sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ativistas presos serão levados para São Petersburgo, diz Greenpeace

Informações foram obtidas pela organização com fontes diplomáticas.
Grupo de 30 pessoas ainda está em Murmansk, segundo escritório no Brasil.


A organização ambiental Greenpeace divulgou nesta sexta-feira (1º) que os 28 ativistas e dois jornalistas detidos na Rússia há mais de um mês e mantidos em Murmansk “estão sendo transferidos” para São Petersburgo, uma das maiores cidades do país. No grupo está a brasileira Ana Paula Maciel.
O escritório da organização no Brasil informou que os 30 ainda permanecem em Murmansk e que a ONG não sabe a data certa de quando deve ocorrer a transferência.
As informações obtidas pela ONG são provenientes de fontes diplomáticas. O Greenpeace divulgou também que os advogados do grupo não foram informados sobre o que causou a transferência.
No comunicado, o diretor-executivo Kumi Naidoo disse que com a mudança de local do grupo, ficará mais fácil a visita de familiares e diplomatas. No entanto, ele ressalta que “não há qualquer garantia de que as condições ali serão melhores que em Murmank”, explicou.
Desde 18 de setembro o grupo permanece preso na cidade litorânea, após a embarcação Arctic Sunrise ser detida por autoridades russas durante um protesto em uma plataforma de petróleo, instalada no Mar do Norte.
Os ativistas procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.
A brasileira Ana Paula Maciel atrás de grades no tribunal de Murmansk, nesta quinta-feira (17) (Foto: Dimitri Sharomov/Greenpeace/AFP)A brasileira Ana Paula Maciel atrás de grades no
tribunal de Murmansk
(Foto: Dimitri Sharomov/Greenpeace/AFP)
Acusação de pirataria foi mantida, aponta Greenpeace
Ainda segundo a organização ambiental, a Justiça russa terminou de formalizar as novas acusações de vandalismo ao grupo e não retirou o indiciamento por pirataria, mesmo após as autoridades do país anunciarem que o grupo não responderia por esta acusação.
De acordo com o Greenpeace, por enquanto, os 30 permanecem sob as duas acusações, que podem lhes render até 15 anos de prisão – no caso de pirataria – ou até sete anos no caso da condenação por vandalismo.

“O que a Rússia está propondo é manter na cadeia 30 homens e mulheres por cerca de 20 anos, simplesmente porque dois ativistas pacíficos tentaram pendurar uma faixa amarela na lateral de uma gigante plataforma de petróleo. Essa história está virando uma farsa”, criticou Kumi Naidoo.

Nesta quinta-feira (31), a bióloga brasileira Ana Paula Maciel recebeu nesta quinta-feira (31) um comunicado oficial do governo russo com a acusação de vandalismo por sua participação nos protestos contra plataforma petrolífera no Ártico.

Imagens da prisão divulgadas
A ONG também divulgou fotos das celas onde os 28 ativistas e dois jornalistas estão, em Murmansk. As imagens mostram quartos com camas individuais ou beliches, com varal improvisado e um tanque.
Quarto com camas onde ativistas permaneceram por mais de um mês em Murmansk (Foto: Divulgação/Greenpeace)Quarto com camas onde ativistas permanecem em Murmansk (Foto: Divulgação/Greenpeace)
Em outra fotografia é possível visualizar um tanque no quarto (Foto: Divulgação/Greenpeace)Em outra fotografia é possível visualizar um tanque no quarto (Foto: Divulgação/Greenpeace)
Mesa improvisada montada em um dos quartos que foram usados por ativistas (Foto: Divulgação/Greenpeace)Mesa improvisada montada em um dos quartos usados por ativistas (Foto: Divulgação/Greenpeace)FONTE: G1 DF

Cemitérios do DF abrirão uma hora mais cedo neste sábado

Até segunda-feira, um milhão de pessoas deve visitar túmulos de parentes e amigos

Só neste sábado, 600 mil pessoas são esperadas em seis cemitériosDivulgação
Neste sábado (2), Dia de Finados, os portões dos seis cemitérios do Distrito Federal serão abertos uma hora mais cedo, às 7h, e as pessoas terão acesso até as 19h. O atendimento ao público será das 7h30 às 18h. Cerca de 600 mil pessoas devem passar pelos cemitérios do DF neste sábado (2), segundo a Campo da Esperança e a Polícia Militar do DF. Nas contas da Secretaria de Justiça, aproximadamente um milhão de pessoas devem visitar, até segunda-feira (4), os seis cemitérios do Distrito Federal.

Na Asa Sul, região central de Brasília, e nas cidades de Taguatinga, Gama e Sobradinho, o público terá transporte coletivo gratuito dentro do cemitério. O acesso de veículos aos cemitérios de Planaltina e de Brazlândia será proibido por não ter espaço para circulação. Nestas duas regiões administrativas só poderão ingressar nos cemitérios pessoas que tiverem autorização de vaga especial – idosos e deficientes físicos - emitida pelo Detran-DF (Departamento de Trânsito).

