em vigor.
Teste nuclear na Polonésia Francesa. Foto: Ctbto

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos Estados-membros que assinem e ratifiquem o Tratado de Proibição de Testes Nucleares, Ctbt.
A declaração de Ban marca o Dia Internacional Contra Testes Nucleares, esta segunda-feira, 29 de agosto. Ele pediu ao mundo que tenha "sentimento de solidariedade compatível com a urgência em acabar com o impasse sobre a questão".
Brasil
Desde sua adoção pela Assembleia Geral há 20 anos, o tratado ainda não entrou em vigor porque precisa ser ratificado por nove países com arsenais nucleares. São eles: China, Coreia do Norte, Egito, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Irã, Israel e Paquistão.
O Brasil firmou o acordo em setembro de 1996 e o Congresso ratificou o tratado em julho de 1998.
Em mensagem, o chefe da ONU disse que faz 25 anos que o local de testes nucleares de Semipalatinsk, no Cazaquistão, foi fechado. Nessa região foram realizadas mais de 450 explosões nucleares.
"Legado Venenoso"
Ban declarou que uma "proibição a todos os testes nucleares vai pôr um fim a esse legado venenoso". Além disso, vai impulsionar a implementação de outras medidas de desarmamento ao mostrar que a cooperação multilateral é possível.
Para Ban, a decisão ajudará a aumentar a confiança na adoção de medidas de segurança regionais, incluindo a criação de uma área livre de armas nucleares no Oriente Médio e de todas as outras armas de destruição em massa.


O secretário-geral afirmou que "dado o risco catastrófico imposto pelas armas nucleares à coletividade humana e à segurança ambiental, todos devem rejeitar esse impasse" para a ratificação do tratado.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Novo governo de união nacional toma posse na Tunísia

País africano enfrenta crise econômica há cinco anos.
Youssef Chahed tomou posse oficialmente nesta segunda-feira.


Youssef Chahed tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (Foto: Riadh Dridi/AP)Youssef Chahed tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (Foto: Riadh Dridi/AP)
O governo de união nacional de Youssef Chahed tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (29) e terá de fazer frente à crise econômica que o país atravessa há cinco anos, depois de sua revolução.
A cerimônia marcou a passagem de poder entre o primeiro-ministro mais jovem da história moderna do país, 40 anos, e seu antecessor, Habib Esid, 67 anos.
"Espero que este governo dure. O pior para este país é uma mudança de governo a cada ano", declarou Esid.
Chahed, um liberal do partido Nidaa Tounès, fundado pelo presidente Beji Caid Esebsi, é o sétimo chefe de governo nos últimos seis anos desde a revolução tunisiana da Primavera Árabe.
O governo de união de Youssef Chahed obteve a confiança do Parlamento na sexta-feira à noite por uma ampla maioria.
Dos 217 deputados da Assembleia dos Representantes do Povo (ARP), 167 votaram a favor do novo gabinete, 22 foram contra, além de cinco abstenções, totalizando 194 presentes.
Com 26 ministros e 14 secretários de Estado, o gabinete mostra um aspecto rejuvenescido e feminizado, com integrantes procedentes de vários partidos.
Mas o governo enfrenta um panorama complexo: crescimento econômico fraco, déficit fiscal inquietante e pobreza e desemprego persistentes.
Estes temas provocaram em janeiro passado os maiores protestos desde a revolução de 2011, deflagrada pelos mesmos problemas e que levou à queda do ditador Zine el Abidine Ben Ali.
Em 3 de agosto, o presidente Beji Caid Esebsi encarregou Chahed de formar um governo de unidade nacional, depois que o primeiro-ministro Habib Esid recebeu um voto de censura no Legislativo.
Fonte: G1 

POLÍTICA

Imprensa internacional repercute defesa de Dilma no Senado

Presidente afastada responde a perguntas dos senadores.
Mídia mundial acompanha com atenção o desenrolar do processo.


