quarta-feira, 10 de agosto de 2016

BRASIL

Com viagens de 36h, venezuelanos inundam a fronteira com o Brasil para comprar comida



  • William Urdaneta/Reuters
O funcionário público José Lara usou parte de suas férias neste mês para fazer uma grande viagem de ônibus passando pelo sul da Venezuela. Mas a viagem não foi feita a lazer: ele embarcou durante a noite e atravessou a fronteira para o Brasil em uma caminhonete em uma viagem de mais de 36 horas para comprar alimentos básicos, que são cada vez mais escassos na Venezuela em crise.
"Agora os trabalhadores não podem desfrutar de suas férias. Olha onde estou. Comprando comida para os meus filhos", disse Lara, 40, enquanto se preparava para carregar pacotes de 30 quilos de arroz e farinha para o ônibus.
Venezuelanos em busca de formas de escapar de sua economia socialista disfuncional estão inundando a remota cidade brasileira de Pacaraima, em Roraima, à procura de produtos básicos que são proibitivamente caros em casa ou que só estão disponíveis depois de horas de espera em longas filas.
William Urdaneta/Reuters
Os compradores fazem o trajeto há meses, especialmente até a cidade industrial de Puerto Ordaz –uma viagem de ônibus de 12 horas--, mas ultimamente são provenientes até de regiões mais remotas.
Cada vez mais venezuelanos se queixam de que a escassez e as longas filas os proíbem de fazer três refeições diárias.
Os baixos preços do petróleo deixaram o país sem dinheiro suficiente para importar mercadorias, enquanto os controles de preços e moeda prejudicam e paralisam a indústria local.
Enquanto a oposição culpa o presidente Nicolás Maduro pela crise e tenta derrubá-lo através de um referendo, ele afirma que é vítima de uma "guerra econômica" liderada pelos Estados Unidos.

Compras em Roraima

William Urdaneta/Reuters
Pressionadas por moradores após Maduro ordenar o fechamento da fronteira oeste com a Colômbia no ano passado, as autoridades venezuelanas permitiram a passagem temporária de centenas de milhares de pessoas, mas Bogotá diz que não iria permitir novas reaberturas depois de uma avalanche de mais de 100.000 compradores que buscaram produtos nas cidades colombianas.
A fronteira com o Brasil, entretanto, nunca foi fechada.
Em Pacaraima, cidade do outro lado da fronteira, mercearias -e até mesmo lojas de peças de automóveis e de animais— agora estão inundadas com pilhas de sacos de arroz, açúcar e farinha.
"É um bom negócio, mas o preço de tudo está subindo em Boa Vista", disse Mauricio Macedo, 26, referindo-se à capital do Estado de Roraima.
Macedo trabalha em um negócio familiar vendendo decoração artesanal, mas há meses tem focado principalmente na venda de alimentos.
A legislação venezuelana exige que os produtos básicos sejam vendidos a um preço muito baixo. Por exemplo, um quilo de arroz custa o equivalente a US$ 0,12 centavos (cerca de R$ 0,38). Por causa do baixo preço, estes produtos são os mais escassos e revendidos no mercado negro em valores mais caros. O mesmo arroz pode custar US$ 2,20 (cerca de R$ 6,90).
William Urdaneta/Reuters
Em Pacaraima, o açúcar e o arroz são vendidos por até 45% menos do que o valor cobrado no mercado negro da Venezuela, por isso a viagem vale a pena.
"Estamos em uma crise econômica e tenho que vir a outro país para comprar comida", disse Juan Sansonetti, 31, que levava um saco de farinha sobre os ombros sob um sol escaldante em Pacaraima. "Não há mais nada a dizer, certo?".
Fonte: Uol Notícias 

