quinta-feira, 11 de agosto de 2016

ECONOMIA

Acordos para reduzir salários e jornada quadruplicam no 1º semestre

Indústria metalúrgica, química e de construção civil lideram pactos do tipo.
Horas de trabalho e renda caíram na média 20% com 209 acordos, diz Fipe.


Com a crise, indústria repassam menos verba ao Senai (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)63% das negociações que reduziram a jornada aconteceram fora do PPE (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
Saltou quatro vezes no primeiro semestre de 2016 o número de empresas que reduziram o salário de seus funcionários, por meio de acordos que cortaram as horas de trabalho. Os dados são de uma amostra pesquisada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) no Ministério do Trabalho.
A maior parte dessas reduções (63%) aconteceu fora do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado no ano passado para desestimular demissões em empresas que alegam ter dificuldades financeiras. Sindicatos e patrões fecharam 209 acordos do tipo com a promessa de manter os empregos, contra 49 nos seis primeiros meses do ano passado. A jornada e os salários caíram, em média, 20%.
Acordos de redução de jornada
Negociações com e sem o PPE
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Fonte: Fipe
A indústria metalúrgia foi o setor com o maior número de acordos no semestre (122), seguida pela indústria química, farmacêutica e de plásticos (19) e da construção civil (13). Também houve casos de jornada menor no setor de serviços, em especial no segmento de contabilidade e consultoria.
Dificuldades do PPE
A fornecedora de máquinas para a indústria automotiva Prensa Schuler, sediada em Diadema (SP), foi uma das que tentaram, mas não conseguiram se enquadrar nas exigências do PPE. A solução para não demitir foi fazer um acordo coletivo direto com o sindicato no fim do ano passado para reduzir a jornada em quatro dias num período de dois meses.
Nesse intervalo, um grande pedido de exportação reduziu a capacidade ociosa e levou à interrupção do acordo, segundo a assessoria de imprensa da Schuler. Se o pacto não tivesse sido fechado, informou a empresa, os funcionários recém-demitidos teriam que ser admitidos para atender ao pedido.
PPE
Dentro do PPE, o trabalhador que tem a jornada reduzida em 30% recebe uma salário até 15% menor – já que os outros 15% são complementados por uma ajuda do governo, vinda do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Fora do programa, não há essa compensação e a redução salarial pode ser maior, desde que aceita pelo sindicato. Em troca, a empresa fica impedida de demitir.
Muitas indústrias tiveram dificuldade em aderir ao programa. Para se enquadrar, é preciso estar em dia com as obrigações trabalhistas e comprovar que demitiu mais trabalhadores do que contratou nos últimos 12 meses. Também é necessário ter esgotado o primeiro o uso do banco de horas e períodos de férias, inclusive as coletivas.
Antes, os sindicatos lutavam por reajustes acima da inflação. Mas com a retração da economia eles passaram a lutar apenas para manter direitos"
Zilmara Alencar, especialista em relações do trabalho
Na prática, o programa do governo atendeu quase que exclusivamente empresas do setor metalúrgico. “Outros setores, como o comércio e serviços, têm muita dificuldade em se enquadrar no programa e não se beneficiaram”, avalia a advogada especializada em relações do trabalho e consultora de entidades sindicais, Zilmara Alencar.
O diretor da secretaria jurídica do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Edson Passoni, conta que boa parte das empresas do setor tentou aderir ao PPE, mas não atendeu aos requisitos  do programa por estar inadimplente ou com atrasos no pagamento de direitos trabalhistas.
“No nosso setor, as empresas ainda têm preferido esgotar todas as possibilidades previstas em lei, como recorrer à licença-remunerada ou férias coletivas para aliviar a ociosidade na produção. Redução de salário seria a última alternativa antes da demissão”, diz.