Dilma em reportagem da alemã 'Der Spiegel' (Foto: Reprodução/Der Spiegel)Dilma em reportagem da alemã 'Der Spiegel' (Foto: Reprodução/Der Spiegel)
Os maiores veículos da imprensa internacional noticiam nesta segunda-feira (29) a defesa de Dilma Rousseff no processo de impeachment no Senado.
O site da revista americana “Forbes” traz uma reportagem que afirma que defender Dilma é “o trabalho mais difícil do Brasil”.
“José Eduardo Cardozo e sua equipe de advogados estão empurrando uma rocha proverbial numa montanha implacável.  As últimas três votações realizadas para analisar o impeachment de Dilma foram perdidas de lavada. A mais recente foi no início deste mês, quando 59 de 81 senadores disseram que depois de receber todas as informações que eles têm sobre o caso contra ela, e depois de ouvir contrapontos da defesa, sentiram que ainda tinham razão [para impedi-la]”, diz o texto.
Já a rede CNN afirma que o entusiasmo pós-olímpico no Brasil chegou ao fim com o julgamento de Dilma. A reportagem do site da emissora destaca que Dilma “insistiu que não cometeu crime e disse estar orgulhosa por ter sido ‘fiel ao compromisso com a nação’”. “Não está claro se sua fala apaixonada fará algum efeito. A maré das opiniões está contra ela, e sua aparição é amplamente considerada sua última fala pública”, afirma a CNN.
Num texto com o termo "luta pelo poder no Brasil" no título, o site da revista alemã “Der Spiegel” destaca que Dilma reiterou a seus oponentes que eles estariam cometendo um golpe para tirá-la do poder. A publicação mostra que a presidente afastada afirmou que votar contra o impeachment é votar “pela democracia”.
O jornal francês "Le Monde" afirma, no título de artigo desta segunda, que a defesa de Dilma no senado é a “última etapa” antes de sua destituição, que deve acontecer terça ou quarta-feira. “Não luto pelo meu mandato, mas pela democracia, pela verdade e pela justiça”, destaca o diário do discurso de Dilma. O periódico também ressaltou que ela chegou na companhia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seis apoiadores sob gritos de ordem “Dilma, guerreira do povo brasileiro”.
"Le Monde" afirma que ela é acusada de ter infringido a lei de responsabilidade fiscal e de ter maquiado as contas públicas - “acrobacia financeira chamada de pedaladas fiscais”.
“Dilma denuncia um golpe para dar espaço a um governo usurpador”, destaca o jornal argentino "El Clarín". O diário citou o trecho do discurso em que a presidente afastada pede que os senadores aprovem seu retorno ao governo.
“Peço que façam justiça com uma presidente honesta, que votem contra o impeachment, votem a favor da democracia”. O jornal ressaltou a argumentação de Dilma em que ela indica que o processo de afastamento começou depois que ela se recusou a ceder a uma chantagem do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, “afastado por suspeitas de corrupção”.
“Ele queria que eu dissesse que o meu partido votaria a seu favor na comissão de ética e eu neguei”, diz mais um trecho do depoimento de Dilma citado pelo "Clarín".  O jornal também mencionou a passagem em que Dilma sugeriu o pedido de novas eleições: “O voto livre e direto é a melhor arma para conservar a democracia”.
Processo de impeachment no Senado é destaque na mídia internacional (Foto: Reprodução/CNN)Processo de impeachment no Senado é destaque na mídia internacional (Foto: Reprodução/CNN)

Fonte: G1

MUNDO

FBI detecta invasão a sistemas de votação de dois estados dos EUA

Agentes dizem acreditar que hackers estrangeiros provocaram intrusões.
Fontes dizem que invasão ocorreu em Arizona e Illinois, segundo site.