POLÍTICA

Acusação entrega alegações finais antes do prazo para acelerar impeachment




Os autores do processo de impeachment entregaram nesta quarta-feira (10) as suas alegações finais sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e decidiram indicar apenas três testemunhas para acelerar o desfecho do processo.
De acordo com a lei, acusação e defesa teria até 48 horas para apresentar o chamado libelo, peça final com alegações, e poderia arrolar até seis testemunhas para o julgamento. A acusação, no entanto, não esperou nem 12 horas após o fim da sessão do Senado que transformou Dilma em ré.
"Para que procrastinar a solução de uma controvérsia que a todos incomodam e causam um desconforto político e doloroso?", questionou o advogado João Berchmans.
Berchmans disse que a acusação ainda vai analisar se vai abrir mão das três testemunhas indicadas e defendeu que o julgamento pode começar já no dia 23. Ele lembrou, no entanto, que essa é uma decisão que cabe ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir essa etapa do processo.
O advogado também desqualificou a iniciativa de parlamentares que apoiam Dilma de recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. "Tudo é lícito pedir ao rei, mas se o rei vai deferir ou não, essa é outra questão. Esse processo se encontra blindado. Ele já foi questionado diversas vezes pela defesa da presidente afastada, inclusive no Supremo Tribunal Federal", disse.
Para Berchmans, essa atitude demonstra "que a presidente se encontra como aquele peixe que se debate, porque ele está fora do aquário, fora do oceano, e já não encontra mais como respirar e se encontra nos últimos momentos dos seus atos". Ele classificou o processo de impeachment como uma "opera trágica" e disse que Dilma e sua equipe de defesa "são personagens burlescos".
O documento, de nove páginas, é assinado pelos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo e pela advogada Janaina Paschoal. As testemunhas indicadas foram o representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo Oliveira, e os auditores federais do TCU Antônio Carlos Costa e Leonardo Rodrigues.
O advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, tem até sexta-feira para entregar a peça com as alegações finais.
Pedro Ladeira/ Folhapress
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo deve fazer a defesa de Dilma na fase final

Fonte: Uol Notícias 

MUNDO

ONU destaca "impulso positivo" de acordo para fim de conflitos no Sudão




Grupos da oposição assinaram documento na segunda-feira; acordo foi adotado quatro meses após sua apresentação pelo painel de alto nível dirigido pelo ex-líder da África do Sul Thabo Mbeki.
Foto: Unamid/Hamid Abdulsalam

O secretário-geral das Nações Unidas pediu que seja aproveitado o "impulso positivo" da assinatura do acordo para o fim dos conflitos no Sudão pelos grupos da oposição do país na segunda-feira.
Em nota, Ban Ki-moon elogiou a adoção do documento, que foi proposto pelo Painel de Alto Nível da União Africana em março. Nessa altura, o acordo foi adotado pelas autoridades de Cartum.
Representantes
A apresentação foi feita pelo grupo dirigido pelo ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki ao governo sudanês e representantes da oposição. Entre eles, estão o Partido Nacional Umma, o Movimento de Libertação do Povo do Sudão do Norte, o Movimento Justiça e Igualdade e o Movimento de Libertação de Minni Minnawi.
Na nota, o secretário-geral disse estar encorajado pelo "passo importante" para acabar com a guerra e resolver as crises no país africano.
Para Ban, a dinâmica criada pelo documento deve estender-se ao acesso humanitário às áreas afetadas pelos conflitos e ao processo para se chegar a um acordo político final através de um diálogo nacional inclusivo.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

OIM ajuda migrantes detidos na Líbia a obter vistos diplomáticos




Iniciativa conta com apoio de sete Embaixadas da África Ocidental incluindo Senegal, Guiné Conacri e Chade, entre outros.
Um autocarro da OIM transporta representantes ao centro de detenção em Trípoli. Foto: OIM

A Organização Internacional para Migrações, OIM, ajuda migrantes na Líbia a obterem um visto diplomático para saírem de centros de detenção.
A agência, parceira das Nações Unidas, está a ajudar  representantes de sete países da África Ocidental a visitar o centro de detenção em Trípoli, onde os cidadãos das sete nações estão registados como migrantes irregulares.
Condições
A OIM também atua com autoridades da Líbia para facilitar a visita dos diplomatas da Guiné Conacri, do Chade, da Cote d'Ivoire, da Gâmbia, de Gana, da Nigéria e do Senegal.
Eles visitam o Centro de Detenção de Salah Al Dein, que mantém 350 africanos desses países neste momento.
Os diplomatas querem conferir de perto as condições do local que mantém os cidadãos detentos,  e discutir maneiras de libertá-los ou de repatriá-los voluntariamente.
Cerca de 330 dos 350 migrantes disseram que querem voltar a seus países de origem.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