Quem perdeu a carteira de trabalho, pode consultar via internet se ela foi recuperada (Foto: Josmar Leite/RBS TV)Governo quer enviar projeto para flexibilizar leis trabalhistas até o fim do ano (Foto: Josmar Leite/RBS TV)
Como o PPE vence em dezembro de 2017, o governo interino anunciou que vai enviar ao Congresso um projeto para torná-lo permanente. Se nada for feito, após esse prazo nenhuma nova empresa pode aderir ao programa e aquelas que já participam terão o benefício extinto até lá.
Até maio, o programa atendeu desde sua criação 49 mil trabalhadores, cinco grandes montadoras e 53 fornecedores. Doze dessas empresas já prorrogaram a participação. Para o professor da USP e coordenador da pesquisa da Fipe, Hélio Zylberstajn, esse número ainda é muito baixo perto de um mercado de 40 milhões de trabalhadores assalariados.
Acordos por setor
Redução de jornada no 1º semestre de 2016
1221913832MetalúrgicoQuímico/farmacêuticoConstrução civilContabilidade/consultoriaConfecções/vestuário/calçadosAtacado e varejo050100150
Fonte: Fipe
Flexibilização da CLT
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse no último dia 21 de julho que defende a prevalência dos acordos coletivos sobre as leis trabalhistas somente em “pontos específicos”. Ele citou como exemplos a flexibilização da jornada de trabalho e dos salários, um dia após anunciar que o governo enviará ao Congresso propostas de mudanças na CLT ainda este ano.
“Antes os sindicatos lutavam por reajustes acima da inflação e tinham conquistas reais, mas com a retração da economia eles passaram a lutar apenas para manter direitos conquistados”, afirma Zilmara.
Segundo a advogada, a possibilidade real de demissões tornou as negociações entre patrões e trabalhadores “desproporcional”. Em sua avaliação, os acordos tomaram força quando os sindicatos perderam a margem de negociação. “Eles acabam cedendo a tudo em troca da manutenção do emprego”, diz.
A curta duração dos empregos seria outro estímulo para mais acordos, acredita. Segundo o Dieese, cerca de 65% dos trabalhadores não completam um ano em empregos com carteira assinada. “A alta rotatividade contribui para que os empregados aceitem qualquer condição para não ser demitidos”.
Para Zylberstajn, a criação de leis que flexibilizam as regras trabalhistas atende à demanda de empresários que querem ampliar a jornada em períodos de maior produção e reduzí-la quando houver ociosidade.
Muitas empresas gostariam de ter uma jornada anual e não semanal para adaptar picos de trabalho, com possibilidade de horas extras em períodos com maior demanda por produtividade"
Hélio Zylbertajn, coordenador do Salariômetro
“Muitas empresas gostariam de ter uma jornada anual e não semanal para adaptar picos de trabalho, com possibilidade de horas extras em períodos com maior demanda por produtividade”, diz Zylberstajn.
Uma possível flexibilização também poderia alterar regras de políticas salariais, horas extras e remuneração variável, segundo o economista.
Acordos anulados pela justiça
A Constituição prevê que a redução dos salários e da jornada só pode ocorrer por negociações coletivas. Mas boa parte dos tribunais, com jurisprudência consolidada no TST, têm dado ganho de causa aos trabalhadores quando os acordos são questionados na justiça. Algumas decisões chegam a anular a redução salarial e obrigam a empresa a pagar os salários integralmente, observa Zilmara.
Segundo a advogada, a criação de leis específicas de flexibilização pode desautorizar os tribunais a anular esses acordos, assunto que é alvo do interesse dos empresários. “Esses acordos deveriam vir acompanhados de alguma compensação para o trabalhador, como a ampliação da licença-maternidade e outro benefício, para que ele não atenda apenas às necessidades financeiras da empresa”, acrescenta.
Fonte: G1 

