quarta-feira, 10 de agosto de 2016

RIO 2016

Brasil perde da Argentina, e All Blacks passam raspando às quartas do rugby

Pumas vencem com tranquilidade a seleção brasileira por 31 a 0, e Nova Zelândia avança por um ponto de diferença no saldo graças a vitória de Fiji sobre os EUA




A  rivalidade entre Brasil e Argentina no rugby ficou apenas nas vaias, nas músicas cantadas pela torcida e no sete que os argentinos faziam com os dedos constantemente. Dentro de campo no estádio de Deodoro, os Pumas justificaram o favoritismo contra os brasileiros e venceram com tranquilidade por 31 a 0. Um favorito que não vem tendo um torneio nada tranquilo é a Nova Zelândia, que precisou esperar até o último segundo do último jogo da primeira sessão para comemorar uma vaga nas quartas de final da Olimpíada.
Martin, Arthur Bergo, Daniel Sancery e Laurent lamentam, Brasil x Argentina rugby (Foto: PHILIPPE LOPEZ / AFP)Martin, Arthur Bergo, Daniel Sancery e Laurent lamentam durante a derrota para a Argentina (Foto: Philippe Lopez / AFP)


Sem ser ameaçada em nenhum momento, a Argentina construiu a vitória com tranquilidade. Foram três tries e duas conversões no primeiro tempo para ir para o intervalo vencendo por 19 a 0. Os Pumas seguiram dominando o jogo na segunda etapa e ampliaram para vencer por 31 a 0 e fazer a festa dos argentinos na arquibancada. Ao torcedor brasileiro, restou cantar "mil gols".
- A gente tinha um plano tático na defesa e acabou não executando no calor do jogo. Conforme as coisas foram acontecendo, os jogadores foram esquecendo nosso plano de defesa. E isso comprometeu muito nossa possibilidade de posse de bola. Tem mais jogos, não acabou o torneio ainda - disse Rambo, se referindo ao jogo contra os Estados Unidos, às 16h, pela disputa de nono ao 12º lugar.
jogadores lamentam, Nova Zelândia x Grã-Bretanha rugby (Foto: David Rogers/Getty Images)Jogadores da Nova Zelândia deixaram o campo cabisbaixos, mas foram às quartas (Foto: David Rogers/Getty Images)
Outro torcedor que sofreu nesta quarta, mas terminou comemorando, foi o da Nova Zelândia. Os All Blacks decepcionaram mais uma vez, até reagiram depois de levarem 21 a 0 da Grã-Bretanha, mas perderam a segunda partida na competição, por 21 a 19. Ao menos conseguiram a vaga nas quartas de final depois que Fiji bateu os Estados Unidos por 24 a 19, deixando os neozelandeses como um dos dois melhores terceiros colocados por apenas um ponto de diferença no saldo em comparação com os americanos: 19 a 18.
Mas os heróis dos neozelandeses podem virar vilões em bem pouco tempo. Os All Blacks enfrentam Fiji às 17h, na primeira partida das quartas de final. Na sequência, o Japão encara a França, a Grã-Bretanha pega a Argentina, e África do Sul e Austrália duelam pela segunda vez no dia (12 a 5 para os australianos no primeiro jogo).

Fonte: GE 

RIO 2016

Nem dores, nem saque da Itália, nem chuva: Alison/Bruno se supera e vence

"Mamute" precisa ser atendido após cair de mal jeito no primeiro set, mas domina ao lado de parceiro no segundo. Brasileiros aguardam resultado de Áustria x Canadá