Além dos acessos principais, os visitantes poderão utilizar vias secundárias. No Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, quatro portões, além do principal, serão abertos ao público, dois pelo Setor Policial Sul e dois pelo Parque Cidade. Em Taguatinga, o visitante poderá entrar no cemitério pelo Setor de Oficinas e por dois acessos no Setor M Norte. Duas vias do Setor de Chácaras levarão ao Cemitério do Gama.

Segurança
A segurança de quem for ao cemitério neste feriado também será reforçada. Além dos 50 vigilantes que trabalham regularmente na segurança interna das unidades, haverá 38 pessoas nos cemitérios, durante os dias 1º, 2 e 3. Também contarão com reforço da Secretaria de Segurança Pública, da Secretaria de Justiça, da Agência de Fiscalização do Distrito Federal, da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Detran e do Corpo de Bombeiros.

Não será permitida a presença de vendedores ambulantes no interior dos cemitérios. Os clientes que precisarem de água para a limpeza das sepulturas podem solicitar diretamente na administração do cemitério. No dia 2, caminhões-pipa ficarão estacionados em lugares estratégicos dos cemitérios para auxiliar na distribuição de água.
FONTE: R7 DF

Homem assalta açougue e come bacon antes de fugir

Ele entrou pelo teto e conseguiu levar um aparelho de DVD e R$ 600 


O dono do estabelecimento só percebeu o assalto um dia depois quando viu o balcão revirado e um buraco no teto.Reprodução/ TV Record Brasília
Um homem assaltou um açougue na noite desta quinta-feira (31), em Planaltina. Ele roubou um aparelho de DVD, R$ 600 e aproveitou para comer pedaços de bacon e tomar suco durante a ação.
As Imagens do circuito interno de segurança mostram o momento em que ele entra no local e rouba notas guardadas no caixa. Minutos depois, ele entra por uma porta e volta com um copo de suco, corta um pedaço de bacon com o canivete e guarda no frigorífico, rouba um aparelho de DVD e R$ 600.
O dono do estabelecimento, que preferiu não se identificar, percebeu o assalto só um dia depois quando viu o balcão revirado e um buraco no teto.
Ele conta que os moradores ouviram a movimentação e chamaram a polícia, mas o ladrão conseguiu escapar.
O comerciante procurou a polícia para registrar a ocorrência, mas por causa da greve não foi atendido. Segundo ele, os policiais disseram que mesmo sem greve, eles não investigariam o crime, por falta de estrutura já que não houve nenhuma morte.   

FONTE: R7 DF

Pesquisa da UnB mostra que 70% dos presidiários do DF leem quatro livros por mês

Média nacional é de quatro livros por ano


O detento Carlos Anderson Rodrigues de Aguiar, de 26 anos, está preso desde 2011 e lê pelo menos um livro por semanaGustavo Frasão/R7
Um levantamento feito pela pesquisadora da UnB (Universidade de Brasília), Maria Luzineide, com 200 internos do Sistema Penitenciário do Distrito Federal apontou uma predisposição dos presidiários à prática da leitura. A pesquisa mostrou que 70% dos sentenciados tornaram-se leitores assíduos com a leitura de quatro livros por mês, enquanto a média da população é de quatro livros por ano.
— Fizemos a pesquisa por dois anos e constatamos que houve mudanças no vocabulário e na forma que eles se enxergam como indivíduo.
Durante a pesquisa, ela aplicou questionários entre 200 internos da Penitenciária do Distrito Federal I e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
 
Outra constatação foi que a leitura já era uma constante na vida das presidiárias. Diferente dos homens que adquiriram a prática da leitura somente após o cárcere.
Carlos Anderson, que cumprirá pena até 2015, conta que lê ao menos 50 páginas de livro diariamente. 
— Aprendi a passar o tempo com a leitura. Ao invés de ver um filme, a gente lê um filme.
O vocabulário e a linha de raciocínio dos sentenciados que têm contato com a leitura é muito diferente do restante da massa carcerária. Carlos, que tem preferência por livros jurídicos, confirma o dado de que, para 50% dos sentenciados, a leitura é uma forma de adquirir conhecimento.
— Ler livros nos faz ler e falar melhor, além de deixar nosso cotidiano menos monótono.
A pesquisa ainda concluiu que para 24% dos homens a leitura representa prazer e para 10% refúgio. Já para as mulheres presas, o ato de ler é uma maneira de não sentir saudade da família e para 50% delas é para adquirir conhecimento.

O Projeto de leitura e produção escrita Portas Abertas desenvolvido pela UnB com internos do Sistema Penitenciário do Distrito Federal teve início em março deste ano. O objetivo do projeto é qualificar o tempo na cela, de maneira sistemática, com a leitura de obras predeterminadas. Nesse projeto, o interno terá contato com obras consagradas da literatura brasileira.

O Portas Abertas segue a orientação da Portaria n° 276 do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), aprovada em junho do ano passado. A Portaria determina que o preso pode diminuir até 48 dias de pena se ler um livro mensalmente e apresentar uma resenha sobre cada obra ao fim de cada mês. A cada livro lido, quatro dias da pena podem ser remidos.