MINAS GERAIS

MP diz que Samarco não pagou cerca de R$ 1 milhão a atingidos

Nova ação foi movida para garantir direitos já acordados, diz promotor.
Cento e cinco famílias não foram assistidas pela mineradora e controladoras.


Bento Rodrigues (Foto: Alexandre Nascimento/G1)Bento Distrito de Bento Rodrigues foi devastado pelo desastre em 2015 (Foto: Alexandre Nascimento/G1)
O Ministério Público de Minas Gerais afirma que a Samarco – cujas donas são a Vale e a BHP – descumpriu a garantia de direitos dos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, e entrou com nova ação na Justiça pedindo que a mineradora pague valor estimado em R$ 1 milhão a 105 famílias.
As garantias foram pedidas em ação anterior, datada de dezembro de 2015, mas, segundo o promotor Guilherme Meneghin, não houve o cumprimento para todas as famílias. Em audiência de conciliação entre as partes, foi reconhecido o direito a casa alugada pelas empresas, cartão de auxílio-financeiro no valor de um salário mínimo mais 20% por dependente e cesta básica para aqueles que perderam renda, antecipação de indenização para pessoas que perderam a moradia.
Em 5 de novembro de 2015, a estrutura da Samarco se rompeu, despejando mais de 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente. O desastre causou 19 mortes. Em Mariana e Barra Longa, 369 pessoas tiveram suas casas afetadas.
A nova ação foi ajuizada nesta terça-feira (9) pela 2ª Promotoria de Justiça de Mariana. Segundo a promotoria, por meio de um inquérito civil, foi apurado que estas famílias não foram amparadas, mesmo após acionamento judicial e audiência de conciliação.

“Todavia, a Samarco Mineração S/A vem recusando-se a reconhecer esses direitos às famílias de atingidos e, assim, no curso das investigações do Inquérito Civil, apurou-se 105 (cento e cinco) casos de descumprimento dos acordos. Buscou-se, extrajudicialmente, resolver as demandas, porém a empresa persistiu com os descumprimentos”, diz nota do Ministério Público.

Do total, 49 famílias não receberam auxílio-financeiro assistencial após o desastre, 30 não receberam antecipação de R$ 10 mil e outras 14 no valor de R$ R$ 20 mil. Também houve descumprimento de oito ressarcimentos de aluguéis, três indenizações por perda de veículo e uma alteração de moradia não atendida, segundo a promotoria. Meneghin afirma que os valores devidos totalizam o montante estipulado na ação contra a Samarco, Vale e BHP.

"A partir do momento que a ação for aceita [pela Justiça], se não houver o cumprimento espontaneamente, o MP pedirá o bloqueio dos recursos para distribuir para as famílias", disse o promotor Guilherme Meneghin.

Passados mais de nove meses da tragédia, Meneghin considera que as inadimplências são consideradas “totalmente injustificáveis” e que “empresas lesam novamente os sobreviventes do desastre”. Afirma também que “os agentes da empresa aproveitam-se da ignorância e ingenuidade dessas famílias, postergam a resposta aos seus direitos”.
A Samarco não foi notificada da ação citada. Porém, a partir das informações divulgadas pela mídia, a empresa entende que vem cumprindo as obrigações e os critérios de elegibilidade definidos nos acordos celebrados com o Ministério Público de Minas Gerais. A Vale e a BHP ainda não se posionaram.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ainda não confirma o recebimento da ação.
Fonte: G1 

MÚSICA

Obama cria 'playlist de verão' com faixa de Caetano Veloso; veja lista

Música mexicana 'Cucurrucucú Paloma' na voz de Caetano está em lista.
Jay Z, Prince, Manu Chao, Janet Jackson e outros foram escolhidos.



GIF 1 - Obama dança música queniana (Foto: Reprodução/YouTube)Obama dança música queniana (Foto:
Reprodução/YouTube)
A Casa Branca divulgou nesta quinta-feira (11) duas "playlists de verão" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no serviço de streaming de música Spotify. Uma das músicas escolhidas pelo presidente é "Cucurrucucú Paloma" na voz de Caetano Veloso.
Obama fez duas listas de músicas para o verão (no hemisfério norte): uma para o dia e outra para a noite. A faixa na voz de Caetano Veloso está na lista da noite. A música é composição do mexicano Tomás Méndez e a versão de Caetano ficou conhecida no mundo no filme "Fale com ela" (2002).
As listas de Obama também têm músicas de Billie Holiday, Fiona Apple, Miles Davis, Janet Jackson, Jay Z, Manu Chao, Prince, Courtney Barnett e outros (veja lista completa abaixo).
Clique para ouvir a nova lista de músicas para o dia e a lista para a noite.
Playlist criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)Playlist 'diurna' criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)
Playlist 'noturna' criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)Playlist 'noturna' criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)
Barack Obama discursa na cúpula da Otan neste sábado (9) (Foto: WOJTEK RADWANSKI/AFP)Barack Obama discursa na cúpula da Otan (Foto: WOJTEK RADWANSKI/AFP)

Fonte: G1 

MUNDO

Hillary ataca plano de Trump e diz que criará 10 milhões de empregos

Candidata democrata critica corte de impostos proposto por Trump.
Eleições serão no dia 8 de novembro.