África, Paz e Segurança – Episódio 2: Moçambique





Segunda parte da série de reportagens sobre o continente aborda negociações entre governo moçambicano e Renamo; outros temas incluem crise econômica e desarmamento.
Bandeira de Moçambique

As Nações Unidas apoiam as negociações entre o Governo de Moçambique e o maior partido da oposição, Renamo, disse à Rádio ONU a analista sénior da Divisão África no Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas, Valéria de Campos Mello.**
Campos Mello já foi representante da ONU Mulheres em Moçambique. Este é o tema do segundo episódio da série de reportagens da Rádio ONU sobre paz e segurança em África.
Mediação
"Ficamos satisfeitos de ver que existe hoje um processo de mediação que vai tentar acompanhar os atores políticos nacionais nessa tentativa de saída de crise. Estávamos acompanhando os incidentes armados que ocorreram nos últimos meses que levaram à grande preocupação, incidentes de violação de direitos humanos e alegações de crimes que teriam sido cometidos tanto por elementos da Renamo como por elementos das forças armadas e em geral um risco de que essa situação de instabilidade pudesse, na verdade, se alastrar ao país todo."
A especialista afirmou que a ONU vê com satisfação que há negociações que começaram, mas citou um "contexto difícil para Moçambique".
Crise Econômica
"Sabemos que Moçambique vive uma crise econômica e financeira, tem a questão dos empréstimos que estão sendo investigados, mas que afetou também, digamos assim, a confiança de alguns doadores e amigos de Moçambique. Então, essas negociações ocorrem em um momento crucial para Moçambique. E, como já mencionamos, no contexto da seca, escassez alimentar e risco de maior insegurança. Ficamos satisfeitos do apelo do presidente Nyusi para esse processo de negociação, da disposição do governo de voltar a mesa de negociação."
Armas
Valéria de Campos Mello citou ainda outro desafio.
"Temos um problema sério em Moçambique que precisa ser resolvido que é a questão de que a Renamo é ao mesmo tempo o maior partido de oposição mas, paralelamente, mantém um braço armado, tem armas e exerce também ação militar. Isso é uma anomalia que não existe em outros países, que dificulta o funcionamento, a normalidade constitucional que precisa ser resolvida e esperamos que essa seja a oportunidade."
A especialista destacou que há uma equipe ampla de negociadores.
"Sob liderança da União Europeia que está a examinar os principais temas da pauta política e o tema mais complexo, que já começou a ser estudado, é o tema da descentralização para tentar atender a reinvindicação da Renamo de ter controle sobre as províncias em que eles alegam ter ganho as eleições. Esse é realmente um tema delicado, tema trabalhoso, mas essencial. Nós, como Nações Unidas, não estamos participando desse processo de mediação, os atores escolheram os mediadores."
Desarmamento
Valéria de Campos Mello afirmou que a ONU, no entanto, apoia as negociações, tem "experiência em processos de mediação no mundo todo e na região" e está pronta a oferecer inclusive apoio técnico.
A especialista citou diversas áreas onde a organização poderia oferecer apoio, entre elas, a questão do desarmamento.
Colômbia
"Vê-se que, por exemplo, no processo de paz na Colômbia existe uma Missão Política da ONU que está apoiando o processo de colheita das armas das Farc. No caso, as Farc não queriam entregar as armas ao governo e estabeleceu-se um mecanismo para que as armas fossem entregues às Nações Unidas como medida de confiança. Não estamos sugerindo que isso deva ser replicado, mas no caso de Moçambique poderia existir um mecanismo com a Sadc, com outros atores, com apoio das Nações Unidas para um processo semelhante, mas isso, obviamente, seria a pedido das partes."


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU pede apoio para 90 dias devido à escassez na Bacia do Lago Chade



Organização alerta que período será crucial pela época das chuvas e combates contra movimento islamita Boko Haram; mais de 9 milhões de pessoas precisam de apoio humanitário na área.
Cerca de 9,2 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Bacia do Lago Chade. Foto: Ocha/Jaspreet Kindra