A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) está pedindo para autoridades eleitorais do país a incrementar a segurança de seus computadores depois de descobrir indícios de que hackers atacaram duas bases de dados eleitorais estaduais nas últimas semanas, de acordo com um informe confidencial.
O aviso foi dado em um alerta relâmpago da Divisão Cibernética do FBI em 18 de agosto. A Reuters obteve uma cópia do documento.
O Yahoo News foi o primeiro a noticiar o fato nesta segunda-feira, citando agentes da lei não identificados que disseram acreditar que hackers estrangeiros provocaram as intrusões.
As autoridades de inteligência dos EUA temem cada vez mais que hackers patrocinados pela Rússia ou outros países tentem atrapalhar a eleição presidencial de novembro.
Autoridades e especialistas de cibersegurança dizem que as invasões recentes ao Comitê Nacional Democrata e em outras instituições do Partido Democrata provavelmente foram levadas a cabo por pessoas de dentro do governo russo. As autoridades do Kremlin vêm negando as acusações sobre o envolvimento de Moscou.
As preocupações com a segurança cibernética durante a eleição levaram o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, a convocar uma teleconferência com autoridades eleitorais estaduais no começo deste mês, quando ofereceu a ajuda do departamento para tornar seus sistemas de votação mais seguros.
O alerta do FBI não identificou os dois estados visados pelos invasores virtuais, mas o Yahoo News disse que fontes a par do documento afirmaram que ele se refere ao Arizona e Illinois, cujos sistemas de registro de eleitores foram invadidos.
Mencionando um funcionário de um comitê eleitoral estadual, o Yahoo News disse que o sistema de registro de eleitores de Illinois ficou fora do ar por 10 dias no final de julho depois que hackers baixaram dados pessoais de até 20 mil eleitores.
O ataque no Arizona foi mais limitado e envolveu a introdução de software prejudicial no sistema de registro de eleitores, disse uma autoridade do estado, de acordo com o Yahoo News, ainda segundo a qual nenhum dado foi retirado durante a invasão.
Fonte: G1 

MUNDO

ONU denuncia aumento da colonização israelense na Cisjordânia

Enviado da ONU cita mais de mil moradias israelenses em zona palestina.
Israel prepara uma possível desapropriação de terras na Cisjordânia.


Foto de arquivo, de novembro de 2008, mostra colono judeu caminhando em frente a um prédio disputado na cidade de Hebron, na Cisjordânia (Foto: AP Photo/Sebastian Scheiner, File)Foto de arquivo, de novembro de 2008, mostra colono judeu caminhando em frente a um prédio disputado na cidade de Hebron, na Cisjordânia (Foto: AP Photo/Sebastian Scheiner, File)
A ONU denunciou nesta segunda-feira (29) um aumento da colonização israelense na Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde a publicação, no final de junho, do relatório do Quarteto sobre o Oriente Médio, que condenou esta política.
"As recomendações (do Quarteto, formado pela ONU, a UE, EUA e Rússia) continuam sendo ignoradas, incluindo um aumento dos anúncios de Israel vinculados à colonização e a continuação das demolições de casas palestinas", declarou ante o Conselho de Segurança o enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov.
Mladenov fez um inventário da construção de mais de 1.700 moradias anunciadas pelo governo israelense desde 1o. de julho, destas mais de mil em Jerusalém Oriental, zona palestina da cidade ocupada por Israel.
"Como a construção de 1.700 moradias pode aproximar as partes de uma paz negociada?", questionou.
Israel também prepara uma possível desapropriação de terras na Cisjordânia para realocar os habitantes da colônia não autorizada de Amona e convertê-la em legal de acordo com a lei israelense, uma iniciativa que "estabelecera um precedente perigoso", segundo Mladenov.
Fonte: G1 

MUNDO

Governo venezuelano proíbe voos particulares e drones por uma semana

Proibição vale inclusive durante protesto de oposição marcado para dia 1º.
Ministro dos Transportes diz que medida é para 'sossego da população'.