Hillary Clinton fala de economia nesta quinta-feira (11) em Michigan (Foto: AP Photo/Andrew Harnik)Hillary Clinton fala de economia nesta quinta-feira (11) em Michigan (Foto: AP Photo/Andrew Harnik)
Hillary Clinton, candidata democrata à presidência dos EUA, criticou nesta quinta-feira (11) o plano econômico anunciado por seu concorrente republicano Donald Trump no início desta semana e disse que vai criar mais de 10 milhões de empregos se for eleita nas eleições de 8 de novembro.
"Com o nosso plano, a economia vai criar 10,4 milhões de empregos", disse em discurso em Warren, no estado de Michigan.

"Estou concorrendo para presidente para construir uma economia que trabalhe para todo mundo e não só para aqueles que estão no topo", afirmou.

Segundo Hillary, "até os especialistas conservadores dizem que a agenda de Trump vai levar nossa economia de volta à recessão".
Disse que o plano de Trump de cortar impostos de algumas empresas beneficiaria suas empresas. "Ele pagaria menos impostos do que milhões de famílias de classe média", afirmou. "Donald Trump quer dar trilhões em benefícios fiscais para pessoas como ele".

A democrata prometeu conseguir um grande investimento para a criação de empregos. "Começando no primeiro dia, vamos trabalhar com os dois partidos para passar o maior investimento em empregos novos e que paguem bem desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou.

"Cada americano disposta a trabalhar duro deveria poder encontrar um emprego que ofereça dignidade, orgulho e pagamento decente que pode sustentar uma família", acrescentou.

A candidata também prometeu investir US$ 10 bilhões em parcerias para incentivar a manufatura em todo o país.
Hillary ainda disse que vai trabalhar para melhorar os sistemas de água, investir em energia limpa e melhorar as escolas e faculdades. Defendeu que as faculdades tenham matrícula gratuita para a classe média e disse que vai acabar com o crédito estudantil.

Falou que é contra qualquer acordo de comércio que "mate empregos ou mantenha baixos salários" e se opôs ao Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês). O acordo de livre-comércio foi defendido por Obama e pretende eliminar tarifas entre 12 países para a comercialização de determinados bens e serviços. Hillary chegou a defender o tratado quando era secretária de Estado, mas se opôs a ele no ano passado.

Olimpíada
A candidata usou a Olimpíada para atacar a retórica de Trump, e o criticou por promover o medo entre os americanos. "Trump pode falar bastante sobre comércio, mas sua abordagem é baseada no medo, não força. Medo de que não podemos concorrer com o resto do mundo", disse.

"Se a equipe americana fosse tão medrosa como Trump, então Michael Phelps e Simone Biles estariam encolhidos no vestiário, com medo de sair e competir. Ao contrário, eles estão lá ganhando medalhas de ouro", acrescentou.

"A América não tem medo de competir", disse. 
Fonte: G1

MUNDO

Bombas explodem em resort na Tailândia e ferem turistas estrangeiros

Ao menos uma pessoa morreu e onze ficaram feridas.
Explosivos foram colocados em vasos de planta em resort em Hua Hin.


Ao menos uma pessoa morreu e onze ficaram feridas com a explosão de duas bombas em um resorte em Hua Hin, na Tailândia, na noite de quinta (11). Há estrangeiros entre os feridos, mas ninguém foi identificado oficialmente até o momento.
De acordo com a BBC, as bombas foram escondidas em vasos de plantas a 50 metros uma da outra e explodiram com um intervalo de meia hora. A detonação foi acionada com telefones celulares, segundo a polícia. Há a suspeita de que os condutores de duas motos tenham participado.
Testemunhas afirmam que a mulher que morreu vendia saladas em um carrinho do lado de fora do resort e que a maioria dos feridos é estrangeira.
Hua Hin fica no Golfo da Tailândia e é um destino que atrai muitos turistas estrangeiros, especialmente europeus. O local também abriga o palácio favorito do rei tailandês, Bhumibol Adulyade.
Fonte: G1

SAÚDE

Cientistas identificam proteínas do vírus da zika que levam à microcefalia

Proteínas NS4A e NS4B atuam para provocar a malformação, diz estudo.
Descoberta pode alavancar estratégias contra microcefalia por zika.


Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez  (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)
A ciência já tinha constatado que o vírus da zika poderia levar à microcefalia e a outros problemas neurológicos em bebês. Agora, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos, estão desvendando de que maneira o vírus faz isso. Um estudo publicado nesta quinta-feira (11) na revista “Cell Stem Cell” revelou que duas proteínas do vírus são responsáveis pela desregulação celular que resulta na malformação.
“Agora sabemos as vias moleculares, então demos o primeiro grande passo rumo a uma terapia alvo para microcefalia induzida por zika”, diz Jae Jung, um dos autores do estudo e professor do Departamento de Microiologia Molecular e Imunologia na USC.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores infectaram células-tronco neurais fetais humanas com três cepas do vírus da zika e mediram o impacto dessa infecção de acordo com a presença de cada uma das 10 proteínas codificadas pelo vírus da zika.
Esse impacto foi medido ao se observar a formação das chamadas neuroesferas, agrupamento de células-tronco neurais que simulam características iniciais do processo de formação dos neurônios.
Os testes demostraram que as proteínas NS4A e NS4B do vírus da zika inibiram a formação das neuroesferas e levaram à redução da média do tamanho dessas estruturas.
O que essas proteínas fazem é desregular mecanismos celulares como o da autofagia, tipo de “reciclagem celular”. “O vírus da zika aumenta a atividade em sua fábrica de reciclagem para que ele possa usar a energia e nutrientes resultantes para se replicar”, diz Jung.
“É possível que, como o zika está usando a maior parte da energia, as células-tronco neurais ficam com déficits metabólicos. Portanto as chances para elas diferenciarem e amadurecerem em neurônios e outros tipos de células cerebrais são bem menores”, completa.
Agora, os cientistas estão trabalhando em experimentos para verificar a ação das proteínas NS4A e NS4B em organoides cerebrais e em camundongos.
Fonte: BEM ESTAR

POLÍTICA

Presidente do TSE abre processos para investigar PMDB e PP

Corte deverá apurar se partidos abasteceram campanhas com propina.
Processos ficarão parados ao menos até o dia 23 à espera de relator.


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, autorizou na noite desta quarta-feira (10) a abertura de dois processos para investigar o PMDB e o PP por suspeita de que abasteceram campanhas eleitorais com propinas oriundas da Petrobras, descobertas na Operação Lava Jato.

A apuração foi pedida na última terça (8) pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora do TSE. Um procedimento do tipo já havia sido determinado por Gilmar Mendes em relação ao PT.
Segundo o ministro, a gravidade das condutas poderá levar até mesmo à cassação dos registros dos partidos. O início da investigação, no entanto, deverá aguardar pelo menos até o próximo dia 23 de agosto, já que ainda há dúvida sobre como esse tipo de processo -- de investigação sobre partidos -- deve ser encaminhado entre os sete ministros do TSE.
Na sessão desta terça, a ministra questionou os demais integrantes do TSE se cabe a ela, como corregedora, analisar sempre as ações desse tipo. Ela defendeu que cada caso seja distribuído livremente entre os sete ministros, por sorteio. Por isso, o ministro Henrique Neves pediu mais tempo para analisar a situação e trazer uma solução no próximo dia 23.
A lei eleitoral proíbe que dinheiro das estatais abasteçam campanhas. Vários inquéritos e delações da Lava Jato apontam que não só o PT, mas também o PMDB e PP recebiam contribuições de empreiteiras cuja origem eram recursos pagos pela Petrobras.
No despacho em que pede a abertura da investigação, Maria Thereza diz que apurar essa suspeita é “extremamente necessário e salutar”.
“Uma vez comprovadas tais condutas, estaríamos diante da prática de crimes visando a conquista do poder e/ou sua manutenção, nada muito diferente, portanto, dos períodos bárbaros em que crimes também eram praticados para se atingir o poder. A mera mudança da espécie criminosa não altera a barbaridade da situação”, completa em seguida.
Ao final da sessão de terça, Gilmar Mendes disse que o pedido de Maria Thereza é importante para analisar as descobertas da Lava Jato no âmbito eleitoral.
“É um pedido de investigação para uma análise. Nós estamos fazendo um levantamento de todo esse quadro, para que a Justiça Eleitoral tenha uma consciência mais adequada do que se passou. Essa iniciativa é de se saudar também nesse sentido”, afirmou.
Fonte: G1 