Quem ainda não tinha visto o uruguaio naturalizado italiano Adrian Carambula sacando se surpreendeu nas arquibancadas. Após jogar a bola no ar girando levemente, ele bate com muita força para o alto e aplica nela um efeito. O saque "maluco" do parceiro Ranghieri, que lembra o famoso "jornada nas estrelas", foi a principal arma da Itália contra Alison e Bruno Schmidt. Nos braços da torcida, que mudou de trajes dos outros dias (colocando capas, casacos e gorros), eles não ligaram para a chuva insistente que caía em Copacabana, nem para o bom serviço do adversário, que conhecem bem do Circuito Mundial, e saíram vitoriosos, na base da técnica e raça, pelo placar de 2 a 0, parciais de 21/19 e 21/16, em 45 minutos de confronto. O "Mamute", que caiu de mal jeito, sentiu dores e foi atendido no primeiro set, se encheu de energia ao decidir voltar e contou com o brilho do jogador eleito melhor do mundo para triunfar. 
Mas, do outro lado, também havia um jogador no sacrifício. Após a partida, Carambula disse que "estava morrendo". O italiano falou que se sentiu muito mal durante todo o dia, com febre, enjoo e vomitando.
- Eu estou morrendo. Acordei péssimo, com muita febre, vomitando muito. Não sei por que estou assim, talvez alguma comida estragada que comi. Estou muito mal. Preciso voltar ao hotel para voltar tomar um ducha de água quente para ver se melhoro. Estou muito enjoado - afirmou.
Alison machucado (Foto: AP Photo/Petr David Josek)Alison ficou caído debaixo da rede, foi atendido e voltou com tudo (Foto: AP Photo/Petr David Josek)

ENTENDA A SITUAÇÃO DO GRUPO DE BRUNO/ALISON
Com a vitória pelo Grupo A, Bruno e Alison chegaram a cinco pontos em três jogos. Pelo revés, os italianos levaram um e ficaram com a mesma pontuação. Agora, as duas duplas esperam o resultado do jogo entre Doppler/Horst, da Áustria, que tem três pontos e pode ir a cinco, e Binstock/Schachter, do Canadá, com dois e que pode ir a quatro se vencer. O jogo está marcado para 00h (de Brasília). Os brasileiros podem terminar em primeiro, segundo ou terceiro, dependendo da combinação, já que os critérios de desempate são, em primeiro lugar, confronto direto e, em seguida, média de pontos (pontos marcados divididos pelos pontos sofridos).
Alison/Bruno Schmidt (Foto: Paul Gilham / Staff)Alison/Bruno Schmidt em ação em Copacabana (Foto: Paul Gilham / Staff)
Cada vitória vale dois pontos. A derrota vale um. Passam de fase direto para as oitavas de final os primeiros e segundos colocados de cada um dos seis Grupos, que vão de A até F. Além deles, avançam diretamente para a próxima fase os dois melhores terceiros colocados. Os quatro piores terceiros colocados vão para a repescagem, que será na quinta-feira. Dela, saem dois times. Ao todo, são 24 duplas em cada gênero. Após a fase de grupos, teremos um total de 14 parcerias (contando os dois que vencerem na repescagem).
O JOGO
Carambula começou o jogo abusando de seu saque "maluco". Deu certo no início. O Brasil levou 2 a 0. Demonstrando toda sua técnica, Bruno e Alison conseguiram virar. O jogo ficou parelho. Os brasileiros estavam mais ligados no serviço do rival. Toda a arquibancada ficou em silêncio quando o "Mamute" caiu de mal jeito no chão e fico. Sentindo dores, ele precisou pedir tempo para atendimento médico. Mas o gigante de 2,03m resolveu voltar. A torcida foi ao delírio. Ponto a ponto, os times brigavam. Alison parou um pouco de mancar. Quando Bruno deu um toquinho para deixar o placar em 19/19, o Brasil não mais levou pontos e saiu vitorioso na parcial: 21/19.
No segundo set, Alison voltou a mancar. A torcida comprou a briga dos brasileiros ainda mais quando o marrento Carambula começou a provocar olhando para a arquibancada. Apesar disso, os brasileiros começaram bem e chegaram a abrir cinco pontos em 12 a 7. Aos poucos, foram se soltando ainda mais e dominando a partida. Muita técnica, muita raça e muito apoio dos fãs. Quando o locutor falava "Bruno", eles gritavam "Schmidt". Quando dizia "Alison", eles respondiam "Mamute". O match point foi emocionante: Bruno fez uma defesa linda se atirando no chão, Alison deu um levantamento após a bola bater na rede, e o próprio Bruno matou Carambula no fundo da quadra: 21/16.