Mais de 250 mil afetados pela crise humanitária vão precisar de ajuda de emergência nos próximos três meses na Bacia do Lago Chade.
O Escritório da ONU  para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, anunciou um plano de resposta para os Camarões, o Níger, a Nigéria e o Chade que foi desenvolvido por agências do setor. O objetivo é priorizar a assistência às populações vulneráveis, até o fim de setembro.
Boko Haram
No fim de julho, o Conselho de Segurança emitiu um pedido de auxílio aos países para a área africana pela "grande preocupação com a situação dramática" causada pela ação das milícias terroristas islâmicas Boko Haram.
O apelo do Ocha é que haja apoio imediato à comunidade humanitária para responder as necessidades prioritárias e salvar vidas. Cerca de 9,2 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na região.
Estação das Chuvas
Para o caso chadiano, a resposta é essencial em várias áreas para evitar que as atuais vulnerabilidades piorem. O país está à beira da estação chuvosa, que é marcada pela escassez de alimentos.
Decorrem ainda operações militares de combate ao Boko Haram, que impedem o acesso normal aos serviços sociais essenciais.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Indonésia libera exigência de visto para turistas de 169 países




Organização Mundial do Turismo apoia medida do governo do país asiático; agência da ONU calcula que política pode ajudar a criar mais de 650 mil empregos na região da Asean, à qual pertence o Timor-Leste, nos próximos três anos.
Segundo pesquisa da OMT, a "facilitação de visto" na região da Asean pode gerar entre 333 mil e 654 mil novos empregos em três anos. Foto: ONU/Martine Perret (arquivo)

A Organização Mundial do Turismo, OMT, expressou apoio à decisão da Indonésia de liberar a exigência de visto para cidadãos de 169 países.
A medida tem como objetivo atrair o turismo internacional para o país asiático simplificando os procedimentos de viagens.
Novos Empregos
Uma pesquisa recente feita pela agência da ONU mostrou que a "facilitação de visto" na região da Associação dos Países do Sudeste da Ásia, Asean, pode gerar entre 333 mil e 654 mil novos empregos num período de três anos. O Timor-Leste, um dos países de língua portuguesa, está inserido na região.
A Asean engloba 10 nações, além da Indonésia estão Camboja, Cingapura, Malásia, Filipinas e Tailândia.
Segundo a OMT, a política é válida por um período de até no máximo 30 dias de permanência sem qualquer restrição quanto ao número de visitas feitas ao país.
O secretário-geral da organização, Taleb Rifai, disse que a "Indonésia está servindo de exemplo para o mundo".
Ele afirmou que a decisão reflete o compromisso do país com o "desenvolvimento do setor turístico como um fator de desenvolvimento econômico, de criação de empregos e bem-estar da população".
Vantagem
Outra vantagem do impacto dessa medida é que a região da Asean pode receber entre seis e 10 milhões de turistas internacionais a mais a partir de agora. A receita gerada por esse grupo pode chegar a US$ 12 bilhões, quase R$ 38 milhões.
O relatório da agência da ONU sobre o assunto mostrou alguns progressos obtidos nos últimos anos.
Em 2015, por exemplo, 39% da população mundial pôde viajar a turismo sem a necessidade de um visto antes da partida. O resultado é melhor do que o registrado em 2008, quando esse índice foi de apenas 23%.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

ONU alerta para impacto de comerciais direcionados a crianças




Especialistas em direitos humanos querem mais regulamentação das propagandas que têm os menores de idade como alvo; muitos desses comerciais incutem uma cultura de alto consumo e endividamento.
Conselho de Direitos Humanos em Genebra. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré

Dois especialistas da ONU em direitos humanos fizeram um alerta sobre o impacto dos comerciais direcionados a crianças que "incutem uma cultura de alto consumo e de endividamento".
A declaração foi feita na semana do Dia Internacional da Juventude, comemorado esta sexta-feira, 12 de agosto, pelo especialista independente sobre Dívida Estrangeira, Juan Pablo Bohoslavsky, e pelo relator especial sobre Direito à Saúde, Dainius Püras.
Brasil
Eles pediram aos países que regulem as propagandas direcionadas aos menores de idade.
Os especialistas citaram o Brasil, o Canadá e a Dinamarca como exemplos de países com restrições a comerciais para crianças. Um estudo recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mostrou que as crianças não se tornam mais felizes apenas por adquirir mais e mais produtos.
Muitas nações proibiram comerciais de TV para crianças em certos horários ou em conexão com programas infantis.
Eles pediram aos governos mundiais que proíbam a propaganda, promoção ou patrocínio de fabricantes de bebidas alcoolicas, fumo e alimentos não saudáveis em escolas e em eventos relacionados a crianças.
Potencial
Segundo os especialistas, "as mensagens desses comerciais têm o potencial de formar o hábito de consumo e financeiro das crianças de longo prazo e essas propagandas estão aumentando em número e alcance".
O resultado será visto mais tarde quando essas crianças, já na fase adulta, se sentirem estimuladas a comprar produtos ou serviços desnecessários sem se importarem com suas finanças a longo prazo.
Além disso, muitas das propagandas direcionadas às crianças promovem o consumo de alimentos não saudáveis, com alto teor de açúcar e pouco valor nutritivo.