O governo venezuelano anunciou nesta segunda-feira (29) que estarão proibidos durante uma semana os voos particulares e os drones (veículo aéreo não-tripulado), em meio aos preparativos para o protesto da oposição na quinta-feira, em Caracas, que reclama um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.
O ministro de Transportes, Ricardo Molina, disse em um ato público que a medida foi tomada "para buscar o sossego da população, a paz e a tranquilidade" e relembrou que estará vigente até o dia 5 de setembro.
O anúncio, que implica desde pequenos aviões, até helicópteros e drones, começou a circular nas redes sociais no final de semana e o líder opositor, Henrique Capriles, o rechaçou dizendo que fazia parte das "coisas ridículas" do governo chavista e de seu medo da manifestação de 1º de setembro.
"Eles proibirão (os drones) em 1º? Esse governo é uma vergonha! Preocupados com isso enquanto as pessoas passam fome", manifestou Capriles em sua conta no Twitter.
O governo "prefere esconder e evitar o protesto de #1Set antes de resolver os problemas que o motivam. Com drone ou sem drone o mundo verá uma multidão", disse Oliver Blanco, diretor de Comunicações da Assembleia Nacional, de maioria opositora.
Em plena crise econômica e social, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou seus seguidores para uma simbólica "Tomada de Caracas" para exigir ao poder eleitoral que anuncie a data de recolhimento das quatro milhões de assinaturas necessárias para ativar a consulta.
Fonte: G1 

MUNDO

Os solitários homens do 'vilarejo dos solteiros' na China

Isolada em zona rural e cercada por estradas ruins, Laoya tem alta proporção de homens sozinhos entre 30 e 55 anos.