Alison Carambula vôlei de praia Olimpíada Rio (Foto: Marcio Jose Sanchez / AP)Alison contra Carambula em Copa (Foto: Marcio Jose Sanchez / AP)

Fonte: GE 

MUNDO

Chinês culpa Tesla por acidente com 'piloto automático' acionado

Carro bateu em outro estacionado parcialmente fora da estrada.
É o 3º acidente registrado com o modo Autopilot.

Tesla Model S bate em carro quebrado ocupando metade da faixa (Foto: Reprodução/YouTube/CarNewsChina.com)Tesla bate em carro quebrado ocupando parte da faixa (Foto: Reprodução/YouTube/CarNewsChina.com)
A Tesla informou nesta quarta-feira (10) que um de seus carros bateu em Pequim no modo "piloto automático", enquanto o motorista argumentou que a equipe de vendas vendeu a função como autônoma, superestimando sua verdadeira capacidade, segundo a agência de notícias Reuters.
A Tesla disse que revisou dados para confirmar que o carro estava no modo piloto automático, sistema que assume o controle da condução, acelera e breca automaticamente em certas condições.
A companhia, que está investigando a batida na capital chinesa ocorrida na semana passada, também disse que era responsabilidade do motorista manter controle do veículo. Nesse caso, as mãos do motorista não foram detectadas no volante.
A batida, primeiro incidente do tipo conhecido na China, ocorre meses após um acidente fatal na Flórida, que trouxe pressão sobre executivos da indústria automobilística e reguladores para endurecer regras sobre a tecnologia de direção automatizada.
Um programador de uma empresa de tecnologia, de 33 anos, Luo Zhen, estava dirigindo para o trabalho e ligou a função piloto automático, como faz frequentemente em estradas de Pequim, disse à Reuters.
Interior de um Tesla Model S no modo Autopilot (Foto: REUTERS/Alexandria Sage)Interior de um Tesla Model S no modo Autopilot (Foto: REUTERS/Alexandria Sage)
O Model S estava na faixa da esquerda da rodovia, em velocidade baixa por causa do tráfego, quando o veículo da frente faz um desvio para a direita porque um um carro está parado na esquerda, ocupando quase metade da faixa.
O piloto automático do Tesla não percebeu o obstáculo e continuou na mesma trajetória, raspando a lateral do motorista no outro veículo parado na pista. O retrovisor ficou quebrado, mas ninguém se machucou.
Como o carro estava em velocidade baixa, havia tempo de sobra para o motorista pegar o volante e fazer o desvio, mas ele estava distraído. Uma câmera instalada no painel do carro filmou o acidente (assista).
Não é autônomo
Desde o primeiro acidente relatado, no fim de junho, a Tesla tenta esclarecer que seu piloto automático não é um modo 100% autônomo, em que o carro dirige sozinho. O piloto precisa estar atento, com as mãos no volante, e é o responsável pelo controle do veículo.
O proprietário, no entanto, afirma que as lojas da Tesla na China divulgam o carro como "autônomo". "A impressão que eles dão é que ele dirige sozinho, não que é uma assistência ao motorista", afirmou Luo, em entrevista à Reuters.
Segundo a Tesla, o Autopilot emite um alerta caso as mãos do motorista não estejam no volante por certo tempo e para automaticamente se o motorista não atender à exigência.
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Chinês diz que Tesla vende carro como 100% autônomo (Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon)Chinês diz que Tesla dá impressão de que carro anda sozinho (Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

Fonte: Auto Esporte

SAÚDE

Fisioterapeuta cria aparato de PVC com baixo custo para paciente de UTI

'Cadeira' para leito mudou rotina de UTI do Instituto Emílio Ribas, em SP.
Equipamento ajuda paciente a se sentar na beira do leito para exercícios