Os 200 internos que fazem parte do projeto foram selecionados pelo grau de instrução. Para fazer parte, ele precisava estar cursando do 9º ano ao ensino médio. Além do incentivo à leitura, o Projeto propõe rodas de conversa sobre temáticas variadas. Esses encontros ocorrerão periodicamente para discussões a respeito da leitura realizada. Após ler o livro, o aluno produzirá um texto no formato de resenha. Nesse período, as atividades de leitura poderão contar como remissão, se for permitido pelo juiz da VEP (Vara de Execução Penal).
Na próxima semana, a UnB vai enviar para o juiz da VEP as primeiras avaliações feitas dos alunos para que ele faça a análise e homologue os dias remidos. Para Cláudio Moura Magalhães, subsecretário do Sistema Penitenciário, o projeto é muito especial.
— O interno tem mesmo que ter acesso à leitura e poder remir sua pena da mesma forma que já ocorre com o estudo e trabalho. É importante que o interno tenha esse contato com os livros para a ressocialização, ocupação do tempo e para que ele saia do sistema penitenciário mais instruído.
FONTE: R7 DF

Vettel vê Lotus como principal adversária para domingo


O alemão Sebastian Vettel deu mais uma mostra de sua grande fase na Fórmula 1 nesta sexta-feira, ao obter o melhor tempo do primeiro dia de treinos livres para o GP de Abu Dabi. Mesmo com o tetracampeonato já garantido, o piloto da Red Bull não quer saber de diminuir o ritmo e já elegeu seu principal adversário para a prova que acontecerá no domingo: a Lotus.
"É difícil dizer em que ponto estamos em comparação com os outros, mas tivemos um ajuste decente hoje (sexta). A Lotus está excepcionalmente rápida, especialmente pensando no domingo, e deve ser capaz de conseguir alguns ajustes mais tarde, então temos que ficar de olho neles. A Mercedes está forte para uma volta amanhã", declarou.
Nesta sexta, a Red Bull conseguiu uma dobradinha nas duas primeiras colocações, com Kimi Raikkonen, da Lotus, na sequência, sendo o terceiro mais rápido do dia. Na parte da manhã, foi o outro piloto da Lotus, o francês Romain Grosjean, que andou na frente e terminou com o melhor tempo da primeira sessão.
Se conseguir bater os adversários e subir ao lugar mais alto do pódio no domingo, Vettel conquistará sua sétima vitória consecutiva, sendo a 11.ª no ano. O alemão pode chegar a 13 triunfos na temporada, o que igualaria o recorde de seu compatriota e ídolo Michael Schumacher, mas ele garantiu não pensar nisso.
"Não piloto pensando em estatísticas, pode acreditar. É legal quando você ouve uma vez ou outra que você fez isso ou aquilo, mas não é meu principal interesse e não me faz pular de animação. Eu adoro pilotar e então, quando tento tirar o meu melhor, sai naturalmente. E é isso que estou fazendo", apontou. 
FONTE: JORNAL ESTADÃO DE SÃO PAULO
Operários encontram corpo de homem dentro de caminhão com britasOperários da obra levam susto ao encontrar uma pessoa morta no meio dos materiais
O corpo de um homem foi encontrado dentro de um caminhão de britas na manhã desta sexta-feira (1°/11). O cadáver foi localizado no momento em que os funcionários que trabalham nas obras do VLP (Veículo Leve Sobre Pneus) descarregavam o material. Os homens levaram um susto ao perceber que, junto ao material, se encontrava um corpo humano.
Ainda não há previsão de quando deve sair o laudo com as possíveis causas da morte e a identificação do homem. O local encontra-se isolado para a realização da perícia. Na região, funciona uma usina de concretagem que fica próximo à DF-001, entre o catetinho e o balão do periquito. A 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) investiga o caso.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

Onda de violência pode ter matado 370 pessoas em 2012, diz defensoria

Levantamento considera mortos entre maio a dezembro do ano passado.
No período, 320 civis e 50 agentes policiais morreram em confrontos.


Vista panorâmica da comunidade de Paraisópolis, com nuvens carregadas ao fundo (Foto: Marcelo Mora/G1)
Paraisópolis, na Zona Sul de SP, teve policiamento reforçado no fim de 2012. (Foto: Marcelo Mora/G1)
Levantamento da Defensoria Pública de São Paulo aponta que 370 pessoas podem ter sido mortas no estado, entre maio e dezembro de 2012, como resultado da onda de violência entre criminosos da facção que age dentro e fora dos presídios e policiais militares. O número corresponde a 10% do total das vítimas assassinadas no período.
A Defensoria, que usou como base dados de reportagens, quer agora acesso a dados de boletins de ocorrência e prepara uma ação contra o estado para pedir indenização para parentes de vítimas. Para isso, os defensores públicos Carlos Weis e Daniela Skromov ainda buscam identificar todas as vítimas.
O termo onda de violência contempla o aumento dos índices criminais durante determinado período, principalmente o de homicídio, mas tem sido utilizado por entidades de direitos humanos e de estudos da violência para designar o conflito entre criminosos e policiais, principalmente militares.
Assim como em 2012, segundo o Núcleo de Estudos de Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP) em 2001 e 2006 ocorreram atentados contra agentes das forças de segurança e, como resposta, ataques contra os suspeitos.
Em 2001, uma mega rebelião em quase 30 presídios paulistas deixou cerca de vinte mortos. Naquela ocasião, a facção se rebelou por causa da transferência de suas lideranças. Em 2006, quando ocorreu a maior onda de violência que deixou quase 500 mortos, segundo a pesquisadora do NEV Camila Nunes Dias, houve uma resposta dos criminosos contra extorção policial.
De acordo com análise do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos do órgão, 126 dos mortos não foram identificados em 2012. Ainda segundo o documento, das 370 pessoas assassinadas, 320 eram civis e 50, agentes das forças de segurança estadual e municipais, que são policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários e guardas-civis. A vítima mais jovem desse conflito foi uma criança de 1 ano e sete meses e a mais velha, um idoso de 83 anos que havia servido na Polícia Militar (PM) e estava aposentado.

