quinta-feira, 11 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS

Caso Ingrid gera polêmica no Time Brasil; COB tenta amenizar repercussão



David Ramos/Getty Images
Ingrid Oliveira é "blindada" por COB após episódio com atleta da canoagemimagem: David Ramos/Getty Images
A maior polêmica na delegação brasileira que disputa a Rio-2016 ainda pode reverberar, mas a ordem no COB (Comitê Olímpico do Brasil) é esquecer rapidamente a briga entre as atletas Giovanna Pedroso, 17, e Ingrid Oliveira, 20, que formavam a dupla nacional na disputa sincronizada de saltos ornamentais da plataforma de 10 metros.
A ideia é não deixar que o assunto se torne a pauta principal do COB. Deixando a questão de Ingrid em segundo plano, o Comitê busca resolver o que mais lhe preocupa no momento: a ausência de medalhas em algumas modalidades. Em ligações feitas para diversos chefes de equipe após estourar a história, o discurso oficial parecia seguir um padrão: o caso envolvendo a saltadora ficou no passado e o foco deve ser nos resultados esportivos da delegação brasileira.
O COB definiu como objetivo na Rio-2016 a inclusão do Brasil no top 10 dos Jogos no quadro que contabiliza apenas o total de medalhas. Para isso, estima que o país precise somar algo entre 23 e 27 pódios. Foram apenas dois até agora (prata com o atirador Felipe Wu, 24, e ouro com a judoca Rafaela Silva, 24), e a repercussão do “caso Ingrid” tornou-se o principal temor dos dirigentes depois de a notícia ter vazado.
Ingrid levou para o quarto que dividia com Giovanna na Vila Olímpica o também atleta Pedro Henrique Gonçalves da Silva, 23, que representa o Brasil na categoria K1 da canoagem – competiu na última quarta-feira (10) e conseguiu o sexto lugar, algo inédito para o país.
Kirsty Wigglesworth/AP Photo
Pedro Henrique Silva foi apontado como "affair" de Ingrid na Vila Olímpicaimagem: Kirsty Wigglesworth/AP Photo
Quando isso aconteceu, Giovanna, que estava brigada com a companheira de saltos e precisou deixar o quarto, procurou o COB para reclamar. A entidade decidiu conduzir o episódio de forma educativa, e não punitiva. Isso repercutiu entre os atletas brasileiros que estão na Rio-2016 – alguns cobraram comprometimento e regras mais duras, e outros defenderam que é possível conciliar vida pessoal e concentração nos Jogos.
É justamente por essa divisão que o COB ligou um alerta. Ingrid ainda compete na plataforma individual – a prova está marcada para o dia 17 –, mas a prioridade da entidade é conter o episódio antes que isso afete equipes que têm mais chances de medalha na Rio-2016.
“O assunto está encerrado. É uma questão interna. Temos outras preocupações nos Jogos”, disse Marcus Vinicius Freire, 53, diretor-executivo de esportes do COB. “Não vamos falar de projeções de medalha ainda. Vamos deixar as equipes trabalharem”, completou.
Marcus Vinicius, inclusive, não esteve no centro da questão de Ingrid na última quarta. O dirigente que comanda o Time Brasil foi à Arena de Vôlei de Praia para acompanhar o jogo decisivo de Alison e Bruno Schmidt em uma modalidade que causou sustos por conta de tropeços inesperados na primeira fase.

Como foi o início da briga entre Giovanna e Ingrid?

Wong Maye/AP
Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso brigaram antes de competirem nos Jogos Olímpicosimagem: Wong Maye/AP
A briga entre Giovanna e Ingrid começou, na verdade, um pouco antes dos Jogos Olímpicos. As duas discutiram por causa da ordem de saltos em um treino, e isso serviu como estopim de uma relação que já vinha desgastada por questões como metodologia de trabalho e até o local em que as atividades eram realizadas – Giovanna é atleta do Botafogo, e Ingrid defende o Fluminense.
Desde o entrevero, as duas saltadoras pararam de conversar. Retomaram o contato para os Jogos Olímpicos, mas se limitaram a falar o protocolar e necessário para a competição. Terminaram na oitava – e última – posição na série final da plataforma de 10 m e anunciaram em seguida o fim da parceria.
Durante os Jogos, toda a condução disciplinar de casos como esse é responsabilidade do COB. O fato de Ingrid ter levado o namorado ao quarto é considerado pela entidade algo aceitável – prova disso é que 450 mil preservativos foram distribuídos na Vila dos Atletas neste ano. A questão tornou-se relevante apenas por ter extrapolado a vida íntima da atleta – gerou uma rusga na dupla que competiria na Rio-2016 e fez disso um assunto na delegação.

