quinta-feira, 25 de agosto de 2016

MUNDO

Ocupação de estradas e retenção de vice-ministro elevam tensão na Bolívia

Mineiros exigem libertação de detidos e negociação de documento do setor.
Dirigente do setor diz que ministro está 'retido'.


Mineiros de greve bloqueiam estrada em Panduro, na Bolivia; eles exigem libertação de detidos e negociação de documento do setor (Foto: AP Foto/Juan Karita)Mineiros de greve bloqueiam estrada em Panduro, na Bolivia; eles exigem libertação de detidos e negociação de documento do setor (Foto: AP Foto/Juan Karita)
O clima de tensão está em escalada na Bolívia, nesta quinta-feira (25), com estradas ocupadas por mineiros há três dias, em meio à morte de um "piqueteiro" e à retenção do vice-ministro do Interior por parte dos manifestantes.
"O vice-ministro (Rodolfo) Illanes, que está na localidade de Panduro, foi sequestrado por cooperativistas mineiros, que ameaçam começar a torturá-lo", declarou o ministro do Interior, Carlos Romero, em entrevista coletiva.
Na quarta (24), Panduro foi palco de confrontos entre mineiros e policiais.
Illanes estava no local do bloqueio, tentando uma aproximação com os mineiros que se mantêm entrincheirados nas montanhas, segundo a versão oficial.
Um dirigente do setor, Agustín Choque, citado pela rádio Compañera, alegou que o ministro "não está sequestrado, está apenas retido".
Exigências
Esses mineiros, que estão agrupados em cooperativas privadas, tomaram as estradas na segunda-feira, exigindo a libertação de dez detidos sob acusação de atentar contra a vida de policiais e contra bens do Estado. A acusação remete a confrontos esporádicos ocorridos no início de agosto.
Eles também exigem negociar diretamente com o presidente Evo Morales, seu aliado político, um documento setorial rejeitado de antemão pelo governo. Esse coletivo ocupa importantes cargos no Executivo, em uma Superintendência do ramo e no Congresso, onde conta com senadores e deputados.
Segundo Romero, os mineiros do setor cooperativo pressionam para alugar suas concessões mineradoras para empresas privadas, ou estrangeiras, uma ação proibida pela Constituição.
"Os que protestam são cooperativistas comprometidos com transnacionais", denunciou.
A imprensa divulgou o conteúdo de 36 contratos desse tipo firmados pelos mineiros.
Confrontos
Até o meio-dia desta quinta, havia confrontos muito esporádicos em Sayari, Cochabamba (centro), e as estradas estão cheias de pedras e escombros.
No pior dia de violência, ontem, dois mineiros morreram em estradas de Cochabamba, segundo a Federação Nacional de Cooperativas de Mineiros (Fencomin). Já o governo anunciou um morto.
"O Plano de Operações da Polícia Boliviana não contempla o uso de armas letais", de acordo com um comunicado do Ministério de Governo.
A possibilidade de iniciar negociações, abertas por gestões da Defensoria do Povo, havia fracassado nesta quinta, devido às baixas na categoria.
Por causa do clima de tensão, Romero insistiu em que "as portas do diálogo estão abertas", com a condição da "suspensão definitiva de todos os bloqueios".
Fonte: G1 

NATUREZA

Tigre resgatado de 'pior zoo do mundo' chega à África do Sul

Laziz, de nove anos, foi retirado com outros 14 animais de zoo em Gaza.
Ele irá viver em santuário após dividir pequena jaula com tigre empalhado.


O tigre Laziz em seu novo recinto no Lionsrock Big Cat Sanctuary, em Bethlehem, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)O tigre Laziz em seu novo recinto no Lionsrock Big Cat Sanctuary, em Bethlehem, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)
Um tigre resgatado do que ativistas chamavam de “o pior zoológico do mundo” chegou ao seu novo lar na África do Sul na quinta (25), depois de viver em uma pequena jaula em Gaza, ao lado de um tigre empalhado.
O macho de nove anos de idade, chamado Laziz, chegou de avião. Os cuidadores disseram que ele estava em boas condições e calmo após viajar em uma jaula moderna.

A entidade Four Paws lançou uma missão de resgate no zoo Khan Younis, em Gaza, ao descobrir que o local estava exibindo corpos empalhados de animais que tinham morrido de stress, doenças e fome.
O tigre Laziz se espreguiça após ser liberado em seu novo recinto no Lionsrock Big Cat Sanctuary, em Bethlehem, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)O tigre Laziz se espreguiça após ser liberado em seu novo recinto no Lionsrock Big Cat Sanctuary, em Bethlehem, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)
Depois que o zoológico pediu socorro, a Four Paws removeu na quarta 15 animais, incluindo cinco macacos, um porco-espinho e um emu. A maioria foi levada a um santuário animal na Jordânia.