Números da violência em 2012
Onda de ataques deixou 370 mortos em 38 cidades paulistas.
Entre as vítimas havia duas crianças, 26 adolescentes, 225 adultos e dois idosos. Ao todo, 115 não tiveram a idade revelada.
50 eram agentes de segurança (PM, guarda-civil, policial civil ou agente penitenciário).
Dia mais violento foi 21 de novembro de 2012, quando 24 pessoas foram mortas.
Cidades com mais ocorrências:
São Paulo (159 mortos)
Guarulhos (30 mortos)
Guarujá (17 mortos)
Além dos parentes de mortos por PMs, familiares dos policiais militares mortos por criminosos, durante o trabalho ou de folga, também estão entrando com processos judiciais para que o Estado pague algum benefício a elas. Em novembro passado, o governador Geraldo Alckmin anunciou o aumento do seguro de vida para PMs. "Autorizei que o seguro no caso de morte passasse de R$ 100 mil para R$ 200 mil. E não será apenas para o policial no seu trabalho, mas é na sua condição de policial", disse à época.
Onda de violência: início
A onda de violência começou em maio de 2012, quando seis criminosos foram mortos pela PM na Penha, Zona Leste da capital paulista, segundo investigações do Ministério Público. Para vingar essas mortes, presos ordenaram ataques contra agentes. Os policiais reagiram e mataram integrantes da organização criminosa que atua dentre e fora das prisões. Depois, criminosos passaram a incendiar ônibus, e moradores de comunidades carentes relataram toques de recolher.
Em outubro passado, a PM ocupou a favela de Paraisópolis, na Zona Sul da capital, alegando que dali partiram os atentados para assassinar policiais. Um gabinete criminal de crise temporário foi criado no Tribunal de Justiça e durou por cerca de 120 dias (até meados de março de 2013), com a missão de administrar pedidos e decisões relacionados a presos, transferências e saídas temporárias. Após divergências políticas, o governo estadual e o federal assinaram acordo em novembro para transferência de detentos suspeitos de planejar a ofensiva contra às forças de segurança.
Questionado sobre a ocupação de Paraisópolis pela PM, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou que pasta tem planos para a comunidade. "Paraisópolis foi ocupada por três meses. Temos atualmente uma base [da PM] próxima. E estamos estudando implantar uma base [da PM] na comunidade", disse.
Apesar de a Defensoria Pública ainda não ter formalizado pedido à Secretaria de Segurança Pública para a identificação dos casos individuais relativos à onda de violência, os defensores afirmaram que procuraram policiais civis do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) sobre a possibilidade de ter acesso a dados de mortes durante a onda de violência.  “Não tinham nada. Só estavam investigando casos suspeitos”, disse Carlos Weis.

DHPP investiga casos 'suspeitos'
Procurado para comentar o assunto, o delegado Itagiba Franco, diretor da Divisão de Homicídios do DHPP, afirmou que a investigação policial concluiu que os seis suspeitos mortos pela Rota em 28 de maio foram executados. “Três PMs foram presos em flagrante pelos assassinatos e indiciados. Soubemos que o Ministério Público os denunciou pelos crimes, foram julgados, mas todos acabaram absolvidos e foram soltos”.
Na nossa visão, durante alguns meses o estado não tomou medidas adequadas para conter essa onda de violência. Isso enquanto um policial era morto num lugar e sempre ocorria uma chacina próxima a esse local"
Carlos Weis,
defensor público
O departamento especializado da Polícia Civil investiga as mortes decorrentes de confrontos entre policiais militares e criminosos.  A Corregedoria da Polícia Militar também apura se existe envolvimento de PMs em milícias ou grupos de extermínio. Os responsáveis pelo levantamento sobre os mortos no ano passado ainda não tiveram acesso às conclusões desses inquéritos.