Fonte: Uol Esporte 

OLIMPÍADAS

Zebra nos 100 m, australiano largou futebol para ser sensação da Rio-2016



DOMINIC EBENBICHLER/REUTERS
O australiano Kyle Chalmers celebra vitória nos 100m livresimagem: DOMINIC EBENBICHLER/REUTERS
Kyle Chalmers, 18, ia debutar no ano passado em uma competição internacional pela natação australiana. O velocista seria um dos representantes nacionais no revezamento 4x100 m livre do Mundial de esportes aquáticos disputado em Kazan (Rússia), mas quase não pôde participar do evento. Meses antes, sofreu uma fratura no pulso e uma ruptura de ligamento do tornozelo em uma partida de futebol australiano. Teve de ser convencido a deixar o esporte e se concentrar apenas nas piscinas. Na última quarta-feira (10), colheu o resultado da escolha: venceu os 100 m livre nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
A Austrália não triunfava nos 100 m livre desde 1968. Neste ano, a principal aposta do país para findar o jejum era McEvoy, primeiro colocado na seletiva nacional. Chalmers era menos badalado até em âmbito interno, a despeito de ser o atual recordista mundial júnior da prova.
Quando terminou a prova, Chalmers evitou comemorar de forma efusiva. Preferiu respeitar McEvoy, que havia sido superado. Os dois são companheiros de quarto na Vila Olímpica do Rio de Janeiro. “É difícil. Eu ganhei um ouro olímpico, e ele não conseguiu nadar seu melhor. Espero que isso mude nos próximos dias e que ele possa se recuperar”, disse o campeão.
A reação tem a ver com o sentido coletivo do nadador australiano. Kyle é filho de Brett Chalmers, um jogador de futebol australiano, e durante grande parte da vida dividiu as atividades nas piscinas com a modalidade que era praticada pelo pai.
“Eu gosto muito de jogar futebol. É um pouco frustrante ter de deixar o esporte assim”, contou Chalmers. “Muita gente me pediu para parar de jogar”, completou o nadador, que não pratica futebol australiano desde os primeiros meses de 2016.
O futebol australiano é apenas um dos outros esportes que Chalmers curte. O australiano também acompanha basquete e o futebol tradicional. Praticamente não segue notícias ou competições de natação.

Australiano tem pé grande e lida com arritmia

Chalmers teve infância intrinsecamente ligada ao esporte. Passou por várias modalidades e começou a praticar natação em uma academia. Ganhou destaque rapidamente por causa do desempenho na piscina, mas também por seu biótipo: é alto, magro e tem pés grandes. Aos 15 anos, já calçava 46.
Rapidamente, Chalmers começou a frequentar competições de base. Em 2014, esteve nos Jogos da Juventude disputados em Nanquim (China). Foi o 13º colocado nos 50 m livre, prova vencida pelo brasileiro Matheus Santana, 20.
Dois anos depois, a escalada de Chalmers contrastou com a trajetória de Matheus. O brasileiro é tratado como uma das principais promessas da natação nacional, mas viveu um fim de ciclo extremamente conturbado. Não nada bem desde o ano passado e teve a pior parcial do país na eliminatória do revezamento 4x100 m livre, única prova dele na Rio-2016 – nadou o percurso em 49s00 e sequer foi escalado na etapa seguinte.
Chalmers chegou a tentar uma cirurgia cardíaca em 2015 para corrigir uma arritmia. A operação não foi efetiva, e o australiano ainda tem de conviver com o problema no coração. Faz tratamento regular e pratica ioga como parte da terapia.
Ainda no ano passado, Chalmers conseguiu ir para Kazan. A Austrália não foi sequer à final do revezamento 4x100 m livre, mas ele fez a melhor parcial do time. Em 2016, nadou os 100 m livre em 48s03 na seletiva nacional e bateu o recorde mundial júnior da distância.