Depois de expostos a esses tipos de comerciais, as crianças pressionam os pais a comprar itens que estão fora do orçamento e sem qualquer necessidade pedagógica. Isso geralmente acontece em detrimento de outros produtos importantes para a família.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Unodc traça ligação entre extração de ouro e crime na Colômbia




Relatório preparado pela agência da ONU e pelo governo colombiano mostra que 60% da indústria do setor foi criada ilegalmente; documento diz que essas mineradoras financiam crime organizado.
Foto: Banco Mundial/Jonathan Ernst

Um relatório preparado pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, mostra uma ligação entre a extração de ouro e atividades criminosas na Colômbia.
O documento, divulgado esta quarta-feira, foi preparado em conjunto pela agência das Nações Unidas e pelos Ministérios da Justiça e Lei, Minas e Energia e do Meio Ambiente colombianos.
Ouro e Coca
Os especialistas disseram que aproximadamente 60% da indústria do setor não é legalizada e em muitos casos financia o crime organizado.
O relatório diz que em 2014, mais de 78 mil hectares de terra foram usados para a exploração de ouro aluvial, quer dizer, em áreas onde um rio ou curso d'água seca em determinada estação do ano.
O documento revela também uma ligação entre a exploração de ouro e as plantações de coca. Ele cita que nos estados de Caquetá, Nariño e Putumayo mais de 80% das atividades de garimpo estão em regiões dominadas pelo plantio de coca.
A área da comunidade indígena Emberá-Katio, nos estados de Chocó e Antioquia, também registra forte atividade de exploração de ouro.


O relatório espera fornecer às autoridades colombianas informações suficientes para a criação de políticas que combatam o problema.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

No Sudão do Sul, representante da ONU ouve relatos de estupros e deslocamentos




Stephen O'Brien é coordenador para Assuntos Humanitários e acaba de retornar de uma visita de três dias ao país; mulheres contaram sobre abusos sexuais, assassinatos de homens e meninos e como as famílias temem por suas vidas.
Stephen O’Brien. Foto: ONU/Rick Bajorna

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários acaba de retornar do Sudão do Sul, onde passou três dias conversando com a população. Nesta quarta-feira, ele deu detalhes da viagem aos jornalistas presentes na sede da ONU, em Nova York.
Stephen O'Brien falou com mulheres sul-sudanesas que relataram terem sido estupradas e forçadas várias vezes a se deslocaram. Meninas também são vítimas de abusos sexuais, enquanto homens e meninos são assassinados. As famílias sofrem porque são proibidas de buscar proteção e muitas temem por suas vidas.
Desnutrição Severa
O representante da ONU destacou ser necessário garantir que os sul-sudaneses recebam alimentos, água, atendimento médico e abrigo. No último mês, 70 mil civis cruzaram a fronteira com Uganda.
Dentro do Sudão do Sul, 4,8 milhões de pessoas sofrem com a insegurança alimentar e 250 mil crianças estão severamente desnutridas.
Presidente
O'Brien encontrou-se com o presidente Salva Kiir e disse ter expressado "claramente seu choque e desânimo com relatos de violações cometidas contra civis durante os confrontos recentes".


O subsecretário-geral condenou abusos sexuais cometidos contra mulheres e meninas e pediu ao presidente do Sudão do Sul para garantir que comboios de ajuda humanitária tenham livre acesso ao país.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

Policiais comovem Itália ao consolar casal solitário de idosos com macarronada

Eles foram chamados após vizinho ouvir choros.