Ainda segundo o Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, o órgão pretende ingressar com uma ação civil pública contra o governo de São Paulo ‘por conta da ocorrência de dano moral coletivo’. “O estado não pode, através de sua ação ou de sua inação, agravar a sensação de insegurança. Na nossa visão, durante alguns meses o estado não tomou medidas adequadas para conter essa onda de violência. Isso enquanto um policial era morto num lugar e sempre ocorria uma chacina próxima a esse local”, disse Carlos Weis.
Policial fiscaliza morador durante operação na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. (Foto: Nacho Doce/Reuters)PM fiscaliza morador de Paraisópolis em ocupação
da comunidade (Foto: Nacho Doce/Reuters)
‘Outubro e novembro vermelhos’
Pelo relatório da Defensoria Pública, 38 cidades do estado foram alvos dos ataques. A capital concentrou a maioria dos mortos em relação aos outros municípios: 159. Ainda de acordo com o levantamento do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, entre maio e dezembro, o estado de São Paulo teve 23 dias com mais de seis mortes em 24 horas.

Outubro, com 90 mortes, e novembro, com 162 assassinatos, foram os meses mais violentos no estado. O dia mais sangrento em SP ocorreu em 21 de novembro, quando 24 pessoas foram assassinadas. As mortes aconteceram em Praia Grande, Osasco, São Paulo, Guarulhos, Osasco e Itaquaquecetuba. Os dois dias anteriores, 19 e 20 de novembro, também foram extremamente violentos, com 13 mortes cada.

Pesquisa
O levantamento feito pela Defensoria Pública contou com o trabalho de 37 defensores e foi concluído em 12 dezembro. Eles buscaram informações sobre vítimas e casos de homicídios em diversos veículos de comunicação para subsidiar a atuação do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos.
Foram analisadas 913 notícias de mortes, pesquisadas em mídias  impressas e digitais, de maio a 5 de dezembro. As reportagens foram classificadas em quatro categorias:

- provavelmente sim (a morte pode estar relacionada à onda de violência);
- provavelmente não (a morte não está relacionada à onda de violência);
- talvez (como informações não foram precisas, órgãos de segurança pública foram procurados para tentar identificar casos que poderão ser ou não incluídos na pesquisa);
- impossível classificar (não há dados suficientes para considerar caso)
“O objetivo é exatamente mapear as informações públicas para que tenhamos elementos suficientes para buscar informações junto aos órgãos de segurança pública, partindo para uma terceira fase da pesquisa em que será possível buscar padrões de violações de direitos humanos e então traçar uma estratégia de atuação”, disse Daniela Skromov.
Mas para isso é necessário confrontar os dados da pesquisa com boletins de ocorrência sobre os casos de homicídios. “Nesse sentido, será possível analisar de forma qualificada se há e quais são as relações entre as mortes de civis e agentes do Estado”, diz o documento da Defensoria.
FONTE: G1 DF

Vítima de três atentados em SP, policial diz viver 24 horas armado

Ao G1, homem diz que não larga da arma nem quando vai tomar banho.
Rotina de família mudou após onda de violência entre criminosos e policiais.


Policial militar anda com arma 24 horas por dia por temer atentados de criminosos de facção (Foto: Paulo Toledo Piza / G1)
Policial militar anda com arma 24 horas por dia por temer atentados (Foto: Paulo Toledo Piza / G1)

A onda de violência que deixou ao menos 370 mortos no estado de São Paulo, segundo a Defensoria Pública, entre maio a dezembro de 2012, afetou diretamente a vida do policial militar Marcos (nome fictício), de 45 anos. Ele conta ter sido vítima de três atentados no ano passado, que mudaram a rotina familiar: saídas de casa foram limitadas e câmeras de segurança foram instaladas na frente e dentro de casa. “Também não desgrudo de minha arma. Fico 24 horas por dia com ela. Até quando tomo banho levo para o banheiro.”
No primeiro ataque, os criminosos tentaram enganá-lo passando-se por entregadores. “Dois motoqueiros bateram na minha casa dizendo que traziam pizza. Eu não tinha pedido pizza nenhuma. Eles deram tiros, mas fugiram”, disse. “As outras duas eles tentaram me matar na porta de casa, quando eu voltava do trabalho”, conta.
Marcos saiu ileso fisicamente de todos os ataques. Interiormente, porém, viu brotar uma tensão permanente. Além de não desgrudar de sua arma, vive preocupado com a mulher e os filhos. Todos tiveram de se acostumar a evitar ficar até tarde na rua e a viver atentos ao menor sinal de perigo. “Hoje, eu é que sou o preso. Hoje, a minha esposa vive em cárcere. Hoje, os meus filhos vivem em cárcere. Essa é a verdade.”
Com o tempo, a tensão ganhou uma companheira, que é a revolta. Diariamente ele se lembra de todos os que prendeu e que acabaram soltos por brechas na lei ou por pagamento de fiança. “O policial é desmotivado. Não só pelo salário, mas pela frustração quando ele vê que não consegue deixar um bandido preso”, disse.
Para o policial, o maior problema que a segurança pública enfrenta atualmente não surgiu nos quartéis nem nas delegacias, mas nas casas legislativas. “A lei brasileira não permite que eu termine meu serviço, que é deixar o bandido preso na cadeia.” Além de normas que garantam a permanência do criminoso em cárcere, Marcos aponta a criação de uma lei específica que puna quem atacar policiais como os primeiros passos para vencer a guerra contra o crime organizado.
O descontentamento, porém, superou a esperança de mudança e o faz considerar seriamente abandonar 25 anos de carreira na PM. “Devido a esses níveis de violência que vivemos hoje, eu particularmente quero ir embora do Brasil”, afirmou. “Estou trabalhando, tirando do meu suor, honestamente, todos os dias, para ir embora do Brasil. Amo esse país e me dói muito querer ir embora. Sou patriota, mas não idiota.”
Violência
A onda de violência começou em maio de 2012, quando seis criminosos foram mortos pela PM na Penha, Zona Leste da capital paulista, segundo investigações do Ministério Público. Para vingar essas mortes, presos ordenaram ataques contra agentes. Os policiais reagiram e mataram integrantes da organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Depois, criminosos passaram a incendiar ônibus, e moradores de comunidades carentes relataram toques de recolher.
De acordo com análise feita pelo Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública, dos 370 mortos no estado durante a onda de violência, 50 eram agentes das forças de segurança estadual e municipais. “Infelizmente o policial hoje virou a caça”, disse o sargento Elcio Inocente, presidente da Associação dos PMs Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP).
A organização dá suporte para policiais incapacitados por ferimentos e para a família deles. A entidade possui clínica de fisioterapia e oferece atendimentos com psicólogos, fonoaudiólogos, terapia ocupacional, médicos, assistência jurídica e social, entre outros.
O sargento, que ficou paralítico após ser atingido por três tiros durante uma ocorrência de assalto com refém em 1979, lembra da época em que, apesar da violência, o policial não temia sair de casa fardado. “Houve o tempo em que o policial era o caçador. Ele prendia o marginal, ele era respeitado. Hoje, o policial, por andar uniformizado, é visto por todos e o marginal tem a possibilidade de ficar escondido.”
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Presidente da Associação de PMs Deficientes fala que policial se tornou 'alvo' (Foto: Kleber Tomaz / G1)Presidente da Associação de PMs Deficientes fala que policial se tornou 'alvo' (Foto: Kleber Tomaz / G1)
FONTE: G1 DF