Fonte: Uol Esporte

OLIMPÍADAS

Natação do Brasil tem sofrido na Rio-2016 e só melhora tempo em 4 provas



 Marcelo Pereira/COB
O brasileiro Thiago Simon chegou a nadar os 200 m peito em 2min09s82, mas fez 2min15s01 na Rio-2016imagem: Marcelo Pereira/COB

Cinco dias já se passaram, e a natação brasileira ainda não frequentou o pódio da Rio-2016. O país já chegou a cinco finais da modalidade nas Olimpíadas deste ano, mas ligou um enorme sinal de alerta. Com uma delegação recorde e muito investimento, os donos da casa só conseguiram aprimorar seus tempos em quatro provas dos Jogos.
Em contrapartida, nadadores como Etiene Medeiros, Larissa Oliveira e Thiago Simon tiveram pioras significativas em seus tempos. Etiene chegou a nadar os 100 m costas em 59s61 em 2015 (recorde sul-americano), mas cumpriu a prova em 1min01s70 na Rio-2016. Larissa havia feito o recorde sul-americano dos 200 m livre em 2016 (1min57s37), mas percorreu a distância em 2min00s76 na disputa individual e em 1min58s15 abrindo o revezamento 4x200 m. Simon fez ainda pior: completou os 200 m peito em 2min09s82 no ano passado, mas conseguiu apenas 2min15s01 na Rio-2016.
O Brasil também melhorou seu tempo no 4x200 m livre feminino e chegou a encaixar um recorde sul-americano no evento da Rio-2016, mas até nessa prova houve frustrações. Manuella Lyrio abriu em 1min58s39 (mais de um segundo mais lenta do que havia feito na prova individual) e apenas Jéssica Cavalheiro conseguiu, mesmo com saída lançada, registrar um tempo inferior a seu auge na distância.
A natação brasileira já emplacou cinco finalistas na Rio-2016 (dois nos 100 m peito, um nos 100 m livre e um nos 200 m medley, além do revezamento 4x100 m livre – todos no masculino). Falta apenas uma prova decisiva para o país igualar seu melhor desempenho nesse quesito em Olimpíadas (foram seis em Pequim-2008). Contudo, a involução dos atletas, seja do passado para os Jogos ou até dentro da própria Rio-2016, dificulta que essa assiduidade em finais se transforme em medalhas.
Foi isso que aconteceu na última quarta-feira (10), por exemplo. Henrique Rodrigues nadou a eliminatória dos 200 m medley em 1min58s56 e ficou aquém de seu auge na distância (1min57s06). Saiu da piscina, todavia, dizendo que havia controlado a prova e que tinha boa perspectiva para a série semifinal. Na etapa seguinte, fez 1min59s23 e não conseguiu avançar à decisão.
Na mesma prova, Thiago Pereira conseguiu um lugar entre os oito que brigarão pela medalha na noite desta quinta-feira (11). Um dos motivos para isso é que o brasileiro conseguiu evoluir entre a primeira e a segunda sessão do dia. O tempo dele evoluiu de 1min58s63 para 1min57s11, o que ainda é distante do melhor da carreira do atleta (1min55s55 em 2009), mas o nível de exigência em uma edição de Jogos Olímpicos é maior a cada etapa.
“O que eu acho é o seguinte: é muito difícil fazer uma análise no meio do jogo. Fazia tempo que os Estados Unidos não terminavam o primeiro dia da natação sem ganhar uma medalha de ouro, por exemplo, mas o fato de isso ter ocorrido aqui não quer dizer que eles estejam em crise. Você tem de olhar para coisas como a programação”, ponderou Ricardo de Moura, diretor-executivo da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).
“Acho que você vai ter um extrato apenas no fim dos Jogos, mas está surgindo uma geração nova, que lembra a de Atenas-2004. Coincidiu de isso acontecer no Rio de Janeiro”, completou Moura.

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

C.Xavier compara Palmeiras de 2009 com o atual: "hoje montamos 3 times"



