segunda-feira, 15 de agosto de 2016

MUNDO

Incendiário 'trapalhão' põe fogo em si mesmo ao atacar loja com coquetel molotov

Segundo a polícia americana, ele tentava incendiar uma barbearia quando foi atingido pela explosão.



Incendiário 'trapalhão' põe fogo em si mesmo ao atacar loja com coquetel molotov (Foto: Reprodução/BBC)Incendiário 'trapalhão' põe fogo em si mesmo ao atacar loja com coquetel molotov (Foto: Reprodução/BBC)
Câmeras de segurança flagraram um suspeito de incêndio ateando fogo acidentalmente a si mesmo.
A polícia dos Estados Unidos diz que ele tentou usar um coquetel molotov para tentar incendiar uma barbearia.
Ele foi atingido pela explosão da bomba incendiária.

Fonte: G1 

MUNDO

FAO calcula que agricultores da Etiópia precisam de US$ 45 milhões extras




Ainda há uma pequena oportunidade de plantio em setembro, possivelmente a última do ano; após passagem do El Niño, segurança alimentar melhorou pouco e 9,7 milhões de pessoas ainda necessitam de assistência.
Foto: FAO/Giulio Napolitano

A principal época de plantio na Etiópia já acabou, mas a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, ainda vê uma pequena janela de oportunidade para setembro.
Se os agricultores plantarem no próximo mês, será possível colher alimentos para milhões de pessoas que enfrentam a fome, especialmente depois do El Niño ter passado pela região e prejudicado imenso o país.
Mais Verba
Agências da ONU e governo lançaram uma revisão das necessidades humanitárias da Etiópia. Um adicional de 900 mil famílias precisam de apoio no sector agrícola, o que fez subir para 2,9 milhões o total de casas que necessitam de ajuda.
Com isso, houve revisão do dinheiro necessário para ajudar os agricultores etíopes: US$ 45 milhões a mais, a fazer com que o total para este ano chegue a mais de US$ 91 milhões.
Cheias
A situação de segurança alimentar melhorou pouco, segundo a FAO, uma vez que mais de 9,7 milhões de civis ainda precisam de assistência para obter comida.
O El Niño causou uma forte seca na Etiópia, o que prejudicou plantações e causou perda de gado. Após o fenómeno, o país enfrenta cheias, que inundam pastos numa situação que pode piorar com o La Niña, previsto para outubro.


A FAO considera a situação crítica e lembra ser essencial garantir que todos os agricultores consigam plantar até setembro, para que possam vir a colher alimentos suficientes para as suas famílias.

Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Moçambique: PMA destina mais de metade de donativo em resposta à seca



Japão anunciou US$ 5 milhões para operações de emergência na África Austral; país recebe o valor com o Malaui, o Lesoto e a Suazilândia; cerca de 300 mil pessoas foram afetadas pela seca entre setembro e novembro de 2016 nas quatro nações.
Seca causada pelo fenómeno climático El Niño. Foto: Ocha

Moçambique deve receber US$ 2,7 milhões de um donativo japonês para o Programa Mundial de Alimentação, PMA.
De acordo com a agência da ONU, o valor deve garantir assistência aos afetados pela seca causada pelo fenómeno climático El Niño.
Desnutrição
No total, o Japão doou US$ 5 milhões para ações de emergência na África Austral. Os outros países beneficiários são o Malaui, o Lesoto e a Suazilândia.
Cerca de 300 mil pessoas devem ser afetadas pela seca entre setembro e novembro deste ano nos quatro países. A falta de alimentos causou um aumento significativo da insegurança alimentar aguda e da desnutrição.
O diretor regional do PMA para a África Austral, Chris Nikoi, disse que a operação de resposta à seca recebeu apenas um quinto dos fundos necessários para ajudar quase 12 milhões de pessoas em toda a região até abril de 2017.
Resiliência
Em Moçambique, os valores serão  aplicados para cobrir "contínuas necessidades alimentares e as lacunas de financiamento no apoio à recuperação e  resiliência de comunidades para que possam combater a fome".


A resposta em território moçambicano inclui assegurar alimentação escolar de emergência para 100 mil menores e tratar casos de desnutrição aguda moderada em 51 mil pessoas que incluem mulheres grávidas, lactantes e crianças.

Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

El Niño afeta mais de 120 mil pessoas em Timor-Leste




Produção de cereais será de pouco mais de um quarto das necessidades; escritório da ONU revela urgência para oferta de alimentos, água, saneamento, saúde e nutrição em cinco regiões.
. Foto: Irin/Siegfried Modola

O fenómeno climático El Niño continua a afetar gravemente mais de 120 mil pessoas em Timor-Leste.
Os municípios mais atingidos são Lautém, Viqueue, Baucau e Covalima. A zona económica especial de Oecusse também tem vários necessitados, de acordo com o Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha.
Recursos
A produção de cereais deve atingir apenas 27% das 258 mil toneladas necessárias para este ano.
No terceiro trimestre de 2016, prevê-se ainda a ocorrência de um fraco evento climático La Niña que "pode sobrecarregar ainda mais os recursos das famílias rurais já vulneráveis".
O escritório mencionou como principais necessidades dos timorenses os alimentos, a água e saneamento, a saúde, a nutrição, o sustento e o apoio à educação.
Chuvas de Monção
O sudeste da Ásia também é marcado pelas chuvas de monção. No Mianmar, as inundações desalojaram mais de 420 mil pessoas desde meados de julho. As comunidades afetadas retornam às suas casas com o apoio do governo e de agências humanitárias.
O Ocha estima que 3,7 milhões de pessoas dos 19 distritos de Bangladesh foram afetadas pelas inundações.
Nas Filipinas, cerca de 80 mil pessoas foram afetadas em cinco regiões pelas cheias que causaram cinco pessoas e seis feridos.

Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Angola vê "boas perspetivas" para proteger áreas de conservação




Mais de 6% do território angolano corresponde a áreas de conservação; Pnud apoia gestão de projetos da biodiversidade; autoridades precisam de mais pessoal capacitado para administrar locais protegidos.
Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

Angola precisa de maior capacidade humana para criar mecanismos para gerir a biodiversidade do país.
Falando à Rádio ONU, em Luanda, o diretor do Instituto de Biodiversidade e Áreas de Conservação do país, Abias Wongo, revelou que já está controlada a proteção dos recursos que restaram da guerra terminada há 14 anos.
Pnud e Parceiros
Mas um dos desafios mencionados pelo representante é consolidar a atual fase de recuperação, um dos destaques da viagem feita em junho pela Rádio ONU ao país onde 6,6% do território é ocupado por áreas de conservação.
"Os desafios não param apenas no controlo da situação. Há, sim, que impor também ações para gerir estas áreas. Gerir a biodiversidade é algo que não é muito fácil."
Há dois meses, Angola abriu uma escola para treinar mais de 500 guardas florestais em Cuando Cubango.
A ideia é que os formados acabem com o comércio ilegal de animais selvagens, em particular marfim e a carne de caça. O projeto também quer tornar os antigos combatentes da guerra civil em “soldados da natureza”.
Comunidades
Além da iniciativa, o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, financia vários projetos com parceiros como o governo angolano, o Fundo Global para o Meio Ambiente, GEF, e a União Europeia.
Abias Wongo explicou porque razão as autoridades priorizam a ação com as comunidades locais para controlar e gerir o património animal e de plantas.
"As populações precisam estar envolvidas e este é já um mecanismo que estamos a introduzir. Este envolvimento é extremamente importante. Para além de ajudar a preservar, eles vão alertar quando outras pessoas com outros interesses interferirem naquele meio. Quando abordamos a questão da biodiversidade nas localidades, temos que olhar para o cidadão e para o recurso que está lá, no caso a biodiversidade, e procurar um meio termo."
Desemprego
De acordo com o representante, o património natural pode contribuir para o bem-estar e o combate à pobreza, ao desemprego, promover o desenvolvimento rural e outros.
Para a tarefa de supervisão das áreas protegidas também são envolvidas as administrações locais "para que seja dado um maior contributo para melhorar a diversidade".
Wongo destacou que a educação e a consciencialização permitiram aos angolanos em áreas rurais ter "um conceito mais moderno de valorização de capital natural", vista como alternativa para criar empregos e deter a migração do campo para a cidade.

Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

ONU condena massacre ao leste da República Democrática do Congo



Enviado especial para os Grandes Lagos menciona a morte de 36 pessoas em Beni, num ataque de autorida das Forças Democráticas Aliadas; Said Djinnit afirma que ação não impedirá determinação de levar segurança à região.
Said Djinnit. Foto: ONU/Amanda Voisard

O enviado especial da ONU para a região dos Grandes Lagos condenou um "massacre que matou pelo menos 36 pessoas, incluindo mulheres", na República Democrática do Congo.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, Said Djinnit afirma que a ação ocorreu no fim de semana perto da cidade de Beni, no leste do país. Acredita-se que o ataque tenha sido de autoria das Forças Democráticas Aliadas, um grupo rebelde ugandês com várias operações a leste da RD Congo.
Forças Negativas
Ao condenar o ataque nos termos mais fortes, o representante da ONU enviou os pêsames ao governo e ao povo da RD Congo, além de ter reforçado o total apoio às Forças Armadas Congolesas e à Missão da ONU na RD Congo, Monusco.
Segundo Djinnit, o ataque "não impedirá a determinação coletiva de neutralizar todas as forças negativas que continuam a causar tristeza e a cometer atrocidades" no país.
Angola
O enviado especial considerou a ação "covarde" e lembrou ser urgente implementar os compromissos firmados no acordo de Paz, Segurança e Cooperação.
Said Djinnit destacou também que os chefes de Estado dos países dos Grandes Lagos tomaram várias decisões neste sentido durante a Cimeira Internacional da região realizada em junho na capital de Angola, Luanda, e presidida pelo chefe de Estado do país, Eduardo dos Santos.


O enviado especial reiteirou estar pronto para continuar a apoiar todos os esforços para acabar com a "praga" de ações negativas na região.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Soldados de paz capturam armas e munições de grupo centro-africano




Não foi revelado número de vítimas da operação que confiscou "quantidade significativa" de armamento; forças da ONU detiveram uma parte dos homens perto da cidade de Sibut no fim de semana.
Integrante da Minusca. Foto: ONU/Catianne Tijerina

A Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, revelou o seu apoio ao governo do país após a apreensão de armas no fim de semana. A meta é que as autoridades lidem com a situação "conforme o Estado de direito."
No sábado, forças da missão de paz pararam sete veículos que transportavam 35 homens "fortemente armados" perto da cidade de Sibut, situada a norte da capital Bangui.
Segurança
Várias pessoas foram mortas ou ficaram feridas na troca de tiros entre o comboio de viaturas e as forças de segurança nacional em diversos postos de controlo.
Em comunicado, a Minusca destaca que após os homens armados "terem negado entregar todas as armas e munições" às forças de paz, ocorreu um impasse que durou várias horas.
Os membros do grupo fugiram para uma mata nos arredores, mas a operação de paz capturou e deteve 10 homens armados. Eles foram levados para a base militar da missão e foi recuperada uma "quantidade significativa" de armas e munições.
Contacto
A Minusca revelou que manteve contacto com o governo em todo o processo.
A operação de paz reitera o seu apelo a todos os grupos armados e milícias para que adiram ao processo de desarmamento, desmobilização, reintegração e repatriamento que foi iniciado pelo presidente Faustin-Archange Touadéra.
Uma outra medida recomendada aos centro-africanos é que priorizem o diálogo.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Relator especial da ONU chega à China para avaliar combate à pobreza




Especialista em extrema pobreza e direitos humanos ficará no país até 23 de agosto; Philip Alston vai se reunir com representantes do governo, da sociedade civil e intelectuais.
Relator especial da ONU, Philip Alston. Foto: ONU/Loey Felipe

O relator especial da ONU sobre Extrema Pobreza e Direitos Humanos, Philip Alston chegou esta segunda-feira à China para uma visita de nove dias.
Alston vai avaliar os esforços do governo chinês para erradicar a pobreza e como esses esforços estão “ancorados” nas obrigações internacionais do país em relação aos direitos humanos.
População
O relator vai se reunir com representantes dos governos municipais e estaduais, organizações não governamentais, intelectuais, representantes de organizações internacionais e da comunidade diplomática.
Além de Pequim, Alston vai passar vários dias na província de Yunnan. A China registrou um avanço significativo nos esforços para a erradicação da pobreza nas últimas décadas, dado o tamanho de sua população, mais de 1 bilhão de pessoas.
Ele afirmou que esse progresso teve um impacto importante e benéfico sobre os níveis de pobreza globais. Em comparação com o resto do mundo, o representante da ONU disse que a China tem vários desafios para enfrentar o problema.
Educação e Saúde
Alston vai analisar a pobreza não somente na questão da falta de rendimentos ou salários, mas de outros fatores, como deficiências nos setores de educação, saúde e previdência social.
Ainda na lista estão poluição, mudança climática e várias formas de discriminação.
Para o relator da ONU, “o desafio real está em salvaguardar o que foi alcançado anteriormente e garantir que a pobreza existente no país será combatida em toda a sua dimensão”.
A China ratificou vários tratados de direitos humanos e Alston quer ver como o país incluiu esses direitos em seu sistema de justiça e como assegurou apoio institucional à sua promoção.
Além disso, ele que saber como o governo implementou um mecanismo de prestação de contas para garantir a proteção e a aplicação desses direitos.
Alston vai apresentar suas observações e recomendações preliminares numa coletiva de imprensa no final da viagem, em 23 de agosto. O relatório final vai ser enviado ao Conselho de Direitos Humanos em junho do ano que vem.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