'Quero meu olho', diz garota que acusa PM de usar bala de borracha

Além dela, Defensoria Pública de SP recebeu 33 denúncias contra PMs.
Moradores relatam ação do ‘bonde do careca’ de policiais em Paraisópolis.


Mãe e filha mostram foto de jovem morto pela PM no ano passado (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Mãe e filha mostram foto de jovem morto pela PM no ano passado (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Antes vaidosa e independente, a estudante Dayane de Oliveira, de 17 anos, diz que uma bala de borracha disparada por um policial militar em uma viela de Paraisópolis, favela da Zona Sul de São Paulo, mudou sua vida. No começo deste ano, a adolescente perdeu o olho esquerdo depois de um tumulto em um bar na Rua Melchior Giola.
Dayane atualmente prefere ficar na casa sem número onde mora com os pais e irmãos, numa das centenas de vielas da favela de Paraisópolis. Questionada sobre qual é seu maior desejo, respondeu sem titubear: “Queria ter meu olho de volta”.
Seu caso é um dos 34 denunciados de abuso policial reunidos pela Defensoria Pública desde que a PM ocupou a comunidade, no fim de outubro de 2012, durante a onda de violência entre policiais militares e criminosos.
O incidente foi registrado no 89º Distrito Policial, Portal do Morumbi (Zona Sul de SP), como lesão corporal. Procurada para comentar o assunto, a PM informou por meio de nota que também apura a denúncia feita pela garota e por outros moradores.
As queixas dos moradores começaram em novembro passado, mas intensificaram-se em janeiro e fevereiro de 2013. A maioria é de agressão verbal e física, incluindo o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral e disparos com bala de borracha para dispersar grupos. Foi o que aconteceu com Dayane em 12 de janeiro.