 Profissionais do Instituto de Infectologia Emilio Ribas simulam uso da cadeira desenvolvida pelo fisioterapeuta Luís Antônio Nunes  (Foto: Luís Antônio Nunes/Divulgação)Profissionais do Instituto de Infectologia Emilio Ribas simulam uso da cadeira desenvolvida pelo fisioterapeuta Luís Antônio Nunes (Foto: Luís Antônio Nunes/Divulgação)
O cotidiano da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, mudou depois que o fisioterapeuta Luís Antônio Nunes implementou seu invento: um equipamento feito artesanalmente com tubos de PVC que ajuda os pacientes acamados a se sentar à beira da cama, medida essencial para evitar complicações decorrentes de passar longos períodos na mesma posição.
A "cadeira" desenvolvida por Nunes serve de apoio a pacientes que não conseguem se manter sentados. Sem o equipamento, os pacientes têm de ser retirados do leito e sentados em uma poltrona, o que envolve mais riscos. Ou então são necessários dois profissionais: um para sustentar o tronco do paciente e outro para ajudá-lo a fazer a rotina de fisioterapia.
"O paciente precisa de apoio lateral e nas costas. Ou o enfermeiro ficava só segurando ele por um tempo ou colocava cobertores e travesseiros nas costas para apoiá-lo, mas ele acabava escorregando", conta Nunes.
O invento consiste em uma estrutura feita de PVC que lembra uma cadeira, mas sem a parte do assento. Ela é colocada sobre o leito de modo que o paciente ganha um apoio para permanecer sentado. Isso permite que um único profissional consiga sentar o paciente à beira do leito e ajudá-lo a fazer os exercícios recomendados para cada situação.
Primeiro, Nunes tentou fazer o aparato de madeira e espuma, mas a estrutura ficou muito pesada e o protótipo não deu certo. Ele teve a ideia de usar PVC ao assistir a vídeos na internet que ensinavam a fazer objetos com esse tipo de material.
Cadeira feita de tubo de PVC dá apoio para paciente se sentar à beira do leito e fazer fisioterapia na UTI (Foto: Luís Antônio Nunes/Divulgação)Cadeira feita de tubo de PVC dá apoio para paciente se sentar à beira do leito e fazer fisioterapia na UTI (Foto: Luís Antônio Nunes/Divulgação)
"Foi por tentativa e erro. Medi o que seria o comprimento para acomodar braço do paciente adulto, o comprimento do tronco, como daria a estabilidade para trás e para os lados e fui aprimorando", diz. O material para construir o aparato custa cerca de R$ 70.
'Fez a diferença'
A fisioterapeuta Graziela Ultramari de Lima Domingues, chefe da sessão de reabilitação do Emilio Ribas, observa que a cadeira foi uma solução barata e criativa para lidar com uma limitação do serviço.
"Existem cadeiras desse tipo para comprar que são mais sofisticadas, mecanizadas, mas sabemos que no setor público não temos essa disponibilidade”, diz a profissional. "Este é um dispositivo barato, fácil de montar e foi aprovado pela comissão de controle interno de infecção hospitalar, pois pode passar por um processo de desinfecção entre um paciente e outro."
Graziela explica que só o fato de o paciente estar acamado já representa um risco para a saúde. "O paciente acamado começa a perder a funcionalidade, a força muscular, adquire vícios posturais. Por isso é tão importante a realização da fisioterapia tanto na parte respiratória como na parte motora e a cadeira ajuda nisso", afirma.
Para ela, Nunes foi além de sua função. "Essa visão que ele teve, de preocupação com o bem-estar dos pacientes, fez a diferença no nosso serviço para os pacientes da UTI."
Outros serviços adotaram
Agora, segundo Nunes, a ideia está se disseminando e ele tem recebido pedidos de colegas de outros estados por instruções de como montar a cadeira. "Não tem patente, é de domínio público e meu prazer será ver a reprodução desse invento simples pelo Brasil." 
A cadeira feita nesses moldes já está sendo usada em instituições no Acre, Paraíba, Piaui e Mato Grosso.
Fonte: BEM ESTAR 

MUNDO

Sobrevivente de acidente aéreo em Dubai ganha prêmio de US$ 1 milhão

Indiano mostrou ser 'duplamente sortudo'.
Ele disse que vai seguir trabalhando, ajudar a família e investir em caridade.