OMS alerta para um dos "seres" mais mortais do mundo




Organização Mundial da Saúde chama a atenção para algumas das doenças transmitidas pelos mosquitos; somente em 2015, a malária causou a morte de 438 mil pessoas em todo o mundo.
Mosquitos Aedes aegypti. Foto: Aiea/Dean Calma

Ele pode parecer frágil e inofensivo mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, o mosquito é considerado um dos "seres" mais mortais do mundo.
Com a habilidade de carregar e espalhar doenças entre humanos, os mosquitos causam milhões de mortes todos os anos. De acordo com dados da agência da ONU, somente em 2015, a malária foi responsável por 438 mil óbitos em todo o mundo.
Dengue
A incidência mundial de dengue subiu 30 vezes nos últimos 30 anos, e mais países estão reportando seus primeiros surtos. O Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, também pode transmitir zika, chikungunya e febre amarela.
Mais da metade da população mundial vive em áreas onde essa espécie de mosquito está presente. Esforços para controlar a população desse inseto são importantes para prevenir surtos dessas doenças.
Mas há outros tipos de mosquitos perigosos e alguns deles têm a habilidade de carregar diversos tipos de doenças. Além do Aedes estão o Culex e o Anopheles.
Aedes aegypti e Aedes albopictus
As fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus podem transmitir chikungunya, zika, dengue e febre amarela. Elas são encontradas em mais de 130 países na África, nas Américas, na Europa e na região da Ásia e Pacífico.
Os sintomas da chikungunya podem aparecer entre dois e 12 dias, muitas vezes são leves e acabam sendo incorretamente diagnosticados, principalmente em áreas onde a dengue também ocorre.
Quanto ao vírus da zika, além dos sintomas mais comuns como febre, erupções cutâneas e inflamação dos olhos, há também o risco, para as gestantes, de o bebê nascer com microcefalia e outras malformações fetais. O Zika também pode causar a síndrome de Guillain-Barré, condição neurológica que pode levar à paralisia e até à morte.
Relações Sexuais
Após serem contaminados pelos mosquitos, os humanos podem infectar uns aos outros através de relações sexuais. O zika já foi encontrado em amostras de sangue, saliva, sêmen, entre outros fluídos corporais. A transmissão de mãe para filho em momentos iniciais de gravidez também foi detectada.
Já os sinais da dengue incluem aqueles parecidos com o da gripe, e eles ocorrem de quatro a 10 dias após a picada por um mosquito infectado. A dengue pode evoluir e se transformar em uma dengue severa, também conhecida por dengue hemorrágica, uma das principais causas de doenças mais sérias e mortes entre crianças em países da Ásia e da América do Sul.
Segundo a OMS, a dengue é endêmica em mais de 128 países, e coloca 3,9 bilhões de pessoas em risco.
A febre amarela é principalmente transmitida através da picada de um mosquito fêmea da espécie Aedes aegypti, mas existe também o gênero Haemagogus, encontrado em países das Américas Central e do Sul, responsável pela febre amarela silvestre. Esse tipo de febre amarela ocorre em macacos e é passada aos seres humanos pelos mosquitos.
Ainda não existe tratamento antiviral ou vacina comercial para a chikungunya ou para o zika. A OMS informa que em alguns países, entre eles o México, uma vacina foi licenciada contra a dengue para pessoas entre 9 e 45 anos de idade. A vacina contra a febre amarela já está disponível, e uma dose única pode proporcionar imunidade e proteção contra a doença para a vida toda.
Mosquitos AedesCulex e Anopheles. Fotos: CDC/James Gathany e CDC; Ilustração: CDC
Culex
A fêmea Culex é um dos três mosquitos mais comumente encontrados no mundo. Esse inseto se alimenta de pássaros infectados com o vírus do Nilo Ocidental e transmite a doença a cavalos e a seres humanos.
O vírus é encontrado na África, na Europa, no Oriente Médio, na América do Norte e no Oeste da Ásia. OCulex também é responsável pela transmissão da encefalite japonesa.
O vírus do Nilo Ocidental pode causar uma doença neurológica fatal, e não há vacina contra a doença. As recomendações para não contrair o vírus são as mesmas para todos os tipos de mosquito: uso de repelentes e roupas que cobrem a pele exposta, uso de redes e telas, além da destruição de áreas favoráveis para a reprodução de mosquitos.
Anopheles
Em 2015, mais de 3,2 bilhões de pessoas estavam em risco de contrair malária. Atualmente, a transmissão da doença acontece em 95 países e territórios. Na África Subsaariana encontra-se uma parcela desproporcionalmente alta dos casos da doença, com 88% das ocorrências e 90% das mortes por malária no mundo.
O mosquito fêmea Anopheles é responsável pela transmissão dos parasitas da malária, entre eles o P. falciparum, responsável pela maior parte das mortes pela doença no mundo, e o P. vivax. O Anopheles é um vetor eficiente que gosta de condições tropicais, rurais e urbanas.
Medicamentos antimalária podem ser usados para prevenir a doença. Pessoas que vivem em áreas endêmicas de malária desenvolvem imunidade parcial, reduzindo assim o risco de formas mais graves da doença.
Crianças com menos de cinco anos, gestantes e pessoas vivendo com HIV/Aids, além de migrantes não imunizados e viajantes, são as que correm mais riscos da doença nos países com altas taxas de transmissão da malária.

Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Doença de gado contagiosa comum na África assusta países da Europa




Após aparecer na Turquia, há três anos, dermatite nodular se espalhou rapidamente pelo sudeste da Europa; seis países foram afetados até o momento por vírus que não ataca humanos, mas pode causar grandes perdas econômicas.
Gado na Nigéria. Foto: Arne Hoel/Banco Mundial

Trinta e seis especialistas de 22 países europeus começam nesta segunda-feira um treinamento nos laboratórios da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, sobre como detectar rapidamente a dermatite nodular, uma doença que  afeta o gado.
A doença é altamente contagiosa e está se espalhando em rebanhos da Europa, após contaminar rebanhos inteiros na África e na Ásia.
Europa
A dermatite nodular, como é conhecida, foi notificada na Turquia em 2013.
Desde então, a doença se espalhou rapidamente pelo sudeste da Europa e foi detectada até o momento em seis países europeus: Grécia, Bulgária, ex-República Iugoslava da Macedônia, Sérvia, Albânia e Montenegro. Novos casos são registrados semanalmente.
Transmissão
O vírus, altamente contagioso, é transmitido através do contato direto com animais infectados e produtos contaminados, além de moscas e carrapatos.
Embora não represente uma ameaça a humanos, a dermatite nodular pode se espalhar entre animais e fazendas, causando grandes perdas econômicas.
Os sintomas da doença são lesões na pele. Nos países afetados, houve impacto sobre a produção de leite, de carne e do couro. Desde 2015, mais de 600 surtos na Europa foram notificados à Organização Mundial da Saúde Animal, OIE.
A crise levou ao abatimento de mais de 10 mil. Segundo o chefe do laboratório conjunto de proteção e saúde animal da Aiea e da Organização das Nações Unidas para Agricutura e Alimentação, FAO, a dermatite nodular "sempre foi considerada exótica na Europa".
Por isso, de acordo com Giovanni Cattoli, "muitos laboratórios da região não estão preparados para detectar o vírus ou diferenciar suas várias cepas".
Treinamento
O treinamento de duas semanas está sendo realizado em um laboratório conjunto da Aiea e da FAO em Seibersdorf, na Áustria. As sessões são uma resposta aos pedidos dos Estados-membros por apoio urgente na preparação e controle da doença.
Os participantes, a maioria de países da Europa central e oriental, vão aprender a usar técnicas que podem detectar o vírus em três horas e ajudar a rastrear sua origem e propagação.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Presidente da ABL sugere reunião para harmonizar implementação de AO