O tigre foi levado ao Lionsrock Big Cat Sanctuary, onde deu alguns passos ainda hesitantes ao entrar em seu novo recinto, usou um velho tronco como poste para arranhar e apagou debaixo de um abrigo para dormir sob o efeito de um sedativo.

“Laziz está em boas condições, a não ser por um arranhão em um dos lados de sua face, provocado pela jaula”, disse Marina Strydom, uma veterinária do Lionsrock, na quinta.
 
O tigre Laziz bebe água ao chegar ao aeroporto internacional O.R Tambo, em Johanesburgo, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)O tigre Laziz bebe água ao chegar ao aeroporto internacional O.R Tambo, em Johanesburgo, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)
O santuário já abriga cerca de 100 grandes felinos que foram resgatados de zoológicos e circos ao redor do mundo. O novo recinto do tigre tem vários hectares com troncos de árvores, rochas e estruturas improvisadas para escalar.

A maioria das refeições no local inclui carne de burro e pernas de vacas.

Anos de conflito, invernos muito frios, negligência persistente e surtos de doença mataram muitos dos animais mantidos em cativeiro em Gaza.
O tigre Laziz é liberado em seu novo recinto no Lionsrock Big Cat Sanctuary, em Bethlehem, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)O tigre Laziz é liberado em seu novo recinto no Lionsrock Big Cat Sanctuary, em Bethlehem, na África do Sul, na quinta (25) (Foto: AP Photo/Themba Hadebe)
Fonte: G1 

POLÍTICA

‘Foi um grande plano de fraude fiscal’, diz procurador em julgamento

Impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff é julgada no Senado.
Júlio Marcelo de Oliveira é ouvido na condição de informante da acusação.