O indiano Mohamed Basheer (Foto: Jon Gambrell/AP)O indiano Mohamed Basheer (Foto: Jon Gambrell/AP)
Um homem que sobreviveu à queda de um avião da empresa Emirates na semana passada provou ser duplamente sortudo: ganhou US$ 1 milhão em um sorteio da loja de duty free do  aeroporto.
Mohamed Basheer, um indiano de 62 anos, trabalha na Al Tayer Motors, uma revendedora de carros em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Ele disse à Associated Press que vai continuar trabalhando até que se sinta "preparado" para parar.
Basheer descobriu nesta terça-feira (9) que ganhou o sorteio.
Na quarta-feira anterior, ele estava entre as 300 pessoas que escaparam de um Boeing 777 da Emirates que fez um pouso forçado no aeroporto internacional de Dubai e ficou em chamas. Um bombeiro morreu no acidente.
Basheer também disse que vai usar o dinheiro para ajudar sua família e começar uma obra de caridade em sua cidade natal de Pallickal, no estado indiano de Kerala.
Bombeiros combatem o fogo após um avião da Emirates Airlines fazer um pouso forçado e acabar destruído durante a manhã no aeroporto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. As 300 pessoas que estavam a bordo da aeronave foram retiradas em segurança (Foto: Reuters/Stringer)Bombeiros combatem o fogo após avião da Emirates Airlines fazer um pouso forçado e acabar destruído no aeroporto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. (Foto: Reuters/Stringer)
Fonte: G1 

ECONOMIA

Brasileiros já pagaram R$ 1,2 trilhão em impostos em 2016

Valor foi registrado com atraso de dois dias em relação a 2015.
Impostômetro bateu R$ 1 trilhão pela primeira vez em dezembro de 2007.


Impostômetro atingiu R$ 1,2 trilhão (Foto: Reprodução/Impostômetro)Impostômetro atingiu R$ 1,2 trilhão (Foto: Reprodução/Impostômetro)
O valor pago pelos brasileiros em impostos neste ano alcançou R$ 1,2 trilhão por volta das 13h45 desta quarta-feira (10), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, esse mesmo montante foi alcançado dois dias antes, em 8 de agosto.
Segundo Alencar Burti, presidente da ACSP, os números mostram que a arrecadação continua caindo, em função da recessão que atinge a economia. "Mesmo assim, ainda é um valor exorbitante", afirma em nota.
Segundo a associação, a primeira vez que o Impostômetro chegou a R$ 1 trilhão foi no dia 18 de dezembro de 2007 – o painel foi implantado em 2005.

Recorde em 2015
No dia 30 de dezembro de 2015, foi alcançada pela primeira vez em um ano a marca inédita de R$ 2 trilhões que foram pagos pelos brasileiros em impostos.

O Impostômetro completou uma década no ano passado. O painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista. Outros municípios instalaram seus próprios painéis, como Florianópolis, Guarulhos, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.
O valor abrange o total de impostos, taxas e contribuições pagas pela população brasileira nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) desde 1º de janeiro de 2016.

O objetivo da ferramenta é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.

Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos. No portal também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.
Fonte: G1 

ECONOMIA

Governo não vai tentar mudar projeto sobre dívida dos estados, diz Meirelles

Apesar de recuo, ele avaliou que equipe econômica não perdeu força.
Já ministro Eliseu Padilha disse que aprovação do texto-base é 'grande vitória'.