RIO 2016

Preso suspeito de estupro, boxeador consegue habeas corpus e vai lutar

Porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura, Jonas Junias foi detido no último domingo acusado de estuprar uma camareira na Vila; fontes confirmam luta



Uma reviravolta tirou o boxeador Jonas Junias de um presídio em Bangu e o colocou de volta aos Jogos Olímpicos. Preso no último dia 8 suspeito de estuprar uma camareira que trabalha na Vila Olímpica da Rio 2016, o atleta da Namíbia conseguiu habeas corpus e está confirmado para encarar o rival Hassan Amzile, da França, nesta quinta-feira, às 18h, no Pavilhão 6 do Riocentro. O GloboEsporte.com apurou com fontes ligadas à competição que o namíbio participou normalmente da pesagem oficial, nesta manhã, e que o habeas corpus saiu na quarta-feira, liberando ele da prisão para a Olimpíada.
Jonas Junias boxeador preso por assédio Namíbia Rio 2016 (Foto: AFP)Jonas Junias foi liberado e vai lutar os Jogos Olímpicos (Foto: AFP)


Aos 22 anos, Jonas Junias foi o porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura da Rio 2016, na última semana. De acordo com a camareira que fez a denúncia, o pugilista tentou beijá-la e depois ofereceu dinheiro para fazer sexo com ela. A funcionária deixou o local correndo e foi até a delegacia fazer a denúncia.
De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de estupro se configura se o autor forçar a vítima a ter conjunção carnal, praticar ato libidinoso (qualquer um que vise prazer sexual) ou obrigar a vítima a permitir que se pratique ato libidinoso com ela. Portanto, qualquer ato com sentido sexual praticado sem consentimento é considerado estupro.

Preso, Jonas foi levado para a 42ªDP do Recreio dos Bandeirantes, bem próximo da Vila Olímpica. Depois, foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Bangu. Além dele, outro boxeador havia sido preso por estupro. Hassan Sada, do Marrocos, foi suspeito de cometer o crime contra duas camareiras. Ele também conseguiu um habeas corpus, mas neste caso a liberação veio tarde demais e o atleta perdeu por W.O por não comparecer à pesagem oficial do evento.

O site "The Namibian" traz em sua manchete a liberação de Jonas. Uma fonte ouvida pela publicação garante que o atleta está bem e pronto para o duelo.

- Falei com ele pelo telefone. Aparentemente ele está bem e disse que está focado em cumprir seu objetivo, que é conseguir uma medalha aqui. Ele disse que o que aconteceu não afeta ele e vai lutar como planejado - disse a fonte, que garantiu que a polícia brasileira o levou até a pesagem e também faz vigília no seu quarto na vila Olímpica.

Fonte: GE

PARANÁ

Moro manda Bumlai voltar para a prisão e se apresentar à PF dia 23

Ele cumpria prisão domiciliar em virtude de um câncer na bexiga.
Bumlai é acusado de ter contraído um empréstimo de R$ 12 milhões.