O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), chamou as "pedaladas fiscais" e outras ações do governo Dilma Rousseff de um "grande plano de fraude fiscal". Ele é ouvido nesta quinta-feira (25), na condição de informante da acusação, no julgamento do impeachment da presidente afastada.
Oliveira foi convocado como testemunha, mas, por ter participado de ato pela rejeição das contas de Dilma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu que ele deve falar como informante. Isso significa que seu depoimento perde força do ponto de vista jurídico e não poderá ser usado como prova.
Segundo o procurador, o governo iniciou em 2013 um processo de maquiagem nas contas públicas, "que trouxe um grande benefício para o Poder Executivo, porque trouxe a imagem de um poder provedor, mesmo quando a receita do país já estava se reduzindo. Foi um grande plano de fraude fiscal, que contou com a omissão do registro das dívidas, a fraude aos decretos de contigenciamente e com a utilização dos bancos públicos como fonte de financiamento, algo proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal."
Prejuízos
Júlio de Oliveira disse que o desequilíbrio fiscal durante o governo Dilma levou o Brasil a perder o grau de investimento, que é dado por agências de risco. A situação, segundo ele, também levou à "explosão" da dívida pública em 2014. Com isso, os agentes econômicos pararam de investir, preferiram investir em dólar ou títulos do governo, incentivando o desinvestimento e levando o Brasil a uma recessão com inflação.
Créditos suplementares
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) perguntou ao procurador se, para ele, a edição de decretos de crédito suplementar configura um crime de responsabilidade fiscal. Em resposta, Oliveira afirmou que Dilma precisava de autorização do Congresso para editar os decretos.
“Uma vez que não havia autorização legislativa, autorização legislativa não alcançava essa hipótese, incidiu ela em violação ao artigo 1675 da Constituição e, portanto, um atentado contra as leis orçamentárias. Na minha opinião, sim, está configurado o crime de responsabilidade fiscal”, afirmou o procurador.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) argumentou que Lula e Fernando Henrique Cardoso, quando eram presidentes, fizeram os mesmos decretos que Dilma. Ela afirmou que Oliveira "tem lado, tem militância" e é um dos "mentores intelectuais" do impeachment. Lewandowski chamou atenção para pronciamentos políticos e disse que só aceitará perguntas objetivas ao informante.
O procurador disse que, na época de FHC, era possível emitir decretos de crédito suplementar por medida provisória. Isso mudou depois. Oliveira disse desconhecer que Lula tenha aberto decretos de créditos suplementares de maneira irregular.
Pedaladas fiscais
A denúncia do processo diz que Dilma praticou em 2015 as chamadas "pedaladas fiscais", que são operações de crédito ilegais com bancos públicos. O governo teria atrasado de propósito o repasse de verbas doTesouro às instituições, que tiveram que pagar benefícios sociais, como subsídios agrícolas, com recursos próprios.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) perguntou se as "pedaladas" poderiam ser classificadas, como diz a defesa, como prestação de serviço, e não operações de crédito entre a União e os bancos. Para o procurador, isso não é possível. "Não é prestação de serviço da Caixa assumir um pagamento em nome da União. Não é prestação de serviço do BNDES assumir o ônus da equalização [dos juros] e continuar emprestando para os agricultores."
O senador Lasier Martins (PDT-RS) questionou o informante sobre possíveis alertas em relação aos atos cometidos pelo governo desde 2013. "Nós só tivemos notícia da reação técnica do Tesouro aos procedimentos neste ano. Neste ano tivemos acesso às notas técnicas", respondeu Oliveira. Segundo ele, se soubesse antes, o TCU teria agido antes.
O procurador também falou sobre o possível dolo de Dilma no caso das pedaladas fiscais. "Desde que fizemos a representação [em relação às contas públicas], em agosto de 2014, e todas a discussão nos meios de comunicação, impossível imaginar que a presidente não tivesse conhecimento dos atos graves que ocorriam."
Aliados de Dilma
Após Júlio Marcelo de Oliveira passar à condição de informante, aliados da presidente afastadaDilma Rousseff, como o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), decidiram não fazer questionamentos a ele para “agilizar” essa fase do depoimento. A estratégia foi evitar as perguntas uma vez que Oliveira passou a ser “suspeito” no processo.
A decisão foi comunicada a jornalistas por Lindbergh após ele se reunir rapidamente com José Eduardo Cardozo e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Humberto Costa (PT-PE),Jorge Viana (PT-AC) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu a palavra, fez uma contextualização sobre operações de crédito, mas abriu mão de fazer perguntas ao informante. Ao longo da tarde, no entanto, outros aliados de Dilma decidiram fazer questionamentos.
Início do julgamento
O Senado deu início, às 9h32 desta quinta-feira (25), à sessão do julgamento final do impeachment de Dilma. A abertura dos trabalhos foi feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comanda esta etapa do processo.
O ministro fez um breve discurso sobre o papel de juízes que os senadores deverão desempenhar. Em seguida, abriu espaço para a chamadas “questões de ordem”.
Uma delas, apresentada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), solicitando a suspensão do processo com o argumento de que as contas de 2015 do governo Dilma – que embasam a denúncia – ainda não foram analisadas pelo Congresso Nacional.
Lewandowski negou, após uma longa discussão no plenário, o pedido de Grazziotin. O magistrado já havia rejeitado questionamento semelhante de aliados de Dilma em fases anteriores do processo.
Na primeira parte da sessão houve bate-boca entre senadores, após a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmar que "metade do Senado" não tem moral para julgar a petista. Senadores favoráveis ao impeachment se irritaram com a declaração.
Fonte: G1

RIO DE JANEIRO

Polícia do Rio vai intimar Ryan Lochte a prestar novo depoimento no Brasil

Nadador terá que comparecer à audiência ou será julgado à revelia.
Inquérito será concluído essa semana e enviado ao Ministério Público.


Ryan Lochte pede desculpa por falso relato de assalto na Olimpíada (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)Ryan Lochte será intimado para novo depoimento
(Foto: Reprodução GloboNews)
O nadador americano Ryan Lochte será intimado a prestar novo depoimento no Brasil, dessa vez à Justiça. Em entrevista nesta quinta-feira (25), o delegado Clemente Braune, da delegacia de Atendimento Especial ao Turista (Deat), disse que Lochte terá que comparecer a uma audiência perante o juiz ou será julgado à revelia.

“Uma vez citado, comparecendo ou não à audiência, a pena é a mesma, prevista em lei para o delito de comunicação falsa de crime: 1 a 6 meses de detenção. Se ele for citado e não comparecer na audiência, o processo segue sem a presença do réu até a sentença final”, explicou Braune.
A polícia civil vai concluir o inquérito do caso essa semana e encaminhar ao Ministério Público, que emitirá uma carta rogatória através de medida de cooperação internacional. Lochte não poderá ser ouvido nos Estados Unidos, ele tem que comparecer pessoalmente à audiencia.