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (10) que o governo não vai tentar alterar no Senado, ou vetar posteriormente, o projeto que trata da renegociação das dívidas dos estados, cujo texto-base foi aprovado pelo plenário da Câmara nesta madrugada.
A aprovação só foi possível depois de o governo federal recuar em uma das contrapartidas exigidas dos estados: a proibição, por dois anos, de reajustes a servidores estaduais. A proibição acabou retirada do texto. Antes da votação, o Ministério da Fazenda chegou a informar que não abriria mão dessa contrapartida.
De contrapartida, restou somente uma: a de que os estados estarão incluídos na regra que institui um teto para os gastos públicos, ou seja, não poderão ter aumento de despesas acima da inflação (medida pelo IPCA), mas somente por dois anos.
"Eu acredito que o processo está bem equacionado. O importante é a manutenção do teto como está. Acreditamos que o ajuste dos estados terá todo sucesso porque mantém as condições fundamentais. O teto está aprovado e os governadores têm condições totais de cumprir o teto", declarou Meirelles, antes de almoço com parlamentares, em Brasília.
Enfraquecimento
Questionado se a perda de força da equipe econômica, que abdicou de uma contrapartida considerada até então inegociável, não pode comprometer as demais medidas do ajuste fiscal, como a instituição do teto para gastos públicos - já enviada ao Congresso por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) - ele avaliou que isso não aconteceu.
"Haveria uma perda de força congressual se o teto [para os estados por dois anos, conforme projeto aprovado na Câmara dos Deputados] não fosse aprovado. Todo o ajuste fiscal tem como medida central o teto. Temos dito repetidas vezes que, como será composto o orçamento, desde que obedeça o teto, é uma prerrogativa dos governos estaduais", declarou Meirelles.
O ministro da Fazenda declarou ainda que, em sua visão, a vedação por dois anos para reajustes dos servidores estaduais "auxiliaria os governadores estaduais a cumprir o teto". Mas reiterou que o importante é que seja instituído um teto para os gastos estaduais pelos próximos anos.
'Vitória esplendorosa'
Já o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que acompanhava Meirelles, afirmou que a aprovação do texto-base da renegociação das dívidas estaduais é uma "grande vitória esplendorosa do governo".
Sobre o recuo do governo na exigência de que os estados não poderiam conceder reajustes por dois anos, Padilha declarou que isso era "algo dispensável." De acordo com ele, a Constituição já limita aumentos salariais "se não tiver origem orçamentária."
Padilha disse ainda que a equipe econômica está debruçada sobre a possibilidades de atender ao pedido de ajuda financeira feito por estados do Norte e do Nordeste. De acordo com o ministro, os problemas enfrentados na regão "são mais graves", o que justificaria auxílio do governo federal.
Fonte: G1 

ECONOMIA

Inflação oficial ganha força e fica em 0,52% em julho

Acumulado no ano foi para 4,96%, nos últimos 12 meses, índice é de 8,74%
Alimentação e bebidas tem a maior variação para julho desde 2000.


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, atingiu 0,52% em julho. No mês anterior, o IPCA havia chegado a 0,35%, segundo informou nesta quarta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com este resultado, o acumulado no ano foi para 4,96%, menor que os 6,83% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice é de 8,74%, pouco abaixo dos 8,84% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2015, o IPCA registrou 0,62%.
De acordo com Eulina Nunes, coordenadora de índices de preços do IBGE, a “culpa” de a inflação voltar a ganhar força em julho é “especialmente” do feijão e do leite. “Na verdade, os alimentos aumentaram muito e vários, mas o feijão e o leite se destacaram”, disse.
Eulina diz que a taxa de inflação poderia ser ainda maior se a demanda não estivesse reduzida, levando em conta tanto a pressão dos alimentos como o aumento dos custos e a volatividade do dólar que atinge vários setores e bens adquiridos em geral. “Considerando que o país está vivendo retração no consumo e desemprego, os resultados do índice acelerando mostram que, apesar da redução da demanda, existem custos que estão pressionando os resultados", diz.
Recorde de alimentos e bebidas
Com 65% de participação no IPCA do mês, o grupo alimentação e bebidas registrou a mais elevada variação para os meses de julho desde 2000, quando a alta atingiu 1,78%. Em julho de 2016, inflação de alimentos e bebidas chegou a 1,32%.
Em julho, o leite foi a principal contribuição individual na inflação do mês, com aumento de 17,58%. Em segundo lugar, destacou-se o feijão, com alta de 32,42%, informou o IBGE. O arroz também mostrou aumento de 4,68% na média. "Com isto, o feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais", analisou o instituto.
O clima está se sobressaindo mais do que a demanda"
Eulina Nunes, coordenadora no IBGE
“Mas não só o arroz com feijão, a gente tem aumento nos ovos, no pão, farinha de trigo, no frango”, disse Eulina.