  • Cesar Greco/Fotoarena
    O meia Cleiton Xavier durante treino do Palmeiras
    O meia Cleiton Xavier durante treino do Palmeiras
Cleiton Xavier já vê a fase de lesões consecutivas como parte do passado. O meio-campista do Palmeiras relembra os momentos difíceis desde o seu retorno ao clube, em fevereiro de 2015, e diz que tudo aconteceu por desrespeito ao corpo.
Em entrevista, o jogador admite que o nível praticado na Ucrânia era muito abaixo do que o do Brasil e que isso fez com que ele não conseguisse sair do departamento médico. Em 2016, ele atuou em 18 partidas, superando as 17 da temporada passada.
No papo na Academia de Futebol, o camisa 10 ainda fez análise do momento vivido pela equipe no Campeonato Brasileiro e traçou a comparação com o Palmeiras de 2009, que também liderou o Nacional por muito tempo, mas acabou fora até do G-4.
Eu acho que errei um pouco também. Eu queria voltar rápido, dar logo o meu 100% e meu corpo não estava mais preparado para aquilo"
Confira a entrevista completa com Cleiton Xavier:
UOL Esporte: Qual é a importância da conquista do 1º turno do Brasileirão? A oscilação da equipe ainda te preocupa?
Cleiton Xavier:
 É importantíssimo a gente vencer o primeiro turno, mas isso não determina o campeonato. Mas temos bons exemplos de quem termina em 1º tem boas chances de ser campeão. A gente oscilou mesmo, mas é normal. Todo mundo oscila um pouco e temos certeza que isso também serve como alerta. Agora, vamos colocar as coisas no lugar.
Você enxerga o Atlético-MG como principal rival?
Cleiton Xavier
: Sempre foi, desde o início. O que é diferente é que muita gente não dava o Palmeiras como favorito, mas a gente sempre soube que poderíamos brigar. Eles são uns dos nossos rivais juntos com Grêmio e Corinthians.
Ouvi muita coisa, de tudo. Mas tive a cabeça tranquila para dar a volta por cima"
Cesar Greco/Divulgação/Palmeiras
Depois de uma sequência de lesões, você chegou agora aos 18 jogos, superando 2015. O que aconteceu naquela época que você frequentava muito o DM?
Cleiton Xavier:
 Foi um tempo difícil. Momentos muito ruins que eu nunca tinha passado. A gente está sujeito a isso, mas nunca queremos passar por isso, né? Foi preciso buscar muita força na família e nos amigos.
(Em 2009) Caímos porque não tínhamos tantas peças de reposição"
Mas por que você teve tantas lesões?
Cleiton Xavier: 
Eu acho que tudo contribuiu um pouco. Tem o ritmo da Ucrânia, tem a minha volta ao Brasil no meio do caminho. Eu acho que errei um pouco também. Eu queria voltar rápido, dar logo o meu 100% e meu corpo não estava mais preparado para aquilo. Eu estava em outro momento físico, por causa da Ucrânia.
Quanto abaixo está o nível por lá?
Cleiton Xavier:
 Não tem nem comparação. O Shakhtar é o melhor, mas você vê... Tem 10, 12 brasileiros. E os brasileiros têm participação em tudo o que ganham. O pessoal gosta de futebol lá, mas só foi ficar competitivo com a chegada de sul-americanos lá, especialmente os brasileiros.
Cesar Greco/Fotoarena
O Gabriel Jesus tem um bom potencial, já demonstrou isso. Mas o Neymar ainda está bem acima dele"
Enquanto você não voltava aos gramados, ouvimos de tudo. Que você não saia de festa, que o departamento médico do Palmeiras é ruim, que o treino era ruim... Você ouvia isso também?
Cleiton Xavier:
 Claro que sim. Chega em mim, não tem como. Eu acompanho notícias, assisto aos programas de futebol. E na maioria das vezes, o que se fala nos programas não é verdade. Eu sou o cara que mais treinei. Às vezes quase não tinha tempo de almoçar, porque treinava a manhã inteira e ia direto para o treino da tarde. Tratava em casa, aqui...Em todo lugar. Mas isso acontece com todo mundo. Toda hora a gente ouve. Ouvi muita coisa, de tudo. Mas tive a cabeça tranquila para dar a volta por cima.
AP
Ser campeão agora vai ser dar a volta por cima depois de 2009? O que aconteceu naquele ano?
Cleiton Xavier: 
A única comparação possível é de falar do nosso momento na liderança. A gente ficou muito tempo à frente e depois perdemos. Agora também, estamos muito tempo na primeira colocação. Mas de resto... São jogadores totalmente diferentes, um elenco bem diferente. Aliás, esse é o principal. Hoje a gente monta três times sem se preocupar com quem vai jogar.
Esse é seu diagnóstico para a derrocada? Não teve a história de ciúme do Vagner Love?
Cleiton Xavier
: Sim, a falta de elenco foi o principal. A gente não podia repor peças importantes. Eu me machuquei, depois teve Pierre, Maurício Ramos.. Caímos porque não tínhamos tantas peças de reposição. Sobre o Vagner, é o contrário. Ele nos ajudou muito em um momento que tínhamos perdido o Obina.
Você disse sobre os três times. Ao mesmo tempo, tem jogador que não gosta de ficar no banco, não entende esse conceito de fazer parte de um elenco numeroso.
Cleiton Xavier
 Sim, mas em um elenco com jogadores de qualidade, é preciso entender isso. Temos capacidade de substituir qualquer um. O Cuca não tem 11, ele tem 30 e poucos jogadores. Quase todos já tiveram chances para jogar. A gente precisa é entender a decisão do técnico. Uma hora todo mundo tem chance.
Como é trabalhar com o Cuca? Há quem diga que ele se desgasta muito com os atletas.
Cleiton Xavier: 
Ele trabalha muito. Nos ajuda muito e espero que a gente possa fazer a diferença junto com ele para buscar o título.
Você prefere dar assistência ou fazer gols?
Cleiton Xavier
: Minha função é dar assistência. Sempre digo isso. Prefiro dar assistência, mas quando eu puder eu marco um também.
Você foi para a Europa e voltou. E agora vê Jesus indo para o Manchester City. Ele está indo na hora certa? Você conversou com ele?
Cleiton Xavier
: É o melhor momento da carreira dele. O melhor momento é esse, quando está bem. Se não fosse agora, ele iria em breve. Conversei poucas coisas com ele, porque não vale encher a cabeça dele de coisas agora. Ele precisava decidir a vida dele muito rápido.
AP Photo/Dmitry Neymyrok
Você coloca o Jesus no mesmo nível de Neymar?
Cleiton Xavier: 
Ele tem um bom potencial, já demonstrou isso. Mas o Neymar ainda está bem acima dele, se tratando de time que joga, de conquistas. Mas o Gabriel tem tudo para chegar nisso.
Tem gente que chama essa geração de geração do "mimimi". Você concorda com isso? É muito diferente das que você viveu?
Cleiton Xavier: 
A geração é diferente, sem dúvida. Cada um tem seu jeito de lidar. Mas tem vários jogadores que não são mimados. Os garotos aqui do Palmeiras são tranquilos, como o Jesus. Mas realmente tem alguns outros que são mimados, que é diferente do que eu me acostumei. Não sei o motivo. Talvez por causa do clube deles.
O que falta para essa geração?
Cleiton Xavier
: Essa geração é diferente por causa de título. O pentacampeonato faz muito tempo. Quando ganhava, todo mundo elogiava a geração. Se esses daí ganharem, vocês vão falar que é uma ótima geração.
De quem é a culpa do 7 a 1?
Cleiton Xavier:
 De quem? Da Alemanha. Jogou muito e meteu sete.