"⁠⁠⁠Não há uma pena para o não comparecimento, mas sim um prejuízo processual pois a ação seguirá sem a sua presença", afirmou o delegado.

O nadador James Feigen, que também mentiu para polícia em depoimento, fez acordo de transação de pena e não será intimado pela polícia. Os outros dois nadadores, Gunnar Bentz e Jack Conger, foram liberados pela polícia já que não chegaram a mentir sobre o ocorrido.

Entenda o caso
Lochte e outros três nadadores dos Estados Unidos se envolveram em um falso relato de assalto que disseram ter sofrido durante a Olimpíada. Inicialmente, Ryan Lochte e James Feigen haviam dito que sofreram um assalto ao voltar de táxi à Vila Olímpica após uma festa na Lagoa. Os nadadores estavam acompanhados de outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger.

Lochte chegou a perder seus quatro patrocinadores por conta deste caso.  Para investigadores, depoimentos de testemunhas e um vídeo que mostra os atletas em um posto de gasolina e reforçaram a tese de que não houve roubo.

O grupo teria depredado um banheiro e foi impedido de deixar o local pelos seguranças, que queriam que os atletas pagassem pelo prejuízo. Os nadadores admitiram que estavam bêbados.

Após ficar comprovada a farsa, os dois foram indiciados por falsa comunicação de crime. Prevista no artigo 340 do Código Penal, ela significa "provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado".

Em entrevista ao Jornal Nacional, Lochte assumiu a responsabilidade pela confusão no posto de gasolina. O atleta admitiu que foi imaturo, e impreciso no depoimento às autoridades, pediu desculpas ao povo brasileiro e disse que o Brasil não merecia isso e que o país fez uma Olimpíada maravilhosa. Ele chegou a dizer que "ama" os brasileiros.

Entretanto, não admitiu que mentiu quando afirmou que foi assaltado. Disse que "exagerou", mas insistiu que, o fato dos seguranças terem apontado armas para ele enquanto esperavam uma compensação pelos danos no banheiro do posto pode ser interpretado como assalto.

"Nós saímos do táxi, as armas estavam apontadas para a gente, um dos caras, o tradutor que chegou lá, chegou dizendo que a gente teria que dar dinheiro porque tinha uma arma apontada para a gente. A gente teve que dar dinheiro então você pode chamar isso de assalto, extorsão, ou você pode apenas dizer que tinha que pagar pelo dano no pôster. Eu não sei o que foi, tudo que eu sei é que eu estava assustado porque havia uma arma apontada para a gente. Mas depois disso tudo ficou certo e nós voltamos em segurança para Vila Olímpica”, conta Ryan Lochte, que admitiu ainda que estava "altamente intoxicado" - termo que em inglês também serve se refere a embriaguez.
Depoimentos dos demais envolvidos
Quatro nadadores se envolveram na confusão: Lochte, Jimmy Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger. Os dois primeiros foram indiciados por falso testemunho pela Polícia do Rio, enquanto os outros dois, apesar de terem sido retirados de um voo na última quarta-feira (17), enquanto tentavam voltar para os EUA, constam apenas como testemunhas no inquérito.
No Termo de Declaração assinado por Bentz, ao qual o G1 teve acesso, o nadador relatou que, ao parar no posto para urinar, Lochte quebrou uma placa publicitária pregada na parede, o que provocou muito barulho.
Bentz declarou que os atletas foram impedidos de deixar o local por homens armados que não falavam inglês e que apresentaram algum tipo de distintivo. O nadador disse que entregou, sem que lhe fosse exigido, US$ 20 que tinha no bolso. Feigen teria dado ao menos uma nota de R$ 50.
Conger também afirmou em seu depoimento que foi Lochte quem quebrou a placa publicitária no posto. Ele disse ainda ficou sabendo apenas pela imprensa que o colega mentiu ao dar entrevista relatando o falso assalto.
Já Feigen disse que soube das declarações de Ryan Lochte à mídia internacional e as considerou inverídicas. Ele disse não saber por que Lochte deu a versão do assalto.
Fonte: G1 

ECONOMIA

Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão

O Kirby Café foi inaugurado em Osaka e terá uma nova unidade em Tóquio.
Decoração do ambiente e dos pratos remete a personagens da marca.