Segundo ela, em geral, no mês de julho, os alimentos tendem a puxar as taxas do IPCA para baixo. "É período de oferta maior de alimentos, o que faz com que os preços se estabilizem ou até se reduzam. Neste mês de julho, especialmente, a taxa dos alimentos foi para 1,32% por função de problemas climáticos que afetaram as lavouras. É menor oferta de forma geral provocada pelo clima”, explicou.
“O feijão carioca é o mais consumido [no país], e ele está pressionando os outros também porque as pessoas estão optando por outros tipos de feijão porque ele está muito caro”, diz Eulina.
Eulina explica que o preço do feijão sobe por escassez de oferta. "Chuva na época de plantio, seca quando estava mais para frente, que acabou com as lavouras em abril mais ou menos, e teve frio, geada, porque o Paraná é o principal produtor do feijão”.

No caso do leite, Eulina afirmou que o motivo de o preço estar mais caro também é a escassez provocada por questões climáticas.
A coordenadora explicou ainda que o leite tem mais peso que o feijão sobre o total da inflação. Por isso que mesmo com variação menor do que a feijão, o leite foi o primeiro no ranking de maior impacto no IPCA do mês de julho.
Por regiões
A maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE ficou acima do IPCA geral, segundo Eulina, e apresentou aceleração na taxa de um mês para outro, com exceção de São Paulo, devido à queda no preço da energia elétrica.

"O que se traduz que [a região metropolina de] São Paulo foi muito importante no sentido de contribuir na contenção da taxa do mês de julho. Energia elétrica tem peso muito grande no orçamento das famílias, e apresentando redução em algumas regiões, entre elas, São Paulo, levou o resultado do grupo [habitação]. Quer dizer, as despesas de moradia ficaram um pouco mais baratas de junho para julho”, diz a coordenadora de índices de preços.
Mais baratos
Entre os produtos que ficaram mais baratos de um mês para o outro, destacam-se a cebola, com -28,37% e a batata-inglesa, cujos preços caíram 20%.
Eulina Nunes ressaltou que a carne também está na contramão dos aumentos e não vem causando pressão sobre a inflação. A redução foi de 0,69% no mês.

“As pastagens estão ruins, custo de produção aumentando muito e aí estão muitos deles abatendo o gado e tem maior oferta no mercado e o preço cai. Então, não está havendo pressão forte da carne. O preço da carne não vem subindo”.
Outros que caíram foram cenoura (-13,4%), hortaliças (5,65%), frutas (-3,28%), óleo de soja (-2,06%) e pescado (-0,63%).

Fora dos alimentos, também tiveram queda de preços energia elétrica residencial (-3,04%), seguro de veículo (-1,13%), roupa feminina (-1,1%), automóvel novo (-0,67%), etanol (-0,49%) e gasolina (-0,39%).
Outras altas
Além dos alimentos, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: despesas pessoais (de 0,35% para 0,7%), artigos de residência (de 0,26% para 0,53%) e transportes (de -0,53% para 0,4%).

Nos transportes, grupo de maior peso no orçamento das famílias depois dos alimentos, as pressões foram exercidas pelos seguintes itens: passagem aérea: 19,22%, ônibus interestadual: 8,21%, pedágio: 3,99%, ônibus intermunicipal: 0,81%, emplacamento e licença: 0,79% e conserto de automóvel: 0,58%.

Segundo o IBGE, no caso das tarifas de ônibus interestadual, o aumento de 8,21% é decorrência do reajuste de 9,04%, que entrou em vigor a partir do dia 1º de julho.
Previsão do mercado
A previsão do mercado financeiro para o IPCA deste ano é de 7,2%, segundo o boletim do Banco Central mais recente. A estimativa permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.
INPC
O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,64%, depois de avançar 0,47% em junho. No ano, o índice acumula alta de 5,76% e, em 12 meses, de 9,56%. Em julho de 2015, o INPC ficou em 0,58%.
PRINCIPAIS ALTAS (variação de preços, em julho e no ano, em %):
Feijão-preto 
41,59 e 84,69