O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai é escoltado por policiais federais ao deixar o Instituto de Ciência Forense em Curitiba. Bumlai foi preso na 21ª etapa da Operação Lava Jato (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)José Carlos Bumlai foi preso na 21ª etapa da Operação Lava Jato (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
O juiz Sérgio Moro determinou na quarta-feira (10) que o pecuarista José Carlos Bumlai volte para a cadeia. Ele foi preso na 21ª fase da Operação Lava Jato e estava em prisão domiciliar desde março deste ano devido a um tratamento contra um câncer na bexiga. Moro considerou que o pecuarista representa risco à investigação e que o estado de saúde dele é estável. Bumali deve se apresentar à Polícia Federal (PF), em Curitiba, na terça-feira (23).
O pecuarista foi detido em novembro de 2015, na etapa da Lava Jato que recebeu o nome de "Passe Livre" devido à amizade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os investigadores, Bumlai tinha trânsito livre no Palácio do Planalto.
Bumlai é acusado de ter contraído um empréstimo fraudulento no Banco Schahin de R$ 12 milhões em 2004. O destinatário final do dinheiro, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi o Partido dos Trabalhadores (PT).
Réu na Lava Jato, o pecuarista responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
Na avaliação de Moro, o quadro que permitiu a prisão preventiva de Bumlai em 2015 se agravou considerando que ele foi denunciado por obstrução à Justiça, em Brasília. Lulax, o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado Édson Ribeiro e o filho do pecuarista  Maurício Bumlai também são réus nesta ação penal.
"Então o risco à instrução e à investigação que motivou a preventiva não só é atual, como foi reforçado. O mesmo pode ser dito em relação ao risco à ordem pública, já que a tentativa de obstrução à Justiça também representa reiteração delitiva, embora por crime de diferente espécie", argumentar Moro. Em novembro, Bumlai tinha sido preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado.
Moro citou no despacho outras suspeitas que recaem sobre o pecuarista, como suposto pagamento de propina por intermediações de negócios junto à SeteBrasil e à Petrobras me pagamentos a empresas de intermediadores de propinas em contratos da estatal.
O juiz ainda elencou o recebimento de empréstimos milionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco BVA e o envolvimento em reformas e benfeitorias no Sítio de Atibaia em circunstâncias igualmente suspeitas.
Prisão domiciliar
Na decisão em que permitiu que o pecuarista cumprisse a prisão domicilar, o juiz havia dito que o benefício seria válido por três meses e que, após este período, a Justiça deveria reavaliar se o réu seguia ou não em regime domiciliar.
Durante o tratamento do tumor, Bumali fez uma cirurgia cardíaca. Por essa razão, a defesa pediu a prorrogação da prisão domiciliar, que foi aceita por Moro, valendo até o dia 19 de agosto.
De acordo com o juiz, na prisão, Bumlai poderá realizar exames e tratamentos necessários tanto no Complexo Médico-Legal, que fica na Região Metropolitana de Curitiba, quanto em hospitais mediante escolta policial.
O que diz a defesa
A defesa de Bumlai disse que vai recorrer porque considera a decisão sem sentido, há que o pecuarista está colaborando e comparencendo às audiências na Justiça. A defesa afirmou que no período que Bumlai ficou em casa, ele nunca ofereceu riscos à investigação.
Fonte: G1 

BRASIL

PF prende 15 pessoas por pedofilia na internet



A Polícia Federal prendeu em flagrante, na manhã desta quinta-feira (11), quinze pessoas por suposto envolvimento no armazenamento, produção e divulgação de pornografia infantil na internet.
A maioria das detenções – 13 delas – aconteceu em Brasília. Outras duas foram feitas no estado de Goiás. Medidas também são cumpridas no Mato Grosso e no Espírito Santo.
Ao todo, são cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, sendo 29 no Distrito Federal, três em Anápolis, Goiás; um em Vila Velha, no Espírito Santo; e dois no Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá e Sinop.
Um dos coordenadores da operação, o delegado Estênio Souza, afirmaou que os envolvidos foram identificados a partir de monitoramento feito pela instituição na internet. As imagens foram pré-selecionadas a partir de imagens de arquivo.
“O monitoramento identifica que há diversas pessoas realizando o compartilhamento e armazenamento de arquivos que já temos na nossa base de dados como sendo pornográficos. Dentre as imagens que observamos em análise preliminar, temos, por exemplo, bebês sendo violentados em vídeo e imagens de crianças em relações sexuais, acrescentou.
Segundo o delegado, os suspeitos não têm um perfil característico, como idade e nível de escolaridade. Apesar de não ser possível confirmar se todos os envolvidos têm vínculo com o grupo, as investigações apontam que alguns se correspondiam com frequência.
Segundo a Polícia Federal, o número de envolvidos pode aumentar, uma vez que as investigações continuam também na Deep Web, que reúne um conjunto de conteúdos na internet, os quais não são acessíveis por sites de busca. Longe da vigilância pública, esse espaço pode se transformar em palco de atividades ilegais.
Todas as imagens em posse da corporação vão ser analisadas.
Caso venham a ser condenados, as penas dos envolvidos podem variar de três a 20 anos de detenção.