A empresa japonesa Nintendo está ampliando sua presença para fora das telas do videogame. O Kirby Café foi inaugurado recentemente em Osaka, no Japão, e ganhará mais uma unidade nesta sexta-feira (26), em Tóquio. 
Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café  (Foto: Kirby Café)Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Reprodução/Kirby Café)
A comida e a decoração do Kirby são inteiramente temáticas. Sopas, drinks, pratos e sobremesas remetem a personagens e itens dos jogos da marca. A trilha sonora do ambiente também não foi deixada de lado- feita sob medida para tornar a atmosfera do local ainda mais divertida e lúdica.
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Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Kirby Café)Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Reprodução/Kirby Café)
O café também possui uma loja onde os fãs podem comprar acessórios exclusivos como capas, almofadas, bolsas e canecas da marca. A Nintendo ainda não tem planos de abrir o Kirby Café fora do Japão.
Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Kirby Café)Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Reprodução/Kirby Café)

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Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Kirby Café)Nintendo abre seu primeiro restaurante no Japão, o Kirby Café (Foto: Reprodução/Kirby Café)


Fonte: G1 

MUNDO

Novo tremor volta a levar pânico à região central da Itália

Em Amatrice, imóvel desabou parcialmente. 
250 pessoas morreram após tremor na quarta-feira.


Socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas na quarta-feira (24). Trabalhos de resgate prosseguem nesta quinta (Foto: Ciro De Luca/ Reuters)Socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas na quarta-feira (24). Trabalhos de resgate prosseguem nesta quinta (Foto: Ciro De Luca/ Reuters)
Um tremor de 4,3 de magnitude voltou a atingir a região central da Itália nesta quinta-feira (25), causando novos desmoronamentos, segundo a Associated Press. Em Amatrice, uma das cidades mais atingidas pelo terremoto de quarta-feira (24), o desabamento parcial de um imóvel provocou pânico entre os moradores.
Segundo os últimos balanços divulgados pelas autoridades, 250 pessoas morreram e centenas seguem desaparecidas. Só em Amatrice foram registradas 200 mortes, segundo o prefeito da cidade. A Defesa Civil italiana informou que 270 pessoas estão hospitalizadas e cerca de 1,2 mil estão desabrigadas na região.
A agência Efe informou que a fachada do prédio que desmoronou nesta manhã fica perto de um alojamento temporário das vítimas do terremoto de quarta, no parque de Amatrice. O novo tremor foi registrado às 14h36 (horário local, 9h36 em Brasília).
Buscas
Mais de 4,3 mil pessoas trabalham na busca por sobreviventes. Escavadeiras são usadas nos maiores desmoronamentos, mas em diversos pontos bombeiros e socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas. As operações de resgate, que aconteceram com temperaturas abaixo dos 10 graus, não têm previsão de interrupção.
A Defesa Civil admite que esse número pode aumentar, já que ainda há centenas de desaparecidos. O jornal "Corriere della Sera" afirma que existem ainda quase 300 feridos. O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.
Turistas
A região afetada pelo terremoto, a apenas 160 quilômetros de Roma, é uma área de passagem de turistas, o que provoca o temor de mortos de várias nacionalidades.
As autoridades temem pela vida dos hóspedes do célebre e histórico Hotel Roma de Amatrice, que estava com ocupação total por ocasião de uma festa tradicional em homenagem à criação há 50 anos da receita de spaghetti à "matriciana", segundo a France Presse.
Em homenagem à receita com molho de tomate e bacon estão surgindo várias iniciativas de  solidariedade por parte de cozinheiros e donos de restaurante de todo o mundo com a população de Amatrice.

Resgate emocionante
Em Pescara del Tronto, o resgate da menina Julia, de apenas 10 anos, emocionou as equipes de resgate. Ela foi retirada dos escombros de um imóvel sob aplausos.
O primeiro tremor, de magnitude 6,2, aconteceu às 3h36 de quarta-feira (22h36, de terça-feira, em Brasília) e o impacto foi maior perto de Perugia, região localizada a menos de 200 km de Roma, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), organismo que registra os tremores em todo mundo.
Menina de 10 anos foi retirada com vida dos escombros em Pescara del Tronto, na Itália (Foto: Reprodução/TV Globo)Menina de 10 anos foi retirada com vida dos escombros em Pescara del Tronto, na Itália (Foto: Reprodução/TV Globo)
Mais de 100 tremores secundários foram registrados durante a noite, incluindo um particularmente forte, às 5h20, que provocou mais deslizamentos de terra, segundo a France Presse.