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Botafogo se irrita com o São Paulo e promete jogo duro por Ricardo Gomes



  • Danilo Verpa-19.jun.2016/Folhapress
Após ficar sem Edgardo Bauza, o São Paulo parece ter definido o principal alvo para substituir o argentino. Ricardo Gomes, do Botafogo, recebeu uma consulta de pessoas ligadas ao clube paulista nessa semana e mantém o assunto de maneira misteriosa. O Alvinegro, por outro lado, está revoltado com o contato feito pelos paulistas, ainda mais às vésperas do confronto entre as equipes pela 20ª rodada do Brasileiro. O clube do Morumbi não confirma oficialmente ter feito nenhum contato pelo treinador.
O Botafogo viveu situação semelhante após as finais do Campeonato Carioca, quando o Cruzeiro demitiu Deivid e tentou a contratação de Ricardo Gomes. Na oportunidade, o treinador foi mais transparente e confirmou a proposta, o que motivou uma renovação de contrato com o Alvinegro.
Dessa vez, Ricardo Gomes prefere não comentar o assunto. Evidentemente fica feliz em ter seu nome lembrado por um grande clube como o São Paulo. O Botafogo promete jogo duro e sequer pensa em liberar o treinador para um dos seus adversários do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro confirmou que há uma multa no contrato assinado com o treinador e que vai fazer valer o documento.
Ricardo Gomes só entrará nesse assunto com o Botafogo, como ocorreu diante do Cruzeiro, em caso de proposta oficial, o que não ocorreu até o momento. A diretoria do Alvinegro, por sua vez, espera que a tal oferta não chegue. Se chegar, a resposta já está pronta. O clube de General Severiano quer manter o profissional até o fim de 2017, data final do contrato.
Vitor Silva/SSPress/Botafogo.
O fato de Ricardo Gomes ter sido responsável por ter montado o elenco após o fim da temporada passada pesa para que o projeto não seja abandonado. O Botafogo aposta no trabalho mesmo com a incomoda posição na zona de rebaixamento. Para a diretoria, o trabalho do treinador será importante para a manutenção na elite do futebol.
Enquanto não define a situação, o São Paulo segue sob o comando de André Jardine - é com o interino que o clube paulista recebera o próprio Botafogo, no domingo, no Morumbi.