Domício Proença Filho acredita que diálogo entre todos os países de língua portuguesa pode ajudar a acelerar a compreensão das novas regras ortográficas, aprovadas em 1990; em entrevista à Rádio ONU, ele disse que tratado é feito para as novas gerações.
Ilustração: Cplp
Uma reunião com representantes e especialistas de todos os países que falam a língua portuguesa poderia ser útil para ajudar a harmonizar a implementação do Acordo Ortográfico em todos os continentes.
A proposta partiu do presidente da Academia Brasileira de Letras, ABL. Em entrevista à Rádio ONU, Domício Proença Filho disse que compreende o "estranhamento" que muitos possam ter com as novas regras, mas segundo ele um acordo ortográfico nunca é "para a geração que o fez, mas sim para as gerações futuras".
Diálogo
O presidente da entidade, sem fins lucrativos que tem como missão zelar pelo patrimônio da língua portuguesa no Brasil, afirmou que "mais cedo ou mais tarde" a tendência é que as mudanças na ortografia sejam implementadas.
Domício Proença Filho acredita que seria uma boa oportunidade a abertura de um diálogo ainda maior com todos os países lusófonos.
"Eu acredito que já é tempo de uma reunião de revisão. Uma reunião conjunta, harmônica, em que as partes que têm interesse no Acordo voltem a discutir aqueles pontos que foram motivo de dúvida, de celeuma, até de um atrito maior ou menor (…) no sentido de implementar. O acordo é lei. Lei se cumpre."
Boa relação
Durante a entrevista, o intelectual afirmou que a Academia Brasileira de Letras tem mantido uma boa relação com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, cujo terceiro pilar é a promoção do idioma no mundo. Ele também citou contatos pessoais de escritores e imortais brasileiros com países de língua portuguesa na África e em Portugal.
Domício Proença Filho falou sobre a troca de experiências e contatos com o Instituto Internacional de Língua Portuguesa, Iilp, que tem sede em Cabo Verde.


A Academia Brasileira de Letras, inaugurada em 1897 com um discurso preliminar do primeiro presidente Machado de Assis, tem atualmente 40 membros.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO


Suíça lidera Índice Global de Inovação; Brasil é o 69º da lista da Ompi



Ranking da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Ompi, conta com 128 países; pela primeira vez, uma nação de renda média, China, fica entre os Top 25.
Capa do relatório da Ompi. Imagem: Reprodução

O Índice Global de Inovação 2016, lançado esta segunda-feira pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Ompi, mostrou que a Suíça lidera o ranking das economias mais inovadoras do mundo.
Logo depois aparecem Suécia, Reino Unido, Estados Unidos, Finlândia e Cingapura. Pela primeira vez, um país de renda média, a China, ficou entre os Top 25 da lista.
Brasil
O Brasil ficou em 69º entre os 128 países pesquisados pelo índice da Ompi. Essas economias representam 92,8% da população mundial e 97,9% do Produto Interno Bruto, o PIB global.
De Genebra, o economista sênior da agência da ONU, Júlio Raffo, falou à Rádio ONU sobre o desempenho do Brasil.
"O Brasil se saiu muito bem quanto à escala de mercado. É o número sete do mundo nesse ranking. Em porcentagem de transferência tecnológica, está em oitavo. Está relativamente bem, em 17º lugar, nos gastos de pesquisa e desenvolvimento das grandes empresas. O Brasil tem sido mais constante em relação aos insumos, tudo que é esforço para manter a inovação tem se mantido. O Brasil não perdeu posições nisso, o que não consegue ter é uma transformação disso em resultados."
Dos 100 pontos possíveis, o Brasil obteve 33,2. Os quatro primeiros colocados tiveram entre 61 e 66 pontos. O país ficou bem colocado entre as nações de média renda na questão de qualidade de inovação.
A edição deste ano do índice explora o impacto das políticas inovadoras sobre o crescimento econômico e o desenvolvimento.
Portugal e Moçambique
Julio Raffo falou ainda sobre os dois outros países lusófonos do ranking: Portugal e Moçambique.
"Portugal, desses três países certamente é o melhor sucedido. Portugal é o número 30 da lista e tem melhorado a eficiência. Moçambique, como boa parte da África, não aparece tão alto no ranking, sendo que Moçambique ficou em segundo lugar (no desempenho) entre os países de renda baixa. Ele não ficou tão mal assim, em termos absolutos. Ele está na posição 84."
O índice é a principal referência em termos de inovação e uma ferramenta valiosa para as autoridades. O relatório fornece o ranking anual das capacidades inovadoras e de desempenho dos países.
Segundo a Ompi, a inovação desempenha um papel chave para o crescimento e para a prosperidade econômica. O índice busca melhorar a forma como a inovação é medida e compreendida.

Fonte: Rádio das Nações Unidas