Feijão-carioca 
32,42 e 150,61

Feijão-mulatinho 
18,89 e 119,22

Leite longa vida 
17,58 e 48,98

Feijão-fradinho 
14,72 e 41,88

Leite condensado 
9,87 e 27,03

Fubá de milho 
7,11 e 25,49

Manteiga 
5,72 e 52,05

Leite em pó 
5,26 e 12,34

Arroz 
4,68 e 11,11

Bolo 
3,97 e 9,37

Ovos 
3,87 e 15,54

Alho 
3,54 e 40,96

Chocolate em barra e bombom 
3,48 e 19,04

Açúcar refinado 
3,38 e 19,25

Cafezinho 
2,52 e 9,61

Queijo 
2,34 e 8,58

Café da manhã 
2,32 e 6,42

Chocolate e achocolatado em pó 
1,92 e 11,29

Açúcar cristal 
1,69 e 15,87

Margarina 
1,44 e 11,65

Refrigerante 
1,29 e 6,77

Pão francês 
1,18 e 5,19

Macarrão 
1,05 e 6,96

Farinha de trigo 
1 e 5,11

Frango inteiro 
0,91 e 0,6

Café moído
0,90 e 11,04

Iogurte 
0,89 e 10,17

Farinha de mandioca 
0,85 e 36,52

Carnes industrializadas 
0,74 e 4,26

Lanche fora 
0,72 e 6,91

Biscoito 
0,51 e 5,92
Fonte: G1 

MUNDO

Hillary busca votos de independentes e republicanos contrários a Trump

Campanha da democrata lança site para pedir apoio destes eleitores.
Um em cada 5 republicanos quer que Trump desista de concorrer.


A candidata democrata Hillary Clinton desembarca nesta quarta-feira (10) em Des Moines, Iowa (Foto: REUTERS/Chris Keane)A candidata democrata Hillary Clinton desembarca nesta quarta-feira (10) em Des Moines, Iowa (Foto: REUTERS/Chris Keane)
A campanha da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, intensificou nesta quarta-feira (10) seu esforço para atrair eleitores independentes e republicanos desencantados com seu rival Donald Trump, dando início a uma ofensiva para conquistar o apoio conservador em sua disputa pela Casa Branca.
A campanha de Hillary divulgou um site, o togetherforamerica.com, para republicanos e independentes que queiram apoiar a ex-senadora. A página lista 50 republicanos e independentes proeminentes que já o fizeram, incluindo a diretora-executiva da Hewlett Packard, Meg Whitman, e Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York.
A iniciativa de recrutamento da democrata acontece um dia depois de Trump atrair críticas por dizer que os defensores do porte de armas nos Estados Unidos poderiam impedi-la de indicar juízes liberais para a Suprema Corte. Sua campanha disse que a fala foi mal interpretada, mas mesmo assim causou reação no campo de sua adversária e entre alguns republicanos.
O tumulto entre os republicanos se refletiu em uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira que mostrou que quase um de cada cinco eleitores republicanos registrados quer que Donald Trump desista de concorrer à eleição presidencial de 8 de novembro.
John Negroponte, ex-diretor de inteligência nacional no governo do ex-presidente dos EUA George W. Bush, e Chris Shays, ex-deputado republicano do Estado de Connecticut, estão entre os que endossaram a democrata nesta quarta-feira.
"Donald Trump me perdeu muito tempo atrás", disse Shays em entrevista ao canal MSNBC. "Ele faz e diz tudo que meu pai e minha mãe me ensinaram a nunca dizer ou fazer. Ele não entende as exigências básicas de ser presidente dos EUA. E, francamente, ele é perigoso."
Republicanos que rejeitam Trump
Shays se une a um coro de republicanos de destaque que estão se distanciando de Trump em meio a uma série de comentários polêmicos.
No início desta semana, 50 especialistas em segurança nacional republicanos assinaram uma carta aberta questionando o temperamento do empresário do setor imobiliário e o classificando como imprudente e desqualificado.
Outros republicanos importantes, como a senadora Susan Collins, do Maine, nesta semana, rejeitaram Trump, mas disseram que tampouco podem apoiar Hillary.
Trump minimizou as deserções e críticas dos republicanos, dizendo se tratar de uma reação nada surpreendente da chamada elite de Washington ao seu ímpeto para mudar o status quo.


 
Fonte: G1