Prevenção
Um dia depois da tragédia, entre a desolação e a surpresa, várias perguntas começam a ser feitas sobre o preço elevado pago pela Itália, com destaque para a qualidade das construções, segundo a France Presse.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, admitiu na quarta-feira as enormes dificuldades para proteger tantos vilarejos e cidades com valiosos centros históricos, construídos há vários séculos.
Especialistas, historiadores e arqueólogos serão mobilizados em toda a península para avaliar o patrimônio e estabelecer um calendário de obras de prevenção, para impedir que vilarejos localizados em áreas de alto risco sísmico desapareçam com um terremoto.

"Nós, os geólogos, há anos pedimos que se desenvolva a cultura da prevenção para evitar estas tragédias", declarou o presidente do Conselho de Geólogos, Francesco Peduto.
Nesta quinta-feira, o Conselho de Ministros de reunirá para decretar estado de emergência nas áreas afetadas pelo terremoto.
"Será necessário realizar um trabalho sério e contínuo", disse Renzi, que espera evitar os erros cometidos após o terremoto de 2009 em L'Acquila, cuja polêmica reconstrução se tornou um negócio lucrativo para muitos.
Fonte: G1 

MUNDO

Santos ordena cessar-fogo definitivo com as Farc para a próxima semana

Acordo definitivo de paz foi assinado nesta quarta.
Início de cessar-fogo foi ordenado para a próxima segunda-feira.


O presidente colombiano Juan Manuel Santos e a primeira-dama Maria Clemencia de Santos chegam ao Congresso nesta quinta-feira (25) para entregar o acordo de paz assinado pelo governo e as Farc (Foto: REUTERS/John Vizcaino)O presidente colombiano Juan Manuel Santos e a primeira-dama Maria Clemencia de Santos chegam ao Congresso nesta quinta-feira (25) para entregar o acordo de paz assinado pelo governo e as Farc (Foto: REUTERS/John Vizcaino)
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ordenou nesta quinta-feira (25) que o cessar-fogo definitivo das forças militares da Colômbia com os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) comece no próximo dia 29. O anúncio é feito um dia depois de o governo e a guerrilha assinaram, em Havana, o histórico acordo de paz definitivo no país. O cessar-fogo foi um dos pontos acordados, mas ainda não tinha data definida para começar.
"Como chefe de Estado e como comandante em chefe das nossas forças militares ordenei o cessar-fogo definitivo com as Farc a partir das 0h da próxima segunda-feira, 29 de agosto. Assim chega ao fim o conflito armado com as Farc", anunciou o presidente.
O anúncio foi feito em uma praça no centro de Bogotá, logo após o presidente entregar o texto do acordo definitivo ao Congresso colombiano, para que inicie os trâmites de convocação do plebiscito que visa a referendar o que foi negociado. O documento considera a desmobilização dos guerrilheiros, o abandono das armas e a transformação das Farc em um movimento político, entre outros pontos.

Durantes as negociações de paz, que começaram em 2012, as Farc realizaram várias tréguas unilaterais como demonstração de seu compromisso com os diálogos: nas festas de Natal e nas eleições-gerais de 2014, entre 20 de dezembro de 2014 e 23 de maio de 2015; e entre 20 de julho de 2015 até agora.
O governo respondeu a este gesto da guerrilha marxista com a suspensão dos bombardeios aéreos a acampamentos rebeldes, mas mantendo sua função constitucional de combater grupos armados ilegais como as Farc.