Jole e sua mulher, Michele, estavam chorando tão alto que um vizinho chamou a polícia (Foto: BBC)Jole e sua mulher, Michele, estavam chorando tão alto que um vizinho chamou a polícia (Foto: BBC)
Jole e sua mulher, Michele, estavam chorando tão alto que um vizinho chamou a polícia. Assista ao vídeo.
Quando chegaram, os policiais viram que o casal estava apenas se sentindo solitário.
Eles, então, prepararam um espaguete enquanto se sentaram e ouviram histórias dos dois.
A história foi contada no post da polícia, no Facebook, e compartilhada mais de 25 mil vezes.
Tudo por causa da solidariedade dos policiais.

Fonte: G1 

EDUCAÇÃO

Brasil ganha quatro medalhas em olimpíada de química na Geórgia

No total, Brasil alcançou duas medalhas de prata e duas de bronze. A olimpíada foi realizada durante dez dias e terminou em 1º de agosto.



A equipe brasileira conquistou quatro medalhas na Olimpíada Internacional de Química realizada em Tbilisi, na Geórgia. Todos os quatro estudantes participantes saíram premiados. No total, o Brasil recebeu duas medalhas de prata e duas de bronze e terminou em 17º lugar na classificação geral. A olimpíada ocorreu durante dez dias e terminou em 1º de agosto. 
Os estudantes Vitor Pires e Pedro Seber ficaram na 58ª e 64ª posições, respectivamente, e trouxeram uma prata cada um de volta ao Brasil. Já Gabriel Amgarten e Davi Aragão terminaram a competição no 89º lugar e no 95º lugar, respectivamente, e conquistaram medalhas de bronze. No total, 270 estudantes de 80 países participaram do evento, e 170 conquistaram medalhas: 30 de ouro, 57 de prata e 83 de bronze, além de nove menções honrosas. 
Essa foi a 48ª edição da Olimpíada Internacional de Química. A próxima edição do evento será realizada na Tailândia. 
Veja quem foram os primeiros colocados entre os 80 países participantes:
1- China
2 - Russia
3 - Taipé Chinês
4 - Romania
5 - Coreia
6 - Iran
7 - India
8 - Tailândia
9 - Cingapura
10 - Japão
11 - Polônia
12 - Hungria
13 - Estados Unidos
14 - Belarus
15 - Vietnã
16 - Cazaquistão
17 - Brasil
Fonte: G1 

CIÊNCIA

Feitiços misteriosos são encontrados com esqueletos ancestrais na Sérvia

Arqueólogos encontraram dois amuletos feitos de chumbo.
Pesquisadores acreditam que as inscrições são encantamentos.


Arqueólogos estão tentando decifrar encantamentos mágicos gravados em pequenos rolos de ouro e prata que foram descobertos com esqueletos humanos enterrados há mais de 2 mil anos.
Feitiços misteriosos são encontrados com esqueletos ancestrais na Sérvia (Foto: Djordje Kojadinovic/Reuters)Feitiços misteriosos são encontrados com esqueletos ancestrais na Sérvia (Foto: Djordje Kojadinovic/Reuters)
"O alfabeto é grego, nós sabemos até aí. A linguagem é o Aramaico - é um mistério do Oriente Médio para nós", disse o arqueólogo chefe do sítio no leste da Sérvia, Miomir Korac, à Reuters.
Os esqueletos foram descobertos aos pés de uma grande usina de energia movida a carvão, onde as buscas estão sendo conduzidas antes que outra unidade da usina seja construída no local em que ficava uma antiga cidade romana.
Miomir Korac exibe amuleto achado com esqueletos (Foto: Djordje Kojadinovic/Reuters)Miomir Korac exibe amuleto achado com esqueletos (Foto: Djordje Kojadinovic/Reuters)
Na semana passada, após limpar cuidadosamente o solo dos ossos, a equipe de Korac encontrou dois amuletos feitos de chumbo - prata e ouro - cobertos com símbolos e escrita.
Eles acreditam que as inscrições são encantamentos, levados aos túmulos para evocar poderes divinos com relação ao bem ou o mal.
"Lemos os nomes de alguns demônios ligados ao território em que hoje está a Síria", disse o arqueólogo Ilija Dankovic.
Esqueletos foram descobertos aos pés de uma grande usina de energia movida a carvão (Foto: Djordje Kojadinovic/Reuters)Esqueletos foram descobertos aos pés de uma grande usina de energia movida a carvão (Foto: Djordje Kojadinovic/Reuters)
Fonte: G1