Xiong Jigen é um dos muitos solteiros do vilarejo de Laoya, na China (Foto: BBC)Xiong Jigen é um dos muitos solteiros do vilarejo de Laoya, na China (Foto: BBC)
Xiong Jigen culpa a estrada. O local onde mora "é isolado e o transporte é muito difícil", explica.
Ele está em frente à própria casa, de onde se pode ver um galinheiro e campos de milho, tudo perto do topo de uma colina.
Aos 43 anos, Xiong é o que os chineses costumam chamar de "galho seco" - um solteiro.
Este é o rótulo dado aos que, como ele, não encontraram uma esposa em um país no qual ainda se espera que um homem na faixa dos 20 anos já esteja casado e com a continuidade de sua família garantida.
Xiong mora no vilarejo de Laoya, na região rural da província de Anhui, no leste da China.
Para chegar ao local é preciso encarar uma hora de carro, avançando lentamente por uma estrada de terra, e depois caminhar por uma trilha também de terra.
A casa de Xiong é uma das sete que ficam em uma área cercada por uma floresta de bambus e árvores. Um lugar bonito.
'Vilarejo dos solteiros'
Laoya significa "Pato Velho", mas o local é conhecido mesmo como "vilarejo dos solteiros".
Um levantamento de 2014 concluiu que o vilarejo tinha 112 homens entre 30 e 55 anos em meio a uma população de 1,6 mil pessoas. E isto é surpreendentemente alto.
Xiong conta que conhece mais de cem homens que ainda não se casaram.
"Não consigo encontrar uma esposa. Elas se mudam para outros lugares para trabalhar, então como posso conhecer alguém para me casar?"
Novamente, ele fala das estradas. "Transporte é tão difícil aqui, não podemos atravessar o rio quando chove. As mulheres não querem morar aqui."
A parte do vilarejo onde ele mora é isolada, mas, independente disto, as probabilidades já estão contra Xiong Jigen. A China tem muito mais homens do que mulheres e, atualmente, existem cerca de 115 meninos para cada cem meninas.
Em uma cultura que historicamente favorece os homens, a política do filho único do Partido Comunista chinês levou a abortos obrigatórios e a um excesso de nascimento de meninos a partir da década de 1980.
Casamenteiras
Os pais chineses ainda têm um papel importante arrumando casamentos para os filhos, e as casamenteiras ainda são figuras comuns nos vilarejos do país.
Xiong conta que já usou os serviços de algumas delas.
A casa de Xiong foi construída há apenas três anos, mas não foi o bastante para atrair uma esposa  (Foto: BBC)A casa de Xiong foi construída há apenas três anos, mas não foi o bastante para atrair uma esposa (Foto: BBC)
"Algumas (mulheres) visitaram o vilarejo através das casamenteiras, e foram embora pois tiveram uma impressão terrível do transporte."
Parados na porta de seu quarto, perguntamos a Xiong se ele já se apaixonou.
"Já estive em um relacionamento, mas não deu certo. Ela reclamou que o vilarejo não era bom para ela, principalmente as estradas", relembra.
Ele encontrou esta mulher por meio de uma casamenteira.
"Ela era quase da minha altura, não muito gorda e nem muito magra. Era bem extrovertida."
As mulheres abandonam vilarejos como este para tentar trabalho nas cidades maiores.
Na província de Anhui, onde Xiong mora, o destino para arrumar trabalho é Xangai. As mulheres vão para a cidade para conseguir um salário mais alto e até encontrar um marido.
Algumas até voltam, mas, neste caso, já estão casadas.
Os que ficam
Os homens também abandonam os vilarejos, mas, geralmente, só para trabalhar. Alguns ficam para cuidar os pais idosos, mantendo a tradição chinesa de os filhos homens cuidarem dos pais.
O tio (à esq.) foi o motivo que fez Xiong permanecer no vilarejo (Foto: BBC)O tio (à esq.) foi o motivo que fez Xiong permanecer no vilarejo (Foto: BBC)
Xiong Jigen decidiu ficar para cuidar o tio. A reportagem da BBC viu o idoso do lado de fora da casa perto de uma bacia cheia de grãos de milho.
"Ele não vai conseguir comida se eu for embora. Ele não pode ir para um asilo", disse.
A noção de dever que a geração mais jovem tem em relação aos idosos ainda é uma parte muito importante da vida familiar na China.
O presidente Xi Jinping disse acreditar que nada pode atrapalhar uma família forte e tradicional.
Para se ter uma ideia da força desta tradição, uma nova lei introduzida na cidade de Xangai no começo de 2016 determina punições para filhos que não visitam os pais.
Mas, no "vilarejo dos solteiros", não são apenas os homens que ficaram para trás. A vizinha de Xiong, Wang Caifeng, ainda mora no local e é uma agricultora com duas filhas e um marido.
"A cidade natal é melhor. Eu realmente escolhi ficar."
Wang Caifeng, de 39 anos, e suas filhas moram em Laoya  (Foto: BBC)Wang Caifeng, de 39 anos, e suas filhas moram em Laoya (Foto: BBC)
Perguntamos sobre o futuro de suas duas filhas. As meninas caminham por mais de uma hora duas vezes por dia para ir à escola.
Wang concordaria caso elas decidissem ir embora quando forem mais velhas?
Ela responde que espera que as filhas fiquem em Laoya. Mas a filha de 14 anos não concorda.
Fujing quer ser médica, como o pai, e acredita que este plano vai funcionar melhor "no mundo lá fora".
O "mundo lá fora" não está tão longe assim. Na verdade, está nas casas dos moradores do vilarejo: eles têm TV por satélite, Xiong tem uma moto.
Mas Laoya ainda parece muito distante e, em algumas ocasiões, até isolada do resto do país.
Para se ter uma ideia, a casa de Xiong foi construída há apenas três anos. Mas a moradia nova não é o suficiente para convencer as mulheres que vêm visitá-lo a morar ali.
Laoya não é o único "vilarejo dos solteiros" na China, mas apresenta os dilemas da vida na zona rural do país: a fuga da pobreza e a ligação com a terra, o desequilíbrio entre os gêneros e o dever de cuidar dos pais e familiares idosos.
E, claro, as estradas ruins.
Fonte: G1 

MUNDO

Raio mata mais de 300 renas na Noruega

Animais costumam se agrupar nos momentos de chuva forte. 
Dez mil renas vivem em liberdade no parque de Hardangervidda.


Raio matou 323 renas durante forte chuva que atingiu parque em Hardangervidda, na Noruega  (Foto: Haavard Kjontvedt / Norwegian Environment Agency / AFP)Raio matou 323 renas durante forte chuva que atingiu parque em Hardangervidda, na Noruega (Foto: Haavard Kjontvedt / Norwegian Environment Agency / AFP)
Um raio matou 323 renas em um parque em Hardangervidda, na Noruega, durante uma forte tempestade ocorrida na sexta-feira (27).