Acordo histórico
Depois de quase quatro anos de diálogos em Cuba, as Farc e o governo da Colômbia anunciaram nesta quarta que chegaram a um acordo de paz definitivo para o conflito armado de mais de 50 anos no país.
O acordo com as Farc, grupo armado desde 1964 e maior guerrilha da Colômbia, permitirá superar em grande parte um confronto que já deixou 260 mil mortos, quase 7 milhões de deslocados e 45 mil desaparecidos.
O acordo é histórico porque desde 1983 o país fracassou em três tentativas de negociar a paz, como informa o jornal "El Tiempo". Essas tentativas ocorreram durante os governos de Belisario Betancur, César Gaviria e de Andrés Pastrana.
Plebiscito
O acordo deve ser aprovado pela população colombiana, que votará em plebiscito no dia 2 de outubro, segundo anunciou o presidente Juan Manuel Santos em pronunciamento na televisão. “Hoje começa o fim do sofrimento, da dor e da tragédia da guerra. A esperança nacional virou realidade. Alcançamos um acordo final para pôr fim ao conflito”, disse o presidente durante seu discurso.
Se o acordo passar na prova das urnas (para o qual requer ao menos 4,4 milhões de votos afirmativos), será possível dizer que o último conflito armado na América está em vias de ser extinto.
O comandante das Farc Iván Marquéz (esquerda) e o chefe da delegação de paz colombiana Humberto de la Calle (direita) apertam as mãos nesta quarta-feira (24) em Havana, Cuba, após assinarem o acordo definitivo de paz na Colômbia (Foto: YAMIL LAGE / AFP)O comandante das Farc Iván Marquéz (esquerda) e o chefe da delegação de paz colombiana Humberto de la Calle (direita) apertam as mãos nesta quarta-feira (24) em Havana, Cuba, após assinarem o acordo definitivo de paz na Colômbia (Foto: YAMIL LAGE / AFP)
Pontos acordados em Havana
Na última semana, as equipes negociadoras das Farc e do governo trabalharam de forma ininterrupta para terminar o acordo.
Os assuntos que ainda estavam sendo discutidos eram o alcance da anistia para as Farc (que exclui os responsáveis por crimes como sequestro, deslocamento e violência sexual) e a participação política dos rebeldes.
O pacto da Havana prevê acordos e compromissos em seis pontos: reforma rural, participação política dos ex-combatentes da guerrilha, cessar-fogo bilateral e definitivo, solução ao problema das drogas ilícitas, ressarcimento das vítimas e Mecanismos de implementação e verificação.
O compromisso alcançado em Cuba estabelece que quem confessar seus crimes diante de um tribunal especial poderá evitar a prisão e receber penas alternativas. Se não for feito dessa forma e forem declarados culpados, serão condenados a penas de 8 a 20 anos de prisão.
Além disso, espera-se que as Farc iniciem seu desarme uma vez que sejam referendados os acordos em um prazo de seis meses contados a partir de sua concentração em 23 áreas e oito acampamentos na Colômbia.
Observadores desarmados da ONU, delegados das Farc e o governo verificarão o processo de abandono das armas, com as quais serão levantados três monumentos.

Paz é mais barata
Os negociadores de paz do governo da Colômbia reagiram nesta quinta aos críticos do acordo dizendo que o custo de acolher os combatentes rebeldes na sociedade é muito menor do que os gastos do conflito.
Os opositores do acordo, liderados pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, afirmam que o pacto anistia os rebeldes de crimes demais e é injusto com os cidadãos cumpridores da lei porque pede subsídios para os combatentes que deixam seus esconderijos nas florestas e montanhas enquanto procuram trabalho.
A equipe que passou quase quatro anos negociando com as Farc em Havana realizou uma coletiva de imprensa para defender o pacto, dizendo que o governo e a sociedade precisam ajudar a integrar os combatentes, alguns dos quais passaram décadas em campos.
"Isto é pela Colômbia, para que o que aconteceu na América Central não aconteça aqui – nós os abandonarmos depois de eles deporem as armas e eles terminarem em grupos criminosos ou pegarem em armas novamente", disse o senador Roy Barreras, um dos negociadores.
Fonte: G1 

ECONOMIA

Brasil fecha 94 mil vagas de trabalho formais em julho

No ano, até julho, 623 mil vagas foram cortadas e, em 12 meses, 1,7 milhão.
Julho foi o 16º mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada.