Fonte: EBC 

PARÁ


Justiça liberta líder indígena preso durante protesto no Pará



A Justiça Federal concedeu liberdade provisória ao líder indígena Poró Borari, preso na terça-feira, durante protesto na Secretaria Especial de Saúde Indígena, em Santarém, no Pará.

Borarí foi preso, em flagrante, por policiais federais, acusado de manter os funcionários da Sesai em cárcere privado. Além disso, os agentes apreenderam os celulares de dois manifestantes que filmavam a ação da polícia.

Na defesa do índio, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública Federal alegaram que a prisão era ilegal e que durante a manifestação dos índios nenhum servidor ou prestador de serviço foi impedido de circular no prédio.

O MPF e a DPU também reclamaram da abordagem policial e relataram à Justiça que, durante o interrogatório, a autoridade policial fez perguntas tendenciosas e manifestações jocosas, intimidando o índio.

Os índios manifestavam na Sesai por assistência diferenciada à saúde indígena a 13 etnias da região. A Sesai no entanto justifica que os índios não moram em terras indígenas, portanto não devem receber tratamento diferenciado.

O Ministério Público contesta e afirma que em janeiro deste ano a justiça já havia obrigado a Sesai a ofertar o atendimento diferenciado, o que não ocorreu.

Logo após a libertação de Poró Borari, o MPF pediu à Justiça que execute multa contra a Sesai por descumprir a ordem judicial. A secretaria foi multada em quase R$ 2 milhões.


Fonte: EFE 

POLÍTICA

Moro determina que Bumlai volte à prisão


Brasília - O pecuarista José Carlos Bumlai, depõe na CPI do BNDES (Valter Campanato/Agência Brasil)
O pecuarista José Carlos BumlaiValter Campanato/Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro determinou que o pecuarista José Carlos Bumlai volte à prisão. Em março deste ano, após ser diagnosticado com câncer na bexiga, o pecuarista ganhou o direito a recolhimento domiciliar para fazer tratamento. Ele deverá se apresentar à Polícia Federal de Curitiba no próximo dia 23.
Segundo o despacho de Moro, Bumlai obteve permissão para cumprir a prisão preventiva (quando não há prazo determinado para terminar) em regime domiciliar por questões de saúde.  Inicialmente o juiz determinou que ele ficasse nesse regime por 3 meses, mas o período foi prorrogado depois que o pecuarista precisou ser submetido a uma cirurgia cardíaca. O novo prazo concedido por Moro tem fim este mês e a defesa pediu mais uma vez a prorrogação do período, o que foi negado pelo juiz.
“No momento, após cinco meses de prisão domiciliar, a situação de saúde do acusado mostra-se estabilizada”, diz Moro, no despacho registrado na noite de ontem (10) no sistema da Justiça Federal do Paraná. O juiz diz ainda que a necessidade de realizar exames periódicos para o controle do tumor e da reabilitação cardíaca não justificam a prisão domiciliar.
“Esses exames e a reabilitação cardíaca, além do próprio recebimento de medicamentos para controle desses males, podem ser feitos, sem qualquer dificuldade, em Curitiba, no próprio Complexo Médico Penal, no qual o acusado estava previamente recolhido, ou eventualmente, se necessário, por saídas periódicas para hospitais privados em Curitiba”, diz a decisão.
Para o juiz, o pecuarista não se enquadra nas hipóteses previstas em lei para que a prisão siga sendo cumprida em regime domiciliar e determinou que o Bumlai retorne à prisão. “Deverá se apresentar à Polícia Federal em Curitiba no dia 23/08/2016”, determinou Moro.
No despacho, o juiz lembra que o pecuarista teve prisão preventiva decretada em novembro do ano passado e que foi acusado, em uma das ações penais da Operação Lava Jato, de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e crimes financeiros. Na decisão, o juiz registra ainda que outros ilícitos relacionados ao empresário ainda estão sendo investigados.
Bumlai foi preso na Operação Passe Livre, 21ª fase da Operação Lava Jato. A prisão ocorreu no mesmo dia em que o pecuarista iria depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, na Câmara dos Deputados, que investiga operações envolvendo o banco estatal.


Fonte: EBC