Os animais foram encontrados por um guarda-florestal no parque nacional onde 10 mil renas vivem em liberdade.
Imagens exibidas na televisão mostram os animais mortos, concentrados em um espaço limitado.
Kjartan Knutsen, funcionário da Direção Norueguesa de Meio Ambiente, explicou que os animais costumam se agrupar nos momentos de chuvas fortes.

"Os animais se reúnem quando o tempo fica ruim e estes foram atingidos por um raio. É algo incomum. Nunca antes havíamos visto algo similar em uma escala tão grande", afirmou.
Fonte: G1 

MUNDO

Nova arma contra o crime? Cientistas descobrem forma de identificação por perfume

Estudo preliminar mostra que componentes químicos do perfume se transferem para roupa da vítima - e permanecem por dias.



bem estar perfume (Foto: Reprodução/TV Globo)Perfume pode ajudar a detectar criminoso (Foto: Reprodução/TV Globo)
Detectar traços de perfume pode ajudar na investigação de crimes, de acordo com um novo estudo de pesquisadores em Londres.
Cientistas descobriram que os componentes químicos de uma fragrância podem ser transferidos das roupas de uma pessoa para as de outra, mesmo se o contato for rápido.
As marcas do perfume perduram por dias, apesar de ficarem mais fracas com o passar do tempo.
A equipe diz que este é um estudo preliminar, mas sugere que o perfume tem o potencial de ser usado como evidência em casos criminais.
Os pesquisadores, escrevendo para a publicação científica Science and Justice, dizem que analisar fragrâncias pode ser uma ferramenta útil em casos em que há contato físico próximo, como os de violência sexual.
“Achávamos que havia muito potencial com (a investigação pelo) perfume porque muita gente usa. Sabemos que 90% das mulheres e 60% dos homens usam perfume rotineiramente”, disse a autora principal do artigo, Simona Gherghel, do University College London (UCL).
“Apesar de haver muitas pesquisas na ciência forense sobre transferências – por exemplo, transferência de fibras ou de resíduos de armas de fogo –, até agora não haviam feito pesquisa sobre perfumes”, acrescenta.
Reconstrução forense
Perfumes são formados por diversos componentes químicos diferentes que, combinados, produzem uma fragrância individual.
Os pesquisadores, analisando apenas uma fragrância masculina, descobriram que alguns desses componentes eram facilmente transferidos de um pedaço de algodão para outro.
Quando os dois pedaços de material eram pressionados um contra o outro por apenas um minuto, 15 de 44 componentes químicos eram detectados no segundo pedaço. Se o tempo de contato aumenta para 10 minutos, 18 componentes são transferidos.
Os cientistas também analisaram como o tempo afetava a transferência de componentes voláteis.
Eles descobriram que cinco minutos após o spray inicial do perfume, 24 de 44 componentes eram detectados no segundo pedaço de tecido após um contato de dez minutos entre os dois. Já seis horas após a aplicação do perfume, 12 componentes eram transferidos e, sete dias depois, seis componentes voláteis restavam.
“É um estudo piloto e preliminar. Mostramos, primeiro, que perfume se transfere e, segundo, que podemos identificar que essa transferência ocorreu”, disse Ruth Morgan, diretora do Centro de Estudos Forenses da UCL.
“No futuro pode haver situações em que o contato entre dois indivíduos ocorra e essa pode ser uma forma de discernir que tipo de contato houve e quando houve.”
Mas a equipe diz que qualquer prova teria que ser coletada muito rapidamente após o crime, o que pode limitar sua utilidade. Eles dizem também que é muito improvável que o perfume seja usado, sozinho, para resolver um caso.
“Não vai ser uma prova por si só. Na maioria dos casos esperamos que haja mais de uma linha de investigação. Não é só o DNA ou só a impressão digital ou só o perfume. Mas combinar isso com outras provas é como vai se formando uma imagem muito convincente.”
A equipe diz que é preciso, agora, trabalhar mais para saber como o perfume se transfere em reconstruções forenses mais realistas.
Fonte: G1