Fonte: Uol Esporte

OLIMPÍADAS

Renato Augusto ajuda Brasil a driblar crise e vira protagonista como líder



A volta por cima do Brasil nos Jogos Olímpicos teve Renato Augusto como um personagem importante. Não apenas dentro de campo, com atuação reconhecida com aplausos pela torcida baiana, mas também no quesito liderança. Driblar a pressão interna e externa foi algo fundamental para golear a Dinamarca por 4 a 0 e sair da Fonte Nova com a classificação para as quartas de final. 
A ida ao quarto de Neymar para conversar sobre o que havia acontecido no Mané Garrincha não foi o único momento em que Renato Augusto mostrou personalidade. O meia foi quem mais deu explicações após o empate que deixou a seleção sob risco de eliminação e, dois dias depois, também acompanhou o treinador Rogério Micale em entrevista coletiva marcada por desabafos. 
Eleito vilão pela torcida em Brasília, Renato teve paciência e acabou aplaudido na Fonte Nova. Um reconhecimento não apenas a quem saiu em defesa da equipe, mas também contribuiu de forma importante na vitória. 
Com 105 passes em 79 minutos jogados, Renato Augusto foi o jogador da seleção que mais teve a bola no pé diante da Dinamarca. A mudança de sistema tático, do 4-3-3 para o 4-2-3-1, também deixou o jogador mais protegido ao lado de Walace. Foi, sem dúvida, a melhor partida dele com a equipe olímpica, o que coroou a boa relação com a Fonte Nova. Renato marcou pela seleção principal no mesmo estádio e, na véspera do jogo, se lembrou que costuma ter sorte na Bahia. 
Curiosamente, o chaveamento dos Jogos Olímpicos indica a presença em um ou dois estádios que marcam a carreira de Renato Augusto. No próximo sábado, o Brasil jogará contra a Colômbia em Itaquera. Se avançar, fará a semifinal contra Coreia do Sul ou Honduras no Maracanã, que também será o palco da decisão do torneio. 
"Itaquera é um lugar especial para mim, que me trouxe alegrias e me trouxe de volta à seleção. É um lugar que está guardado no meu coração", comentou Renato, que jogou regularmente no Maracanã no início da carreira e, inclusive, tem uma tatuagem do estádio.

Fonte: Uol Esporte

OLIMPÍADAS

Gabriel Jesus se reinventa, tira peso das costas e vira trunfo nas quartas



O gol de Gabriel Jesus foi o mais comemorado na goleada do Brasil sobre a Dinamarca por 4 a 0. Quando balançou as redes aos 40 minutos do primeiro tempo, o atacante manifestou no semblante o alívio por tirar das costas o peso das más atuações contra África do Sul e Iraque. O jejum de gols foi quebrado e a comissão técnica respirou tranquila.
“Foi muito complicado. A minha família me deu muita força. São pessoas que me ajudam. É sempre bom receber apoio e incentivo. Estava difícil para dormir. Pensava nisso o tempo inteiro. Ainda bem que passou. Vai ser impossível não ver esse lance de novo, mas agora é bola para frente. O peso foi embora”, desabafou.
Gabriel Jesus precisou se reinventar para voltar a marcar. Ele atuou como centroavante nos dois primeiros jogos do torneio olímpico. Perdeu um gol sem goleiro contra os sul-africanos e foi substituído aos 8 minutos do segundo tempo diante do Iraque. Contra a Dinamarca, o ex-palmeirense atuou pelo lado esquerdo do ataque e subiu de produção ao se movimentar com frequência.
Antes de balançar as redes, porém, Gabriel Jesus desperdiçou duas oportunidades e mostrou-se ansioso para quebrar o jejum que durava pouco mais de um mês - ele havia marcado pela última vez em 4 de julho, na vitória do Palmeiras sobre o Sport por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
A torcida ameaçou perder a paciência, mas vibrou muito quando o agora atacante do Manchester City-ING esbanjou categoria para colocar a bola no gol. Mais leve e sem o peso da cobrança, ele virou um trunfo importante para a partida contra a Colômbia, sábado (13), às 22h, na Arena Corinthians.
“Sempre fui ponta. O Cuca [técnico do Palmeiras] adotou essa nova posição e consegui fazer gols assim. Não estava dando certo aqui. Fico satisfeito em cumprir a função solicitada pelos treinadores. As coisas começaram a se acertar”, encerrou.

Fonte: Uol Esporte