O fechamento de vagas de trabalho com carteira assinada teve continuidade em julho deste ano. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mês passado as demissões superaram as contratações em 94.724 empregos.
Os dados, divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (25), revelam que este foi o décimo sexto mês seguido de fechamento de vagas formais. O último mês com contratações acima das demissões foi março do ano passado, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.
Apesar de negativo, o resultado do mês passado foi menos ruim do que o registrado em junho de 2015, quando foram fechados 157.905 postos de trabalho - pior resultado para meses de junho desde o início da série histórica do indicador, em 1992.
Acumulado do ano
Na parcial dos sete primeiros meses deste ano, as demissões superaram as contratações em 623.520 vagas formais. Foi o pior resultado para este período desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, que, neste caso, começa em 2002.
Até então, o pior resultado, para o período de janeiro a julho, havia sido registrado no ano passado - quando foram fechadas 485.069 vagas com carteira assinada.
Os números de criação de empregos formais dos sete primeiros meses do ano, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro a junho. Os dados de julho ainda são considerados sem ajuste.
Em 12 meses, mais de 1,7 milhão de demissões
O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses até julho, foi registrada a demissão de 1.706.459 trabalhadores com carteira assinada.
Ao final de julho, o país tinha um total de 39,06 milhões de trabalhadores empregados formalmente. No mesmo mês do ano passado, eram 40,77 milhões.
Setores da economia
Em julho, segundo os números do governo, o setor que mais demitiu foram os serviços, com o fechamento de 40.140, seguido pela construção civil (-27.718 vagas), pelo comércio (-16.286 empregos) e pela indústria de transformação (-13.298 postos formais).
Já nos sete primeiros meses deste ano, informou o Ministério do Trabalho, quase todos os setores da economia demitiram trabalhadores, com exceção da administração pública, que abriu 19.012 vagas, e da agricultura (+96.428 empregos com carteira assinada).
O comércio liderou o fechamento de vagas com carteira assinada nos sete primeiros meses deste ano, com 268.403 demissões. Em segundo lugar estão os serviços com 164.601 vagas formais fechadas,
Logo depois, vem a indústria de transformação, com 153.197 empregos formais fechados no período, seguida pela construção civil - que registrou a demissão de 142.095 postos formais nos sete primeiros meses de 2016. A indústria extrativa mineral, por sua vez, fechou 6.108 vagas de emprego.
Números regionais
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em quase todas as regiões do país nos sete primeiros meses de 2016, com exceção do Centro-Oeste, que abriu 11.954 vagas neste período.
A região Sudeste foi a que teve mais trabalhadores demitidos de janeiro a julho deste ano, quando 305.710 pessoas perderam o emprego.
A região Nordeste, por sua vez, registrou a demissão de 223.382 trabalhadores, enquanto a região Sul contabilizou o fechamento de 61.433 vagas formais. Já a região Norte fechou 44.949 empregos com carteira assinada nos sete primeiros meses deste ano.
Fonte: G1 

POLÍTICA

Temer diz que impeachment é uma coisa 'natural da democracia'

Presidente interino deu a declaração ao ser questionado se estava 'nervoso'.
Nesta quinta (25), Senado deu início ao julgamento que pode afastar Dilma.


No dia em que o Senado começou a julgar Dilma Rousseff, o presidente em exercício Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (25) que, na opinião dele, o impeachment é uma coisa "natural da democracia". O peemedebista deu a declaração – ao final da cerimônia de recepção da tocha paralímpica no Palácio do Planalto – ao ser questionado por jornalistas sobre se estava "nervoso" e "inseguro" com o julgamento final da presidente afastada.
Se ao final do processo os senadores decidirem afastar definitivamente Dilma do comando do país, Temer deixará de ser interino e passará a ser o presidente efetivo.
"Isso é uma coisa tão natural da democracia", disse Temer aos repórteres depois de ser indagado sobre sua expectativa em torno do desfecho do processo de afastamento da petista.
Antes de fazer o comentário, o presidente em exercício fez ar de desentendido ao ser questionado sobre se estava "nervoso".
"Por quê? Aconteceu alguma coisa?", ironizou.
Fonte: G1

POLÍTICA

Sérgio Moro autoriza devolução de passaporte para Claudia Cruz

Decisão contraria o MPF, que alertou para risco de fuga da investigada. 
Cláudia Cruz é mulher do deputado Eduardo Cunha e é ré na Lava Jato.


Claudia Cruz, mulher do presidente suspenso da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, durante cerimônia no congresso em novembro de 2015 (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)Claudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, durante cerimônia no congresso em novembro de 2015 (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou o pedido da defesa da mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, para que fosse devolvido passaporte dela que estava com a Justiça.
A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada, que é ré na Operação Lava Jato.
"Existe real possibilidade de Cláudia Cordeiro Cruz e/ou seus familiares manterem outras contas bancárias no exterior, havendo risco concreto de eventual fuga e utilização de ativos secretos ainda não bloqueados caso o passaporte seja devolvido", disseram os procuradores do MPF.
De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. Ela  responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
No despacho, publicado no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná, nesta quarta-feira (24), Moro observou que a entrega do passaporte à Justiça foi iniciativa da própria defesa de Cláudia Cruz, mas determinou que possíveis viagens realizadas por ela sejam previamente informadas oficialmente.
"Defiro o pedido de dispensa, sob a condição de que a intimação para os atos processuais vindouros seja realizada na pessoa de seus advogados. Ausência de oposição será interpretada como concordância tácita", disse o juiz.
O deputado Eduardo Cunha afirmou, em outras ocasiões, que as contas de Cláudia no exterior estavam "dentro das normas da legislação brasileira", que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do MPF da Operação Lava Jato, chegou a dizer que "dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife".
Fonte: G1