Segundo a adolescente contou ao G1, por volta das 3h ela se divertia com o namorado e o irmão mais velho em um bar quando viu um carro da PM parar. Ela afirma que policiais desceram e mandaram o grupo sair do local. Para apressar, eles jogaram bombas de gás.
A PM informou, em nota, que na ocasião "os policiais militares foram acionados para atender ocorrência de perturbação do sossego, originada em baile funk em via pública (pancadão)". Os policiais alegam, segundo a assessoria da corporação, que "os participantes se negaram a ser socorridos ou auxiliados".
Na correria, parte do grupo se refugiou em uma viela. Temendo ser pisoteada, Dayane foi para outro beco. “Eu olhei para baixo e vi as bombas caindo perto de mim. Quando levantei o rosto, senti uma pancada forte”, disse.
Jovem mostra foto de antes do incidente envolvendo a polícia (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Jovem mostra foto de antes do incidente envolvendo a polícia (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Percebendo o vestido ensanguentado, a jovem inicialmente pensou que tinha sido baleada no corpo. “Procurei a marca da bala, mas não encontrava. Daí reparei que as pessoas olhavam para o meu rosto de um jeito estranho.” O irmão e o namorado de Dayane a encontraram ferida e levaram a jovem a um posto de saúde próximo. Por conta da gravidade do ferimento, foi transferida para o Hospital das Clínicas, que recebeu a informação da jovem que ela foi atingida por uma bala de borracha.
Exames médicos apontaram que o impacto do projétil, além de destruir seu globo ocular, causou fraturas complexas no lado esquerdo do rosto. Duas de oito cirurgias previstas já foram feitas. A expectativa é a de que o tratamento seja demorado e que leve anos até que Dayane possa colocar uma prótese.
Por causa da deficiência, a adolescente hoje em dia sai pouco de casa. Quando isso acontece, ela precisa estar acompanhada.de parentes ou amigos. “Às vezes eu não vejo os carros passarem. Tenho medo que me atropelem.” Além disso, ela disse que, desde que foi atingida, fica em pânico ao passar por policiais. “Só de ver, eu começo a tremer inteira.”
O incidente também atrapalhou seus planos profissionais. Desde que o globo ocular foi retirado, ela deixou de trabalhar como faxineira e abandonou os estudos por temer ser vítima de bullying.
Depois do tiro, a família de Dayane se esforça para tornar a vida da jovem mais confortável. O tratamento é caro. Segundo a empregada doméstica Maria Iracema de Oliveira, de 43 anos, entre gazes, colírios, pomadas e antiinflamatórios, para o rosto da filha e ansiolíticos para controlar seus medos já foram gastos mais de R$ 6 mil.
A mulher afirmou ter mais motivos para temer policiais. Em fevereiro de 2012, um de seus quatro filhos, Marcos de Oliveira, conhecido como Mike, foi morto a tiros por policiais em uma viela. A família disse que o jovem, que fumava maconha com um amigo, assustou-se com a chegada dos PMs, correu e foi atingido. A corporação alegou que os agentes foram recebidos a tiros e reagiram, atingindo o jovem e seu amigo. O outro rapaz sobreviveu.
Questionada se teme denunciar policiais que atuam na favela, a mãe de Dayane disse não ter nada a perder. “Destruíram a vida do meu filho, acabaram com a vida da minha filha. Agora só quero justiça. Tenho sede de justiça.”
Defensoria Pública
O caso da adolescente chegou ao conhecimento da Defensoria Pública após moradores de Paraisópolis se mobilizarem e procurarem ONGs para denunciar a ação dos policiais militares. Além do caso, defensores do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos receberam 33 outras denúncias contra a Polícia Militar.
São reclamações de invasões a domicílio, ameaças, agressões físicas e verbais, revistas constantes, toques de recolher no comércio e nas ruas, furtos e roubos. A maioria relata que os abusos de autoridade são praticados pelo “bonde do careca”, grupo formado por PMs que raspam a cabeça.

A defensora Daniela Skromov disse ter levado os relatos ao conhecimento da Secretaria da Segurança Pública (SSP) em março. Com medo de represálias, os denunciantes não se identificaram. “Logo que procuramos a SSP, a Corregedoria da PM foi acionada. Eles queriam telefone da menina para fazer reconhecimento, mas ela estava abalada e não quis falar naquela ocasião“, disse Daniela sobre o caso de Dayane.

A respeito das outras denúncias, a procuradora afirmou que ainda não foi procurada por nenhum órgão policial para ajudar na identificação das vítimas. “O documento foi levado para SSP, onde pedimos providências no sentido de instaurar uma investigação propesctiva, métodos investigativos para acompanhar esses policiais porque tudo indica que novas violações ocorrerão. A Polícia Civil e a Polícia Militar poderiam apurar essas denúncias, mas ainda não houve resposta”.

Questionada sobre a ocorrência envolvendo Dayane, a PM afirma que "foi instaurado Inquérito Policial Militar para apurar responsabilidades, que já foi relatado e enviado à Justiça Militar Estadual". O comunicado acrescenta que o "Inquérito Policial Militar apura que tipo de armamento foi utilizado". A PM ainda se posicionou a respeito das mais de 30 denúncias informando que "todos os casos relacionados com a Favela de Paraisópolis no período estão incluídos no Inquérito Policial Militar, ora em andamento."
A Polícia Civil instaurou inquérito número 224/2013 para investigar o crime de lesão corporal dolosa contra Dayane. O caso é apurado pelo 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi, Zona Sul. A vítima, o irmão que estava com ela e a mãe foram ouvidos. A adolescente relatou que uma bala de borracha atirada por um policial acertou seu olho. Ela, no entanto, não sabe identificar o PM. Ainda faltam os depoimentos dos policias militares envolvidos. Também são aguardados os resultados dos exames do Instituto Médico Legal (IML) sobre a gravidade da lesão no rosto da garota.

Outras denúncias
As denúncias se intensificaram após a PM ocupar Paraisópolis em 29 de outubro de 2012, alegando que dali partiram os atentados para assassinar policiais militares. As ordens foram dadas por presos de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. O motivo: vingar a morte de seis suspeitos pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em 28 de maio, na capital. Eles estavam reunidos no estacionamento de um bar na favela Tiquatira, na região da Penha, Zona Leste. Em junho daquele mesmo ano, como represália, 11 policiais foram assassinados.

Pouco tempo depois da ocupação, moradores fizeram duas denúncias contra PMs: uma tratava da agressão de “um menino de 10 anos só porque correu” e outra, de um homem que levou tapas na cabeça de policiais estavam procurando um suspeito de roubo de carros. Há relatos ainda de que a PM tenha agido com violência para impedir bailes noturnos nas ruas da favela, jogando bombas de gás, segundo os moradores.

Trinta e uma denúncias ocorreram em janeiro e fevereiro. Entre elas estão relatos da ação de um grupo violento formado por policiais militares, chamado “bonde do careca”. “Careca” seria um PM responsável por coordenar os policiais nas incursões à favela. Em apoio ao colega para dificultar a identificação dos policiais, os agentes rasparam a cabeça e deixaram de usar o nome no uniforme. “Os policiais jogam bomba de pimenta dentro de casa. Um menino de 3 anos ficou sufocado”, afirma uma denúncia de 17 de fevereiro.
Segundo a pesquisadora Marisa Feffermann, doutora em psicologia e membro da ONG Tribunal Popular, uma rede de movimentos sociais independentes foi mobilizada para colher essas denúncias. Para a especialista, a repressão aos pobres não ocorre apenas em Paraisópolis e é recorrente. “No Brasil, a vítima é considerada algoz. Enquanto o algoz está livre, a vítima permanece presa, com medo de sair de casa.”
FONTE: G1 DF

Participantes do Fábrica Social fazem curso de Educação Financeira


Participantes do Fábrica Social fazem curso de Educação Financeira

Aula será ministrada por representante da Secretaria do Trabalho, como parte do programa de microcrédito "Prospera"
BRASÍLIA (1/11/13)- Alunos do programa de qualificação profissional do GDF "Fábrica Social" participam hoje (1) de um curso de Educação Financeira promovido pela Secretaria de Trabalho, como parte de outro programa promovido pela pasta, o "Prospera", que fornece microcrédito a pequenos empresários, entre outras ações.
 
"Já tenho um negócio na área de alimentação e agora pretendo abrir algo relacionado a corte e costura, que eu sempre quis. Eu e minha família estamos tendo problema em administrar o dinheiro, queremos saber como investir melhor", contou a capacitanda Eliza Ferreira, moradora da Estrutural.
 
O curso está sendo realizado em dois turnos hoje (das 9h30 às 11h30 e das 14h30 às 16h30), no Centro de Múltiplas Funções da Estrutural, ministrado pelo subsecretário de Microcrédito e Empreendedorismo do "Prospera", Max Brito Coelho.
 
A capacitação é um pré-requisito para que os capacitandos do "Fábrica Social" tenham acesso às condições especiais de crédito do "Prospera".
 
No conteúdo oferecido serão abordados temas como: Melhor uso do dinheiro; Gerenciamento de dívidas; Como obter crédito e qual sua finalidade.
 
"A possibilidade de criar mecanismos de transformação nas vidas das pessoas é maravilhoso, e o microcrédito tem esse poder. Na verdade estamos dando os instrumentos, pois a transformação são eles (capacitandos) que vão conseguir realizar", afirmou Coelho.
 
Entre as condições especiais para os participantes do "Fábrica Social", o "Prospera" oferecerá bônus de pagamento em dia, taxas de juros de 0,41% ao mês, prazos para pagamento de 20 meses mais quatro meses de carência para capital de giro, e 34 meses mais oito de carência para investimento.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Após mais de 20 tremores, Defesa Civil manda esvaziar cidade do RN

O maior abalo, de 3,5 graus, foi registrado na noite de quinta em Pedra Preta, a 115 km de Natal

Após mais de 20 tremores, Defesa Civil manda esvaziar cidade do RN

FORTALEZA - A Defesa Civil do Rio Grande do Norte ordenou que os mais de 2 mil moradores de Pedra Preta, a 115 quilômetros de Natal, deixem a cidade o mais breve possível. Da noite de quinta-feira, 31, até a madrugada desta sexta-feira, 1, foram anotados mais de 20 terremotos acima da magnitude de dois graus na escala Richter. Seis tremores foram acima de 2,5 graus. O maior, de 3,5 graus, aconteceu às 22h46 da quinta-feira. Já na manhã desta sexta, por volta das 8h51, ocorreu um tremor de 3,3 graus
Inicialmente, a orientação da Defesa Civil era a de que os moradores de Pedra Preta ficassem em casa, levando em consideração que situação semelhante ocorreu na década de 1980 em João Câmara (RN) e Palhano (CE). Mas, com o terremoto de 3,5 graus, o órgão decidiu retirar os moradores, que estão assustados.
A evacuação se dá no sinal de alerta emitido pelo Corpo de Bombeiros, que teme que as casas caiam. Uma equipe do Laboratório Sismológico do Nordeste (LabSis), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, está em Pedra Preta.
A atividade sísmica em Pedra Preta vem se manifestando desde dezembro de 2010 com fases de alta e baixa atividade, segundo o LabSis. A atual fase, de alta atividade, começou em 24 de outubro. Um levantamento feito a partir dos registros da estação Riachuelo a aproximadamente 46 quilômetros do epicentro em Pedra Preta mostra que já foram registrados 170 tremores. A fase atual é de intensa atividade sísmica.

FONTE: MSN